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JÉSSIKA

O ruído estava vindo do céu, e parecia o estranho chiado de uma panela. Ela percebeu aquele barulho quando a música do rádio acabou. Instintivamente olhou para cima e nada viu senão o negrume da noite.

Ela estava seguindo por uma estrada praticamente deserta cercada por um bosque de gigantescos eucaliptos, um lugar que devia ser belo durante o dia, mas àquela hora da noite chegava a ser assustador.

Ela nunca tinha percebido o quão assustador era aquele lugar.

Osvaldo estava trabalhando em período noturno naquele mês e ela estava sozinha em casa de modo que era inevitável ter que dirigir até a cidade para comprar Doritos e coca-cola, coisa que o médico havia proibido mas que ela não conseguia viver sem.

Maria não costumava dirigir, ainda mais estando grávida, mas ela entrou no Fusca amarelo que eles tinham, ligou o rádio e passou a ouvir Raul Seixas enquanto dirigia. E de repente o rádio começou a falhar e ela desligou, e foi quando ouvir o som.

Olhando para cima ela não conseguiu vislumbrar nada, dirigiu por mais uns 500 metros e foi quando viu a luz.

Maria freou o carro instintivamente. A luz estava pairando sobre a estrada a uma altura de talvez uns 15 metros entre as árvores.

" Mas que merda é essa? " Pensou Maria franzindo o cenho.

Não tinha certeza se estava fazendo o correto mais fato é que ela abriu a porta do carro e saiu para a noite fria e escura de final de julho.

Ficou ali parada no meio da estrada vislumbrando a luz que de repente pareceu estar se aproximando dela.

Maria deu um passo para trás na intenção de voltar ao carro.

Ela viu o estranho facho de luz branca deslizar entre as árvores e parar em cima dela.

Então foi atingida por um raio de luz esbranquiçada.

Maria sentiu como se uma corrente elétrica de milhares de volts percorresse seu corpo. Abriu os braços mesmo sem querer e sentiu seu corpo levitar a um metro do solo. Seus olhos viraram tornando-se brancos e ela começou a babar.

Depois a luz parou e tudo o que restou foi escuridão.

Ela abriu os olhos e não sabia onde estava.

Viu Osvaldo segurando sua mão e sorrindo.

— Você acordou amor. Tudo bem?

— Eu… eu…

— Veja amor.

Ela viu que Osvaldo estava segurando um bebê, mas não era um recém nascido.

— Eu pensei que você não ia acordar nunca pra ver nossa neném. Mas graças a Deus você acordou!

Maria não entendeu. Ficou olhando para ele com ar de dúvida.

— Como… Como assim?

— Você ficou em coma amor.

— Co… coma? Eu… por… por quanto tempo?

— Um ano.

Ouvir aquilo foi como levar um tapa na cara.

Ela ficou olhando para o marido, tentando ver se ele estava brincando ou fazendo algum tipo de piada.

— Um… o que?!

— Não importa amor. O importante é que você está aqui. É a única coisa que importa.

Maria ficou olhando para ele apática e então perguntou:

— É a nossa?...

— Sim amor. Nossa bebê. Se chama Jessika. O nome que escolhemos.

Osvaldo lhe deu a bebê. Os cabelos dela eram brancos, o que chamou a atenção de Maria.

— Os cabelos dela…

— Ela nasceu com uma anomalia genética amor. Nada demais.

Maria olhou para sua filha e sorriu.

††

Ainda existem muitos mistérios envolvendo o caso Jessika e muitos desses mistérios possivelmente nunca serão solucionados. Muitos dos envolvidos resolveram se calar para a situação, e os poucos que resolveram falar não lançaram muita luz sobre as sombras que cercam o mistério.

Os fenômenos começaram a acontecer quando a garota tinha um ano de idade, logo após a mãe ter acordado de um coma que até hoje não conseguiu ser explicado pela medicina.

As primeiras manifestações eram coisas que poderiam ser ditas como corriqueiras, coisas como portas e janelas se abrindo ou fechando sozinhas, coisas que caiam pelo chão, objetos  que apareciam fora do lugar.

Maria das Dores Silva, a mãe da criança nem mesmo percebia o que estava acontecendo.

Os eventos foram se agravando com o passar dos anos e na proporção em que a criança foi crescendo.

Quando a garota completou 4 anos de idade, pequenos animais como insetos e ratos começaram a aparecer mortos pela casa.

Em 2004 a polícia foi chamada para atender uma estranha ocorrência na casa da família. O policial Reis, em depoimento oficial, afirmou ter sido um dos primeiros a chegar ao local e disse nunca ter visto uma cena como aquela. O lugar estava praticamente coberto de pássaros mortos. Havia pássaros por toda a parte, no telhado, no chão… enfim. O que se sabe é que naquele dia, uma nuvem de pássaros voou e bateu nas paredes da casa, encontrando seu fim.

Nessa época Maria começou a manifestar algum tipo de aversão à filha. Talvez houvesse alguma coisa errada com a criança. Ela afirmou a um psicólogo que a garota costumava andar pela casa durante a noite e parecia sussurrar palavras estranhas.

Fato é que Jessika Silva não era normal. Quando entrou para a escola, aos oito anos, a garota passou a ser alvo de bullying pelas outras crianças que a chamavam de velha devido a seus cabelos brancos.

Em 2009, a polícia da cidade de Santo Antônio do Pinhal, onde morava a família, registrou o homicídio de 5 crianças em um espaço de tempo de mais ou menos dois meses.

As coisas mudara na escola, porque agora as crianças tinham medo de Jessika.

Uma garota de 12 anos chamada Ana Beatriz, afirmou para um psicólogo da polícia que as pessoas tinham medo da garota porque ela tinha alguma coisa nos olhos.

Osvaldo da Silva, o pai da garota, se matou em 2014. O homem vinha tendo problemas com bebida há muito tempo, era um alcoólatra.

Os homens que atenderam a ocorrência e limparam a sujeira afirmaram abismados que ninguém podia se matar daquela maneira, era inconcebível que alguém pudesse abrir a própria barriga e retirar de dentro de si todas as vísceras. E depois se pendurar em um cabide. 

A polícia arquivou o caso. Já nessa época Jessika não frequentava a escola, e Maria não era mais vista nas ruas. A casa era evitada por todos que moravam pelas redondezas, e era vista como assombrada.

Até o dia em que a polícia foi chamada, porque as pessoas estavam escutando gritos vindos da casa.

Quando a polícia chegou, não havia casa alguma.

†††

Era o demônio. Casta de demônios.

Expiar o sangue. Era preciso. Era o que estava escrito na Bíblia.

Expiar o sangue e livrar o mundo do demônio que se disfarçava na pele de um anjo.

Maria pegou uma faca na cozinha.

A casa estava mergulhado no silêncio. Ela ouvia apenas o tique taque do relógio de parede que ficava na sala.

Livrar o mundo do demônio.

Maria começou a rezar:

" Ave Maria cheia de graça, bendita és tu entre as mulheres. Bendito o fruto do vosso ventre, Jesus…"

Subiu a escada indo até o quarto dela.

Ela estava lá. Parada de frente com a vidraça, usava aquele vestido florido amarelo que tinha ganhado de presente de aniversário.

O demônio.

" Santa Maria, mãe de Deus, rogai, por nós os pecadores…"

— Agora e na hora de nossa morte.

A voz dela era medonha, os cabelos brancos pareciam ter vida própria.

Ela olhou para Maria e seus olhos eram completamente pretos.

O rosto era macabro, bizarro.

Maria descobriu que não podia se mexer.

Como na noite em que ela vira a luz, seu corpo saiu do chão, levitou a um metro de altura. Seus braços foram abertos por uma força invisível, macabra.

— Seu Deus não pode te proteger mamãe. Nem a você e nem ao seu mundo.

Maria escutou um estrondoso som e de repente o telhado foi sugado. Havia alguma coisa no céu. Ela nunca soube descrever aquilo, mas achava que se parecia a um enorme cilindro negro. A coisa se parecia um enorme buraco negro e de repente o mundo estava sendo sugado.

A última coisa que Maria viu foi a garota se transformando em uma coisa disforme. Depois ela não aguentou a força sugadora daquela coisa e desapareceu.

††††

18 de setembro de 2015

Diversos fenômenos estranhos foram registrados no céu do Brasil nas últimas 24 horas.

Fenômenos estranhos estão intrigando as autoridades do país. Milhares de relatos foram registrados nas últimas 24 horas. A maioria dos relatos foi sobre estranhas luzes que apareceram no céu.

Ao mesmo tempo aconteceram blecautes em mais de 130 municípios em diversos estados. Alguns lugares decretaram estado de sítio, cidades foram postas em quarentena.

Também registrou-se a queda do sinal de internet e celular em todo o país. O governo diz que está trabalhando para restabelecer os sinais, mas até o presente momento isso ainda não aconteceu.

Relatos absurdos estão circulando por alguns lugares e o mais estranho deles é o relato de um homem que disse que uma cidade inteira desapareceu do mapa no interior de minas gerais.

O relato desse homem, que não teve sua identidade divulgada não é o único. Até o presente momento mais de 1000 relatos como o dele foram registrados.

Luis Fernando Alves

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