É engraçado pensar no caminho que a Hannah trilhou profissionalmente. No fim, ela fez o que meus pais queriam que eu fizesse, e agora ela tem o cargo que eles provavelmente queriam que eu assumisse em algum ponto. Mas, eu nunca desejei isso. E não consigo imaginar alguém melhor para ser editora-chefe da Afrodite.

A revista sempre foi, ao mesmo tempo, a menina dos olhos da empresa e o laboratório para inovações. H. me contou que assim que a chefe dela anunciou que se aposentaria, muitas pessoas já esperavam por uma mudança radical na liderança.

E quem melhor que a H.?! Ela começou com uma função menor e se tornou uma das colunistas mais bem-sucedidas em pouco tempo. Ela conhece a alma da redação e sabe como lidar com cada funcionário. Sei que ela ficou um pouco chocada com a oferta, ela tem mania de pensar muito pouco de si mesma. Mas sei que ela vai ser excelente nessa nova função.

E foi engraçado ver ela contando a novidade para o Nicolas. Eles são o não-casal mais amável que eu já vi. Ele ficou tão feliz por ela que, no meio da rua, ficamos uns cinco minutos pulando de alegria em um abraço coletivo (no caso ele nos abraçou e começou a pular, como o cara não é pequeno e eu não tenho altura, fui arrastada pela emoção do momento...). Eu realmente gosto desse Nick.

Claro que o meu Gustavo não fica atrás quando o assunto são reações adoráveis. Ele ficou sabendo por telefone da novidade, mas chegou aqui em casa meia hora depois com um estoque enorme do sorvete favorito da H. para comemorarmos. Nós tivemos sorte ao escolher com que dividir nossas vidas. Nick e Gusta são a prova viva de que é bom não se fechar para todo o mundo quando caras são babacas, com sorte (muita sorte) a gente acaba encontrando um no qual vale a pena confiar.

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Quero um desses, viu...