Capítulo 2
Érica
5 anos depois
– Droga. – gritei enquanto fui correndo – Chegarei atrasada.
Dessa vez exagerei estudando até tarde da noite, nem tive tempo de fazer o café da manhã para o papai.
Olhei o meu celular e vi que faltam quatro minutos antes de fechar os portões do colégio. Levarei punição se eu chegar atrasada e não conseguirei fazer a prova final.
– Não tem outro jeito.
Sei que papai me mataria se descobrir que farei isso, mas não posso chegar atrasada.
– Anik, preciso de você.
Respirei fundo e só minhas pernas ficaram cobertas por escamas brancas com listras pretas. Por impulso dei um grande pulo e subi em cima de uma das casas, rapidamente fui correndo e pulando nos telhados das casas.
Continuei até finalmente chegar ao colégio, me escondi até minhas pernas voltarem na forma humana e corri até o portão.
– Érica. – o guarda olhou o seu relógio e sorriu – Chegou trinta segundos antes, muito bem.
– Que bom. – entrei e acenei enquanto fui afastando – Até mais.
– Boa sorte na prova. – gritou de volta e fechou os portões.
O sinal tocou e corri para minha sala, no caminho comprimentei as zeladoras e cheguei a tempo na sala. Mas quando fui me aproximando da sala.
"Érica, colocaram de novo.", disse Tina, uma idosa fantasma.
– Sério?! – suspirei.
– A aula começou, entre na sala. – atrás de mim veio a professora de geografia e foi indo até a porta.
– Espere. – rapidamente fui a frente dela.
Toquei a maçaneta e abri a porta com o meu chute, foi que vimos um balde cheio de baratas caindo no chão.
A professora gritou alto enquanto eu fui matando a maioria das baratas e outras fugiram, a professora só se mexeu quando se afastaram.
– Quem é responsável por isso? – gritou a professora pra sala toda.
Nem preciso adivinhar quem foi, sei que é a popular na sala, Estér.
Ela ainda está brava comigo porque o namorado terminou com ela só para eu ser a próxima namorada dele. Dei um grande não e mesmo assim ele não parar de tentar me conquistar, isso deixou Estér uma fera.
Já jogou comida nas minhas roupas, riscou minha mesa com palavras como “Cobra Gorda” e rasgou um dos meus cadernos. Mas não deixei minha raiva me controlar, só fiquei quieta e seguir em frente.
– Ninguém vai falar? – perguntou a professora e todos ficaram quietos – Tudo bem, então todos não farão a prova final e passaram o dia todo na diretoria, menos a Érica.
– Não é justo. – gritou um dos alunos.
– Então falam quem é responsável por isso.
Ninguém quer ter Estér como inimiga, já que o pai dela é um general e tem muitos contatos.
– Ok, então não tem outra escolha.
Depois que terminei as provas finais, a professora de geografia sorriu para mim:
– Parabéns, tirou grande nota e soube que passou em todas as matérias. – sorriu ainda mais – Depois da sua formatura na semana que vem, tem uns supervisores que estão interessados com as suas notas e querem você nas universidades deles.
– Muito obrigada.
– De nada, foi graças ao seu esforço, nós estamos orgulhosos de você. – me entregou um dos folhetos das faculdades – Até a formatura, use esse tempo para pensar em qual universidade você está interessada.
– Ok.
Agradeci de novo e saí da aula.
Estiquei meu corpo e bem aliviada que passei todas as aulas no último ano do ensino médio. Agora que as aulas acabaram, tenho que pensar nas universidades e contar para o papai.
“Parabéns, sabia que conseguiria.”, Tina sorriu.
“Que pena, sentirei sua falta, agora como conversarei com um outro ser vivo?”, disse Raul, garoto fantasma com marcas de queimaduras nos braços.
“Ver nos visitar, ok?”
– Tudo…
Quase caí e me equilibra. Notei que o chão está bem molhado. E apareceu Estér parada na minha frente e acompanhada de dois garotos.
– Onde pensa que vai, Cobra Gorda e Velha? – riu Estér.
Ela me chama assim por causa do meu cabelo branco e eu ser meio gordinha.
– Não tenho nada pra… – tentei me afastar até os garotos se aproximaram de mim.
– Eles estão bem bravos, repetiram de ano por sua culpa. – Estér sorriu – Precisa pagar por isso.
Droga, não quero brigar.
“Se eu estivesse vivo, daria um bom chute em você.”, rosnou Raul.
– Não faria isso se eu fosse vocês. – gritou uma voz bem familiar.
Atrás de mim apareceu Daniel.
Um garoto bem alto, corpo forte, cabelo pintado de loiro, pele negra bem bronzeado, vestindo uma camisa com desenho de lobo, e usando calça jeans rasgados.
– Sabe que não pode entrar aqui. – suspirei.
– Bom te ver também, florzinha.
– Quem é você? – perguntou Estér.
– Ela é a favorita do Chefe. – Daniel se aproximou dos garotos e mostrou sua tatuagem de camaleão – Quando mexem com ela, mexem com ele e todos nós.
Os garotos arregalaram os olhos e fugiram correndo, Estér ficou bem irritada e foi embora correndo.
Claro que ficaram com medo do membro da Gangue dos Escamas, até a polícia têm medo deles. Mesmo eles não fazendo crimes graves, são bons de briga, principalmente por defender o território.
– O que está fazendo aqui? – perguntei.
– Chefe pediu para eu te buscar para o treinamento. – respondeu Daniel.
– Já falei que não quero mais aprender a luta. – falei séria – Já sei controlar minha alma animal.
– Qual é… – sorriu Daniel indo ao meu lado – Nem sempre vou está ao seu lado para te proteger.
– Nem preciso da sua proteção.
– Sério?! – sorriu e se aproximou mais de mim.
– Sair – dei leve empurrão nele.
“Não seja grossa com seu namorado.”, Tina riu.
– Ele não é. – gritei.
– Seus amigos fantasmas ainda estão torcendo por mim? – Daniel sorriu.
– Calado.
Desde que minha alma animal se manifestou, as coisas mudaram muito.
E tenho dons cada vez mais estranhos.
Consigo ver os espíritos dos animais e até dos humanos falecidos. Tina e Raul foram os primeiros espíritos humanos que vi. Me contaram que foram vítimas do incêndio que aconteceu no colégio há trinta anos atrás.
Digamos que virei muito amigo do Raul com suas brincadeiras. E uma professora particular depois das aulas.
E pior é o Chefe tentando fazer que eu treine mais depois das aulas, mesmo eu já sabendo controlar minha alma animal.
– Vamos, Chefe vai me matar. – implorou Daniel – Por favor.
– Não é não.
– Então que tal passar seu aniversário na Balada Selvagem? – Daniel colocou seu braço no meu ombro.
– Não posso, tenho compromisso com meu pai.
– Seu pai era DJ Escama, com certeza deixaria ir com seus amigos. – disse Daniel. – E vou cuidar para que nenhum macho fique em cima de você.
– Obrigada, mas não quero festa hoje. – falei séria – Só quero passar um tempo com meu pai.
– Pena, ficarei muito triste.
– Mas eu fico feliz por não sentir esse seu cheiro de lobo fedido na festa.
– Sou um Canino Pastor Belga, não um lobo. – bagunçou meus cabelos.
A alma animal do Daniel é um cachorro do tipo pastor belga.
– Pare. – gritei o empurrando forte.
– Florzinha.
– O quê? – suspirei.
– Aqui – ele me entregou uma caixa de presente meio pequeno – Seu presente de aniversário de 17 anos.
– Obrigada. – agradeci.
O celular dele tocou e ele viu uma mensagem.
– Tenho que ir, alguém está criando confusão. – sorriu e foi correndo – Até mais, florzinha.
Florzinha, ele me deu esse apelido porque disse que tenho cheiro de flores.
Andei devagar, quando cheguei em casa e pelo cheiro percebi que papai está em casa. Abri a porta e o encontrei olhando na janela e assustado quando me viu.
– Érica, me assustou.
– Pai, tudo bem?
– Está tudo bem filha. – sorriu e tocou no meu rosto – Só estou com dor de cabeça.
– Está com muita dor?
– Vou ficar bem depois que eu descansar, por isso quero que você saia com amigos para comemorar seu aniversário.
– Mas…
– Está tudo bem, você merece. – sorriu – Soube pelo seu colégio, estou muito orgulhoso de você.
– Muito obrigada.
– Mas, filha… – falou bem sério – Quero que você aprenda a luta e se defender.
– Pai…
– Eu sei, mas é pelo seu bem. – notou minha raiva e tocou nos meus cabelos – Amanhã vamos conversar mais sobre isso, hoje você vai festejar muito e volta pra casa à noite, certo, filha?
– Sim, pai. – suspirei.
– Essa é minha garota. – deu longo sorriso – Fale por Daniel para não exagerar se não vou atrás dele com um veterinário para castrá-lo.
– Somos só amigos. – rosnei – E ele é muito imaturo.
– Eu também era quando conheci sua mãe e olhar o que aconteceu. – riu e olhou pra mim.
***
Como pedido do papai, saí de casa e fui no bairro do Chefe.
Mas antes eu quis ficar um pouco sozinha no rio ao lado da floresta. Fiquei tocando no meu colar e preocupada com o papai.
"Olá, Érica.", me chamou enquanto se aproximava de mim.
– Oi, Sábio. – acariciei sua cabeça e ele deitou no meu colo – Como está?
"Tudo bem, pegando muitos ratos e andando por aí."
– Você sumiu ontem.
"Eu estava visitando uma amiga."
– Uma amiga, hein?! – sorri.
"Nem vem, ela tem um macho, filhos e muitos netos."
Sábio está ao meu lado desde que eu tinha 12 anos, estranhei que estou entendendo felinos. Papai disse que esse é o dom da minha mãe, Língua dos Felinos, então Sábio me ensinou a usar esse dom.
Não só entendo e falo com felinos, parece que também posso controlá-los às vezes.
Uma vez vi um homem bêbado maltratando um gatinho e desejei para ele aprender uma missão. E soube no dia seguinte que ele foi encontrado na rua todo machucado com marcas de garras e mordidas de gatos, e Sábio disse que os gatos fizeram isso porque mandei.
"Oi Érica, trouxe mais delícias?", perguntou Verdinho se aproximando.
– Aqui – falei entregando uma caixa com ovos de codorna.
E foi que vi a caixa de presente que Daniel me deu.
"Um presente, de quem?", perguntou Sábio curioso.
– De um amigo.
"Abre, estou curioso.", disse Verdinho.
Abri a caixa de presente e vi uma pulseira de ouro junto com pequenos pingentes de flores. Coloquei no meu pulso esquerdo e sorri pelo lindo presente do Daniel.
"É do seu macho?", perguntou Sábio.
– Não tenho nenhum macho. – falei meio brava.
"Mas aquele humano cachorro fica o tempo todo no seu pé.", comentou Verdinho.
– Seu… – rosnei segurando a cabeça dele.
"De… Desculpa."
Um movimento da água do rio me chamou atenção, soltei Verdinho e aproximei da margem. No meio do rio vi algo branco, depois de revelou mostrando olhos azuis me encarando e pela grande cabeça reconheci que é uma anaconda branca.
Uma anaconda branca e olhos azuis?!
Ela me encarou mais um pouco, depois entrou mais fundo do rio e desapareceu.
– Espere, vem aqui. – a chamei e nada.
– Verdinho, conhece ela?
"Nunca a vi."
– Sábio… – o chamei, notei que ele está parado e olhando por rio.
"Tenho que ir", disse antes de ir embora correndo.
"O que deu nesse gato?", perguntou Verdinho.
– Não sei.
***
Nem preciso de permissão dos guardas para entrar na boate, todos os homens do Chefe me conhecem desde que eu era bebê e são amigos do meu pai.
Entrando soltei minha cauda, todos os Humanimais podem se revelar dentro da boate sem se preocupar com as pessoas comuns. Vi muitos Humanimais dançando uma música eletrônica e luzes coloridas brilhando em espaços escuros.
– Amiga, você veio. – gritou uma mulher anã me abraçando.
A Elaine de sempre mesmo na sua forma furão humana.
– Bem raro aparece aqui. – Elaine sorriu.
– Vim festejar um pouco.
– Ótimo, tem uns Humanimais Lobos e acho que você vai adorar. – puxou um dos meus braços.
Primeiro chegamos no mini bar onde as mulheres dos homens da gangue trabalham entregando bebidas, Elaine trabalha com elas e quando está de folga, adora dançar muito.
– Lobinhos, essa é a minha amiga. – disse Elaine me apresentando para três rapazes sem camisa e usando só calça jeans.
– Olá – o mais alto sorriu pra mim – Qual é seu nome?
– Érica.
– Seu nome é bem lindo, como seu rosto.
– Cuidado, ela é protegida do Chefe. – atrás de mim veio Daniel e tocou no meu ombro.
Ele está na sua forma pastor belga humano, boa forma de um canino na versão humano.
– Cachorrinho, ela é muito areia para você. – disse um dos rapazes.
– E pra vocês também. – ele se aproximou mais de mim.
– Ora seu…
– Calma, machos – gritou Elaine.
– Que tipo de Humanimal ela é? – perguntou um deles e se aproximando – Aposto que é Humanimal Gata.
– Cheiro dela é… – mais alto me cheirou – Estranho, é felina ou…
– Me solte. – tirei o braço do Daniel e saí correndo.
Elaine entendeu e me seguiu, ela sabe que não gosto de falar sobre que tipo Humanimal que sou. Já que sou meia Humanimal Tigresa e meia Humanimal Anaconda.
Sentei numa poltrona afastada das pessoas e Elaine sentou ao meu lado.
– Amiga, escondi um refrigerante na geladeira, você quer?
Assenti e ela foi correndo.
– Érica, posso? – perguntou Daniel e apontou para cadeira na minha frente.
– Pode. – deixei e ele sentou ao meu lado.
– Estou vendo que está usando meu presente.
– Obrigada, é muito lindo.
– Valeu a pena passar horas extras como segurança da boate.
– Você… Segurança?! – ri.
– Tenho músculos, florzinha. – sorriu mostrando seus braços meio fortes – Até lutaria contra aqueles cachorros selvagens.
– Eles têm mais músculos que você.
– Faria mesmo assim, ninguém iria magoar essa bela flor.
– Que cantada fraca. – o empurrei fraco e rimos.
– Daniel. – Elaine o chamou – Por que não se declara logo?
– Somos só amigos. – Daniel e eu falamos ao mesmo tempo.
– O DJ de hoje faltou, Chefe quer que você o substitua. – disse Elaine enquanto me entregava um refrigerante.
– Tudo bem – sorriu Daniel – Farei isso para a bela aniversariante.
– Vai logo – falei e ele saiu sorrindo.
– Ele é caidinho por você. – sussurrou Elaine.
– Ele é assim com outras garotas. – falei lembrando que ele paquerou uma garota Humanimal Puma.
– Mas nunca chamar elas de belas.
Também sei que ele está afim de mim, mas não tenho muita confiança em mim no assunto de relacionamento amoroso.
Nunca tive, mas tenho planos para o futuro, ir numa faculdade e...
Ouvi Daniel tocando músicas do Avicii, é o que mais gosto de ouvir.
De repente meu celular tocou e vi que é a chamada do papai, avisei Elaine e fui ao banheiro para ouvir direito. Entrei em uma das cabines e atendi a chamada:
– Oi, pai…
– Filha. – gritou alto e ouvi batidas no fundo.
– Pai, o que está acontecendo?
– Filha, não vem para casa e avise o Chefe que eles me acharam.
– Pai, conte o que está acontecendo.
– Vão para a floresta e falam que você é…
De repente um som bem alto o interrompeu.
– Érica, seja forte e encontre sua mãe… Eu te amo. – disse antes de desligar.
Rapidamente tentei liga-lo de volta, mas diz que o celular está desligado.
Saí correndo desesperada e saindo da boate sem se importar com as pessoas na minha frente. Meu medo está me deixando em pânico e preocupada pensando o que aconteceu com meu pai. Assumi minha forma animal humana e pulei em cima das casas para pegar um atalho mais rápido.
Cheguei rapidamente e choquei vendo a porta da casa destruída e as janelas quebradas.
– Pai – gritei entrando na casa – Pai.
O chão está sujo de terra e várias gotas de sangue no chão da cozinha, a maioria do sangue tinha uma cor preta e o vermelho…
E o sangue é do…
Papai.
Olhei cada canto da casa e não o encontrei, respirei bem fundo e senti cinco tipos de cheiros diferentes.
– Quem é você? – assustei vendo um homem desconhecido na entrada da cozinha.
Ele é bem alto, careca, pele bronzeada, roupas bem sujas de terra, os olhos estão bem vermelhos e saindo lágrimas de sangue.
– Quem é você e cadê meu pai? – perguntei furiosa.
– Você tem uma alma animal bem diferente… – ergueu um bastão de madeira – Então é filha dela.
Ele correu tentando me golpear até que desviei, levantei minhas garras e consegui arranhar o ombro esquerdo dele. Tentei dar outro golpe até que senti um grande choque na minha coluna.
Deitei gritando de dor, vi outro homem atrás de mim e segurando uma arma de choque. Pelas roupas parece ser mendigo e os olhos estão bem vermelhos e chorando sangue também.
– Uma Humanimal Híbrida… – mendigo olhou pra mim e pegou uma corda – Ele vai adorar isso.
– Quem diria que ela teve uma filha. – rosnou careca tocando no seu machucado.
– Vamos amarrá-la antes que ela volte a se mover.
Do nada o telhado se abriu e veio um som alto e agudo, os homens se ajoelharam tapando os ouvidos e afastando da madeira do telhado caindo. Gritei sentindo dor no ouvido por causa do som e assustei vendo uma grande figura humana pulando na minha frente.
Se levantou revelando grandes asas de morcegos nas costas, o dono é bem grande, corpo masculino e forte, e notei uma cauda de leão na lombar dele.
Ele é Humanimal, mas tem partes de morcego e….
Leão.
Ele virou de costas para me encarar, os olhos dele são verdes escuros, cabelos loiros e corpo todo coberto de pelagem como de um leão.
– Você é Érica? – perguntou com duas vozes masculinas.
Antes de eu responder, o mendigo tentou dar golpe de bastão até que o homem leão-morcego desviou rapidamente e chutou tão forte na coluna do homem que caiu no chão.
Gritei sentindo puxão no meu cabelo e vi um homem careca apontando faca no meu pescoço.
– Cortarei o pescoço dela se…
Foi interrompido quando gritou forte, o motivo mostrou que atrás de nós está uma mulher jovem em forma leoa humana, mas notei pela pelagem dela que tem marcas como de uma onça-pintada.
Ela cravou as garras na coluna do homem careca, o afastou de mim e cravou as garras na cabeça do homem até parar de gritar.
O Humanimal leão-morcego assumiu sua forma humano, mostrando ser um homem jovem com cabelo loiro e curto, pele branca e corpo bem forte. Ajoelhou ao meu lado e me ajudou a levantar.
O mendigo gritou de dor quando Humanimal Leoa-Pintada o chutou no chão e erguendo suas garras.
– Espere. – gritei – Ele e os outros pegaram meu pai.
Ela olhou pra mim e se aproximou do mendigo, agarrou a camisa dele e rosnou:
– Onde está o pai dela?
Ao invés de responder, uma fumaça escura saiu da boca do mendigo e escapou pela janela.
– Ele escapou. – homem loiro gritou – E pior que alguém matou outro cara junto com mais informações.
– Pelo menos salvei sua pele, ingrato. – disse a leoa-pintada.
– Esquece. – suspirou homem loiro e pegou meu braço – Vamos.
– Ei – afastei deles e perguntei nervosa – Quem são vocês?
– Vamos falar quando saímos daqui antes de mais deles aparecerem. – disse a leoa-pintada, depois assumiu a sua forma humana.
Mostrando uma mulher de pele meio morena, magra mas seus braços são fortes e seus cabelos morenos tem umas linhas loiras.
– Estão com meu pai e tenho que…
– Seu pai estará vivo enquanto eles não pegarem você, mas te pegarem não vão precisar do seu pai e vão matá-lo. – disse o homem, bem sério – Vai vir conosco ou não?
– Mas…
"Érica", surpreendi vendo Sábio aparecer e subiu até o ombro direito da mulher.
"Precisa ir com eles, estão vindo."
– Viu, vamos. – disse o homem loiro.
Ele entendeu o Sábio?!
– Tudo bem, pode confiar em nós. – disse a mulher com voz calma.
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