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[4] Ofuscado por um momento

[Ben]

Semanas após acamparmos no Parque Nacional Olympic, Simon começou a mostrar alguma melhora em seu humor, claro que mesmo que ele não quisesse que o víssemos tristonho ou cabisbaixo, essas situações ocorriam pois ele ainda sentia saudades da antiga rotina que ele tinha ao lado de Greg. 

Sempre ouvi dizer que é bem difícil deixar certos hábitos antigos que possuíamos irem embora, acho que fica ainda mais difícil quando você passa boa parte de sua vida ao lado de alguém, que era tão presente em sua vida, em sua rotina. As situações não eram as mesmas, mas isso se pareceu bastante como quando eu comecei a ter que me desprender da sensação que tinha me acostumado a ter ao lado de minha tia, após ela ter falecido por conta de um câncer. Às vezes me pergunto, por que parece ser tão difícil nos desprendermos de algo que conhecíamos e nos abrir para o que está por vir, para algum novo caminho, mesmo que ele seja desconhecido?

Com Mack do outro lado de Seattle, os dias de folga que tínhamos dos ensaios para a peça de Amélia, eram muito bem passados ao lado de meus amigos da companhia. Sue e Meg, ouviram falar que uma artista internacional iria se apresentar no Parque Green Lake, o concerto seria completamente gratuito, o que acabou me chamando bastante atenção, afinal quando você passa a viver só e se sustentar, quaisquer opções de lazer que não venham com muitos gastos, sempre são muito bem-vindos.

Como provavelmente acabaríamos bebendo bastante durante o concerto, decidi por não ir de carro, peguei uma das linhas de ônibus que faz o trajeto pelas proximidades do parque. Sue, Meg e Simon já estavam me esperando, se não me engano, eles todos tinham ido mais cedo para poder se exercitarem por lá.

Confesso que eu estava bem animado para este show, eu mesmo não conhecia a artista que se apresentaria, provavelmente Meg tinha me mostrado uma ou outra música, mas acho que eu não tinha me atentado muito a melodia ou algo do tipo, mas tinha certeza de que ela não cantava o nosso idioma.

— O parque está bem cheio. Acho que é um artista bem famoso — Simon me enviou uma mensagem enquanto eu ainda estava no ônibus. Ele em particular, parecia bem animado com este show.

Desde a nossa conversa, Simon e eu ficamos ainda mais próximos, a ponto de que conversávamos praticamente todos os dias, e eu estava extremamente contente por ele estar se abrindo novamente para o mundo, ainda mais depois de um choque tão grande que é sair de um relacionamento em que você doou tudo o que você tinha e ainda um pouco mais, até não lhe restar mais nada.

Após alguns ensaios sempre saíamos pela cidade e tornamos como nosso programa secreto avaliar alguns rapazes que passavam pela gente, que nos chamavam atenção de alguma maneira. Pode parecer algo bem fútil ou infantil, mas era um bom passatempo.

Logo que eu desci na parada próximo ao parque, eu pude perceber que havia um grande fluxo de pessoas se dirigindo até lá, lembrei da mensagem que Simon tinha me enviado momentos atrás, e realmente parecia que aquele concerto seria algo bem grande, mesmo para um evento que era quase gratuito. Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Simon avisando que eu já tinha chegado.

— Já cheguei. Onde encontro vocês? — esperei algum tempo até que ele me respondesse. Pude ouvir não muito distante da entrada que havia alguém já se apresentando, eu esperava que não fosse a atração pela qual tínhamos marcado de assistir, eu me sentiria bem chateado se eu perdesse algumas músicas.

— Estamos perto dos quiosques onde vendem Smoothies — Simon respondeu após alguns minutos.

— O show já começou? — eu perguntei curioso em saber sobre o artista que já estava se apresentando no parque.

— Pelo que a Meg me contou ela se apresentará em alguns minutos — Simon me disse.

Continuei a caminhar pelo parque, e eu já tinha meu destino traçado, tinha que encontrar os tais quiosques, o que eu acredito que não seria uma tarefa tão árdua, já que eu conhecia o parque com a palma da minha mão, mas a quantidade de pessoas transitando de um lado para o outro, não ajudava tanto na procura. Passei mais alguns minutos caminhando até encontra-los.

O palco que a cidade tinha montado junto aos organizadores do evento, já estava visível para mim, era uma imensa plataforma, onde conseguiram arranjar um enorme telão que fosse visível para as pessoas que estivessem mais distante do palco, as luzes simplesmente pareciam dançar junto das imagens dos projetores e percebi que naquele instante já não estava mais tocando música alguma, e temi que a artista que eu e meus amigos marcamos de nos encontrar e assisti-la, estava prestes a começar o seu show. Havia pessoas de todas as tribos por ali, alguns rapazes não eram inteiramente de se jogar fora, diga-se de passagem, mas eu não tinha a menor intenção de me preocupar em procurar por alguém para beijar, não era a razão pela qual eu estava ali.

Eu consegui encontrar os quiosques, mas estava muito mais cheio do que eu esperava, então tive a ideia de começar a caminhar por entre a multidão até encontrar meus amigos. Repentinamente, a plateia começou a gritar e a aplaudir, olhei em direção ao palco, e lá estava a artista que Meg tinha mencionado. Era uma mulher muito bonita, e realmente não falava nosso idioma, mas ela arriscava dizer algumas palavras em inglês. Os tradutores então a apresentaram como Zaz, e seu show estava prestes a começar.

Compondo sua banda, tinha um violoncelista, um guitarrista, baterista e alguns violinistas, eu me perguntava que tipo de música ela deveria tocar, a aparência dela era de alguém bem jovial, até mesmo rebelde, o que de certa maneira, me chamou muita atenção. A primeira música começou a tocar, e as pessoas que deveriam conhece-la, já que começaram a gritar bastante, provavelmente deveria ser um dos grandes sucessos dela.  Zaz logo começou a cantar, e sua voz parecia muito agradável, era como uma daquelas sereias descritas em histórias de ficção de marinheiro. De onde eu estava, ela parecia estar em algum tipo de transe enquanto cantava palavras tão estranhas para mim.

Aquela sensação me pegou de jeito, não sabia como explicar, mas era como se a canção de alguma maneira estivesse conversando comigo, por um instante, parei de procurar pelos meus amigos, e decidi apenas apreciar o show. Quando ela parasse de cantar, talvez eu procurasse um pouco mais por eles. 

Fechei meus olhos e simplesmente permiti que aqueles acordes, aquele timbre, aquela sensação me invadissem por completo, eu me sentia abraçado de certa maneira, o que consequentemente também me trouxe certa euforia.

Quando a primeira música terminou, todos gritaram saudando-a, e eu também acabei me vendo como parte da multidão animada. Mais algumas músicas foram tocadas, e elas não se enquadravam em qualquer estilo que pudesse defini-la por completo, ela uma hora tocava algo semelhante ao rock, outrora sua música assemelhava-se ao pop, depois ao jazz, mas o que mais tinha me chamado atenção foi quando uma de suas canções mais me lembrou dos ciganos que tanto vemos em filmes, e que vivem uma vida completamente desprendida de quaisquer tarefas que nossa sociedade simplesmente parece nos aprisionar.

Eu me vi dançando, rindo e trocando olhares com diversas pessoas, que em meu imaginário, talvez estivessem sentindo o mesmo que eu estava. Foi naquele momento, em que alguém acabou esbarrando em mim, olhei para o lado e era Simon, que já estava se desculpando completamente envergonhado, ele me reconheceu e logo abrimos um enorme sorriso, e nos abraçamos.

— Por que você está sozinho? Onde está a Meg? — eu perguntei estranhando após nos desenrolarmos de nossos próprios braços. Ele pareceu um pouco desligado, mas depois voltou para o lugar onde estávamos, ele sorriu e então explicou após eu ter repetido minha pergunta.

— Ela estava atrás de mim, encontramos mais algumas pessoas da companhia que resolveram ir procurar por você, mas acabei me perdendo dela entre uma música ou outra — Simon explicou aos gritos e completamente sorridente. Outra música se encerrou e logo outra se emendou na lista feita pela artista e seus companheiros, todos gritavam e pareciam interagir com a cantora estrangeira.

Não demorou muito para que Meg toda animada nos encontrasse, o que foi uma tremenda coincidência, ela chegou toda barulhenta como sempre e me agarrou rapidamente, e enquanto a música tocava, ela me tirou para dançar algo que parecia com jazz, muitas pessoas ao nosso redor dançavam e cantavam, havia muita bebida por todos os lados. Todos estavam bem alegres, e a cantora também parecia estar bem animada, sempre puxando a plateia a cantar com ela.

Meg tinha decidido mudar seu visual, ela tinha tingido seus cabelos ondulados em um tom castanho cobreado, seu cabelo estava bem cheio e solto, o que era algo raro de se ver, ela estava usando um vestido todo estampado em flores e sem mangas, deixando a mostra seus braços tatuados e estava calçando um tênis branco. Meg tinha os olhos mais belos que eu já tinha visto, eles também carregavam uma tremenda sinceridade. Seus olhos eram de um castanho bem claro, se ela ficasse na luz do sol por algum tempo, eles acabavam por ganhar uma tonalidade na cor de mel.

Eu não tinha percebido antes, mas Meg tinha uma garrafa de cerveja em sua mão, o que ela fez questão de me passar de imediato, eu aceitei e bebi direto da garrafa, ela completamente animada, envolveu tanto a mim quanto a Simon em um outro abraço e nos disse:

— Ah, como eu amo vocês! — dando um beijo em nossos rostos enquanto nos puxava para mais próximo de seu corpo. Meg depois nos soltou e continuou a dançar junto com as centenas de pessoas que se divertiam no show da artista estrangeira. Simon também começou a dançar, e repentinamente eu olhei em direção de Meg que ao ver a direção ao qual eu olhava, notou como Simon estava completamente alterado, não parecia o mesmo rapaz tímido e quieto de sempre, nós demos risada ao perceber que provavelmente ele deveria ter bebido e fumado em seu suposto desaparecimento, até o momento em que ele me encontrou. Simon ocasionalmente esbarrava em mim bastante, e sempre que eu parecia sentir que eu deveria esbarrado em alguém diferente, e era ele, ele sempre estava me olhando, havia algo em seu olhar, eu só não sabia exatamente o que era.

[Para uma melhor experiência escute a música fixada no início do capítulo]

Continuamos todos dançando e cantando com nosso francês extremamente improvisado, entre um pulo ou outro, ou algum esbarrão que acabávamos por dar uns nos outros, e terminávamos rindo muito. Eu já não tinha ideia de quantas músicas já tinham tocado, elas eram todas animadas e eu parecia estar a todo momento em um estado de euforia, o que repentinamente se quebrou, o ritmo do baixo era um pouco mais lento, logo os outros músicos seguiram o ritmo, houve um piano ali também, era uma música romântica, eu logo saquei, as luzes que iluminavam fortemente o palco, logo diminuíram de intensidade, e Zaz começou a cantar.

Eu percebi que muitas pessoas que antes dançavam freneticamente, apenas moviam-se de um lado para o outro, algumas pessoas dançavam com seus corpos colados no ritmo lento da canção que era tocada, enquanto um ou outro casal trocavam beijos doces e apaixonados, olhei na direção de Simon que parecia tão animado, emocionado, e foi quando senti seu dedo mindinho encostar no meu, no primeiro contato, eles se separaram. O toque tinha sido tímido e levemente receoso, mas ele insistiu em mais um toque, e nossos dedinhos se entrelaçaram, eu percebi o que estava prestes a acontecer, olhei em sua direção, e ele estava me olhando, com seus grandes olhos verdes e pedintes, ele lentamente diminuía a curta distância existente entre nossos corpos, nossas mãos agora estavam grudadas uma na outra, simplesmente tomou a iniciativa e avançou em um beijo, que primeiramente foi completamente desajeitado, eu fiquei por alguns segundos completamente estático, sem reação, mas não demorei muito a aderir ao beijo, e nos envolvemos de um jeito que a música simplesmente parecia preencher naquele momento, tornando algo íntimo e especial, memorável.

A música que tinha começado tão rapidamente e o clima que ela tinha gerado por diversas pessoas, tão rapidamente se acabou, assim como a súbita coragem de Simon pareceu ter, foi embora juntamente com ele, o pânico em seus olhos era claramente explícito, ele estava com aquela cara que se perguntava: que merda eu fiz? 

E tudo foi tão rápido e repentino, que ele se virou e disparou por entre o mar de pessoas que simplesmente curtiam o show, em pouco tempo ele tinha desaparecido.

— O que aconteceu com Simon? — Meg perguntou confusa ao ter visto a cena de nosso amigo saindo as pressas por entre as pessoas.

— Um beijo aconteceu — eu expliquei enquanto eu olhava na direção em que ele saiu, tão confuso quanto nossa amiga.


Bom dia, meus amores!

Como vocês estão?

Espero que muito bem!

Depois de muito tempo de espera, consegui terminar a revisão deste capítulo. Levou muito mais do que eu gostaria para atualizar aqui, pois neste meio tempo muitas coisas aconteceram: minha gata tinha fugido de casa e eu mal conseguia me concentrar em nada, mas ela acabou voltando para casa ou deixaram ela em casa, o que importa é que a Pandora está bem e em casa novamente. ♥

Tive semana de provas no trabalho, consequentemente um prazo para entregar as notas para a coordenação. Agora que estou podendo respirar um pouco mais aliviado.

Espero que tenham gostado do capítulo, e me respondam nos comentários se já vivenciaram algum show em que foi tão memorável [seja lá qual tenha sido a razão].

Um beijo no coração de todos que leram até aqui. 😘💜

Não esqueçam de votar também. 

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