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94

O número 94  na rua da cacimba era uma casa normal até onde Edilson pôde verificar. Uma casa como tantas outras em que ele já tinha estado antes.

O plano era bem simples: entrar, pegar o livro e dar o fora. Sem complicações e sem estratégias mirabolantes. Entrariam pela porta da frente, renderiam quem tivesse que ser rendido e iriam direto para o objetivo.

Enquanto o equipamento era preparado Edilson ficou parado diante da casa, olhando para ela. Era por volta das dez da noite e havia algumas janela acesas na casa.

Aquilo parecia fácil demais. A rua era deserta, aquela casa ficava um pouco distante das outras, tudo o que eles precisavam. Não haveria alarde. Era só entrar e sair.

Enquanto estava parado ali olhando a residência, uma sensação estranha se apoderou de Edilson. Era como se ele já tivesse estado ali. De repente ele estava retornando para o lugar de onde tinha saído, e a casa sabia daquilo, a casa o reconhecia.

" Bem vindo de volta ao lar Edilson. "

Quando se punha a pensar em seu passado, em suas origens, nada além de uma intensa escuridão aparecia. Não se lembrava de sua infância, como se sua mente tivesse sido apagada.

Ele convivia bem com aquilo. Não precisava saber quem era sua mãe porque certamente ela devia ser alguma viciada que nem mesmo sabia quem era o pai do filho. Ele não se importava, estava melhor sem aquilo.

Mas a sensação de estar de volta a um lugar onde já tinha estado antes era forte. Mas isso não era possível, era? Aquele era um lugar totalmente desconhecido e nada mais.

Edilson sentiu um toque em seu ombro e levou um susto. Era Joyce.

— Estamos prontos.

— Ah... Certo. Vamos nessa.

— Está tudo certo amor? Você está bem?

Edilson olhou para a casa novamente e respondeu:

— Sim. Eu tô legal. Vamos nessa. Quero sair logo daqui.

Se aproximaram do portão. Júlio usou uma tesoura corta vergalhão no cadeado e o cortou.

Através de sinais Edilson indicou o que cada um deveria fazer. Apontaram suas armas para frente e acionaram a visão noturna.

Edilson viu alguma coisa passando em seu campo de visão à esquerda, atrás da casa.
Devia ser um cachorro.  Mas era improvável, um cachorro teria no mínimo latido.

Um leve arrepio percorreu seu corpo. Edilson desprezou a coisa. Deu sinal para Ademir avançar.

Eles subiram um pequeno lance de escada e entraram em uma varanda.

Edilson assentiu e Júlio trabalhou na fechadura por alguns segundos. A porta se abriu e eles ficaram de cara com um corredor. Os quatro ficaram ali, parados diante da porta aberta. Por um segundo Edilson esqueceu o que estava fazendo ali, e sentiu - se como se estivesse entrando em sua própria casa.

Depois ele saiu do transe e deu sinal para Joyce avançar.

Os quatro penetraram no corredor imerso na penumbra. Viram uma luz que parecia estar vindo de um cômodo à frente e foram até lá.

Era uma ampla sala de estar, Havia uma enorme lareira que estava acesa. Um homem estava sentado em uma poltrona, fumando o que parecia ser um cachimbo.

— Vocês vieram. Eu sabia que vocês viriam. Edilson e sua turma, só poderiam acabar em um lugar como esse.

Eles se entre olharam. Edilson se aproximou mais da poltrona e viu um homem de aproximadamente 47 anos.

Os outros se aproximaram, Joyce apontou a arma para o homem. Edilson ficou olhando para ele por alguns segundos, depois sentou - se em um dos sofás.

— Olá. Qual é o seu nome chapa?

— Sávio.

— Muito bem Sávio. Vou explicar direitinho o que está acontecendo aqui. Você está sofrendo um assalto. Somos uma equipe de ladrões, mas não roubamos qualquer coisa. As pessoas nos contratam quando querem alguma coisa, a gente vai lá e pega. O nosso cliente quer uma coisa que você tem. A gente só vai levar essa coisa, e nada mais.

— Seu cliente não sabe o que quer, e vocês não deviam estar aqui.

Edilson olhou para os outros. Sávio permanecia sentado, impassível, nas suas mãos havia uma caneca de algo fumegante.

Edilson tirou o papel do bolso e mostrou para o homem.

— Queremos esse livro aqui. Você nos dá o livro e a gente vai fora.simples assim.

O homem olhou para o papel e depois para Edilson.

— O portal não pode ser aberto da maneira que pensam. Ela mantém o livro a salvo. Está com ela agora. Lá no quarto. Mas a porta não deve ser aberta. A fome do demônio depois de todos esses anos é insaciável.

— Tá legal. Que quarto é esse?

Sávio começou a rir. Eles se entre olharam. O homem parecia um lunático.

— Do que está rindo? O que é engraçado? - Perguntou Edilson.

— A... A maneira como vocês vão morrer. Ele mandou vocês aqui para morrer...

Joyce se aproximou.

— Vamos matar esse louco Dil, pegar o livro e cair fora.

— Espera aí. - Ele olhou para o homem. - Você mora aqui? Que tipo de lugar é esse?

— O portão do inferno.

Sávio começou a expelir sangue pela boca.

— Mas que porra é essa?! - Exclamou Ademir.

Sávio ria enquanto sangrava e Edilson arregalou os olhos. Aquilo era sinistro, simplesmente medonho.

Ouviram um ruído e um buraco apareceu na testa do homem. Olharam e viram Joyce que tinha acabado de atirar.

— Mas que bosta você fez, caralho?!

— O cara não passava de um maluco!

Edilson suspirou.

— Certo... O cara falou de um quarto... Vamos nos separar e procurar o quarto. Júlio, você você vem comigo. Você vai com o Ademir Joyce, e nada de tiros.

Joyce jogou um beijinho.

Eles começaram a vasculhar a casa.

*****

Havia um quarto no segundo andar. Era diferente de qualquer outro que viram ali.

Havia um vasto corredor na ala norte. A porta no final dele era gigantesca. Havia um símbolo estranho entalhado na madeira, e mais símbolos esquisitos na verga da porta.

Edilson e Júlio ficaram parados diante da porta e depois Edilson chamou Joyce e Ademir pelo rádio.

Os quatro ficaram ali por algum tempo, olhando para a porta como se ela fosse um quadro em alguma exposição.

— Deve estar aí, não é? - Perguntou Joyce quebrando o silêncio.

— Se está aí. Vamos pegar. - Disse Ademir, se aproximando.

Edilson o segurou.

— O que foi?

— Sei lá. Tem algo errado nessa casa .

— Como assim, algo errado?

— Que símbolos são esses aí? - Quis saber Joyce.

Edilson apontou para o símbolo entalhado na porta.

— Esse aí é o sigilo de Lúcifer.

Os outros o fitaram indignados.

— Eu... Há alguns anos atrás... No orfanato que eu morei... Conheci uma garota lá. Era meio louca... Curtia coisas de ocultismo e tal. Sei que isso aí é o sigilo de Lúcifer porque ela tinha um colar com um pingente igual a esse símbolo. Ela dizia que era... Era negócio de rituais satânicos.

— Rituais satânicos?! - Exclamou Joyce.

— Sim. Mais especificamente utilizado em trabalhos de Vampirismo Astral, predação, Absorção de Sombras, essência sanguinea e magicka lycantrópica (mudança de forma astral/mental para apropriar-se das características de um animal simbolicamente falando).

— Cara! Mas que porra é essa?! - Inquiriu Ademir, sem compreender.

Edilson olhou para ele e disse:

— Em suma é: coisa do diabo.

Eles arregalaram os olhos.

— E o que essa merda faz aqui? - Perguntou Júlio.

— Isso é só um monte de merda.  - Disse Joyce.

Ela se aproximou da porta e usou a maçaneta. A porta não se abriu.

— Alguém pode me ajudar?

Júlio apontou a arma para a fechadura e atirou três vezes.

— Pode fazer as honras.

Ademir empurrou a porta. Eles viram um quarto branco. Havia uma cadeira bem no centro do quarto. A cadeira estava colocada perfeitamente no centro de um pentagrama desenhado no chão com algum tipo de tinta vermelha. Ao redor daquilo havia velas acesas. O cheiro de vela era repugnante e impregnação o lugar. Havia alguém sentado na cadeira.

— Mas que bizarrice é essa?! - Exclamou Ademir.

— Não sei não gente... - Disse Joyce. - mas esse negócio aqui tá ficando meio bizarro. Eu voto por cair fora.

Edilson se aproximou.

Ele olhou para a direita e viu o que parecia ser um altar.

Havia mais velas acesas e a bizarra figura de um ser que parecia ser a mistura de touro, anjo e homem.

O livro estava aos pés daquela coisa.

— Está ali.

— Vamos pegar logo essa merda e dar o fora. - Disse Ademir e avançou.

— Espere! - Gritou Edilson, mas já era tarde.

Um dos pés de Ademir pisou na tinta vermelha do pentagrama e abriu um sulco nela.

— Quero comer!

Eles olharam para a porta e viram uma garota bizarra, terrível.

Edilson olhou para a cadeira e agora ela estava vazia. As velas começaram a se apagar e o quarto caiu na escuridão.

A tensão caiu sobre ele como uma mortalha.

Acionaram a visão noturna.

Edilson correu e agarrou o livro.

— Que bosta está havendo! - Exclamou Joyce

Havia uma presença na sala. Eles podiam sentir no ar.

Edilson olhou para a estátua e ela não estava mais ali.

Alguma coisa saiu da escuridão e agarrou Ademir que começou a atirar e a gritar.

Edilson olhou para Joyce e viu alguma coisa atrás dela.

Ele atirou. Joyce virou-se para trás e arregalou os olhos. Alguma coisa bizarra a agarrou pelo pescoço.

Edilson viu a porta aberta e correu para ela.

— EDILSOOOOON! ME AJUDE!!!!!

Os gritos vinham de dentro da sala.

Edilson parou de correu e ficou olhando para a porta. Nada aconteceu por alguns segundos. Então uma coisa bizarra saiu de lá, uma coisa touro enorme e terrível.

— Quero comer. - Silvou a coisa. — VOU COMER SUA ALMA EDILSON.

Ainda segurando o livro, Edilson saiu correndo pelo corredor.

A coisa parecia não ter fim.  Parecia um labirinto. Ele virou muitas vezes para a direita e para a esquerda. Parecia estar andando em círculos. Vou portas abertas e coisas bizarras lá dentro. Viu uma mulher serrando a própria cabeça, um grupo de crianças que estava comendo fezes, uma mulher fazendo sexo com o cadáver de um porco.

Agora havia gritos de terror no ar.

Edilson correu à beira da exaustão.

Depois de um tempo que parecia uma eternidade ele saiu na sala.

O homem estava lá. Sávio. Era um cadáver em estado de putrefação, estava fumando o que parecia ser um dedo. Ao lado dele estava um pequeno cachorro preto. Os olhos do animal eram negros como a escuridão.

— Ele comprou sua alma Edilson. Desde que você nasceu. Ele quer sair para este mundo, e você vai trazê-lo é uma coisa que eu sempre soube. Pega ele Enovigenese. Ele não pode usar o livro.

O cachorro se levantou e começou a rosnar, e de repente era um rosnado diabolicamente furioso.

Edilson deu alguns passos para trás.

Ele ouviu ruído de ossos estralando e viu quando o cachorro começou a se transformar. Surgiram duas cabeças que soltavam fogo. Em poucos segundos o pequeno cachorro se tornou um monstruoso cão de três cabeças.

Edilson, tomado pelo pânico, atirou algumas vezes. O monstruoso cão rosnou cuspindo fogo e atacou. Edilson saiu em disparada.

*****

Quando Edilson entrou no corredor viu um nome sobre o que parecia ser uma espécie de portal. O nome era Porta inferni.

Ele continuou correndo. Correu como nunca tinha feito em toda sua vida.

Aquele lugar era quente, e as lamúrias de pânico ali eram mais altas e mais terríveis. Não havia mais nada a não ser um vasto corredor mergulhado na penumbra.

Edilson não viu a coisa, mas continuou correndo.

Depois de algum tempo ele saiu em uma sala enorme, aparentemente oval. A sala era sustentada por enormes pilastras brancas. No meio havia o que parecia ser um altar em forma de pirâmide. Na frente da coisa, a uma distância de uns trinta metros, estava a maior porta que Edilson já tinha visto em sua vida.

Sobre a verga da porta havia entalhes com enormes letras que formavam palavras que Edilson não conseguiu compreender: Spem dimittite, qui intratis.

Daquele altar em forma de pirâmide seguia um sulco parecido com uma valeta que corria por uns cinco metros e depois se dividia em quatro. Os sulcos iam até a porta

Edilson se aproximou do altar. No pináculo havia uma estranha protuberância que parecia um livro aberto.

Ele entendeu na mesma hora. Pegou o enorme livro que estava segurando e o colocou sobre a protuberância.
Edilson não tinha a menor ideia do que fazer. Ele era apenas um ladrão, fazendo o serviço que tinha sido pago para fazer. Não entendia muito bem o que estava fazendo ali. Deveria pegar aquele livro, sair da casa e receber seu 1 milhão de reais. Era simples, mas ali, naquela casa, não parecia tão simples assim. Havia alguma coisa de diferente ali. Ele sentira aquilo desde o primeiro momento em que chegou ali. A sensação de estar em um lugar conhecido.

Imagens estranhas e desconexas povoaram sua mente. Ele viu um garoto de uns cinco anos sendo conduzido por um corredor, por uma mulher negra.

Os gritos que viajavam no ar naquele lugar, penetração em sua mente e despertavam aquelas lembranças que ele não tinha a menor ideia do que eram.

Edilson sentiu seu corpo estremecer, sentiu a respiração fétida da coisa atrás de si e se virou.

Havia um monstruoso cão de trás cabeças na sua frente.

A coisa aproximou um dos focinhos perto da sua cara. Edilson viu dentes enormes, do tamanho de sua mão.

Ele paralisou. O rosnado daquela coisa fazia sua carne tremer nos ossos.

Edilson segurou a arma com força.

— Não precisa temê-lo. - A voz ecoou e Bruno saiu das sombras. Ele segurava um bebê. — Ele só fere aqueles que querem sair. Não os que querem entrar.

O cão de três cabeças saiu de perto de Edilson. Caminhou para próximo de uma das pilastras e Edilson viu que ele havia se transformado em um pequeno cão preto.

Edilson olhou para Bruno.

— O que?... O que faz aqui?

— Eu precisava desviar a atenção para entrar. Eles não me viram porque a garota estava ocupada comendo a carne dos seus amigos. Eu sabia que você ia conseguir o livro. Agora estamos prontos.

Edilson olhou para o bebê que Bruno segurava.

— Prontos para para que?

— Para abrir o portão do inferno, claro.

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Continua

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