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Coragem! Sua covarde!


"Boa noite, minhas estrelas da madrugada! Aqui é A Voz, trazendo a vocês o que há de melhor – ou pior – nessa nossa noite de blackout misterioso. Vamos combinar? A cidade sem luz é o cenário perfeito para um terrorzinho básico, hein? Tá escuro, tá sinistro, tá delicioso! Nada como uma escuridãozinha pra fazer todo mundo lembrar o que é medo de verdade, né? Hahaha!"

A coisa começa a rir

"Mas espera, tem mais! As linhas estão fervendo com ouvintes dizendo que tão ouvindo gritos dos vizinhos. GRITOS, meus caros! Será que alguém precisa de ajuda? Ou será que tá rolando uma festinha privativa e esqueceram de convidar a gente?"

Uma ligação entra. A mulher começa nervosa. Sua voz treme.

"Alô... É... eu... eu tô ligando porque... porque... eu ouvi uns gritos, sabe? Do apartamento do Sr. Antônio. Tá muito estranho aqui. E... e a energia não volta... tá tudo tão escuro..."

"Minha querida! Que privilégio ter você ao vivo! Mas, olha só... gritos? Escuridão? Isso é música pros meus ouvidos! Agora me conta, você já foi lá dar uma olhadinha? Ou tá só ouvindo debaixo das cobertas?"

"Eu... eu não sei... tá muito escuro. E eu tô... tô com medo. Pode ser perigoso..."

Ele interrompe.

"Medo? Medo de quê, minha flor? Do escuro? Das baratas? Ah, vai me dizer que você tá com medo do Sr. Antônio! Faz o seguinte: vai lá, dá uma espiada, leva a gente junto. Fica na linha e vai contando tudo o que você vê. Vamos, coragem, minha heroína da madrugada!"

A mulher hesita, mas o desgraçado...

"Vai, vai, que a rádio inteira tá contigo! É ao vivo, meus amores! Aqui, a coragem ou a covardia vai ser transmitida pra cidade toda. Vamos lá, garota, surpreenda a gente!"

"Tá... tá bom... mas... mas eu não tô gostando disso. Parece que as ruas tão... mortas. Nem um som... só esse vento... gelado... Ai, meu Deus, eu acho que tem alguém olhando pra mim... mas eu... eu não vejo ninguém..."

"Ah, que delícia! Você tá criando um clima perfeito! Vai, continua, minha estrela. Me dá essa cena de cinema ao vivo! Tá chegando na casa do Sr. Antônio?"

"Sim... a porta... a porta tá aberta. Ele nunca deixa aberta. Tá... mais escuro ainda lá dentro. E tem... tem um cheiro horrível. Um cheiro... doce, mas também de coisa... podre. Ai, Deus, eu não quero entrar."

"Claro que você quer! Vai, entra! Mostra pra cidade inteira que você não é uma vagabunda covarde! Quem sabe o Sr. Antônio não tá lá... precisando de você?"

Ela entra na casa, tá quase... chorando, tadinha.

"Tá... tá tão frio aqui dentro. Meu Deus... Parece que tem algo... algo se movendo. Eu sinto... sinto como se alguém estivesse... me olhando. Não, não, tem alguém aqui! Eu ouvi um barulho vindo do andar de cima..."

"Talvez seja o Sr. Antônio... Que emocionante! Sobe as escadas, vai, vê se ele tá lá no quarto, esperando por você."

Ela hesita, chorando.

"Eu... eu não quero... tá errado! Tá tudo... tudo errado! Eu... eu não consigo..."

Ele continua incentivando ela.

"Ei, ei, ei! Não me decepciona, hein? Você já chegou até aí! Agora sobe! Vai! A audiência tá morrendo de curiosidade."

Ouve-se os passos dela nas escadas.

"Tá tão... eu não sei. Parece que o chão... tá pegajoso. Meu Deus, tem algo nas paredes! Ai... eu acho que vi... uma sombra... Não... não é uma sombra! É alguém! É ele? Sr. Antônio? É o senhor?!"

A ligação fica em silêncio por um momento. De repente, um grito demoníaco se faz presente, interrompido pelos gritos da mulher.

"AAAAH! ELE TÁ ME OLHANDO! ELE TÁ NAS PAREDES! MEU DEUS! ELE TÁ VINDO ATRÁS DE MIM! ELE TÁ... TÁ ESCALANDO AS PAREDES COMO UMA LAGARTIXA! SOCORRO! SOCORRO!"

A coisa ri descontroladamente, histérico.

"ESSA É MELHOR NOITE DA MINHA VIDA! Vai, minha querida, corre! Mas não desliga! O público precisa do grande final!"

Uma porta bate com força, a mulher chora alto, sussurrando entre soluços.

"Eu... eu não quero morrer, eu n-não que... quero morrer... Por favor... por favor..."

Silêncio.

"Alô? Tá tudo bem aí, minha querida? O que foi? Conta pra gente!"

"Ele... ele tá aqui... Ele tá... tá bem na minha frente..."

Um som seco ecoa pela ligação. Pancadas violentas. Ela grita... desesperada a princípio, mas sua voz se perde em meio as batidas; no início ocas, secas, depois molhadas, moles... como se carne estivesse sendo esmagada. Até que, novamente, silêncio.

A coisa aplaude energicamente.

"Bravo! Bravíssimo! Você foi incrível, minha querida. Que coragem! QUE CORAGEM! Agora, meus amores, quem será o próximo a dar uma espiadinha nos vizinhos, hein? Vai lá, talvez alguém também precise de... ajuda."

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