Um novo Rumo
Levanto-me no horário normal hoje, sem atrasos para Sra. Loren vaca loira.
Tomo meu banho tranquilamente, hoje estou inspirada a me arrumar, mas necessariamente a me sentir bonita.
Minha mãe deve voltar na segunda e hoje ainda e quarta, estou com saudades dela, mas é por uma causa justa nosso afastamento.
Pego meu carro que pedi ao porteiro para trazer para mim, já que o mesmo ficou no trabalho ontem e estou a caminho do serviço, hoje levantei decidida a esquecer de meu Ethan e o pai dele supermaravilindo. Não vou passar pelo mesmo lugar só para ver se eu o vejo, vou passar por outra rua.
Coloco as musicas do Michael Jackson para tocar, meu amor platônico e vou cantando.
Antes de chegar ao local do meu serviço, vejo uma movimentação estranha no passeio, e tá parecendo uma briga, nem penso duas vezes antes de sair do carro, já que quem está apanhando é o Ethan.
- O que está havendo aqui? - raiva não chega nem aos pés do que estou sentindo, minha vontade é esmurrar a cara desses três delinquentes, dois que seguram o braço de Ethan e um que está batendo. Não posso bater neles, são adolescestes, mas vontade não me falta.
- Olha, precisa de alguém para salvar você? - o menino mais alto de cabelos cumpridos até o ombro debochou.
Eu fui para o carro, peguei um taco de beisebol que eu sempre carrego comigo, para casos como esse.
- Você que vai precisar ser salvo - bati com o taco no chão. - Se não sair daqui agora. - meu olhar deveria ser sanguinário, já que os três já estavam na esquina antes de eu terminar a frase.
Olhei para Ethan, o mesmo estava com um corte perto do olho, um lado dos lábios inchados, e um corte na bochecha, e mesmo assim sorria para mim.
- Eu achei mesmo que você iria bater neles. - Ele disse sorrindo.
- Sim eu iria. - falei seria, e na hora o sorriso dele murchou.
Comecei a gargalhar, ele acreditou mesmo que eu iria.
- Vamos! - eu disse passando um dos braços pelo ombro dele - vou cuidar desses ferimentos.
- Mas e seu serviço? - ele perguntou me olhando.
- Que se dane a vaca loira.
Nós rimos e eu o levei para casa.
- Como se meteu nessa briga toda? - eu perguntei, mas minha vontade era bater nele. Tenho que segurar essa onda de instinto materno.
- Meu amigo estava apanhando, fui ajudar. - ele disse sem me olhar.
- E onde esse amigo estava quando cheguei? - já quero saber quem é esse cara.
- Deve ter ido buscar ajuda. - sua voz saiu em um sussurro.
- Quem tem amigos assim, não precisa de inimigos. - eu sussurrei de volta.
O olhei e ele deu de ombros, parecia um pouco desanimado.
- Ei carinha anima ai, pelo menos agora você vai ficar com cicatrizes, fiquei sabendo que a mulherada gosta disso. - eu disse tentando anima-lo.
- Isso é bom então, já sou bonito mesmo, agora fiquei mais ainda. - ele sorriu e parecia animado agora.
Chegamos a casa, o coloquei sentado na cama enquanto pegada o kit de socorros.
Enquanto eu cuidava dele, me lembrei do ser pequeno que eu salvei um dia, minha garganta estava apertada por conta do choro que eu estava segurando.
- Obrigado. - ele disse me olhando. - Ah muito tempo não sinto que alguém cuide de mim. - ele sorriu, mas não era um sorriso feliz.
- Mas você tem seus pais...
- Não, somente meu pai. Estou falando de uma figura feminina, uma mãe entende. - ele sorriu sem graça. Já havia acabado de fazer os curativos me sentei ao lado dele.
- Onde está sua mãe? - perguntei sentindo meu coração apertar.
- Meu pai não pode ter filhos, e a namorada dele não queria adotar, quando ele chegou em casa comigo ela foi embora e largou nós dois. Mas ele é um ótimo pai e eu o amo muito. - ele mexia com a pulseira do braço enquanto me contava.
Meus olhos se encheram de lagrimas e eu tive que limpa-las para ele não ver.
- Ela é uma idiota, você é um jovem muito especial, burra foi ela de não valorizar vocês dois - minha mão já estava afagando as costas dele.
- Obrigado. - ele engoliu em seco e continuou. - Posso te pedir uma coisa?
- Sim claro. - eu respondi sorrindo já que o mesmo me olhava.
- Nós podemos ser amigos? Eu só tenho amigos da mesma idade que eu, e não tenho uma amiga mais velha, isso seria um barato. - ele sorriu, mas parecia constrangido.
- Claro, posso sim. Se tiver encrenca me chama que eu bato neles. - nós sorrisos juntos.
Ele me deu um abraço espontâneo e eu retribuo.
- Eu sinto uma ligação com você... - ele disse e saiu do quarto correndo.
Eu fiquei paralisada algum tempo, sem reação.
As lagrimas agora jorram sem plateia para vê-las, mas sinto meu coração mais calmo agora.
Ele voltou e agora nada o tira de mim.
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