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[11] Eufórico

[Alex]

— Dois dias... — eu repetia em voz baixa para mim mesmo, enquanto apoiava meu braço sobre o balcão do bar, com meu queixo repousando sobre minha palma aberta. Eu observava o vaivém dos garçons que revezavam ao pegar os pedidos dos poucos clientes que visitavam o bar naquela noite.

Reconstruí todos os passos daquela noite, recordo-me nitidamente de nosso breve e catastrófico diálogo. Ben parecia tão seguro de si mesmo. Sua confiança exalava por todos os poros de seu corpo, e seu magnetismo tão igualmente. De novo me percebi tão desconcertado. Gostaria eu de ser como os muitos jovens de minha idade, que simplesmente conseguem esquecer de tudo o que fizeram depois de beberem, porém eu não fui agraciado com este dom, o que torna tudo tão mais vergonhoso, tão mais embaraçoso.

Eu ainda podia ouvir claramente sua voz doce e melodiosa, e tenho certeza de que em algum momento acabamos trocamos nossos números. Acredito que talvez, ele tivesse ficado tão embriagado naquela noite que eventualmente esqueceu-se de mim. De todas as hipóteses que eu simplesmente criava, todas acabavam em duas possibilidades de conclusão: ele deveria ter me esquecido ou eu não era interessante o suficiente para que ele me ligasse. Apesar de que nada do que possa suceder daquela ocasião, possa mudar o fato de aquela noite foi perfeita, pois eu nunca tinha me divertido.

Sarah, Tom, Kathy e Cris ainda estavam nítidos em minhas memórias, porém a presença de Ben, era como se tudo o que estava bom, tivesse simplesmente ficado ainda melhor. Não acho que nenhuma quantidade absurda de álcool seria capaz de me fazer esquecê-lo. Ou talvez, este fosse só mais um sinal de que eu não deveria me apegar demais a felicidade, pois eu melhor do que ninguém sei, que é impossível ter tudo o que desejamos.

— Alex? —  Tom chamou enquanto chacoalhando sua mão direita praticamente em meu rosto para verificar se eu estava bem ou vivo. Eu sobressaltei quando percebi o quão próximo meu rosto estava de sua mão, e ele também acabou assustando-se com minha súbita reação.

— Tom? Ah... Desculpe... Precisa de algo? — perguntei um pouco hesitante. Envergonhado por estar devaneando, quando na verdade eu deveria estar mesmo era atento ao movimento do bar. Tom não pareceu ligar, ele tinha esse lado que simplesmente não ligava muito para as coisas, internamente, muitas vezes desde que nos conhecemos, eu queria ser exatamente como ele.

— Tudo bem... Só não deixe o Vince te pegar assim — Tom disse no intuito de me acalmar do susto que eu tinha tomado. Sorri ainda envergonhado, me escondendo atrás de minhas próprias mãos, e ele certamente continuou a falar.

— Preciso que você prepare a bebida do dia e um especial da casa, acha que consegue? — Tom me perguntou. Tentei me esforçar para lembrar os ingredientes de cada uma das bebidas. Ele continuou me observando com a sobrancelha arqueada, depois de alguns segundos, eu senti que algo tinha me vindo em mente e anuí para que ele continuasse a atender as outras mesas.

— Eu consigo, não se preocupe — eu falei. Em seguida comecei a preparar primeiro a bebida especial da casa, era a que eu mais tinha preparado desde que eu havia começado a trabalhar com Vince, quando eu não estava aos fins de semana ajudando Jeff com a parte técnica das apresentações musicais.

Levei alguns minutos preparando o pedido que Tom trouxera para mim, em seguida levantei minha mão, tentando chamar sua atenção pelo salão do bar.

— Você é o máximo, Alex! Só não fique sonhando com seu príncipe encantado — Tom disse me provocando e eu fiquei completamente vermelho. Eu sabia que eu tinha mudado de cor, pois senti minhas bochechas queimarem e um súbito calor, que fazia com que minhas axilas começassem a pingar de suor.

— Vai se foder! — eu falei gesticulando com meu dedo do meio, em seguida fiz um gesto para que ele levasse o pedido que ele tinha vindo buscar. 

Tom caminhou até o centro do salão equilibrando a bandeja com as bebidas em sua mão direita e rindo de mim. Talvez eu realmente estivesse me empoderando do meu papel de palhaço. Mesmo não recebendo nenhuma resposta de Ben nestes dois dias, eu não me sentia totalmente dependente de sua presença, pois eu sentia que eu tinha meus amigos, que sempre davam um jeito de me trazer de volta para a Terra, principalmente quando eu parecia estar fora de órbita.

— Ele fez de novo, não é? — disse Cristine cochichando no ouvido de Tom, depois que o rapaz tinha entregado o pedido e agora estava parado aguardando que alguém o chamasse novamente. 

Tom anuiu e sua amiga lhe confessou que aquela era apenas a terceira vez somente naquele dia, que eu tinha simplesmente saído de órbita. Os dois entreolharam-se e depois me encararam para averiguar se eu estava sonhando acordado novamente. Ao perceberem que eu os notei no exato momento em que eles me olhavam, eles começaram a rir. Não fizeram som algum, mas eu sabia que eles estavam apenas me provocando.

Aquela tinha sido mais uma outra noite de semana tranquila, pois não havia muitos clientes, apenas um ou outro grupo que apareceria para fazer um "happy hour". Eu me mantinha focado no balcão do bar, para ajudar Ian a fazer as bebidas que eram pedidas, entre uma bebida feita ou outra, acabei por sentir meu celular vibrar no bolso traseiro de minha calça. Me senti um pouco eufórico em pensar na existência da possibilidade de ser Ben, mas eu não poderia parar o que eu estava fazendo naquele momento para simplesmente verificar quem seria, por mais que o meu desejo fosse exatamente aquele. Depois que finalizei o último pedido que apareceu através de Cristine para mim, pedi para que Ian pudesse assumir por alguns minutos, enquanto eu ia até o banheiro, e foi o que exatamente fiz. Caminhei em direção aos fundos do bar, onde normalmente os músicos se organizavam para apresentarem-se na íntegra, quando as apresentações ocorriam aos fins de semana.

Abri a porta do banheiro e tateei o interruptor com minha mão esquerda, encontrando-o rapidamente, assim que eu o toquei, uma luz amarelada e fraca acendeu-se, e eu pude enxergar melhor. Fechei a porta atrás de mim e antes de fazer qualquer coisa, retirei o telefone do bolso da minha calça, dei dois toques de leve e percebi que havia uma notificação. Desbloqueei minha tela e para minha total decepção, não era ele.

Heey, bonitão.

Não ouvi mais de você desde seu aniversário há dois dias

A comemoração deve ter sido muito boa, não é?

Só não desapareça por tanto tempo de novo,

Vai nos deixar muito preocupados.

A notificação era de minha irmã, Kristen. A decepção de não ter sido ele, fez com que meu coração que já estava palpitante de euforia, ficasse um pouco pesado. Confesso que eu realmente quis chorar. Se Sarah me visse neste estado, com toda certeza me daria uma boa bronca, estaria dizendo que não posso simplesmente deixar um breve momento em uma noite de comemoração, simplesmente influenciar meu julgamento sobre as coisas que deveriam ser importantes para mim, e que sobretudo, eu o sequer conhecia.

Me desculpe, bebi bastante e fiquei de ressaca ontem o dia todo .

Vim trabalhar à noite e hoje cedo descansei e arrumei a casa.

Mas não se preocupe, tudo ocorreu bem.

Eu respondi.

Talvez não fosse a mensagem que ela mais gostaria de receber, mas era tudo o que eu poderia lhe dizer naquele momento.

Depois de respondê-la, me senti um pouco frustrado. Talvez o fato de ele simplesmente nem ter me mandado uma mensagem sequer, mesmo que ela não fosse necessária, me fez pensar que talvez eu devesse simplesmente enterrar estas esperanças. Em meu coração, eu queria simplesmente acreditar nessa premissa, mas eu sabia que com o tempo, eu eventualmente o esqueceria. Voltei até o balcão determinado a sobreviver a essa noite sem que eu ficasse pensando nas diversas situações hipotéticas que minha cabeça havia criado desde terça à noite.

[Para uma melhor experiência escute a música fixada no topo do capítulo enquanto lê esta cena]

O relógio marcava quinze para uma da tarde e o silêncio era a única coisa que me fazia companhia no apartamento. Tanto Kathy como Sarah estavam trabalhando naquele momento. Eu peguei meu telefone que estava em cima da mesa de cabeceira ao lado da minha cama, ao desbloquear sua tela percebi que haviam três chamadas perdidas de Kristen, provavelmente minha irmã ainda não tinha se habituado com meus horários. Prometi a mim mesmo que eu a ligaria assim que eu fizesse alguma coisa para comer. Olhei para as ligações recebidas, e não havia nenhum número que me fizesse lembrar se ele havia me ligado ou não, nem mensagens em minha caixa de entrada também não davam nenhum sinal de que talvez ele tivesse se lembrado.

Novamente fiquei frustrado em saber que criei expectativas demais, algo que era bem recorrente em meus relacionamentos passados. Me pergunto se algum dia eu seria capaz de deixar de criar expectativas.

Peguei outra muda de roupa do cabideiro, que eu tinha comprado para deixar minhas camisetas e calças penduradas, enquanto as roupas íntimas ficavam guardadas em minha mala. Em seguida, caminhei lentamente cantarolando "Love is a Battlefield" até o banheiro, onde fechei a porta atrás de mim. Olhei-me no espelho e percebi que eu parecia bem melhor do que na noite em que eu tinha chegado aqui em Seattle. Retirei as roupas que eu estava vestindo e liguei o chuveiro esperando que a água esquentasse, assim que o banheiro começou a ficar com um pouco de vapor d'água, decidi que era hora de finalmente entrar.

Deixei a água cair sobre meu couro cabeludo e escorrer pelo meu rosto, enquanto meus olhos estavam fechados e a memória da noite em que eu e Ben cantamos juntos invadia meus pensamentos. Senti meu coração bater ligeiramente mais rápido, eu conseguia ouvir sua voz nitidamente, enquanto recordava-me de nosso dueto. Abri meus olhos e constatei que eu ainda estava só no banheiro, e uma sensação de decepção me invadiu repentinamente, mas evitei render-me a ela.

Checar o telefone por algum sinal de mensagem meio que havia se tornado um hábito para mim, confesso que desde que eu cheguei em Seattle, eu praticamente nem dei tanta atenção ao meu telefone, minhas redes sociais ou qualquer coisa do gênero. Estava focado em viver cada dia por completo. Entretanto, os últimos acontecimentos até que mudaram um pouco a direção dos ventos, eu mesmo estando um pouco alterado por conta do álcool, pude perceber que alguma coisa tinha rolado ali.

E para minha surpresa, havia sim uma notificação de uma nova mensagem. Olhei bem para o número do destinatário, era um número que não havia identificado. Não mentirei que parte de mim sentiu-se um pouco esperançoso por ser ele, e outra parte me dizia que deveria ser alguma mensagem gravada da operadora do meu telefone. Eu respirei fundo e abri a mensagem.

"Desculpe aparecer depois de tanto tempo,

Você pode não querer acreditar em mim,

Mas eu não estava fazendo nenhum jogo, eu detesto essas coisas.

Não o contatei antes, porque eu estava enrolado com algumas coisas,

E na terça, bem eu não estava tão bem, após passar da conta na segunda à noite

Espero que possamos conversar mais vezes, se quiser pode salva o meu número.

Beijos e Abraços

Ben."

Eu li e reli aquela mensagem várias vezes, digitei diversas respostas possíveis, mas nenhuma delas pareciam boas o suficiente ou demonstravam desespero demais de minha parte. Soltei um grito frustrado, eu não sabia exatamente o que responder, deitei-me em minha cama e o telefone ficou ao meu lado.

Fiquei pensando um pouco sobre a mensagem que ele me mandou, e minhas esperanças tinham se renovado, juntamente com alguns outros medos. Fechei meus olhos e me transportei novamente para o palco que dividimos, lembrei de cada olhar, de cada segundo que passamos juntos cantando Love is a Battlefield.

Abri meus olhos determinado, peguei meu telefone e o escrevi:

"Tudo bem, não precisa se desculpar

Temos nossas vidas fora daquele espaço que nos encontramos

Confesso que foi bom ter notícias de você!

Beijos e Abraços."

Fiquei encarando meu telefone, relendo o que escrevi e quando menos esperei, recebi outra mensagem dele.

[Ben]:

Bom Dia! (Ou melhor Boa Tarde) haha

Não me esqueci de você... Como você está?

[Eu]:

Se para você Bom Dia estiver ótimo, que bom dia seja... haha

Estou contente em saber que não esqueceu de mim xD

Eu estou bem e você?

Okay! Talvez aquela não tivesse sido a melhor forma de dar continuidade a conversa, mas eu estava tomado por um estado de euforia intensa, que eu pouco estava raciocinando sobre o que eu estava dizendo, simplesmente saiu. Quando percebi o que eu tinha escrito, minha barriga começou a remexer, eu comecei a ficar trêmulo e sentir um pouco de calafrios.

[Ben]:

Estou bem também.

Realmente não foi minha intenção, mas posso recompensá-lo por isso, o que acha?

[Eu]:

Não sei...

Mas se você realmente for manter sua palavra, tenho uma ideia ou outra. xD

[Ben]:

Que atrevido! 

Confesso que aquela não foi a melhor resposta, nem tinha me ligado que aquilo poderia significar tantas coisas, será que ele tinha levado para aquele lado?

Eu não acharia ruim, nem nada termos algo mais físico, afinal, ele era muito bonito e somente o fato de imaginar sua presença me deixa todo arrepiado, mas realmente não queria passar essa imagem.

[Eu]:

Não era bem isso que eu quis dizer :$

Você é de Seattle?

[Ben]:

Eu sou sim e você?

[Eu]:

Vivo em Seattle agora, mas eu vim de São Francisco

A mudança foi bem recente.

[Ben]:

Sério? Jamais teria imaginado!

E tem gostado daqui?

[Eu]:

Tenho sim, Seattle me parece um lugar muito bonito.

Ainda preciso conhecer mais...

[Ben]:

Acho que precisamos mudar isso, então...

Eu posso te mostrar os pontos turísticos da cidade.

O que acha?

Fiquei completamente paralisado quando terminei de ler a última mensagem, digo seria muito bom conhecer mais da cidade onde vivo, mas com um ótimo "plus" do Ben me mostrar a cidade, isto estava indo muito além do que eu tinha esperado ou sonhado. Eu estava ficando cada vez mais eufórico naquele momento, e rindo sozinho enquanto eu caminhava em direção a cozinha para preparar bacon e ovos para comer com as panquecas que Kathy tinha deixado para mim.

[Eu]:

Eu adoraria!

Que lugar você me recomendaria para conhecer primeiro?

Lembrando que o máximo que eu conheço (de vista, diga-se de passagem)

É a Orla de Seattle

[Ben]:

Ah, tem tantos lugares legais

Mas acho que seria interessante começarmos

Já sei...

Vamos conhecer a Orla da Cidade, você só passou por ela

Pelo menos foi o que eu entendi.

[Eu]:

Isso, passei de carro com uma amiga, mas não paramos

Para mim estará ótimo

Será um lugar a menos para riscar na sua lista

Haha

[Ben]:

E quando você estará disponível?

[Eu]:

Podemos amanhã à tarde, o que acha?

Você estaria disponível também?

[Ben]:

É perfeito!

Estava receoso que não conseguiríamos também conciliar nossos horários.

[Eu]:

Perfeito!

Quinze para uma, é um ótimo horário?

[Ben]:

Sim, depois te mando a localização de onde nos encontraremos...

Preciso voltar pro meu ensaio

Xoxo

Boa tarde, pessoal

Como vocês estão?

Demorei um pouco para soltar este capítulo, mas aqui estamos...

Please, não desistam de mim... rs

Espero que tenham gostado da leitura.

Deixem seus comentários e o voto, se possível, please!

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