02
Orelha 🦅
Quando eu levantei já não tô já mais ninguém aqui, até a Carina tinha saído e eu não consegui nem segurar ela. Tava no ódio, tava pronto pra mandar tudo se fuder e matar qualquer um que necessário, vesti minha roupa pegando o raidinho e Coronel tava na linha.
"Coronel: Qual foi Orelha, o que aconteceu caralho? - Gritou, só pela voz eu sabia que ele tava nervoso pra caralho.
Orelha: Mandas os moleques não deixarem a Carina sair do morro.- Falei pegando o fuzil e colocando nas costas.- Goiaba tá no hospital?
Coronel: Tá cara, eu tô indo pra lá, Ana tá desesperada.- Eu saí de casa pegando a chave da moto.
Gaspar: Caralho mano, Luana tá passando mal, Luana tá sangrando.- Do nada o maluco apareceu gritando na linha.- Pega o carro, vem pra cá.
Orelha: Calma irmão, calma! Coronel desce pra lá que eu vou atrás da Carina.- Falei colocando o rádio na cintura e saí de casa descendo o morro.- Carina passou por aqui?
Dentinho: Que eu vi não, ela só subiu de madrugada.- Encarei ele.
Queria bater nele e em geral por ter deixado ela subir, mas a culpa era só minha por ter levado esse bagulho pra frente, se chegou nesse nível a culpa foi minha no papo mais foda que existe.
Dentinho: Aí, Orelha.- Gritou quando eu tava saindo.- Os moleques tão falando que o caveirão tá lá embaixo, tá se preparando pra subir pra cá!
Abri maior olhão saindo dali e fui pra casa da Luana, Gaspar colocava ela no carro e Coronel me encarou, tava com maior cara de ódio.
Orelha: Polícia tá lá embaixo, vai subir.- Falei descendo da moto.- Eu levo eles, tu se prepara e tenta encontrar a Carina, leva ela pra salinha de tortura viado.
Coronel não respondeu nada, eu entrei no carro dando o fuzil e a pistola pra ele, desci o morro voando e quando desci a gente foi parado pelos polícias que tavam de guarda, eles olharam dentro do carro e eu neguei.
Gaspar: Minha mulher tá passando mal caralho, deixa a gente passar.- Gritou com ódio, porque eles tavam querendo que a gente descesse pra revistar o carro.
— A gente precisa revistar o carro, não sabemos se vocês tão com algo do morro, isso pode ser apenas pra sairem com droga ou algo do tipo aí dentro.- Olhei pelo retrovisor pro Gaspar e ele negou com a cabeça.
Pisei no acelerador passando por eles e quase atropelei uns tres policiais que tavam na frente, continuei na velocidade da luz até o hospital e Gaspar tava nervoso pra caralho, o que me deixava mais nervoso ainda.
Orelha: O que rolou com ela? - Falei passando por tudo que é sinal vermelho.
Gaspar: Mataram a Fernanda, mandaram foto pra ela. Foi o Fábio, eu tenho certeza...- Eu pare na frente do hospital buzinando.
Orelha: Eles vão ficar bem mano.- Falei descendo do carro e ajudando a tirar ela.
Gaspar entrou e eu acabei indo junto com eles, porque ele tava nervoso pra caralho e tava querendo matar qualquer um que tirasse o resto da paciência dele. Era muito problema pra uma noite só, e ontem tava tudo tranquilo demais pra ser nossa realidade.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro