É engraçado ver o quanto coisas que meus avós fizeram décadas atrás tem impacto até hoje. Essa semana a H. escreveu uma matéria para a Afrodite sobre a história deles. Vovô G. encontrou o amor depois de cruzar o oceano sem dinheiro, profissão ou perspectivas. Ainda bem que ele sabe o quanto é sortudo.

Tenho conversado muito com ele e vovó Mônica. Eles sempre querem saber tudo da minha vida. É meio triste morarem tão longe. Eu estou sempre muito ocupada agora e vovô já não tem tanta saúde para ficar horas em um avião.

Eu até pensei em planejar um casamento grandioso, mas sabendo que eles não poderiam vir, desisti da ideia. Eles e a H. são a família que poderia me levar ao altar. Meus pais eu não quero nem perto da cerimônia.

Talvez seja imaturidade minha. Talvez seja hora de perdoar. Mas, como oferecer isso se eles nunca pediram desculpas? Não pode partir só de mim, certo?!

De todo modo, a decisão final foi que faremos uma cerimônia simples, assim que o momento parecer propício. Eu quero ser uma esposa quando tiver tempo de me dedicar a isso. No momento só consigo pensar em arranjos musicais e marcações de palco.

E está tudo bem. Tudo tem seu tempo. E estou feliz de ser uma noiva por enquanto.

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Até amanhã <3