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PAIXÃO MACABRA

Ricardo odiava a vida tudo que fosse relacionado a ela, até o dia em que conheceu Sofia. E ele a conheceu pela internet.

Um de seus únicos amigos lhe disse para sair daquela "bad" desgraçada e lhe passou o endereço de um site que tinha garotas que mandavam até nudes online, algumas até se masturbavam e gozavam na frente da web Cam.

Ele entrou no site por uma semana e não conseguiu absolutamente nada que não fosse imagens de putas peladas ou dando o rabo, até que ela apareceu em um perfil  que parecia ser sério. Ela estava buscando companhia e isso lhe chamou atenção. Ele entrou no perfil e disse oi. Não esperava que ela respondesse, mas quando voltou a abrir o site viu que ela tinha respondido:

" Olá. Tudo bem? "

E assim começou o estranho relacionamento de Ricardo,  que durante dois meses, praticamente fez uma coisa que nunca tinha experimentado antes: namorou à distância.

Sofia era legal, parecia ser uma boa pessoa. Eles saíram do site e foram para o whatsapp, e lá a intimidade aumentou. Depois de algum tempo começaram a trocar nudes, faziam vídeo chamadas de sexo, e apesar dela ser bem mais nova, Ricardo se apaixonou perdidamente.

No dia em que ele a pediu em namoro ela disse sim, e ele sentiu-se, pela primeira vez em seus trinta anos de existência, um cara de sorte, sentiu que talvez sua vida estivesse de fato mudando, apesar da distância ele não sentia-se mais tão sozinho, pelo menos tinha alguém para conversar.

Mas Ricardo queria mais. Ele não podia beijar Sofia pelo celular, ele não podia tocar ela e nem abraçá-la pela tela do aparelho. E mais do que nunca ele queria fazer aquilo, ele amava Sofia e queria consumar aquele amor de maneira física.

Ele já tinha visto a vagina dela pelo celular, agora ele queria tocá-la, sentir a textura de sua pele junto a dele. Ele achava que se isso acontecesse poderia se sentir de vez um homem realizado.

Naquela noite eles se encontraram novamente pelo chat do celular, fizeram vídeo chamada e Sofia percebeu que ele estava meio abatido.

— Oi amor. O que acontece com você?

— Nada. Eu estou legal.

— Não está não. Me conta vai.

Ricardo suspirou e então disse:

— É que essa distância está me matando. Eu quero você pra mim… mas não assim. Quero tocar você, por a minha mão, te beijar…

— Entendo como está se sentindo. Também estou assim. Sabe amor… acho que está na hora da gente se encontrar.

Ricardo abriu um sorriso daqueles.

Seu coração estava palpitando. O nervosismo o fazia suar.

Olhou no relógio de novo e depois conferiu para ver se estava no lugar certo. A pracinha em frente ao cemitério Nossa Senhora do Rosário. Era ali mesmo.

Sofia havia dito a ele que estaria usando uma blusa lilás com estampas de flores e calças Jeans, e quando Ricardo a viu pensou que iria morrer.

Ela estava parada diante do portão do cemitério, sorrindo para ele, o sorriso mais lindo que ele já tinha visto em toda a sua existência de merda.

Ela esperou alguns carros passarem e atravessou a rua e o coração de Ricardo quase explodiu quando ele a abraçou pela primeira vez, sentiu seu cheiro e viu que ela era real.

Os dois se beijaram, se beijaram várias vezes, e ele ficou olhando para ela como um bobo. Houve um momento em que os dois se abraçaram e começaram a chorar. Ricardo mal podia acreditar que estava abraçando uma mulher e que aquela mulher era sua namorada. Uma namorada de verdade.

Seu coração estava explodindo de alegria. Ele não se sentia mais aquele bosta que sempre foi, taxado, principalmente no tempo de escola, como um perdedor de merda, magrelo e feio que nunca iria arranjar namorada na vida e iria morrer batendo punheta.

Ela estava ali, sua namorada, e ela era linda. Os olhos cor de mel, os lábios pequenos ligeiramente carnudos. Os cabelos pretos longos e lisos. Era sua, sua namorada, e se ele pudesse esfregar aquilo na cara daqueles filhos da puta que caçoavam dele, esfregaria.

Sentaram-se no banco da praça e conversaram um longo tempo de mãos dadas.

A noite já tinha chegado quando ela perguntou:

—  E então? Quer me levar a um cinema, um restaurante, talvez?

— Prefiro restaurante. Um jantar romântico, amor. O que acha?

— Eu vou adorar!

Ele a colocou no carro, e naquele momento, eram o casal mais feliz que havia no mundo.

††

Foi um encontro maravilhoso e descontraído. A comida do restaurante era ótima, mas a companhia era ainda melhor.

Não tinha muita gente no restaurante, algumas mesas estavam ocupadas e Ricardo percebeu que as pessoas não paravam de olhar para eles. Ele achou que era devido à beleza de Sofia. Ela era a mulher mais linda que ele já tinha visto em toda a sua vida.

Ele não deu importância àquele fato, o encontro estava ótimo, eles falaram sobre suas vidas, deram risada, se beijaram. E Ricardo ficou convencido de que ela era o amor da sua vida.

O relógio marcava umas dez da noite e foi só então que Ricardo notou uma coisa: Sofia não tocara na comida.

Ele olhou para Sofia. Ela o fitava de maneira estranha, seus olhos pareciam vidrados e parados. Havia um sorriso em seus lábios que mostravam dentes brancos demais. Era um sorriso quase sinistro.

Ricardo não tinha ideia de porque achava aquilo. Mas não conseguia tirar de sua mente.

De repente ele estava se sentindo extremamente desconfortável.

— Você… você não vai comer?

— Não. Os mortos não comem. - Ricardo arregalou os olhos. — E eu estou morta de amor por você.

Ricardo esboçou um sorriso nervoso.

Mas aquele sorriso ainda estava nos lábios dela. E por Deus! Era um sorriso macabro.

Ele estava quase pedindo a ela para parar de sorrir daquele jeito quando sentiu a mão dela em sua coxa.

Ele deu um salto na cadeira.

Ricardo ergueu a mão quando Sofia colocou a mão em seu pau e ele quase gritou.

— Pode me trazer a conta por favor?

Ele a levou para o carro e começou a beijá-la intensamente. Uma onda de amor, desejo e paixão se apoderou dele.

Os dois entraram no carro atracados aos beijos. Ricardo meteu a mão dentro da blusa dela, sentindo uma forte ereção encher a frente de seu jeans.

Sofia olhou para ele sorrindo. Todo aquele ar sinistro que ele tinha visto no restaurante desaparecera, ou nunca estivera lá.

— Não vamos transar no carro, não é amor?

— Não… claro que não.

Ricardo ligou o carro e levou apenas duas horas para chegar no prédio onde morava.

Eles se beijaram no elevador, e entraram no apartamento dele se beijando.

Foram parar no sofá da sala.

Sofia nem esperou ele tirar a calça e começou a chupar seu pênis.

Ricardo estava maravilhado, doido de prazer, mal podendo acreditar no que estava acontecendo ali.

Eles transaram, foi uma noite incrível e maravilhosa, do tipo que Ricardo nunca havia experimentado em toda sua vida.

Eles repetiram a coisa várias vezes e depois dormiram abraçados no sofá.

†††

Ele abriu os olhos e não viu Sofia.

A claridade do dia penetrava na sala através da janela.

Ricardo sentiu uma leve dor no corpo. Dormir no sofá não era muito legal.

Olhou ao redor e não viu as roupas de Sofia.

— Sofia. Você está aí?

Uma pergunta idiota. Ela devia estar na cozinha fazendo o café.

Ricardo, ainda nu, foi até a cozinha.

— Amor…

A cozinha estava vazia.

— Sofia?

No banheiro. Ela devia estar no banheiro.

Ricardo foi até lá. Vazio.

Olhou no quarto e nada.

Ricardo franziu o cenho. Começou a se vestir e parou para pensar. Ela podia ter saído cedinho. Provavelmente era o que tinha acontecido. Com certeza ela ia trabalhar e saira sem querer acordá-lo.

— É isso. - Dizer isso lhe transmitiu uma certa tranquilidade.

Ele sentou-se e pegou o celular.

Entrou no whatsapp e procurou o contato de Sofia, mas não achou.

Ele procurou novamente, com mais calma agora. Não havia qualquer contato de Sofia.

Ricardo achou estranho. Caminhou até o quarto e ligou o computador.

Entrou no site de encontros e procurou o perfil de Sofia. Achou centenas de Sócias, mas nenhuma era ela.

— Mas o que?...

Ricardo saiu do site e entrou no Facebook. Procurou o perfil de Sofia e não encontrou.

Ele ficou um longo tempo procurando, mas não achou absolutamente nada. Resolveu procurar nos contatos.

Ricardo estava aflito. Em sua mente ele se lembrava perfeitamente do rosto de Sofia, do encontro, do jantar que tiveram… ela… a maneira estranha com que ela sorria, e…

— Ela não comeu. Ela não comeu nada.

(Os mortos não comem).

Mas o que estava acontecendo ali? Ele não fazia a menor ideia, mas sentia uma onda de medo o invadir.

Sofia não existia e ele não queria aceitar que ela fora uma alucinação, um devaneio de sua mente. Porque era exatamente isso o que parecia e se fosse isso significava que ele estava louco, completamente louco.

Nas semanas que se seguiram Ricardo começou a definhar. Se tornou uma pessoa ainda mais distante do que era antes de conhecer Sofia, antes de criá-la com  a sua mente.

" Não. Ela estava lá! Ela estava lá. Eu transei com ela porra! "

Ele vivia repetindo para si mesmo, mas não conseguia se convencer.

††††

Ele abriu os olhos e sentiu o frio. Um frio congelante, que o fazia estremecer. Ele podia ver um vapor saindo de sua boca.

Havia alguém no quarto. Aquela certeza o atingiu como uma agulhada. Ele sentia os olhos fitos nele, e de repente  a viu. Sofia estava ali, completamente nua.

— Sofia!

Ela não respondeu, apenas sorriu.

Ricardo viu que o corpo dela brilhava, emitia luz. Era como se ela fosse a lua.

Ele achou aquilo lindo. Ela era linda. A sua Sofia, a sua namorada.

Ela começou a caminhar saindo do quarto.

— Sofia, espere.

Ricardo levantou-se só de cueca e a seguiu.

A viu passar pela porta de entrada do apartamento e desaparecer pelo corredor.

— Sofia!

Ricardo correu em seu encalço e a viu dobrar o corredor à esquerda.

— Sofia! Espera amor!

Ricardo correu. Não a deixaria ir. Não dessa vez.

Ele a viu subindo a escadaria que ia dar acesso ao terraço.

Ricardo correu feito um condenado e chegou ao terraço.

Estava vazio e silencioso.

— Sofia! Sofia! Onde você está, amor?

Mas ela não estava em parte alguma. Porque ela não existia. Era apenas o fruto da sua imaginação doente, a invenção da mente de um louco.

Ele se aproximou da  beirada da laje e olhou para baixo.

— Sofia.

Ricardo começou a chorar.

— Ricardo.

Ricardo olhou para trás e arregalou os olhos.

Duas mãos empurraram seu peito e ele despencou prédio abaixo.

†††††

...o morador de um prédio na zona central da cidade, foi encontrado morto após despencar do terraço. Autoridades estão investigando as causas do acidente mas há fortes indícios de que o homem de trinta anos, que sofria de depressão, tenha cometido suicídio...

*****

A IDEIA PRINCIPAL DESSE CONTO FOI CRIADA PELA AUTORA DEBORA QUESADA.

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Luis Fernando Alves

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