É estranho ir para a faculdade e não encontrar a H. pelos corredores. É como voltar ao último ano do Ensino Médio, de certa forma, mas eu me recuso a me fechar para a vida outra vez. Eu nem consigo lembrar direito daquele ano. Neste ponto da minha vida, quero guardar cada momento.

Claro que tudo isso é meio relativo. A gente acredita que nossa vida será especial, que somos seres únicos e singulares, mas no fundo passamos a maior parte do tempo tentando nos encaixar. Acho que por isso amo tanto Hannah e Gustavo. Eles fazem eu me sentir em casa, não importa o lugar. Não importa que nem todos os momentos sejam memoráveis.

Hoje decidi escrever um pouco olhando para essas flores amarelas. Elas sempre florescem no inverno e eu gostaria de entender melhor sobre a natureza para ter uma justificativa para isso. Na escola, aprendemos que as flores nascem na primavera, mas não é bem assim.

E por mais que não sejamos tão singulares, observando minha melhor amiga, sei que ela é como uma flor de inverno. Bela, resistente e sempre desabrochando nos cenários mais hostis. Eu me sinto como uma flor de verão. Eu preciso de calor, de luz, para sobreviver. E minha alegria transparece de forma mais simples. Mas, no fim das contas, Hannah e eu chegamos aqui por encontrar uma na outra um equilíbrio.

É bom parar para pensar nessas coisas. Mas, sinto falta da minha melhor amiga pelos corredores. É sempre estranho quando nossa rotina nos afasta sem notarmos.

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Consegui postar literalmente no último minuto do dia. Sendo sincera, talvez este seja o último livro que vou escrever, por isso mal posso esperar para acabar. Obrigada a quem ainda está acompanhando. Juro que estou fazendo o máximo para concluir com dignidade hahahaha