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A primeira semana

Existem uma infinidade de universos. Esse em que vivemos é um. Outros podem ser imaginados. Hannah e Nicolas não existem no nosso mundo. Ninguém nunca ouviu falar sobre eles. Em outro universo, onde vivem uma vida que podemos chamar de normal, também não são muito conhecidos. Mas, por meio dessas palavras abriremos uma janela para observar esse casal peculiar.

Hannah tem vinte e dois anos. Com o cabelo castanho, levemente frisado, ela caminha em direção ao trabalho. Faz um ano que ela é colunista em uma revista de circulação respeitável (estranhamente nesse universo as pessoas ainda compram revistas diariamente). Sua matéria de maior importância foi: "O amor está morto, e aquele cara é apenas outro idiota".

Nicolas por outro lado já possuí vinte e quatro anos. Ele trabalha no departamento de marketing de uma grande editora de livros. Claro, ele não lê os romances adolescentes dos quais tanto faz propaganda. Mas Nicolas, curiosamente, tem uma mania de ler revistas femininas. Agora mesmo ele está escrevendo um email para a editora-chefe da revista Afrodite questionando o seu posicionamento em relação à matéria de Hannah. Ao contrário de 90% do público, Nicolas não gostou da matéria antes citada, porque bem... ela o enquadra na categoria de idiota.

Hannah não é jornalista. Ela se formou em letras, mas aceitou escrever para a Afrodite porque queria produzir algo diferente. Durante seus primeiros meses de trabalho essa vontade acabou ficando em segundo plano, afinal é mais fácil dar dicas de emagrecimento do que ser uma escritora original.

Em uma noite de sábado ela estava em casa assistindo Friends (na versão daquele universo Ross é um pug), quando seu namorado, Daniel, mais uma vez ligou dizendo que não iria encontra-la. Ela respondeu com toda a calma: "então não precisa vir mais hora nenhuma". Já era a quarta vez que ela marcava um encontro com a intenção de finalizar aquele namoro enfadonho. Terminar por telefone não é o estilo da garota, mas ela estava sem paciência.

Dessa experiência surgiu a grande matéria, que agora se transformou em uma coluna semanal. Então, que bom Daniel! Afinal alguma coisa boa aconteceu a Hannah por ter estado com você: ela conseguiu raiva o bastante para classificar todos os homens como idiotas. O texto traçava sólida argumentação, citava todos os clichês aos quais as mulheres são infligidas e catalogava as espécies de idiotas. O idiota meloso, o pegajoso, o esquecido, o engraçadinho, aquele confuso, e por fim o idiota que só é idiota mesmo.

Nicolas leu essa matéria no banheiro. De início ele achou que era apenas um texto de mais uma jornalista ranzinza, mas ao ver a repercussão ele resolveu se pronunciar. Afinal, todas as mulheres do seu convívio estavam completamente de acordo com a "tal" jornalista rancorosa.

O email já está com mais de trinta linhas! Nicolas sempre foi bom em argumentos. Basicamente ele está fazendo uma longa solicitação ao direito de resposta. Afinal, o texto de Hannah generalizava toda a classe masculina. O senso de justiça do rapaz não podia simplesmente deixar para lá!

E o email foi enviado. Mas com essa beleza era mais fácil se ele simplesmente caminhasse até à redação e pedisse educadamente para todos se apaixonarem por ele. A verdade é que Nicolas é aquele tipo de pessoa por quem sempre temos uma queda secreta. Alto, com o cabelo escuro e olhos claros é difícil não se intimidar. Eu já estou pedindo por misericórdia, toma querido, leve meu coração!

Mas, claro, continuando... Hannah recebeu o email. Aconteceu esta semana de sua editora-chefe estar de folga, então nossa protagonista está cuidando de tudo.

E ela já está redigindo uma resposta. Isso, definitivamente, é o começo de um longo debate.

Vejamos:

De: Contato Revista Afrodite

Para: Nicolas Duviver

Caro senhor Nicolas,

Minha matéria foi escrita sem a menor intenção de ofendê-lo. Era apenas uma crítica a forma como as mulheres são tratadas diariamente. Claro que a lei garante o direito de resposta, mas se vamos levar essa situação de forma amigável ofereço a possibilidade de que uma retratação seja feita em nosso site.

Uma boa tarde, Hannah Lins

De: Nicolas Duviver

Para: Contato Revista Afrodite

Excelentíssima senhora Hannah,

No mundo atual a internet é indispensável, mas ambos sabemos que ela não possuí o poder e a credibilidade dos veículos impressos. Uma retratação só seria efetiva se publicada na revista, em especial em sua coluna. Eu me senti pessoalmente ofendido com o texto e sei que vários colegas também partilham da minha opinião. Não tenho a intenção de levar o assunto para fins judiciais, mas tenho percebido o esforço da revista de atrair o público masculino, publicar uma retratação talvez fosse um começo efetivo para essa ação. Como leitor da Afrodite destaco o quanto aprecio a qualidade da publicação e odiaria que ela começasse a contar com textos de mau gosto para vender mais exemplares. Aguardo uma solução.

Nicolas Duviver

De: Contato Revista Afrodite

Para: Nicolas Duviver

Senhor Nicolas,

Lamento muito que um leitor da Afrodite tenha achado minhas opiniões de mau gosto. Claro que a revista exige um padrão de qualidade, que esse texto com opiniões tão descartáveis cumpriu. Se o senhor, caro Nicolas, escrever um texto que cumpra com esses padrões de qualidade até a data de fechamento da próxima publicação, dia 16∕12, eu cederei o meu espaço para sua resposta.

Hannah Lins

Outra coisa que é necessária destacar em relação à Hannah é o seu temperamento explosivo. Surpreende-me que ela tenha ficado tanto tempo com Daniel. Bom, se a editora chefe de Hannah estivesse trabalhando esta semana, ela teria apenas ignorado mais um email que não afeta em nada a vida na redação. Mas, por se tratar de um texto que antes só havia recebido elogios, Hannah simplesmente não conseguiu ignorar. Ela devia ter ignorado, porque agora Nicolas já está preparando seu texto. O nome: "Todos somos idiotas no amor". Ele também tem um temperamento forte, mas diferente de Hannah ele prefere deixar para lá. Esquece rápido porque está com raiva e sempre faz as pazes com quem quer que seja. Por isso, agora mesmo, ele está ligando na redação da revista Afrodite:

― Revista Afrodite. Cátia falando. Boa Tarde. ― a telefonista de voz anasalada atende.

― Eu poderia falar com Hannah Lins, por favor? Estou escrevendo um texto importante para ela. Acho que ela, inclusive, está esperando minha ligação. ― Nicolas já responde cheio de lábia.

― Só um minuto, vou transferir. ― o rapaz aguarda ouvindo a tradicional musica brega e irritante de espera.

― Sim? ― Hannah atente em seu costumeiro tom neutro e baixo.

― Hannah Lins? ― Nicolas fala já em modo de moço-mais-simpático-possível.

― Isso. ― Hannah responde ao mesmo em tempo que finaliza sua costumeira ronda em sites concorrentes. Sua atenção agora está completamente na ligação.

― Oi! É o Nicolas. Nós estávamos conversando por email, mas eu resolvi ligar para tirar algumas dúvidas. ― ele já está com seu bloco de anotações cheio de linhas de raciocínio para seu texto-resposta.

― Nicolas? ― ela tem dificuldades em conectar o nome a pessoa. Ela é péssima para lembrar esse tipo de coisas.

― Isso. Eu gostaria de saber se há alguma limitação para o texto. Como quantas laudas? Eu sei que em revistas tudo já é planejado antes. ― ele está tão animado! Faz tempo que Nicolas não escreve nada, ele sente falta.

― Hmm... Você é o cara que achou meu texto de muito mau gosto. ― Ahh, agora ela está entendendo o que está acontecendo. Hannah não esperava que o cara do email fosse mesmo se dar ao trabalho de escrever algo.

― Bom, é um ótimo texto. Eu apenas acho que você foi muito parcial... ― ele notou a irritação mal disfarçada na voz da garota.

― É uma coluna, o objetivo é ser parcial. ― ele não vai conseguir se defender com tanta facilidade. Hannah não é do tipo que dá o braço a torcer.

― Eu entendo, mas acho realmente que é uma excelente ideia publicar um texto com uma resposta representando os homens nesse contexto. ― e realmente pode ser uma boa ideia. Nada melhor do que um barraco para dar audiência! Não vou fingir que não adoro.

― Eu não disse que publicaria nada! ― e não vai mesmo! Ela está indignada, como pode esse estranho achar que tem capacidade para escrever um texto digno de ser publicado? Quanta pretensão...

― Você disse que publicaria, se fosse bom. ― ele é realmente pretensioso, seguro de si e não vai desistir sem nem tentar.

― Isso não quer dizer que será bom. ― ela odeia quebrar uma promessa tanta quanto odeia perder um debate.

― Mas, eu posso tentar certo? ― Nicolas sempre consegue o que quer com jeitinho. Ele é terrível!

― Sim, mas... ― Hannah está tão cansada com tantas coisas para fazer. Melhor concordar e resolver esse problema depois.

― Eu vou te enviar e você vai pelo menos ler. Certo? ― ele realmente não desiste.

― Sim... ― se ela não concordasse, eu já estava aqui de voluntária. Leria qualquer coisa desse homem maravilhoso só para ver aquela carinha linda.

― Então, posso escrever do jeito que eu quiser ou... ― estamos finalmente chegando ao ponto da ligação.

― A minha coluna é escrita em uma lauda. ― textinho curto, nem mil palavras. Nicolas escreve fácil, fácil.

― Ótimo. ― ele está feliz com a pequena "vitória".

― Ótimo. ― ela está muito atarefada para perceber que ele obteve essa primeira conquista.

― Até mais, Hannah. ― adoro como o nome dela soa quando ele fala. Esse sotaque mineiro, quase me mata.

― Claro. ― ela acrescenta de mau humor e desliga.

Isso foi desconcertante e divertido. Hannah não está acostumada a tipos de idiotas que não desistem até as coisas darem certo. Durante esta semana Nicolas vai escrever o texto, que vai ficar ótimo, como tudo que ele faz. Hannah vai escrever um também, dessa vez falando sobre como as mulheres não sentem falta da TV desde sua extinção cinco anos antes. Uma semana sem muitas surpresas no fim.

xxx

Não esqueça o comentário e a estrelinha <3

xoxo

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