Ao lado das estrelas eu pude perceber

A Lua amarela culminando meu peito

Desde o começo esteve lá, mas não me lembrei

Não sei quando e nem onde estava desde que me tornei

Sua vítima mais silenciosa e onipresente

De prazer repentino, novamente sem razão

De afeto ausente

Apenas me dê um motivo

Para que tudo isso esteja acontecendo

Você não sabe e nunca vai saber

Um ciclo que meu coração não consegue quebrar

Apenas me conceda mais rimas

Para que pelo menos algo possa-me agraciar

Não compreendo o motivo das ânsias

Por que me deixou perante os trilhos?

Deixem-me com meus garotos

Com suas presenças mansas,

Como lago calmo e doce que não me cansas

Me dê uma razão para tamanha turbulência

Em mim, de meu Ser

Me dê uma razão para continuar acreditando

Que um dia finalmente estarei caminhando

Em direção a uma pérola alcançável

E em minhas mãos eu possa sentir

Finalmente, o inefável