Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

EDILSON

Era um homem de uns cinquenta e poucos anos mas aparentava ter oitenta. Tinha os cabelos brancos, algumas cicatrizes no rosto. Estava usando óculos escuros, um chapéu Panamá na cabeça.

O lugar marcado para o encontro era um quiosque comum na beira da praia. O cara estava tomando um drinque estranho que devia ser marguerita.

Edilson se limitava a uma boa e gelada cerveja.

Eles tinham terminado um trabalho em Salvador na Bahia. Um leilão famoso estava acontecendo e o cliente não estava disposto a dar um lance que iniciava em 1 milhão de reais. Os preços deles eram bem mais em conta.

Faturaram 500 mil reais, tudo dividido em 5 partes iguais.

Como faziam sempre depois de um trabalho bem sucedido, eles se dispersaram. Era um tempo para baixar a poeira. Júlio, devia estar em algum canto em Santa Catarina, Ademir fora para Fernando de Noronha onde tinha um rancho, Roberto foi ver a mãe em Brasília e Edilson e Joyce estavam ali, em Ubatuba no litoral de São Paulo, curtindo uma praia. Era a primeira vez que estavam fazendo a dispersão juntos. Tinha rolado um clima entre os dois e estavam juntos há seis meses. Edilson não esperava que a coisa durasse tanto tempo por conta do temperamento explosivo de Joyce, mas ele estava curtindo o sexo, e deixava o negócio rolar.

Há três dias Edilson recebeu um telefonema e se surpreendeu, porque não costumava ser contratado por celular, era bem cuidadoso quanto a isso.

Edilson acendeu todos os sinais de alerta porque o cara sabia que eles estavam ali na cidade e marcou um encontro naquele quiosque, um lugar acima de qualquer suspeita.

Edilson rastreou o número do cara e descobriu algumas coisas:  o cara se chamava Bruno Siqueira, tinha 57 anos, viúvo, ex delegado.

Joyce experimentou um momento de pânico, começou a juntar as coisas e disse que precisavam dar o fora imediatamente.  Edilson tinha a coisa sob controle, a acalmou e bolou um plano.

Colocou uma Glock 9 milímetros com silenciador na cintura, Joyce ficaria no carro, armada com um fuzil Barrett M468 com mira telescópica.

Edilson disse ao cara que ia aparecer de bermuda preta e camiseta regata branca, mas foi de boné, óculos escuros, calças camufladas e camisa preta.

Ele identificou o ex delegado em uma das mesas, encostou discretamente a pistola na nuca dele e disse:

— Não tente nada meu chapa. Ou vou furar sua nuca. Agora nós vamos dar um passeio.

Edilson conduziu o cara até a van que estava parada na estrada há alguns metros. Assim que a porta traseira se abriu Joyce encostou o cano do fuzil na testa de Bruno.

— Entra aí.

Eles entraram. Edilson fechou a porta e olhou para o cara.

— Pode começar a falar.

— É assim que você faz negócios?

— Estou me lixando para negócios senhor Bruno. Comece a falar como achou a gente, ou juro por Deus que você não vai sair dessa van.

Bruno sorriu impassível.

— Vejo que você fez a lição de casa.

— Sou profissional. Agora comece a falar. Eu não gosto de perder tempo.

— Ok. Tenho um trabalho pra você.

— Porra nenhuma Dil. - Disse Joyce. - Ele é a porra de um policial. Vamos estourar ele e cair fora!

Edilson ergueu a mão em sinal de silêncio.

— Como achou a gente?

— Também sou profissional. Me parece que vocês são bons no que fazem.

— Tô falando Dil. Ele é policial, porra!

— Pelo amor de Deus Joyce, cale a boca! Desembucha logo parceiro!

Bruno olhou para Joyce.

— Essa moça é instável. Não vou falar porra nenhuma na frente dela. Tenho um trampo pra você, você pode ganhar até 1 milhão. Mas não vou falar nada na frente dessa moça aí.

— Um milhão porra nenhuma.-  Disse Edilson.

— Pague pra ver.

Os dois ficaram se olhando por alguns instantes. Minutos depois, sob os protestos de Joyce, estavam sentados à mesa no quiosque. Edilson pediu uma cerveja e guardou a arma, sabendo que Joyce tinha o cara na mira.

— Muito bem, - disse Edilson - do que se trata?

Bruno tirou um papel do bolso da camisa que estava usando e o colocou na frente de Edilson, que olhou e leu o que estava escrito: rua da cacimba 94.

— Que merda é essa?

— Um endereço. Essa casa... Tem uma coisa dentro dela que eu quero.

Edilson ficou olhando para o homem por alguns instantes, verificando cada traço de sua fisionomia.

— E o que seria essa coisa?

O homem colocou a mão no bolso novamente. Edilson experimentou um momento de apreensão, mas o homem pegou apenas alguns papéis.

Ele colocou uma foto sobre a mesa.

Edilson olhou e viu um livro que parecia ser antigo.

— Um livro? A porra de um livro? Você está disposto a pagar um milhão de reais para ter um livro?! Deve ser muito raro!

— Esse não é um livro qualquer.
Trata-se do Infernales Portae. - Ele esperou alguns segundos. Edilson não esboçou qualquer reação. Bruno continuou: — Esse é um grimório especial. Acredita-se que ela tenha sido escrito no inferno. Trata-se basicamente de instruções.

— Que tipo de instruções?

— Instruções de como abrir um portal.

Edilson ficou olhando para ele por alguns instantes, depois começou a rir.

— Tá tirando sarro da minha cara?! Acha que eu sou algum tipo de idiota?!

— Eu pareço estar de brincadeira aqui, senhor Edilson? Acredita mesmo nisso?

Edilson não respondeu. Estava meio confuso. Já tinha feito diversos serviços. Roubar coisas para gente rica era o que ele fazia, mas aquela era a primeira vez que alguém lhe pedia para ele roubar um livro escrito no inferno com instruções de como abrir um portal.

Edilson não sabia se ria ou se enfiava uma bala na testa daquele cara.

Ele tomou mais cerveja e abasteceu o copo.

— Deixa eu ver se entendi: você vai pagar um milhão de reais para eu e minha equipe roubar pra você um livro que, segundo você, contém instruções de como abrir um portal para o inferno. E esse livro está dentro de uma casa, nesse endereço aqui.

— Isso.

Edison sorriu.

— E por que você mesmo não pega?

Bruno deu de ombros e tomou mais um gole do drinque.

— Eu estive na casa por algum tempo. Entrei lá. 2005. Estive com o grimório em minhas mãos.

— E o que aconteceu?

— A casa me expulsou.

Edilson franziu o cenho.

— Te expulsou?

— Aquela não é uma casa comum Sr. Edilson. É bom que saiba disso. Aquilo lá é uma espécie de purgatório.

Edilson começou a rir.

— Acha que sou louco, não é?

— Não. Não. É que eu... Eu já passei por esse papo religioso de purgatório e inferno. Minha mãe costumava encher meus ouvidos com essa merda quando eu era moleque.

— Isso pode até parecer um monte de merda mas não é. Eu sei. Eu estive lá.

— Esteve. No purgatório? - Edilson se levantou.

— Vai deixar a oportunidade de ganhar um milhão de reais passar?!

— Deixe-me dizer uma coisa Sr. Bruno. Eu sei quando a coisa tem cheiro de merda. E esse negócio aqui está fedendo. Sério, é cheiro de merda pura, e eu já tenho merda demais. Se quer a porra de um livro vá a alguma biblioteca e pegue um.

Edilson foi saindo.

— Tem uma coisa lá na casa para você.

Ele parou e olhou para o estranho homem que o fitava com um sorriso.

— O que? O que tem lá?

— A verdade sobre quem você é.  Mas vai ter que ir até lá para descobrir.

Edilson franziu o cenho.

— Quem é você?

— Sou apenas um homem que quer alguma coisa. E eu acho que nesse ponto nós dois somos iguais. Não é Edilson? Eu passei a vida atrás dessa coisa, se tornou minha obsessão. E você? Não passou sua vida inteira atrás de respostas, sobre quem é e de onde veio?

Edilson ficou olhando para o homem por alguns instantes e depois voltou a se sentar.

Bruno sorriu.

☠️☠️☠️☠️☠️

Continua

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro