🔞Tudo pode acontecer🔞
— Vocês já se conhecem? — Diz Ggukie. O garoto de olhos azuis entra pelo quarto e involuntariamente, eu me encolho e me agarro no braço esquerdo do Ggukie.
— Já, ela tentou me beijar, mas eu sou homem de uma mulher só. — Diz, pegando uma caixa preta da gaveta de sua mesa da cabeceira.
— Até parece, Rafael. Para de falar merda. — Diz Ggukie.
— Inclusive, caso vocês forem transar, podem ficar a vontade, não vou atrapalhar e volto apenas amanhã, ok?
— Vai embora logo.
Rafael se retira e fecha a porta com muita violência. O barulho foi muito alto e parece que Ggukie não gostou nem um pouco.
— Vai bater essa porra de porta assim na sua casa! — Diz ele, depois de abrir a porta.
— Não estou te escutando, otário! — Mostra os dedos do meio das duas mãos.
Ggukie fecha a porta, e liga a TV parecendo frustrado.
— Filho da puta. — Fala em voz baixa.
— Dá pra você se acalmar Guto? — Digo para ele. Ele me olha e fecha os olhos soltando um longo suspiro.
— Ok, desculpa. É que já estou aqui faz uma semana e meia e ele não para de me encher desde que chegou. E essa foi a primeira vez que eu explodi assim. — Ele deita na cama da direita (que provavelmente é a dele, óbvio) e sinaliza para que eu o acompanhe.
— Como assim? Você o ignora? — Me junto a ele na cama.
— Exato, mas por algum motivo... quando ele falou esse tipo de coisa absurda perto de você, eu... sei lá, não me controlei. — Ele nos cobre com uma manta de espessura média e tira seu casaco preto, ficando apenas com uma camisa branca.
— É o que ele quer que aconteça, ninguém pensa direito com raiva. — Digo analisando a estampa da manta. São vários lírios alaranjados.
— Tem razão. — Ele, então coloca um de seus braços ao redor de meu pescoço e me puxa para mais perto, fazendo minha cabeça ficar junto ao seu obro. — Espertinha...
— O que? — Respondo.
— O que houve entre vocês? Você ficou alerta, calada e assustada. Ficou com tanto medo que eu me senti na obrigação de perguntar. Claro, não se sinta pressionada. — Seus olhos brilhantes encontraram os meus e ele me acolheu do jeito que eu preciso, mesmo que inconscientemente.
— Ah, sei lá... ele age feito um idiota, então eu imaginei que deveria tomar cuidado. — Ele fecha os olhos, claramente não acredita em mim.
— Sabe que não me convenceu, vamos conversar sobre isso quando você estiver mais a vontade e mais calma, tudo bem? — Ele liga a TV.
— Maravilha. — Me aconchego em seus ombros e sinto um cheiro muito bom... Kaiak.
— Enfim, o que quer assistir? — Diz Ggukie.
— Vamos continuar a série que começamos lá em casa? — Digo, esquecendo de que estou numa faculdade.
— Em casa? — Pergunta ele, com o rosto próximo ao meu.
— Ah, é! Kkkkk, desculpa, força do hábito.
— Ok, vamos lá.
Ficamos assistindo até tarde. Depois de uns dois ou três episódios, começamos a assistir filmes infantis. Eu confesso que amo esses filmes e ele pareceu gostar também. Olhei para o relógio, eram 00:20.
— Olha só como tá tarde! — Digo para Guto. — Vamos buscar minha muletas comigo? Depois cada um vai para o seu quarto.
— Pode ser.
Ele se levanta e coloca os sapatos de volta. Eu me sento na cama e então, ele coloca meus sapatos pra mim. Que romântico, parece cena de dorama! Enfim, estico meus braços em sua direção e ele olha para mim como se eu fosse uma criança.
— Me segura!
— Vem, espertinha.
Ele me pega no colo e então, saímos depois de ele desligar a TV. Ele me carrega sem esforço, enquanto eu deito minha cabeça em seu ombro e afundo meu rosto em seu pescoço. Mas de repente, eu começo a sentir pontadas, pontadas conhecidas e na maioria das vezes, indesejadas. Meu corpo começou a formigar, e meu quadril, começou a se movimentar involuntariamente. Eu comecei a arfar, me matando da vergonha.
— Tudo bem, espertinha? — Pergunta Ggukie. — Tá dormindo, ou algo do tipo? Tá desconfortável? Tá com dor em algum lugar?
— Não... tá tudo bem. — Eu acabo arfando enquanto falo. Espero que ele não perceba minha necessidade.
— Tem certeza? — Essa sua frase, saiu num tom mais sexy que o normal. Droga, acho que ele percebeu.
Ao terminar seu último questionamento, Ggukie acendeu as luzes do que era a sala "Aqui, amigos estão destinados a se tornarem inimigos." e me colocou sentada num banco que havia na extremidade da sala. Ele procura minhas muletas em baixo das mesas, enquanto eu me deito no banco ao qual ele havia me deixado. Começo a me remexer naquele banco sem parar, não consigo parar! Eu arfo alto enquanto começo a esfregar uma perna na outra, tentando me conter, mas parece impossível! A sensação é a melhor que já senti, e o Ggukie me passa um sentimento de confiança tão intenso, que ceder a tentação de querê-lo é inevitável, querer tê-lo por completo, querer tocá-lo, querer que ele me toque, querer unir nossos corpo num ato de amor desesperado, querer conectar nossas almas, querer o sentir por dentro.
Todos esses pensamentos apenas intensificaram os movimentos de minha pernas e de minhas mãos, que me agarravam firmemente. Ggukie encontra a muletas e as encosta próximo a onde eu estava. Me olha por longos segundos e chega perto de meu rosto.
— Espertinha, você... está excitada?
...
Quarta-feira
03:40
...
— Ei... espertinha. Acorda, precisamos sair daqui. — Diz Ggukie enquanto acaricia meu rosto.
— Humm, bom dia. — Digo a ele, me espreguiçando no banco.
— Bom dia. Temos que voltar aos nossos dormitórios. — Ele me segura para que eu me sente.
— Eu já não conseguia andar direito, agora você acha que eu vou conseguir? Mal tenho força nos braços! Como eu vou aguentar o peso do meu corpo? — Digo para ele num sussurro. O medo de alguém nos encontrar aqui é recorrente, eu desmaiaria de vergonha caso acontecesse.
— Tudo bem, eu te carrego, pode ser? Mas, eu não vou poder te levar até o seu quarto.
— Por que?
— Por que fica ao lado do refeitório, e eles não querem ninguém fora dos quartos a esse horário. Então, não quero causar problemas para você.
— Entendi. Obrigada, Ggukie.
— De nada, espertinha.
Ele então, me pega no colo e me carrega rumo ao seu quarto. Quando chegamos, o quarto está o mesmo de quando saímos. Seu colega de quarto não se mostrou interessado em mim (o que é MUITO bom), então, como disse, é provável que não volte mesmo. Ele me coloca deitada em sua cama depois de ambos tirarmos os sapatos e acidentalmente, ele vem por cima de mim. Sinto aquele formigamento estranho outra vez. Meu Deus, assim, eu vou ficar paraplégica!
— Jungkookie~ — Digo, me negando a resistir a meus desejos outra vez. Ele iria para o outro lado da cama, porém eu o impeço.
— Ih, nem vem, eu sei o que você quer. — Ele olha para mim com uma expressão estranha e confusa.
— Então para de enrolar e vem logo. — Ele mal percebe que eu já estava o deixando sem roupas, outra vez.
Aconteceu de novo. Sua pele quente indo de encontro à minha com força e várias vezes, proporcionavam uma sensação de prazer gigantesca. Era incrível como ele parecia cada vez mais tomado pela vontade de me ter em seus braços e só para ele. Eu me sinto muito gratificada por ter esse homem maravilhoso apenas para mim. Ele pode ter sido o primeiro com quem eu tive relações íntimas, mas me estimula como se fosse o último com quem vou fazer isso na minha vida, e, sinceramente, espero que continue assim. A madrugada segue tensa. A única coisa que é capaz de se ouvir, é o barulho de nossos corpos se chocando. Foram vários ângulos diferentes. Várias velocidades diferentes. A força era distribuída tanto em tapas, quando em mordidas por todo meu corpo. Estava tudo muito violento, não romântico e cuidadoso como da primeira vez, talvez ele tinha consciência de que eu nunca havia feito aquilo antes, e por isso não pegou pesado. Mas, aqui, a segunda vez... sem ninguém pra escutar ou para atrapalhar, ele pôde fazer o que quisesse comigo, eu o dei essa liberdade. De repente os movimentos cessaram, eu havia chegado no meu limite. Gemidos manhosos e altos ecoavam pelo quarto e de repente, eu me encontrava tremendo, não de frio. Percebi que ele ainda precisava da minha ajuda, então não hesitei e pedi para que continuasse. Nossa festa íntima teve fim apenas quando o relógio marcou as 6:10. Os dois estavam satisfeitos, Jungkookie com um orgasmo e eu com incríveis dois orgasmos. Dormimos abraçados, estávamos exaustos.
...
08:00
...
— Vamos Nathy! Acorda. — Diz uma voz que eu aparentemente conhecia.
— Deixa ela dormir vai, Guilherme. Ela tá cansada. — Essa voz, eu conheço muito bem. É a do Ggukie.
— Eu tô bem. — Digo me espreguiçando e bocejando.
— Cansada, só se for de tanto ir e voltar várias vezes.
— Guinho! Parou, tá? — Digo, me sentando na cama.
Eu estava sozinha na cama, Guinho estava sentado ao meu lado e Ggukie estava se vestindo, quando meus olhos puderam processar melhor a imagem, vi ele com o cabelo molhado e estava sem camisa, parece um Deus. Seus músculos definidos me chamam a atenção e eu não consigo desviar o olhar.
— Ou! Que cara é essa Nathy? — Diz Guinho olhando para mim. — Ela tá praticamente te comendo com os olhos! — Diz para Ggukie, que logo olhou para mim e me encarou com um sorriso de canto. Seus ombros largos se destacavam por conta do tamanho dos braços, que cena maravilhosa.
(IMAGINEM O CORPO DELE IGUAL AO CORPO DE UM DEUS GREGO CHAMADO: KIM NAMJOOM/MINHA GELADEIRA ELETROLUX)
(Olha só que totoso 😔✋)
— Que cara? — Digo, desviando meu olhar para o teto.
— Ah, cínica! — Diz o Guinho.
— Seu ovo. — Digo depois de socar de leve o seu ombro.
Tomei banho e Ggukie trocou a roupa de cama, cujo cheiro relembrava as sensações da noite anterior. Fomos ao refeitório, mas, depois de um tempo, Guinho teve que sair novamente, ter aula as 10 é muita sacanagem.
— Coitado kkkkk — Diz Ggukie ao ver Guinho ir embora.
— Tinha que escolher logo medicina, né? — Digo.
— Tem alguma ideia do que possamos fazer agora? — Ele me pergunta curioso e balança fofamente a franja.
— Ixi, tenho não. — Respondo tomando um gole de água logo em seguida. Ggukie de repente olha para mim com aquele olhar devorador, já sabia o que ele queria. — Ih! Nem olha pra mim assim, eu não vou passar por aquilo de novo! Mal tirei a bota do pé!
— Ah, vamos, vai ser divertido! — Ele me puxa e me leva para fora do refeitório. Tento dizer a ele que não quero fazer aquilo de novo, mas de algum jeito, ele consegue me levar até onde deseja.
— Não! Eu não vou nem mort-
...
10:20
...
— Eu te odeio. — Digo para ele de braços cruzados.
— Eu sei que você me ama. — Diz ele pegando os ingredientes do bolo.
— Isso não vai dar certo! — Digo séria, mas o sorriso dele acaba me contagiando.
— Vai sim! Por que não daria? — Ele me olha, implorando com os olhos e eu o retribuo seriamente. Adoro seu jeito otimista.
— Talvez por que você já botou fogo na cozinha tentando fazer isso? — Digo e ele parece não se importar com isso.
— Ah, vamos, me mostre seus talentos, Master Chef. — Ele se curva e entrega uma colher de madeira em minhas mãos.
— Tá, deixa eu mostrar pra você como é que se faz. — Digo pegando a colher. — Ninguém precisa dessa cozinha pra fazer o almoço não?
— Espertinha, essa não é a cozinha do refeitório.
— Ah, claro.
Deixamos a calda no fogo e começamos a fazer o bolo, estava tudo correndo bem, até chegar a hora em que teríamos que misturar os ingredientes. Escolhemos a batedeira para misturar tudo, mas o que eu descobri, foi que não sei utilizar esse eletrodoméstico. Tudo começou a voar sobre os armários e sobre nós dois, uma sequência de risadas divertidas ecoaram pelo cômodo. Depois de um tempo, Ggukie, precisou ir ao banheiro. Eu coloquei o bolo na forma e estava lambendo a vasilha, até que um cheiro estranho chamou minha atenção.
A calda estava no fogo...
Vi o fogo se alastrar e logo entrei em desespero, tentei me livrar dele indo até a pia e jogando água, mas, antes disso, o fogo me deixou presa do lado esquerdo da cozinha.
A torneira não estava funcionando.
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SPOILER
(chorem kejkekjekej)
...
— A gente vai voltar a se falar, está bem? Eu vou te esperar pelo tempo que for necessário, mas eu vou voltar pra você, espertinha, eu prometo. — Diz em meu ouvido, deixou que o guarda o levasse para longe de mim, mas suas palavras foram tão verdadeiras, que sinto como se ainda estivesse aqui comigo, preso ao meu corpo num abraço eterno. Minhas lágrimas não deixaram eu ver ele se afastando com clareza.
O guarda me arrastou até meu quarto, e quando me dei conta, estava na minha cama. Meu pé latejava mas, a dor que parecia me destruir por dentro era muito pior. Estava difícil de respirar, pior do que estar cambaleando em meio ao fogo, pior que levar pontos na cabeça, pior que ser jogada na parede. Essa foi a pior dor que já senti na minha vida. Dois dias foram suficiente? Dois míseros dias foram suficientes para que eu me sinta tão sozinha sem ele? Qual o real motivo do meu desespero? Minha cabeça está mais pesada que o normal. Meu choro alto não cessa, nem quando escuto a porta bater.
— Nathy!? — Diz Guinho ao entrar no quarto. — O que aconteceu?
— Aconteceu que... eu acho que estou apaixonada pelo Gustavo, Guinho!
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