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[5] Mudanças

[Alex]

Não demorou para entardecer e Kathy tinha se comprometido em me levar de carro até o tal Vince, o conhecido que elas comentaram mais cedo. Eu não entendia como eu poderia ser de alguma ajuda para este Vince, mas conhecendo Sarah como eu a conhecia, muito provavelmente eu estaria muito longe da minha zona de conforto. 

Dentre nós, Sarah sempre foi a pessoa mais corajosa, principalmente no quesito de arriscar-se por algo incrivelmente estúpido, mesmo assim eu não podia deixar de admirar toda essa coragem que ela sempre demonstrou. Lembro-me de nossa adolescência, e eu sempre a invejava por ser quem ela era, enquanto eu fazia o meu melhor para esconder de todos o meu verdadeiro eu. 

[Para uma melhor experiência, leia este trecho enquanto escuta a música fixada no capítulo]

Aquela tarde em especial, estava bastante agradável e o clima era ameno, mesmo para aquela época do ano. O céu começava a adquirir um tom mais alaranjado, dando indícios de que o sol logo iria se pôr, o que criava um ótimo cenário. Aposto que se Sarah estivesse vendo isto e tivesse alguma coisa que lhe permitisse desenhar, ela diria para Kathy parar o carro naquele mesmo instante, só para que ela pudesse registrar aquela cena. Como eu tinha dito anteriormente, era hora de experimentar coisas novas, e por isso pedi para que Kathy parasse o carro ali mesmo.

No início, ela não tinha compreendido muito o que estava acontecendo, achou que eu deveria estar me sentindo mal, e acabou fazendo o que eu pedi, mas lançava-me um olhar preocupado.

Saí do carro com certa urgência e caminhei alguns metros pela calçada. De onde estávamos, era possível ter uma visão privilegiada da orla de Seattle. Sentei-me e passei a observar por um momento as embarcações que saíam e chegavam ao porto, enquanto aquele sol lindíssimo estava sobre nossas cabeças. Eu fiquei ali, admirando o horizonte que era tingido de amarelo e laranja, e mais algumas outras cores mais frias. O som dos carros que por ali passavam não diminuía a beleza daquela cena, e aquilo não me incomodou de maneira alguma, pois eram apenas estímulos passageiros.

— Está tudo bem? — Kathy perguntou enquanto aproximava-se de mim. Ela se sentou ao meu lado ainda preocupada. 

— Está sim — respondi sorrindo;  — Apenas estive pensando que se Sarah estivesse conosco e  notasse este pôr-do-sol e o belo cenário que ele compunha, ela faria algo parecido. — Completei enquanto mantinha minha atenção nos barcos que ali chegavam, no som dos pássaros que sobrevoavam as embarcações em busca de algum alimento fácil, as pessoas que transitavam de um lado para o outro na orla. Havia muita beleza contida naquele lugar para que eu simplesmente deixasse passar batido. Acho que em outra situação e um outro momento da minha vida, eu jamais teria feito algo do tipo ou até mesmo cogitado fazer algo assim, talvez começar a ter mais dessa coragem fosse um início para que eu pudesse fazer as coisas que eu realmente gostaria.

— Você tem toda razão, é bem a cara dela fazer isso... — Kathy me respondeu rindo, enquanto me olhava, desta vez, menos preocupada.  Passou a admirar aquele momento, aquele cenário junto de mim. Aquilo significou muito mais do que eu poderia imaginar, e talvez ter viajado para Seattle não tenha sido uma péssima ideia. 

Claro que parecia ser cedo demais para concluir isto, mas eu sentia que esta tinha sido uma ótima decisão, mesmo que eu não tivesse pensado muito nisso, quando eu simplesmente entrei no primeiro ônibus que estava partindo de São Francisco.

Algumas mudanças são realmente necessárias em nossas vidas. Àquelas palavras ditas por Sarah horas mais cedo, implicavam muito mais do que eu poderia ter imaginado quando eu a ouvi me dizer aquilo. Ainda sim, eu teria de descobrir muito mais sobre estas mudanças que os ventos sopravam e deixavam me velejando sem rumo.

— Obrigado —  disse de maneira tímida, e provavelmente baixo o suficiente para que ninguém mais ouvisse, mas Kathy olhou em minha direção e estava um pouco confusa.

— Não tem por onde ? ... — ela disse sorrindo e um pouco hesitante, enquanto colocava sua mão sobre meu ombro esquerdo e o apertava gentilmente.

— Vocês estão fazendo muito por mim... — pausei por um breve momento, enquanto suspirava aliviado. — Só de me permitir morar com vocês... — expliquei enquanto a alegria e a gratidão pareciam tomar-me completamente por dentro. Eu senti meus olhos ficarem marejados, e os sequei com meus punhos.

— E agora tem este emprego que vocês me arranjaram — disse agora olhando para Kathy, que era uma mulher muito bonita e mesmo que ela não fosse tão eloquente quanto Sarah, ela era tão ótima ouvinte quanto, e eu me sentia bem só de estar ao seu lado. Talvez em algum momento poderemos nos tornar tão amigos quanto eu e Sarah somos.

— Se isto fez sentido para você, fico feliz em te ajudar a concretizar e se apropriar disso — ela me disse enquanto voltava a olhar em direção do porto. 

Eu não pude evitar de sorrir, mesmo que fosse um sorriso tímido, mas ali estava toda a sinceridade do que eu sentia, bem como a gratidão por poder vivenciar aquilo. Mesmo que naquele momento estivesse passando por um furacão tão violento que varria tudo o que um dia eu tinha conhecido.

Permanecemos em silêncio por mais algum tempo, gozando apenas da companhia um do outro. Pessoas que por ali passavam, com toda certeza lançavam-nos olhares confusos e até mesmo cheio de julgamentos sobre que aqueles dois jovens estariam fazendo ali parados no acostamento, olhando na direção da orla. Algo que muitos não fariam por conta de suas vidas agitadas, que não lhes davam espaço para poder simplesmente parar por um momento e poder apreciar a beleza que existe ao redor deles — e sinceramente, eu não os culpo. Acredito que até mesmo eu estaria pensando o mesmo que eles, que o tempo é precioso demais para simplesmente gastar com algo tão trivial quanto apreciar um belo pôr-do-sol.

Acho que levei muito mais tempo, para enfim perceber que há muito mais nas pequenas coisas do que se é possível imaginar. Me foi necessário uma longa viagem para perceber que eu ainda poderia desfrutar de bons momentos, pois nem tudo tinha que ser uma tragédia o tempo todo. Pensar desta maneira, fez me sentir bem melhor do que vinha sentindo há tempos. E foi o suficiente para olhar para Kathy e então concordar que era hora de prosseguirmos.

Rodamos pela cidade por mais alguns minutos desde que tínhamos voltado para o nosso principal destino, estranhamente Kathy decidiu parar em um lugar que se assemelhava com um bar. Olhei confuso em sua direção, e como resposta Kathy uma vez mais sorriu, e desta vez desligava o motor do carro. 

— Apenas me siga... — ela gesticulou, enquanto abria a porta do condutor e saía. Eu não pensei duas vezes, e fiz o mesmo. 

Adentramos o bar, e o lugar ainda parecia estar fechado, pois não tinha cliente algum ali. Do lado direito do interior do estabelecimento, havia um grande balcão que eu julguei ser o bar, já que inúmeras garrafas decoravam a estante atrás dele. Em frente, tinha algumas poucas mesas e cadeiras, notei que também tinha um palco improvisado, onde bandas locais deveriam se apresentar.

— Katherine! — disse um homem que beirava seus sessenta anos, ele estava com seus braços abertos para recebe-la com um abraço; — E por onde anda Sarah? É tão estranho ver vocês duas separadas! — completou. 

O sujeito tinha seus cabelos grisalhos presos em um rabo de cavalo, seu rosto tinha traços firmes e sua mandíbula era bem desenhada. Ele tinha também pouca barba, que era igualmente grisalha, enquanto seus braços mesmo estando um pouco flácidos, carregavam inúmeras tatuagens. Ele vestia uma camiseta preta rasgada em seus ombros. Ele era alguns centímetros mais baixo que eu. Olhou curioso em minha direção.

Ele me mediu da cabeças aos pés, seus olhos percorreram meus braços que estavam expostos, graças a uma camiseta que eu usava. Eu usava um bracelete feito de turmalinas negras, em seguida, seus olhos se voltaram para meu pescoço, pois ali estava um pingente com uma pedra de citrino.

— Este deve ser o tal amigo, não? — ele disse ainda me analisando enquanto dávamos um aperto de mãos.

— Do tipo esotérico...— ele comentou e eu não pude deixar de sorrir levemente sem graça.

— Vou deixar vocês conversarem — Kathy disse enquanto se dirigia em direção a porta do bar. Ficamos em silêncio e acho que ambos esperávamos um ou outro iniciar algum diálogo.

— Bem ... — Vince iniciou dizendo, — Sua amiga disse que está procurando um emprego, e eu tenho uma vaga como ajudante de palco. — Vince começou enquanto olhava para mim, depois olhou para o palco que estava atrás da gente. Tudo o que eu pude fazer foi assentir mostrando que eu estava seguindo seu raciocínio.

— E o que exatamente eu preciso fazer? — perguntei e ele logo suspirou ao perceber que eu não tinha experiência alguma com este tipo de trabalho.

— Basicamente, cuidar das luzes do palco, ajudar as bandas que contratamos por noite a deixar seus equipamentos prontos para as apresentações — Vince explicava, mas olhou em direção as garrafas de bebidas alcoólicas, e pausou por um breve momento. — E de vez em quando, por que não me ajudar no bar? Por acaso sabe fazer algum drink? — sugeria, ao mesmo passo em que pensava se aquilo seria uma boa ideia ou não. 

Ele com toda certeza deveria ter alguma esperança de que eu não seria um completo inútil, que nem saberia o que estaria fazendo ali. E como eu odiava desapontar as pessoas, era exatamente como eu me sentia, ainda mais por não fazer a mínima ideia de como operar tais coisas, sem contar que nunca fiz drink algum em pouco tempo que sou legalmente maior de idade.

— Sarah me arrumou um bem complicado desta vez... — Vince comentou dificilmente contente por eu não ter experiência alguma trabalhando em bar. Continuamos a nos encarar, e eu tinha a esperança de que ele poderia pensar em me contratar após ouvir o que eu tinha para dizer sobre mim.

— Vou ser sincero, eu não sei fazer nenhuma destas coisas que o senhor mencionou, mas estou disposto a aprender tudo o que você tiver para me ensinar — não sei o que tinha dado em mim, mas mal percebi minha voz sair de dentro da minha garganta, até percebê-lo em silêncio, e muito provavelmente ele analisava o que ele poderia fazer comigo e se eu seria de alguma serventia. E para ser sincero, até estava começando a cogitar a possibilidade de ajoelhar e implorar por aquela chance, era isto ou voltar com o rabo entre as pernas até São Francisco.

— Se está tão disposto a aprender tudo isso, isto torna as coisas mais fáceis, acho? — Vince pausou enquanto pensava e encarava o palco vazio. — Venha amanhã mais cedo, temos algumas apresentações, então acho que posso te ensinar algumas coisas para que você possa nos ajudar a manter o "show continuando" — Vince disse fazendo trocadilho.

— Muito obrigado, senhor Vince — eu disse completamente descrente do que eu tinha ouvido. Tão facilmente eu tinha conseguido aquela chance, e a euforia que eu sentia parecia ser demais para suportar ao ponto de eu estar sorrindo de orelha a orelha e quase abracei Vince involuntariamente, que me olhou confuso.

— Só Vince — pigarreou e logo emendou. — É mais que suficiente. Senhor me deixa mais velho do que eu já estou —  disse com um ar sério, enquanto olhava-me esperando que eu me corrigisse.

— Claro se..., digo Vince...

— Assim está bem melhor! — ele comentou com um sorriso meia boca em seu rosto, — Amanhã começaremos, portanto, adeus, sim? — Vince disse quase me enxotando de seu bar, acredito que ele tinha alguma esperança de terminar seja lá o que ele deveria estar engajado momentos antes de Kathy e eu chegarmos.

Eu sai do bar de Vince com a sensação de que pelo menos eu tinha conseguido mais uma vitória depois de tantas batalhas perdidas, e baixas sofridas nestas últimas semanas, mesmo que ainda não fosse lá uma grande coisa e que possibilidade de eu não me ajustar a este trabalho fosse tão grande quanto a possibilidade de eu ter de voltar para casa da minha mãe — o que para mim definitivamente não era uma opção, portanto, para o meu próprio bem, eu tinha que me estabilizar rapidamente em Seattle e conseguir me manter neste emprego!



Oi pessoal, como estão?

Me digam nos comentários se vocês alguma vez pararam tudo o que estavam fazendo para simplesmente curtir o momento em que se encontravam?

Espero que o capítulo de hoje tenha sido bem agradável como foi para mim reescrevê-lo.

Obrigado por terem lido até aqui. 💜

Tenham todos um bom dia e vejo vocês na sexta-feira!

Beijinhos. 😘💜



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