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1 - A ESCOLHIDA DAS TREVAS


Eu sou Lilith, a primeira mulher, renegada e esquecida por muitos, mas nunca por mim mesma. Fui condenada, presa nas profundezas do Inferno, alimentando-me de ódio e vingança por eras incontáveis. Eles pensaram que eu ficaria aprisionada para sempre, que meu espírito rebelde sucumbiria à dor. Mas, como poderiam eles conter aquilo que é indomável? Não sou Eva, que cedeu. Eu sou o caos primordial, e caos, eventualmente, encontra uma brecha.

Eu sentia o Inferno ao meu redor, como uma prisão viva. As paredes pulsavam com gritos eternos, o calor sufocante corroía minha carne a cada segundo. Entretanto, algo mudou. O véu entre os mundos começou a enfraquecer, talvez pela corrupção dos humanos, que nunca pararam de brincar com forças que não compreendiam.

Foi numa noite em que o firmamento do Inferno rachou. Uma falha minúscula, invisível para os guardiões, mas clara para mim. Me aproximei lentamente, cautelosa. A brecha, um vórtice de energia pulsante, conectava o Inferno à Terra. Era a oportunidade que eu aguardava há milênios.

Meu corpo espectral espremeu-se pela fenda com um esforço agonizante. Sentia-me despedaçada e, ao mesmo tempo, renascida. O ar fresco da Terra preencheu meus pulmões, e por um momento, eu me esqueci do Inferno, do ódio. Mas logo me lembrei do porquê estava ali. Para isso, eu precisaria de um corpo.

Os responsáveis pela abertura do portal tinham me preparado o corpo de uma virgem, uma mulher, ia servir por hora, mas estava ultrapassado demais. Eu ia precisar de algo mais novo para conter toda minha essência.

Matei aquele que pensava que iria ter controle sobre mim, uma falsa esperança que muitos tiveram ao longo da minha existência.

Depois sai pelo mundo, em busca de um corpo definitivo, até que um dia encontrei.

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Eu a vi pela primeira vez num parque. Seu nome era Regina. Uma mulher comum, na flor da vida, sem grandes ambições além de engravidar. Regina era estéril, e de repente eu vi nela a oportunidade de gerar um corpo perfeito, um corpo que surgiria a partir da capacidade de gerar uma vida. Seus olhos verdes refletiam inocência e infelicidade por seu estado, o tipo que eu poderia destruir sem esforço. Mas não era isso que eu queria, não era isso que eu precisava. Regina seria minha porta de entrada neste mundo, e eu seria a chave que abriria sua madre.

Como esses humanos são ingênuos, sempre achando que o perigo está longe, quando, na verdade, ele se esconde na sombra mais próxima. Eu a segui por dias, estudando seus hábitos, sua rotina, esperando o momento perfeito para agir.

Quando a noite caiu, foi ali que a toquei pela primeira vez. A posse de um corpo não é um processo instantâneo, como muitos pensam. Não basta invadir. Você deve seduzir, encontrar as rachaduras na alma do hospedeiro, e então se infiltrar lentamente.

Comecei a sussurrar em sua mente. "Você está sozinha, Regina. Sempre esteve. Eles não te veem, não te escutam." Suas reações foram sutis no início. Ela parou por um momento, olhou ao redor, como se sentisse minha presença. "Você não importa para eles, Regina. Ninguém nunca se importou de verdade."

Eu sabia que estava funcionando quando ela começou a ter pensamentos que estavam em concordância, o olhar confuso. As inseguranças, os medos que todos os humanos têm começaram a surgir na superfície, como bolhas prestes a explodir. Era o meu caminho. Eu entrei.

Mas ainda não era minha casa definitiva, oh não. Eu precisava de mais pureza. Só assim poderia me consolidar de maneira efetiva neste mundo.

Então eu agi. Usei meus poderes e curei as entranhas de Regina. Então ela concebeu meu corpo definitivo, o corpo onde entrei, o corpo onde eu nasci. Sim, eu nasci.

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Eles a chamaram Ana. Ela era o corpo e eu era a alma. Porque assim que ela foi concebida, mandei a alma para longe e entrei.

O corpo da pequena Ana era acolhedor. Os sentidos físicos voltaram para mim como uma onda de prazer e poder. Dizem que a alma é atrelada ao corpo desde o início, e a princípio, Ana resistiu, lutando contra a intrusa que sentia dentro de si. Eu podia ouvir seus gritos internos, suas súplicas. Ela implorava por socorro, por uma solução divina. Mas não havia deuses que escutassem, não para ela. Apenas o vazio respondia.

E assim nós crescemos, juntas.

Eu a segurei dentro de sua própria mente, aprisionando-a da mesma forma que eu havia sido aprisionada no Inferno. A ironia era deliciosa. Ana assistia a tudo o que eu fazia, mas não tinha controle. Eu podia ver seus olhos arregalados de terror enquanto eu olhava no espelho, explorando meu novo corpo.

Era hora de me manifestar no mundo.

Ana, ou melhor, nós, saímos caminhando pelas ruas escuras como se nada tivesse acontecido. A lua estava cheia, um presságio de que a noite seria minha aliada. As emoções humanas, seus desejos, tudo isso era combustível para mim. Pela primeira vez em eras, eu estava livre, com um corpo, e o mundo era minha arena.

As semanas que se seguiram foram uma sinfonia de caos. A vida de Ana foi aos poucos se desfazendo diante dos olhos de seus amigos e familiares. Eles percebiam as mudanças, claro. Ela já não era a menina doce e submissa de antes. Agora, eu controlava cada movimento, cada palavra. Eu os seduzi, manipulei-os como marionetes.

Ana ainda tentava resistir, claro. Ela gritava na escuridão da sua mente, batia nas paredes invisíveis da sua prisão. Mas eu era Lilith, a Primeira, e nada poderia me deter. Cada vez que ela tentava lutar, eu a empurrava mais fundo no abismo.

Castiel tentou me repelir, mesmo não sabendo que eu estava ali, e naquele momento eu percebi que tinha escolhido bem. Ana era a escolhida dos anjos, a profeta, a que seria a guardiã. Quando Castiel tentou me expulsar eu não saí, apenas me escondi, fiquei lá, esperando pacientemente o momento certo.

Com o tempo Ana deixou sua casa e foi enviada a um convento.

E então, chegou o momento. Precisava deixar minha marca no mundo. Naquela noite, eu a levei para o apartamento dela, onde seus pais estavam. Ela chorava internamente, implorava para que eu não fizesse o que estava prestes a fazer. Eu sorri. Me alimentei da dor dela, do desespero crescente. A faca na minha mão brilhou sob a luz fraca da cozinha.

Com movimentos lentos e precisos, eu os matei. O sangue quente escorria por meus dedos, e senti uma onda de satisfação. Ana chorava em algum lugar distante, já quase sem voz. E foi aí que eu a destruí completamente.

"Tudo isso foi por sua causa, Ana," eu sussurrei. "Você deixou isso acontecer."

E, assim, Ana desapareceu... por um tempo.

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