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Duas horas depois

“Eu queria futilidade, banalidade, ignorância, superficialidade, queria não ter que pensar e não ter que sentir.”

Naquele dia, eu liguei para Jenny, ela atendeu com a voz sonolenta, deveria estar dormindo, contudo eu não estava me importando, pois eu precisava de alguém disposto a deixar tudo para trás. Apenas por um dia.

Perguntei se ela estava ocupada e ela disse que não, não perguntei sobre o seu dia e ela não perguntou por que eu estava ligando.

Marcamos de nos encontrar em um dos bares perto da praça. O bar que eu e Vanessa frequentávamos quando éramos amigas.

Não encontrei com Vanessa pelo resto do dia, talvez eu não tivesse procurado ou ela tivesse ido embora, algo que eu agradavelmente fiz e fui para casa alegando estar doente.

Minha mãe ficou sabendo da briga com Melody e eu disse a ela que não queria falar daquilo, eu realmente não queria relembrar das minhas brigas.

Uma hora depois eu havia tomado um banho e estava indo até o bar de cabelos molhados e a identidade falsificada.

Com ou sem álcool, de preferência com, eu iria parar de pensar em meus problemas.

“Não me lembro do seu rosto ou da maneira como ele concordou.”

Encontrei Jenny com óculos escuros já me esperando. Ela estava com um copo em sua mão e me ofereceu um gole.

Era forte demais para mim.

— Você quebrou o nariz? — ela perguntou, olhando diretamente para ele depois de retirar seus óculos escuros.

— Não, só machuquei — ele não estava quebrado, não estava torto, apenas arroxeado onde eu apanhei de Melody.

Não consegui passar maquiagem no lugar, doía demais.

— Em nome de quem bebemos? — ela perguntou levantando seu copo quando o garçom colocou na mesa o meu.

Nós já estávamos sentadas no bar, uma ao lado da outra, assistindo a possível partida de futebol que ocorria em algum lugar.

— A nunca mais amar — eu levantei o meu copo.

Ela levantou uma sobrancelha para mim, outras pessoas repetiram o meu brinde. Ninguém bebia apenas por felicidade, também era para afastar a tristeza.

— Jason? — ela brindou comigo e nós tomamos um longo e delicioso gole.

Eu não sentia o gosto do álcool há muito tempo e eu não tinha certeza se eu seria capaz de me policiar, mas por um dia seria boa a sensação dos meus problemas escorrendo pelas minhas costas, esquecendo-se da minha existência.

— Jason, William, Vanessa, Melody, meu pai — enumerei com uma mão e mostrei a ela — pode escolher qualquer um deles.

— A vida não é justa — ela tomou outro gole, seus olhos sombrios e sua feição triste.

Jenny era uma pessoa mal-humorada, mas nunca estava exatamente triste.

— O que aconteceu loirinha? — questionei virando o meu copo e pedindo por outro.

Respirei fundo, sentia a bebida queimando meu esôfago, porém de uma maneira boa, de uma maneira que eu conhecia e gostava.

Eu estava assistindo o jogo, porém a música estava alta e eu queria dançar.

O garçom já me conhecia, perguntou por que eu não aparecia há tanto tempo e também queria saber de Vanessa, disse que ela não voltava há uma semana.

Não é como se eu soubesse.

— Mint, o dono veio buscá-la — ela respondeu batendo com o copo na mesa, havia restado apenas o gelo. Pediu por outro.

— Sua gatinha branca? — aquele nome era estranho a mim, mas eu tinha ideia do que se tratava, não estava tão alienada em meus problemas para ignorar os dela. Ela assentiu — quem era o dono?

— Scott — ela rosnou o nome dele e pegou a minha bebida, que havia surgido primeiro, para beber.

Olhei ao redor do bar e encontrei-o sentado em outra mesa com as pessoas que um dia eu chamei de amigas.

Ele poderia ser bonito, mas a sua péssima personalidade estragava tudo.

Passamos a tarde bebendo, eu revezava entre um shot e uma água, tinha minhas técnicas para não ficar estupidamente bêbada rápido demais, já Jenny não.

Eu pensei em fazer o mesmo que ela, sentia que o quanto mais eu bebia, mais meus pensamentos se embaralhavam. Eu não conseguia mais pensar em meus problemas, em meus sofrimentos.

“Eu precisava ficar ainda mais bêbada para conseguir não ouvir mais meus pensamentos e lembranças.”

Ela estava trançando as pernas, ria a toa e não conseguia se manter em pé por mais do que dez minutos antes de começar a pender para um lado ou para o outro, sorte dela que eu era acostumada a cuidar de pessoas bêbadas, afinal eu já fui uma.

Olhando para trás, eu queria rir de mim mesma, escondendo-me atrás de uma fachada tão ridícula e esdrúxula com medo de encarar os fatos.

O quanto mais eu fugia da verdade, mais ela me procurava.

Sorri assistindo a televisão enquanto bebericava de um novo copo, não queria mais gastar dinheiro com álcool e não queria chegar em casa cheirando todos os tipos de bebida que minha mãe deve ter aprendido a identificar em minhas roupas. Isso não melhoraria minha situação.

Minha mãe estava trabalhando demais na loja, quase não parava em casa, não seria justo colocar mais problemas em suas costas.

Já para meu pai... eu não me importaria em chamar um pouco de atenção apenas para lembrá-lo que eu ainda existia caso ele tivesse esquecido de novo.

Jenny saiu, havia ido dançar com algumas garotas na pista de dança, virei para continuar a assisti-la. Ela era minha responsabilidade e eu tinha que cuidar dela.

Não sabia que ela gostava tanto daquela gatinha branca a ponto de querer se embebedar para poder se esquecer da sua perda. Eu sabia que ela gostava da gatinha, eu só não percebi o quanto.

Eu não estava sendo uma boa amiga.

Levantei-me para dançar com ela, entretanto algo estava me prendendo, impedindo-me se avançar para a pista de dança.

“Ele sorriu, dentes brancos contra sua pele bronzeada e seus olhos claros, não me recordava se eram azuis ou verdes, não me recordava se eu o conhecia ou não. Não me importava. Eu estava vivendo a margem.”

Olhei e vi o que me impedia, era uma mão, uma mão ligada ao braço de Scott Daylight enquanto ele parecia apreciar a dança de Jenny.

Apenas por olhá-la daquela maneira, eu queria guardá-la dentro de minha bolsa. Ela estava bêbada demais para poder pensar de maneira coerente e poderia se arrepender de suas decisões no dia seguinte.

“Tudo naquela noite não passava de um borrão e eu me senti satisfeita por aquilo.”

Não mais, nunca mais eu queria fazer aquilo.

Eu não era mais aquela pessoa.

— O que? — perguntei depois de terminar o meu copo e colocá-lo no bar dizendo que eu não queria outro e iria pagar a conta.

— Fiquei sabendo que você brigou com o seu namorado — ele sorriu.

Eu queria dar um soco naquela boca e quebrar alguns de seus brancos dentes para ensiná-lo que não deveria provocar uma garota quando ela estava triste.

Controlei-me.

Duas briga por dia era suficiente.

— Eu não tenho namorado — puxei meu braço e ele o soltou.

— Isso é bom, não gosto de negociar com garotas comprometidas — ele sorriu novamente.

Sorriso falso!

— O problema é que eu não tenho interesse em fazer negócios com você — comecei a me afastar, pronta para levar Jenny para casa e me afogar com lição de casa e chocolate, caso tivesse algum que não fosse vencido.

— Nem se eu disser que eu devolvo a gata dela? — ele apontou para a pista de dança e eu via que o efeito do álcool estava em seu auge.

Ela estava sorrindo e rindo.

Meu celular começou a vibrar e eu olhei para o visor.

Quatro ligações perdidas de Carrie, dezoito de Jason, duas de minha mãe e quem me ligava naquele momento era Gabriel, pela primeira vez.

E então? O que eu queria fazer?

Poderia ignorá-lo para sempre ou encará-lo, afinal ele nunca me fez mal, assim atendi e pedi um minuto para Scott que parecia estar se divertindo com aquilo.

— Elisabeth? Até que enfim! — ele respirou audivelmente e eu sorri.

— Eu estou bem — respondi sabendo que era isso o que ele iria perguntar.

— Como eu poderia saber disso? Ouvi dizer da sua briga, das duas brigas e... que música é essa? Onde você está?

— Com a Jenny — não queria falar que estava em um bar, não queria que ele soubesse onde eu estava e comentasse com as pessoas.

Todos já iriam falar de mim de qualquer jeito, eu só não queria que eles soubessem de tudo. Não queria que eles soubessem da verdade. Não queria que as pessoas começassem a me julgar pelo que eu realmente era e esquecessem quem eu tentava ser.

No entanto com Scott no mesmo lugar que eu, impossível ninguém saber disso.

— Vocês decidiram matar aula e não pensaram que eu estaria interessado? — ao mesmo tempo em que parecia ofendido, ele estava rindo.

— Foi algo... inesperado — respondi percebendo que Scott estava ficando impaciente enquanto ele olhava de mim para Jenny.

Seus dedos batiam contra o bar e o copo em sua mão estava quase acabado, ele brindou com o vento piscando em minha direção.

Entendi que eu tinha o tempo dele terminar sua bebida para encerrar a ligação.

— Posso ligar mais tarde? Eu estou um pouco ocupada agora... — e tudo aconteceu de uma vez.

Jenny havia tropeçado, estava no chão rindo como uma idiota enquanto as pessoas tentavam fazê-la levantar.

Entreguei meu celular para primeira pessoa que surgiu em meu campo de visão e corri para socorrê-la, vendo que o salto dela havia quebrado.

— Você está bem? — perguntei colocando seu braço ao redor de meu pescoço, dando a ela o meu suporte para não cair.

— Agora eu entendo você, o álcool melhora tanto a vida. Eu não me sinto triste! — ela riu sozinha mancando comigo com a parte quebrada do salto em mãos.

— Não é tão bom assim, não depois — comentei colocando-a contra o banco para pegar a sua comanda e a sua carteira.

Dirigi-me para o caixa e paguei a nossas comandas, não ficou tão caro quanto o esperado, porém isso significava que eu teria pouco dinheiro restando em minha poupança.

Olhei na direção de Jenny e vi que ela estava girando de um lado para o outro no banquinho me esperando. Ao seu lado estava o filho do capeta.

Scott piscou em minha direção desligando meu celular para entregá-lo a mim, pelo jeito ele estava conversando com Gabriel e se Gabriel estivesse perto de Jason...

Eu realmente deveria ter ficado em casa.

Coloquei o celular dentro do bolso de minha calça e vi que o caminho até a casa de Jenny seria longo se ela fosse se arrastando, ainda mais com os pais dela em casa.

Eu a levaria para a minha casa, eu a levei para o bar, então eu cuidaria dela até ela melhorar.

Parei na frente dela, agachei um pouco falei para ela subir em minhas que eu a carregaria até minha casa.

Sem reclamar ela me escutou e passou os braços em meus ombros enquanto eu agarrava suas pernas para ela não escorregar. Minha sorte era que ela sempre foi mais magra que eu, então eu conseguia carregá-la. Se fosse qualquer outra pessoa meu plano seria um fracasso.

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