Carta de amor
Uma carta de amor foi queimada
Mas é claro que ela não sabia
Uma carta de profundo desespero e culpa
Quase que rasgada
Letras desconhecidas, escritas rápidas
Palavras ardentes
Uma carta de amor era esperada
Mas nada lhe convinha
Sabia-lhe da ilusão
Portanto nem assim desistiu de ser em vão
Esperava uma carta de amor
Mas quando se abria o correio
Só se viam propagandas e contas
Há dois anos, uma carta de amor foi queimada
Quem me dera se junto com ela fosse queimada
Todos os pedaços do meu coração
Para que aos poucos fosse retalhado
Como uma fênix
Queimado, e não forjado
No próprio fogo da paixão
Quem me dera uma carta de amor
Do ser ilustre que não existe
Que poderia ser palpável, amável
Mas que não está ao alcance
As próximas cartas de amor, portanto
Escrevo para meu próprio ser distante
Habitante de uma ilha, brilho róseo
Que chama por essa alma alarmante
Junto com a carta de amor
Queimei parte do meu pavor
De não ser amada de volta
Pois preciso apenas do meu próprio afeto
E de resto, nada mais importa
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