CAPÍTULO 17
Caminhávamos pelo enorme espaço decorado com flores brancas e belíssimos lustres pendurados no teto. Garçons ziguezagueando entre os vários convidados vestidos das mais caras grifes conversando e bebendo entre si.
ㅡ Boa noite senhor Kim. ㅡ somos parados pelo presidente da nossa empresa, Jung Gaeul, uma versão mais velha de seu filho HoSeok. ㅡ Olá senhora _____.
ㅡ Boa noite senhor Jung. ㅡ TaeHyung falou e nos curvamos respeitosamente aos mais velhos, já que o presidente estava acompanhado por outros homens e mulheres.
ㅡ Mais tarde quero te apresentar alguém, o Diretor-executivo de uma empresa de publicidade. Seria ótimo se a Venus conseguisse algo com ele, já que nosso CMO não está aqui, e você tem uma lábia excepcional para negócios, gostaria que você estivesse junto de mim.
ㅡ Como quiser senhor.
ㅡ Ótimo, pode ir aproveitar a festa.
ㅡ Obrigado. ㅡ TaeHyung disse então saímos dali finalizando com uma breve reverência.
Seguimos pelo salão parando vez ou outra para cumprimentar alguns dos convidados que conhecíamos.
ㅡ Onde está o HoSeok? ㅡ Estranhei o fato de ainda não tê-lo visto, normalmente ele já teria vindo falar com o Tae.
ㅡ Ah, hoje é aniversário da mãe dele, então não vai poder vir.
ㅡ Porque o senhor Jung está aqui? Sei lá, ele não deveria estar com a esposa?
ㅡ Os pais do Hobi são separados desde que ele era uma criança.
Eu ia dizer algo referente, mas quando vejo que MinHo, acenando para nós com extrema animação, digo outra coisa:
ㅡ Estou indo ao banheiro.
Não é nada pessoal MinHo, mas sinceramente, não estou interessada em saber qual é o melhor iogurte para sua prisão de ventre.
ㅡ Ah, não. Não seja má. ㅡ TaeHyung choramingou.
ㅡ Bye-bye Taetae. ㅡ dou o primeiro passo para ir, porém, sua mão me mantém no lugar.
ㅡ TaeTae? ㅡ retrucou com um olhar reprovador. ㅡ Perdeu o respeito?
ㅡ Desculpa, senhor. ㅡ mordi seu lábio sutilmente aproveitando-me de nossa proximidade, lhe mostrei um sorrisinho e saí.
Com algumas dificuldades, eu caminhava entre as pessoas, em busca de um banheiro ou qualquer coisa para me distrair.
ㅡ _____?
ㅡ JiMin! Ele sorriu largo e me deu um abraço cordial.
JiMin separou-se do abraço mostrando um sorriso bonito.
ㅡ Você está tão linda.
ㅡ Você também.
ㅡ Obrigado. Então, está sozinha? Ou veio com o cão farejador do TaeHyung?
Eu tentei, juro que tentei, mas acabei rindo.
ㅡ Não fale assim.
ㅡ Como é JiMin? ㅡ Tae nos assusta.
ㅡ Como é o quê? ㅡ JiMin estufou o peito para intimidá-lo, mas era tudo brincadeira.
ㅡ Hyung, aqui está a sua bebid... _____?
ㅡ JungKook?
Passamos os instantes seguintes nos encaramos completamente inertes, enquanto sentia minhas bochechas queimarem. Porra, eu não acredito que nos reencontramos após tanto tempo. Minha nossa, como ele está diferente... Ele parece maior, não em estatura, mas como a de quem andou malhando. Seu rosto, por outro lado, é o mesmo, olhos grandes apesar dos traços asiáticos, lábios finos e inegavelmente atraentes, maxilar bem delineado, seus cabelos estão longos e caindo sobre os olhos. Ele continua muito bonito. Bom, Jeon JungKook era um amigo da faculdade, digamos que eu tinha uma quedinha por ele. Tá bom, confesso, um precipício. Eu deveria estar feliz por encontrar um amigo, mas acontece que foi com ele que eu passei a maior vergonha da minha vida. E vê-lo aqui é um gatilho para que eu me lembre de tudo, da minha primeira vez.
Foi na biblioteca da faculdade. Porra, já bastava não saber fazer nada, ter sentido dor, eu ainda tive que passar a vergonha de ter sido flagrada pela bibliotecária, trepando entre os livros de Hematologia. Foi um vexame, mas ela prometeu não nos mandar pro conselho desde que não repetíssemos aquilo. Confesso que por mais dolorido e vergonhoso, o fato de ter escolhido JungKook para ser o meu primeiro foi uma boa decisão. Porque meu deus, este homem tem pegada e acima de tudo ele foi muito paciente e cuidadoso comigo. Pensando bem, teria sido muito melhor se tivesse acontecido em um lugar apropriado.
ㅡ Se conhecem? ㅡ JiMin indagou com uma careta confusa.
ㅡ Sim, estudamos na mesma turma na faculdade. ㅡ respondi.
ㅡ Ah, legal.
ㅡ Conhece JiMin hyung? ㅡ JungKook pergunta para mim.
ㅡ Sim, nos conhecemos em um bar no mês passado. ㅡ explicou.
ㅡ Em um bar? ㅡ JungKook indagou voltando seu rosto a mim. ㅡ Você não costumava beber, o que aconteceu com você? Te corromperam? ㅡ brincou e rimos juntos.
ㅡ Eu era uma alma inocente até encontrar JiMin naquele bar.
ㅡ Se quiser eu posso corromper mais um pouquinho. ㅡ disse malicioso, porém ainda sim, com um sorriso brincalhão nos lábios.
Vejo de relance, TaeHyung revira os olhos completamente, indiferente a nós.
ㅡ Ah, JungKook este é Kim TaeHyung, um amigo do trabalho, é meu chefe.
ㅡ Vamos beber algo? ㅡ Sugeriu o Jeon.
Com a afirmação de todos seguimos até o bar, sendo servidos pelo barman. A conversa prolongou-se em trabalho e mais trabalho, até que JiMin e JungKook, que são da mesma empresa, começaram a falar dos desastres e vergonhas que já passaram. Riamos muito com as histórias.
ㅡ No final do ano passado, na confraternização de natal da empresa, os funcionários estavam fazendo aquele típico discurso de final de ano diante da enorme mesa. Estava completamente silencioso quando de repente, JungKook invade o local aos berros com os dentes de um Pinscher grudado na barra das calças. ㅡ JiMin contava aos risos. ㅡ Ele estava desesperado, gritando.
ㅡ Ele me mordeu se você quer saber, tenho até a cicatriz daqueles dentinhos diabólicos. E que caralhos aquele cachorro estava fazendo em uma festa da empresa?
ㅡ Era o cachorro da minha tia, ela veio de Busan para passar o fim de ano conosco, não podíamos largar ela sozinha em casa e ela não largava Apolo para nada.
ㅡ Saber disso não diminui meu remorso por ele.
ㅡ É regra, toda família tem a tia do Pinscher. ㅡ disse e JiMin concordou avidamente.
ㅡ Bom, se não fosse Apolo e seus gritos escandalosos eu nunca teria reparado em você. ㅡ JiMin disse lhe lançando uma piscadela.
ㅡ Ah claro, seu metido. Nunca reparou em mim só porque sou um simples secretário, não é filho do dono? ㅡ JungKook falou emburrado, mas esconde um sorriso descontraído com o bico forjado.
ㅡ Você trabalha com a Hillary, em um setor completamente diferente do meu. Aliás, porque faz tanta questão de ter a minha atenção gatinho? ㅡ JiMin disse acariciando sua mão sobre a mesa de forma maliciosa.
ㅡ Vai se foder JiMin. ㅡ JungKook puxou a mão para longe do toque do loiro e suas bochechas ficam coradas, o que dá mais motivos para o Park lhe zoar.
Eles continuaram a discutir.
ㅡ Senhor Kim, senhor Jung quer lhe apresentar alguém.
ㅡ Vamos. ㅡ me chamou estendendo a mão para mim.
Quando chegamos onde o senhor Jung estava, nos deparamos com um homem e uma mulher ao seu lado.
Ela não parecia ser coreana, tinha cabelos pretos e ondulados, olhos castanhos, pele leitosa e é bem baixa. Não pude deixar de reparar em sua barriguinha proeminente, provavelmente está grávida. Ele, por outro lado, era sério e inexpressivo e por mais que fosse o mais baixo dos homens ali, intimidava a qualquer um com aquele olhar frio.
ㅡ Senhor e senhora Mín, este é Kim TaeHyung nosso gestor de marketing e vendas. ㅡ nosso presidente disse. ㅡ E essa é _____, sua secretária.
ㅡ Prazer senhor e senhora Min. ㅡ mostrei um sorriso amigável me reverenciando.
ㅡ Prazer senhora _____ e senhor Kim. ㅡ a mulher estrangeira disse adoravelmente cheia de sotaque.
O silêncio pairou de repente.
Assustada pela falta de cordialidade de TaeHyung, o encarei e me assustei ao ver sua expressão.
Seus olhos arregalados são cativos aos do Min, brilhando pelas poucas lágrimas que se acumulavam. A respiração falhava, a mandíbula estava travada e seu corpo paralisado.
TaeHyung estava apavorado.
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