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[12] Fascinado

[Alex]

Havia uma sensação estranha que se apoderava de mim, mesmo aquele dia estando quente, eu sentia frio. Estava sentado no banco traseiro do táxi que me levava naquele mesmo instante até o restaurante que Ben sugerira que nos encontrássemos. Em meu caminho até lá, eu observava os diversos carros e pessoas que por mim passavam. Eu criava na minha cabeça, uma espécie de roteiro sobre tudo o que conversaríamos, já que não tivemos nenhuma outra ocasião para conversarmos desde que nos falamos por mensagens ontem à tarde.

Confesso que depois que ele me disse que mandaria uma mensagem com a sugestão de onde nos encontrássemos e a localização do ponto de encontro. Eu praticamente não desgrudei de meu telefone, trabalhei aguardando por uma mensagem sua, que apenas chegou horas antes de meu expediente se encerrar. Eu me perguntava sobre que tipo de pessoa Ben deveria ser, sobre quais seriam suas aspirações, suas paixões e sua história. Eu tinha certeza de que eu não me importaria em nada em ficar lhe ouvindo contar sobre sua vida, somente o tópico "Ben" me parecia interessante o suficiente para que passássemos horas falando sobre.

Em poucos minutos eu cheguei até o restaurante que havíamos combinado. Era um lugar especializado em frutos-do-mar, o que fazia muito sentido pelo fato de estar localizado praticamente do lado da orla. Ben me dissera que somente nos encontraríamos ali, e que não entraríamos no restaurante, e que se quiséssemos almoçar, havia uma variedade de restaurantes para visitarmos em nosso passeio pela orla.

Eu o aguardava encostado em uma parede próxima da entrada do restaurante, lá algumas pessoas passavam por mim e às vezes me encaravam confusas pelo motivo de eu não entrar. Tive de explicar uma vez ou outra que eu estava aguardando um amigo, o que era o suficiente para que eles seguissem seus caminhos. Talvez acabassem pensando que eu era somente um turista perdido, mas eu realmente não ligava, só de pensar que a qualquer momento estaríamos juntos, era o suficiente para enfrentar todo esse desentendimento.

Ben não demorou para aparecer. Seus cabelos dourados pareciam ter vida própria, enquanto a brisa vinda do mar parecia lhe recepcionar com tamanha gentileza. Ele estava vestindo uma camisa branca com sua gola larga em formato de "V", em seu pescoço haviam diversos colares feitos do mesmo material de uma das minhas pulseiras — pequenas bolinhas pretas, um deles tinha uma pedra que julguei ser uma turquesa, o que me fez pensar sobre qual signo ele deveria ter nascido. Ben caminhava em minha direção, acenando e ele carregava aquele belo sorriso que me cativara desde o momento em que eu o vira no karaokê algumas noites atrás.

— Espero não ter feito esperar demais — ele disse aproximando-se de mim, ficamos nos encarando por um breve momento. Tentávamos decifrar como nos cumprimentaríamos, e por fim, ele me abraçou e deu um beijo em minha bochecha.

Mesmo que eu tivesse ficado por poucos segundos, seus braços foram o mais próximo do paraíso que eu tinha chegado naquela tarde. Ele emanava uma energia tão tranquila e que simplesmente se contrapunha contra as minhas energias caóticas, sem contar que ele tinha essa capacidade de desarmar quaisquer defesas que eu criasse. O calor de seu corpo e seu perfume doce pareciam me deixar familiarizado com algo que eu já conheci, algo distante. Um nó formou-se em minha garganta, pois aquilo era tão próximo de estar em casa.

— Não faz muito tempo que cheguei, pode ficar tranquilo — eu disse tranquilizando-o, o que fez com que ele sorrisse novamente para mim e meu coração novamente pareceu derreter.

Quando desfizemos nosso abraço, eu pude perceber que ele tinha ombros largos e que era pouca coisa mais alto que eu. Ele suspirou aliviado, em seguida olhou em seu relógio e me perguntou:

— Você já comeu? Tem vários restaurantes legais por aqui.

— Está tudo bem, eu tomei café da manhã antes de vir para cá — respondi acalmando-o, ele anuiu e gesticulou para que o seguisse.

Ele passou a me guiar em direção a orla, que mesmo da distância em que estávamos, parecia ser muito mais bonita do que quando eu a observei no acostamento ao lado de Kathy, no meu primeiro dia em Seattle. Ben me conduziu pelo píer, onde eu não conseguia deixar de me sentir vislumbrado pela beleza do mar, em como haviam transformado a orla, que não era apenas para fins comerciais, mas também para o turismo. A maneira como ele me contava sobre aquele lugar, transparecia toda a paixão que ele tinha em viver naquela cidade, pelo menos aquela foi a impressão que tive, e foi uma ótima impressão [diga-se de passagem!].

Talvez um dia eu fosse capaz de amar Seattle da mesma maneira que Ben a amava. Caminhamos por horas pela grande extensão da orla, debaixo de um sol que não deu um minuto de trégua. Isso até pararmos em um restaurante para almoçarmos, o que relutei no início, pois não me sentia faminto, mas Ben conseguiu ser persuasivo o bastante para me fazer mudar de ideia.

Ben me levou até um restaurante que era completamente especializado em frutos-do-mar, e se ele queria que eu tivesse uma ótima impressão da cidade e de sua beleza, ele novamente se saiu muito bem-sucedido. Estávamos sentados em uma das mesas que nos dava uma ótima vista para o píer com seus navios cargueiros, e outros barcos que frequentemente acabavam trafegando por ali. A brisa vinda do mar tornava todo o cenário amável e memorável, e claro, Ben tinha uma capacidade incrível de conseguir conversar sobre qualquer coisa.

Assim como eu, ele gostava de astrologia, cristal-terapia, tarô e etc.

— Olhando para este cristal em seu pescoço, me pergunto se você é aquariano ou pisciano — eu lhe disse antes de pedir permissão para tocar em seu cristal.

— E pelo que você já conheceu até agora, qual seria sua teoria? — ele perguntou provocativo, enquanto apoiava seu queixo sobre as costas de suas mãos.

— Eu não tenho muita certeza. Você me parece aquariano, já que parece ser bem inovativo e suas ideias estão em constante movimento, dando a impressão de que tudo o que é fixo lhe parece desinteressante. Só que ao mesmo tempo, você tem essa alma de artista, você exala arte e parece sensível ao mundo ao seu redor, me dando a impressão que talvez seja pisciano. — Ele ouvia sem desviar o olhar, mostrando-se interessado, mas suas expressões não denunciavam se eu estava certo ou não.

Um silêncio se instaurou entre a gente, senti que talvez eu não fosse tão conhecedor da Astrologia como achei que eu fosse, mas logo em seguida, ele simplesmente me disse que eu estivera certo sobre ambos.

— Sou Aquariano, mas como tenho lua e ascendente em Peixes, acabo me identificando muito com este signo, embora eu também acredite que ao longo de minha vida absorvi um pouco de cada aspecto. Afinal eu sou um ator, nesse mesmo instante, esta poderia ser apenas uma máscara e desta maneira você não saberia se este é o meu verdadeiro eu — ele me dizia tão certo sobre si e sobre sua grande capacidade de adaptar-se a cada pessoa que entrava em sua vida, que aquilo me assustara um pouco, entretanto era exatamente o que o tornava cativante, único e que atiçava minha curiosidade e que me atraía. O fato de que fisicamente ele poderia ser uma pessoa, mas que eu poderia estar em contato com tantas outras facetas, de certa forma, me deixava fascinado.

— Bem, eu continuo aqui não é mesmo? Então te pergunto se estas outras facetas não seriam parte de todo um constructo de quem você é. Afinal, eu não acredito que somos sempre a mesma pessoa — ele sorriu como se não estivesse esperando por um raciocínio como aquele, porém ele nada me respondeu e continuou sorrindo. Ele desviou seu olhar por um instante e eu senti, que naquele momento eu deveria ter alcançado um lugar que ele não tivesse conquistado completamente.

— Você também é uma caixa de surpresas, não me parece libriano, por mais que você esteja inclinado a não chegar em uma resposta tão facilmente, ao mesmo tempo, consegue ser bem sensível e eu me atreveria a dizer que a água é bem vibrante em seu mapa, não é mesmo? — ele perguntou convencido de que tinha me decifrado. Eu sorri ao ouvi-lo tão interessado em manter-se no mesmo jogo que eu, mesmo que não estivéssemos jogando jogo algum, mas ele me passava a sensação de que ele não queria que eu descobrisse tudo sobre ele, pelo menos, não tão depressa.

A sensação de ter alguém quebrando a cabeça para te decifrar parecia ser algo tão interessante e prazeroso, como o Mito da Esfinge e sua célebre frase: "Decifra-me ou te devoro."

— Tenho lua escorpiana e o ascendente em Câncer — eu lhe disse, revelando um pouco mais sobre mim, uma recompensa em nosso pequeno jogo de enigmas.

Em pouco tempo o garçom havia aparecido com nosso pedido e continuamos nossa conversa enquanto saboreávamos um delicioso risoto de salmão,.Ben tinha sugerido que eu o experimentasse, ainda mais que este restaurante onde estávamos, era famoso pelo seu risoto de salmão, e sua fama realmente era bem-merecida. Com apenas duas garfadas, eu senti toda a antítese presente naquele prato, a mistura perfeita do doce com o azedo, me fez perceber que havia muito do mundo que eu ainda não conhecia e eu não me importaria nenhum pouco de descobrir mais sobre este vasto mundo ao lado de Ben.

Depois de uma refeição deliciosíssima, meu peito parecia querer sugar tudo o que passamos durante nossa tarde juntos, ao perceber nosso tempo estava se acabando. Ben encontrava-se em um estado contemplativo, e eu apenas apreciei aquele momento sem dizer absolutamente nada, eu poderia assisti-lo por horas e não me cansaria desta bela sensação de estar assistindo a uma peça de teatro. Ele me apanhou olhando para ele, então sorriu e me disse:

— Acho que você não pode ir embora sem ao menos conhecer uma das melhores vistas daqui — Ben falou enquanto caminhava apressadamente em minha frente. Ele me guiou segurando-me pelas pontas de meus dedos, e novamente pude sentir todo o calor de seu corpo sendo irradiado através de seu toque gentil.

Quando percebi sobre o que ele estava falando, lá estávamos a poucos metros da Grande Roda de Seattle. Eu senti minhas pernas bambearem, um frio passou a subir por minha barriga quando analisei a altura daquela roda gigante. Eu o olhei e todo meu interior queria simplesmente gritar e lhe dizer o quão louco ele deveria ser, se ele pensava em me levar até aquele lugar, e ao mesmo tempo, um outro lado, um que eu estava passando a conhecer e gostar, me dizia para simplesmente segui-lo. Talvez eu me arrependesse profundamente, mas o que eu teria a perder, não é mesmo?

— É seguro? — essas foram as únicas palavras que consegui juntar, ou que meu subconsciente protetor constantemente indagava-se.

— Você confiaria em mim um pouquinho mais? — aquela pergunta tinha sido tão apelativa, e novamente estávamos em nosso pequeno jogo, e ele tinha feito um movimento bem sujo, e sinceramente, eu não me importava em estar perdendo.

Eu fechei meus olhos e suspirei derrotado, em seguida, eu os abri novamente e lá estava ele vindo em minha direção uma vez mais.

— Dois tíquetes, por favor. — Eu o ouvi pedir.

— São treze dólares cada — disse o homem que sorriu ao compreender a mensagem por trás do sorriso de Ben. Talvez ele já estivesse acostumado ao ver pessoas querendo passar um fim de tarde romântico do alto da roda gigante.

Ele destacou os tíquetes e os entregou nas mãos de Ben, que lhe entregara os vinte e seis dólares.

— Aproveitem o passeio! — disse o homem.

Lá estávamos, atrás de uma pequena fila enquanto aguardávamos as pessoas que estavam dentro da roda gigante terminarem seu passeio. Eu por outro lado, observava aquela coisa mover-se tão vagarosamente, e internamente eu me perguntava sobre o quão alto aquilo conseguiria ir. Ben parecia estar divertindo-se e me observava em meu sofrimento silencioso e interno. Eu olhei para ele e sorri, era um sorriso de nervoso, já que eu não conseguia deixar de sorrir para ele.

Meu coração batia muito mais rápido por conta de toda aquela situação louca, estar com ele, estar prestes a cometer uma loucura, uma que eu não toparia se estivesse em plena faculdade mental. Depois de alguns minutos lá estávamos, nós dois sentados em uma cabine olhando para o horizonte que começava a ampliar-se conforme chegávamos cada vez mais alto no céu, por mais que a ideia fosse assustadora, por outro lado a visão que obtivemos era simplesmente surpreendente e valia à pena todo o sofrimento interno, e eu tinha um plus de ter Ben ao meu lado.

Ele aproximou-se de mim e disse em meu ouvido — Espero que hoje tenha sido inesquecível — Senti um arrepio quando sua boca esteve tão perto do meu rosto, sua respiração quente lambia meus ouvidos, eu ainda tive a péssima ideia de olhar para ele, vi aqueles olhos tão azuis quanto o mar que formava um imenso tapete sob nossos pés, senti um leve choque ao aproximarmos nossos rostos, senti que naquele momento tudo fazia sentido e minha intuição gritava para ouvi-la, e eu o fiz.

Fechei meus olhos e deixei meus dedos tocarem sua pele macia, sua barba ainda por fazer, seu perfume me envolvera completamente, enquanto a combinação do meu olfato e tato gravavam o toque de seus lábios sobre os meus. A suavidade de seu beijo, a urgência de ganhar território em cada centímetro de seus lábios, nossas línguas passaram a dançar, enquanto nossas bocas encontravam-se com mais intensidade. Eu sentia seus dedos prenderem-se em minhas costas, o calor que seu corpo irradiava parecia iluminar cada canto em mim que há tanto tempo havia escurecido.


Bom dia, pessoal!!

Como vocês estão?

Decidi soltar a revisão deste capítulo hoje por duas razões:

1. É o primeiro encontro do nosso casal!

2. É aniversário dessa linda estória! 

Hoje, "Essa Não é uma História de Amor Qualquer" completa dois anos de vida!! 

Obrigado aos que leram até aqui e ainda teremos mais novidades este mês!

Um beijo no  coração de todos!

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