37
Orelha 🦅
Bati no portão e fiquei olhando pros lados pra ver se tinha algum b.o por ali, o portão abriu e a Vanessa me olhou sem entender, passei por ela entrando na casa mermo sem ser convidado pra não dar vacilo ali fora e ela me olhou sem entender.
Orelha: Vim trazer uma grana aí, te falei que ia te ajudar? - Falei tirando o pacote do bolso.
Vanessa: Não precisa, valeu! Eu trabalho e não tô precisando, mas obrigada.- Falou sem entender.
Orelha: E quem disse que eu to dando dinheiro pra tu? É pro Miguel, acho ele da hora.- Apontei.
Vanessa: Miguel também gosta de você, obrigada. Mas eu recebo pensão vitalícia da minha mãe agora, fora que a família do pai do meu filho me ajuda também.- Falou em encarando.
Orelha: E eu não posso ajudar, pô?
Vanessa: Orelha, eu não era presente mas minha irmã me contava tudo. Então eu sei que você não é o bom moço da história. Agradeço pela preocupação ou seja lá qual interesse, mas no momento eu dispenso.- Balancei a cabeça soltando uma risada fraca.
Orelha: Imagino a verdade que ela deve ter contado, a que fortalecia o lado dela.- Dei os ombros, guardando o dinheiro.
Vanessa: Sendo essa ou não, prefiro acreditar nela do que em você.- Falou olhando pro portão e eu fui saindo.- Ajudei nisso tudo porque queria que tudo isso acabasse e ela ficasse em paz.
Orelha: Mas no inferno eu não garanto que ela tenha paz.- Debochei subindo na minha moto e ela me encarou.- O foda das ações é que sempre tem consequência.
Vanessa: Espero que você tenha as suas também.- Falou me encarando e eu olhei pro lado, vendo o Miguel de farda correndo na minha direção com uma mulher e outra criança atrás, Vanessa acenou e a mulher entrou na casa vizinha.
Miguel: Tio.- Falou parando do meu lado e abraçou minha perna, desci da moto pegando ele no colo e ele me abraçou.- O que você veio fazer aqui?
Orelha: Vim te ver, qual foi?! - Bati na cabeça dele.
Vanessa: Entra, Miguel.- Falou alto.
Orelha: Ou garota se manca, deixa eu falar com o moleque.- Olhei pra ela.
Vanessa: Quando você me contar o porquê do interesse repentino nele, eu penso melhor.- Pegou ele dos meus braços.
Miguel: Mas eu queria andar de moto com ele.- Falou tentando descer dos braços dela.
Orelha: Outro dia eu venho, quando a gata da sua mãe não estiver estressadinha.- Falei subindo na moto de novo e ele riu.
Miguel: Mãe, ele te chamou de gata.- Falou como se fosse uma segredo.
Vanessa: Esse dumbo feio tá cheio de graça, achando que arruma alguma coisa aqui.- Falou revirando os olhos.
Pisquei pra eles tirando a moto dali e o Miguel acenou, mas a chata da mãe dele entrou com ele pra dentro. Desci dali indo direto pro morro e pra minha casa, finalmente tomei um banho tranquila e fui dormir na minha cama.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro