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CAPÍTULO 24

VOCÊ

O barulho dos talheres batendo contra os fundos das tigelas ecoavam pela humilde cozinha. É a primeira vez que ficamos sozinhas. Minhas tias já haviam voltado para suas casas, TaeHyung para Seul e ontem foi a vez de JiSoo ir. Confesso que não foi nada fácil me despedir dela sabendo que não voltaríamos a nos encontrar tão cedo, aliás ela é minha melhor amiga e apesar do pouco tempo juntas, eu a via como uma irmã.

ㅡ Você parece triste. ㅡ minha mãe disse diante do silêncio daquela refeição.

ㅡ Eu sinto falta do papai. ㅡ respondi sem rodeios levando o arroz até a boca.

ㅡ Não estou falando do seu pai. Eu conheço você muito bem, sei que esta tristeza estampada em sua face é muito mais que saudades dele.

Suspirei mastigando os grãos lentamente.

ㅡ Você sente falta da sua vida em Seul, não é mesmo?

Sim, mas não pensava em voltar. Tanto que já assinei eletronicamente minha demissão e combinei com JiSoo para que ela cuidasse de enviar os restantes de meus pertences que deixei no apartamento.

Definitivamente estava me desligando de tudo referente a minha antiga vida na capital. Não vou mentir, doeu como um inferno ter que deixar tudo que eu construí e vivi para trás. Mas sentia a necessidade de começar tudo de novo, do zero. E dessa vez quero fazer tudo por escolha própria e não por necessidade.

ㅡ Talvez. ㅡ respondi balançando os ombros. ㅡ Mas não vou embora. Não quero perder um minuto a mais longe de você.

ㅡ Filha, você não pode parar a sua vida por minha causa.

ㅡ Eu sei e é justamente por isso que eu não penso em voltar para Seul. ㅡ falei deixando os talheres de lado, ajeitando minha postura para direcionar-lhe toda minha atenção. ㅡ Eu fui para lá por vocês. Minha única motivação que me fazia levantar diariamente em uma cidade longe de casa, ter que driblar a enorme saudades e ir para uma empresa cumprir uma função que sonhei nem sequer para mim, era para ajudar vocês, ajudar o papai. Agora que ele se foi, não existe nada mais que me prenda lá.

ㅡ Tem certeza? ㅡ inquiriu pouco convencida.

ㅡ Tenho.

ㅡ Eu entendo, mas sinceramente, não consigo te imaginar feliz aqui.

ㅡ Mãe, sabe o que mais dói na morte do papai? Dói saber que ele morreu e a minha última lembrança dele foi a sete meses atrás. Sabe quantas vezes eu visitei vocês desde que eu me mudei para lá? Três vezes apenas! Em quase cinco anos, eu só visitei vocês três vezes! Perdi anos da minha vida longe da minha família, perdi os últimos anos do meu pai.

ㅡ Filha...

ㅡ Não quero ficar longe da minha família que agora resume-se a senhora.

ㅡ E se eu for com você?

ㅡ O quê?

ㅡ E se eu for morar em Seul com você?

ㅡ Porque a senhora faria isso?

ㅡ Eu também desejo um novo começo, uma casa nova, uma cidade nova, um emprego, uma rotina diferente. Não quero ficar aqui, não sem o seu pai. ㅡ falou calmamente. ㅡ Vamos vender essa casa, compramos outra em Seul com o dinheiro da herança.

ㅡ Mãe, a senhora tem certeza do que está dizendo?

ㅡ Já pensava nisso muito antes de seu pai morrer, pois, sabia que ele partiria a qualquer instante e também que eu não suportaria viver aqui sem ele.

ㅡ A senhora não vai ficar sozinha, eu estou aqui.

ㅡ Mas não para sempre. Você tem a sua vida, seus projetos e não quero atrapalhar ainda mais.

ㅡ Acho melhor a gente pensar com mais calma sobre esse assunto. Vender a casa é como se estivéssemos fugindo das lembranças do papai.

ㅡ Não é isso, nós nunca vamos esquecer dele e nem devemos. Porém, temos que continuar com a nossa vida ou vamos adoecer se nos entregarmos ao luto.

A observei ainda hesitante com sua proposta.

ㅡ Vamos dar um tempo, ainda está tudo muito recente.

Ela anuiu.

ㅡ E sobre o TaeHyung? ㅡ mudou de assunto mostrando uma expressão mais amena.

ㅡ O que tem ele? ㅡ desviei o olhar do seu, de modo a ignorar os efeitos que apenas ouvir seu nome me causavam.

ㅡ Eu que pergunto? Nós não tivemos tempo para falar sobre ele.

ㅡ O que a senhora quer saber?

ㅡ Porque não me contou sobre ele antes?

ㅡ Porque não existe nada entre a gente.

ㅡ Ah, você pensa que nasci ontem? Acha mesmo que alguém viajaria para outra cidade, perderia quase quatro dias de trabalho para ficar ao lado de alguém que não tem nada? É óbvio que ele gosta de você.

ㅡ Eu também gosto dele. Inferno, gosto mais do que deveria, mas é complicado.

ㅡ O que aconteceu?

Eu realmente não iria contar-lhe sobre os vídeos, sobre a morte de sua amante, a discussão com um possível criminoso, nossa última briga e o "Nada vai salvar seu pai!", pois seriam motivos suficientes para minha mãe odiá-lo totalmente. Para ser sincera, eu não queria isso, pois nem eu mesma consigo o odiar por isso. Ainda estava chateada, todavia sentia algo estranhamente forte que não poderia ser destruído pela mágoa que ele causou.

Dias atrás, quando minha mãe ligou dizendo sobre a morte do meu pai, jurei que nunca mais olharia na cara de TaeHyung. Pois, já estava chateada pelo nosso último encontro, mas quando a voz dela anunciou aquela frase, eu não senti tristeza, apenas raiva. Raiva por está vivendo aquilo que tanto lutei contra, por ver que todos os meus esforços para tentar atrasar sua doença, se foram com uma única ligação, por me lembrar da frase de TaeHyung e saber que ele tinha razão, nada e nem ninguém salvou meu pai. Contudo, quando o vi na porta do cemitério, aflito, a raiva que eu sentia se transformou em tristeza. Tae estava ali, redimindo-se com sinceridade e mostrando que se importava comigo, mais que isso, ele compreendia minha dor. Sabia melhor que ninguém o quanto estava doendo. No momento em que eu abracei senti seu conforto genuíno. Então eu chorei, chorei por tudo. Era como se minhas emoções, antes congeladas pela raiva, descongelassem no calor de seu abraço.

ㅡ Ele me magoou de verdade e tenho certeza que em algum momento eu também o magoei.

ㅡ Vocês dois deveriam sentar e conversar como adultos e só depois tomar alguma decisão. Pois, às vezes quando agimos diante de situações mal resolvidas, tomamos atitudes precipitadas e acabamos nos arrependendo pelo resto da vida.

ㅡ É... A senhora está certa.

ㅡ Pois é. ㅡ disse recolhendo a louça levando-as até a pia. ㅡ A louça é por sua conta.

ㅡ Sim, senhora. ㅡ falei revirando os olhos enquanto me colocava de pé com um sorriso pequeno.

Enquanto a louça era enxaguada, eu divagava sobre o que minha mãe havia falado. Pensava e repensava como se estivesse diante de um problema matemático e imaginava qual seria a melhor fórmula para obter a solução. Será que devo mandar mensagem para ele? Ligar? Nenhuma me apareceu, pois, não me sinto pronta para uma possível conversa sobre a gente.

Quando TaeHyung disse estar se apaixonando por mim, minha cabeça deu nós irreversíveis. Não conseguia dormir direito graças a isso e muitas das vezes pegava presa naquela cena várias e várias vezes seguidas, aquecendo minhas bochechas e meu coração.

Sei que pareci uma total covarde quando simplesmente o encarei após sua confissão e disse com a voz falhando algo como "É melhor você ir ou vai se atrasar." e então corri para longe. Acontece que quando meus ouvidos receberam aquelas palavras carregadas de uma sinceridade assustadora, fiquei desnorteada.

Desde o início em que nós começamos a ter uma relação além de chefe e secretária, me sentenciei a não misturar desejo e prazer com qualquer outro tipo de sentimento.

Pois, em minha cabeça, TaeHyung estava fazendo o mesmo, acreditei que seu coração tinha espaço apenas para SunHee. Me forçava a ignorar qualquer pontada de sentimentos que não fossem relacionados ao sexo, pois era o melhor para que ninguém se machucasse.

Além disso, tive muitos medos, medo de esquecer de tudo e ir com ele, do YoonGi, de seu passado, dele está confundindo as coisas e se enganado. Tantos temores que meu corpo reagiu da forma mais primitiva possível, fazendo-me correr de TaeHyung e sua possível paixão, sem poder dizer que talvez eu esteja me apaixonando também.

Mas agora, após longos dois meses, enfim eu tomei minha decisão final. Lado a lado com minha mãe, nossos pés tocam o solo da cidade que será o nosso novo lar, Seul.

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