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Capítulo Vinte

Connor Wessex:

No restante do dia, mergulhei nas minhas tarefas, tentando ao máximo manter o foco. Mas, no fundo da minha mente, os pensamentos sobre Pedro não paravam de girar. A lembrança da expressão dolorosa que ele tinha às vezes, quando mencionava o passado, me atormentava. Eu podia ver o peso que ele carregava, e, mesmo que ele tentasse esconder, estava claro como o dia.

Enquanto revisava alguns documentos, ouvi uma batida leve ao lado da minha divisória. Era Zahra, claro, sempre percebendo o que ninguém mais via. Ela se inclinou, batendo de leve para chamar minha atenção.

— Connor, eu consigo ver de longe que sua cabeça está a mil — disse ela, com aquele tom de quem já sabia a resposta.

Levantei os olhos, franzindo a testa enquanto organizava meu material para sair.

— Você não está bem, dá para perceber — ela continuou, com a voz mais suave agora. — Não acho que seja só o trabalho que está te deixando assim. Você sabe que pode me contar o que está passando por essa mente, certo? Lembra que eu sou sua amiga.

Suspirei, sabendo que Zahra não iria embora até que eu abrisse o jogo. Sorri, tentando aliviar o peso que sentia.

— Ah, meu Deus, como você é admirável e maravilhosa — brinquei, batendo no teclado com um entusiasmo forçado, enquanto sorria para ela. — Mas, na verdade, você não está vendo errado. Eu estava pensando no Pedro... na forma como ele parece se perder em algumas lembranças dolorosas. Não consigo parar de pensar nisso.

Zahra me observou atentamente, e o sorriso em seu rosto se suavizou, mostrando a empatia que sempre admirei nela.

— Connor, por que você não pergunta para ele? Ficar remoendo isso sozinho vai acabar te desgastando. Você está fazendo aquele papel de "boa pessoa" agora, mas não precisa disso. Pergunta para ele. Só isso. Às vezes, perguntar é o que alivia o peso.

Ela jogou o cabelo para o lado com aquele toque teatral que só ela conseguia fazer, e sorriu, batendo no próprio ombro, como se estivesse completamente orgulhosa do conselho que acabara de me dar.

— Quer que eu siga esse conselho fielmente, então? — perguntei, rindo.

Zahra fingiu se curvar levemente, enquanto eu, ainda sentado, imitei o gesto. Era uma pequena brincadeira nossa, um jeito de descontrair em meio ao caos do dia a dia.

Depois de tudo isso, quando a hora de sair finalmente chegou, decidi passar na casa do meu pai. Queria ver meu irmão, Luiz, e a família dele. Sentia falta deles e, de certa forma, precisava daquela sensação de normalidade para organizar meus próprios pensamentos. O trabalho tinha sido intenso, mas os pensamentos sobre Pedro e sua dor persistente eram o que realmente me deixavam inquieto.

Eu sabia que Zahra estava certa. Não adiantava ficar remoendo em silêncio. Uma conversa poderia ajudar a aliviar não só os meus medos, mas talvez os de Pedro também.

*****************************

Quando cheguei à mansão, a primeira coisa que vi foi Luiz, sentado tranquilamente no sofá com o nariz enfiado em um livro. Sua filha, Sam, estava deitada em seu colo, dormindo profundamente, toda encolhida, como se estivesse no lugar mais seguro do mundo. Fiquei parado por um momento, como se tivesse visto um fantasma. A cena era tão serena que quase parecia irreal.

— O que está errado? — perguntei, tentando esconder minha preocupação. — Você chorou? Se estiver adoecendo, tudo bem, só precisa dizer para não piorar. Não é como se estivesse levando uma surra por não vir nos visitar! — brinquei, tentando descontrair.

Luiz riu, mas seus olhos estavam brilhando, e, ao olhar mais de perto, percebi que suas lágrimas eram de alegria.

— Não estou doente — ele respondeu calmamente, secando os olhos. — Estou chorando de felicidade.

Estudei seu rosto, que agora parecia radiante. Não havia nada de errado, apenas emoção pura transbordando.

— Eu estou grávido — ele disse, a voz um pouco trêmula pela emoção, e antes que pudesse processar completamente, as lágrimas voltaram a cair.

— Você está grávido?! — perguntei, sentando-me rapidamente ao seu lado, a felicidade já transbordando dentro de mim. — Já contou para mais alguém? Nosso pai já sabe?

— Só contei para o Aaron até agora — respondeu Luiz, ainda sorrindo, embora suas lágrimas teimassem em cair. — Não quis contar para mais ninguém antes de fazermos os exames. Nosso pai e Aaron saíram para comprar algumas coisas, então você é o primeiro a saber, além do meu futuro esposo.

Senti um calor imenso no peito e agarrei a mão dele, sem conseguir conter a empolgação. A ideia de ser tio pela segunda vez me deixou cheio de alegria. Como não ficar emocionado?

— Já pensou em como vai contar para o resto da família? — perguntei, olhando para Sam, que se mexia suavemente em seus sonhos. — Tenho certeza de que nossa pequena Sam vai adorar ser irmã mais velha.

Luiz sorriu largamente, e foi a coisa mais fofa que já vi. Ele parecia genuinamente feliz, e isso me contagiava de uma forma indescritível. De repente, ouvi o clique de uma câmera e virei para ver Marta, a fotógrafa de plantão, tirando fotos nossas enquanto Forrest, ao lado, observava a cena com um sorriso.

— Seu pai pediu para eu registrar algumas fotos se você se reunisse com a família enquanto ele estivesse fora — disse Forrest, enquanto o som de uma buzina vindo do lado de fora anunciava o retorno de meu pai.

Luiz olhou curioso quando Marta entregou a câmera para Forrest e saiu correndo para abrir a porta.

— Parece que ele vai precisar de ajuda — disse Forrest, enquanto saía atrás da esposa.

— O que será que ele comprou dessa vez? — Luiz murmurou, levantando uma sobrancelha.

— Você sabe que controlar o que aquele homem decide comprar é impossível — falei, dando de ombros.

Poucos minutos depois, Aaron entrou, carregando várias caixas que empilhou à nossa frente. Forrest logo voltou, trazendo mais caixas, e por último, Marta e nosso pai, que chegaram com sacolas lotadas de roupas.

— Comprei tudo que serve no Luiz e na Sam! — anunciou meu pai, orgulhoso, enquanto colocava as sacolas diante de Luiz. — Nas caixas tem carrinhos, bonecas e alguns livros para minha linda netinha!

Luiz pegou as sacolas e olhou para Aaron, que parecia um pouco nervoso com toda a situação.

— Acho que vou usá-las por um tempo... — Luiz disse, colocando as sacolas no chão. — Daqui a três meses e meio, vou precisar de roupas mais largas. Eu estou grávido.

O silêncio na sala durou apenas um segundo, mas pareceu eterno. Aaron se virou lentamente para o meu pai, enquanto Luiz se levantava com Sam em seus braços, e o sorriso no rosto de Aaron era cheio de nervosismo e amor.

— Elio, esta visita foi para te contar essa novidade antes de qualquer outra pessoa — Aaron disse, entrelaçando os dedos com os de Luiz. — Sei que é pedir muito, mas quero a sua bênção para o nosso casamento. Luiz significa um novo começo para mim, uma chance de ser feliz de uma forma que eu nunca imaginei. Ele tem tanto amor, respeito e compreensão. Quero me casar com ele e ter a Sam como minha filha oficialmente. Seria uma honra ter sua bênção.

Meu pai mal conseguiu segurar as lágrimas. Sabíamos o quanto ele sonhava com este momento. Ele descobriu Luiz tardiamente, depois que meu irmão foi sequestrado ainda recém-nascido. Esse medo de que Luiz nunca quisesse ser próximo dele, por causa de tudo que aconteceu na família Collins, sempre o assombrava.

Mas ali, diante de seus olhos, Luiz e Aaron pediam sua bênção. E isso foi o suficiente para mudar tudo. Sem hesitar, meu pai se aproximou e os envolveu em um abraço caloroso, enquanto as lágrimas rolavam livremente.

— Eu vejo o amor de vocês, e é algo extraordinário, admirável e lindo — disse meu pai com a voz embargada. — Vocês têm mais do que minha bênção. Tenho certeza de que meu filho está feliz com tudo isso.

— Obrigado, pai — Luiz sussurrou, visivelmente emocionado.

— Obrigado, Elio — Aaron acrescentou, e era evidente que um grande peso tinha sido tirado de seus ombros.

Nós todos nos reunimos em torno deles, parabenizando o casal pelo futuro casamento e, claro, pelo novo membro da família que estava a caminho. O clima de alegria era palpável, e por um momento, o mundo lá fora desapareceu, enquanto celebrávamos o que realmente importava: o amor, a família e o recomeço que aguardava Luiz e Aaron.

A celebração continuou em um clima de pura alegria e emoção. Após o anúncio da gravidez e do futuro casamento de Luiz e Aaron, todos nós estávamos radiantes. O sorriso no rosto de Luiz era contagiante, e Aaron parecia finalmente relaxado, como se a aprovação do meu pai tivesse retirado qualquer dúvida ou insegurança que ele ainda carregava.

— Não acredito que vou ser tio novamente! — exclamei, dando um abraço apertado em Luiz. — Isso é incrível! Mal posso esperar para ver essa nova carinha na família. Já pensou em nomes?

Luiz riu, limpando as lágrimas que ainda escorriam pelo rosto, enquanto segurava Sam em um braço e tentava me abraçar com o outro.

— Ainda não. Mas acho que Sam vai querer ajudar a escolher — disse, olhando para a filha adormecida em seus braços. — Ela já está pronta para ser a irmã mais velha.

— Ah, isso vai ser tão divertido — Marta comentou, se aproximando com a câmera ainda em mãos. — Luiz, Aaron, vocês dois estão radiantes. Precisamos registrar mais desse momento!

— Claro! — Luiz respondeu, sorrindo, e Aaron se posicionou ao lado dele, com uma expressão mais leve e serena. Era evidente que ele ainda estava absorvendo toda a emoção do momento, mas o brilho nos olhos de Aaron mostrava que ele estava mais feliz do que nunca.

Enquanto Marta capturava mais algumas fotos, eu me aproximei de meu pai, que ainda enxugava discretamente as lágrimas.

— Você está bem, pai? — perguntei, colocando uma mão em seu ombro.

— Estou melhor do que bem, Connor — ele respondeu com a voz embargada. — Nunca imaginei que teria uma segunda chance de construir uma relação com Luiz. E agora, com esse bebê chegando... — Ele fez uma pausa, respirando fundo. — É mais do que eu poderia pedir. Ver meus filhos felizes, ver esse amor florescer... Isso é tudo para mim.

Fiquei tocado com as palavras dele. Sabia o quanto essa bênção significava, tanto para Luiz quanto para nosso pai. Durante anos, a ausência de Luiz foi uma sombra que pairava sobre nossa família, mas agora, era como se o sol finalmente tivesse despontado e iluminado tudo.

Forrest e Marta estavam ao lado, sorrindo enquanto viam a felicidade de todos. Forrest se aproximou de Aaron, que ainda estava um pouco atônito, e deu um tapinha em seu ombro.

— Parabéns, Aaron. Você é um homem de sorte. Luiz é uma pessoa incrível, e Sam... bem, ela já é o raio de sol desta família — Forrest disse, sorrindo calorosamente.

— Obrigado, Forrest — Aaron respondeu, visivelmente emocionado com o apoio.

Agnes, que estava em silêncio até então, finalmente se aproximou com seu ar usual de sabedoria e tranquilidade. Ela colocou uma mão suave no ombro de Luiz e disse:

— Eu sabia que este dia chegaria. Você e Aaron são perfeitos um para o outro, e ver essa família crescer só me enche de alegria. Eu já sabia que você seria um ótimo pai, Luiz, mas agora... Agora, mal posso esperar para ver vocês dois criando mais uma pequena vida juntos.

Luiz sorriu, os olhos ainda brilhando com a emoção do momento. Aaron, ao ouvir as palavras de Agnes, respirou fundo e se virou para ela, com um sorriso cheio de gratidão.

— Obrigado, Agnes. Sua presença aqui significa muito para nós — disse Aaron.

— Ah, meu querido, você sempre fez parte dessa família — ela respondeu, com um brilho nos olhos.

Com todos reunidos e parabenizando o casal, o ambiente estava cheio de amor e união. As crianças brincavam ao redor, alheias à profundidade do momento, mas mesmo assim contribuindo para o sentimento de esperança e renovação que pairava sobre nós.

Finalmente, depois de algumas fotos e muitos abraços, meu pai se virou para Luiz e Aaron com um sorriso largo no rosto.

— Bem, agora que temos um casamento para planejar e mais um neto a caminho, acho que é hora de celebrar de verdade! — ele disse, erguendo os braços como se estivesse pronto para organizar uma festa ali mesmo. — Mas, por enquanto, vou apenas dizer o quanto estou feliz por vocês dois. Vocês merecem tudo de bom, e tenham certeza de que estou aqui para o que precisarem.

Todos concordaram, e eu senti meu coração aquecer com a certeza de que nossa família estava crescendo não só em número, mas em amor, compreensão e felicidade. Luiz e Aaron estavam construindo algo belo, e todos nós estávamos prontos para apoiá-los em cada passo do caminho.

— A propósito — acrescentou Marta, com uma expressão travessa —, quando é que vamos escolher os padrinhos?

Luiz e Aaron se entreolharam, rindo, enquanto todos nós nos reuníamos ao redor, já antecipando os próximos capítulos dessa história incrível que estava se desenrolando diante de nós.

***************************

Antes de sair para casa, peguei o telefone e liguei para Pedro. Senti falta de conversar com ele, especialmente depois de termos passado pouco tempo juntos desde o café da manhã. Ele atendeu em segundos, mas a voz que ouvi do outro lado não era a que eu esperava.

— Oi! Querido cunhadinho — a voz de Vincenzo ecoou animada do outro lado da linha.

— Vincenzo, você está cortejando a morte — ouvi a resposta de Pedro, sua voz fria e sombria, como se viesse das profundezas. Foi como se ele estivesse imerso em uma raiva contida, e aquilo me surpreendeu. Nunca tinha ouvido Pedro falar daquele jeito. — Nossa, só quero falar um pouco com meu cunhado! — insistiu Vincenzo, claramente se divertindo com a tensão.

Em seguida, ouvi uma confusão de vozes e o som de algo ou alguém caindo no chão. Pedro respirou fundo, ficando em silêncio por alguns segundos, provavelmente tentando se recompor depois do que acabara de acontecer.

— Está tudo bem aí? — perguntei, tentando não soar alarmado.

— Connor, não precisa se preocupar com o bastardo do meu irmão — Pedro respondeu, sua voz um pouco mais calma, mas ainda com aquele tom de irritação contida. — Ele é só um incômodo. Mas me conta, como foi seu dia? Minha mãe me disse que almoçou com você, uma amiga e a Agnes.

— De resto, só trabalho... depois fui visitar meu irmão que veio passar a tarde com a gente — falei, me encostando na parede para relaxar. — Ah, e ele pediu a bênção do meu pai para se casar com Aaron.

— Imagino que seu pai deve ter se emocionado — Pedro comentou, e pela primeira vez, ouvi uma risada sincera vinda dele. Era raro ouvi-lo assim, e isso me aqueceu por dentro. — É ótimo que ele tenha conseguido superar seus medos.

Dei um leve sorriso, sentindo o peso da conversa sobre meu pai.

— Meu pai realmente precisava tirar esse peso dos ombros. Ele sempre quis fazer parte da vida do Luiz, compensar os anos que eles passaram separados. É algo que nunca deveria ter acontecido, mas agora ele tem uma segunda chance.

— Vai dar tudo certo, tenho certeza — disse Pedro, com aquela calma característica que me confortava sempre. — Ambos vão encontrar ótimos tempos pela frente. Agora, é melhor você descansar. Amanhã é um novo dia de trabalho, e você precisa estar bem.

— Tá bom, já estou indo — respondi, sentindo um sorriso involuntário se formar no meu rosto ao ouvir sua preocupação. — Espera... como está o Samuel?

— Ele está bem. Agora mesmo está conversando com minha irmã, minha mãe e a Agnes, tentando convencê-las a deixar ele dormir mais tarde — Pedro disse, e não pude conter uma risada. — Minha família pode ser um pouco grudenta.

— Não mais do que o meu pai — respondi, rindo. — Boa noite, e manda um beijo para todos.

— Beijos — sussurrou Pedro, e, por um segundo, fiquei surpreso com a suavidade de sua voz, tão diferente do seu tom habitual. Para alguém tão sério, era inesperado ouvir ele se despedir de maneira tão carinhosa.

Desliguei o telefone com o coração um pouco mais leve, rindo baixinho do jeito sério e, ao mesmo tempo, doce de Pedro. Era incrível como, mesmo nas pequenas interações, ele conseguia me surpreender e trazer conforto, algo que eu não sabia que precisava até aquele momento.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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