A GAROTA DO BOSQUE
Ele estava completamente indignado assistindo ao vídeo. Era um total absurdo.
Gilberto tentava adivinhar como eles conseguiram manipular aquele vídeo, mas não tinha ideia. Era um trabalho muito bem feito.
O vídeo mostrava o acampamento deles no bosque, e eles estavam transando. Sim, quatro homens fazendo uma maldita suruba gay, pelados no meio do mato. Ela não estava lá. De alguma maneira eles conseguiram sumir com ela do vídeo.
O vídeo era uma fraude. Aquilo não aconteceu. Ele não era um maldito viado e não participara de nenhuma orgia gay no meio do mato. Houvera orgia sim, mas eles foderam a garota, todos eles foderam a garota, de todas as maneiras possíveis, e não considerava aquilo um estupro porque fora a garota que aceitara a coisa de bom grado.
— Chega dessa merda! Isso está errado! Não foi isso que aconteceu! Vocês mexeram nessa merda! Onde está a garota?! Onde está a porra da garota?!
— Não há garota nenhuma seu merda. Só há vocês, um bando de bichas dando a bunda. Daí você matou todos eles!
Ele ficou nervoso ao ser chamado de bicha.
— EU NAO SOU BICHA SEU BOSTA! VAI TOMAR NO CU! EU NÃO MATEI NINGUÉM!
— Não matou? Pois veja isso.
O homem apontou para o vídeo e ele viu.
O relógio da câmera marcava três da manhã, eles dormiam todos pelados ao redor da fogueira onde horas antes a garota tinha feito o ritual. Então ele acordou, pegou um facão e começou a arrancar as cabeças dos outros.
Gilberto arregalou os olhos vendo aquilo, e entrou em desespero.
— NÃO! NÃO! VOCÊS MEXERAM NISSO! NÃO FOI ISSO QUE ACONTECEU! NÃO FOI ISSO!
Então ele a viu. Ela apareceu no vídeo, estava semi oculta por algumas árvores. Uma mulher morena, completamente nua. Ela estava coberta de sangue e sorria.
— ALI! ESTÃO VENDO?! É ELA! ELA QUE MATOU TODO MUNDO! NÃO FUI EU PORRA!
Os homens que estavam na sala olharam para a tela que transmitia o vídeo e não viram mulher nenhuma.
Eles se entreolharam.
Gilberto se debatia na cadeira em estado de fúria.
— NÃO FUI EU! NÃO FUI, PORRA!
De repente ele conseguiu se soltar da cadeira e partiu para cima dos policiais.
Gilberto recebeu um golpe de cacetete na nuca e desabou.
#########
O bosque era conhecido como bosque da bruxa, porque havia uma lenda de que uma bruxa morava ali.
É claro que era uma porcaria de bobagem. Não havia nada naquele bosque, nem mesmo animais moravam ali, e eles só estavam ali por causa das imagens que Gilberto havia encontrado no Google earth. Uma anomalia muito estranha que ele achava que era alguma coisa alienígena.
Ele convidou Chico, Augusto e Murilo, que eram seus parceiros para tudo. Eram realmente melhores amigos.
Eles entraram no bosque por volta do meio dia e foram até o lugar onde supostamente havia uma estranha anomalia e descobriram o que havia lá.
Nada.
Nada não eram bem verdade.
Havia uma clareira com uma pedra enorme do meio. A pedra parecia um bloco enorme esculpido em formato de cubo.
E era só.
Grande merda.
Eles tinham levado cerveja, alguns baseados e já que estavam ali, resolveram relaxar um pouco.
Talvez a garota fosse fruto da viagem da droga, Gilberto não tinha certeza.
Foi Murilo quem a viu primeiro. Ela estava parada na boca da clareira, perto das árvores.
— Ei. Que porra é aquela?!
Os outros olharam e viram a garota.
— Caralho! E essa gostosa aí?
A garota estava completamente nua. Não era depilada, pelo contrário, viram pelos pubianos em profusão. Era linda. Morena dos olhos profundamente azuis, os seios fartos, o corpo escultural.
Ela caminhou até eles, andava com elegância, quase de maneira provocante.
— Quem é você neném? - Perguntou Chico.
— Eu sou a floresta.
Eles riram. Gilberto olhou os pelos pubianos dela e disse:
— Parece uma floresta mesmo.
O comentário foi motivo de risos.
— Uma delícia de floresta! - Disse Augusto.
Ela sorriu. Um sorriso lindo. Gilberto achou um tanto sinistro e nunca soube porque.
— Vocês querem transar?
Eles se entreolharam.
##########
Foi ideia dela acender a fogueira. Depois ela pegou a faca e cortou a mão de todos. Depois eles deram as mãos e deram sete voltas ao redor da fogueira.
Gilberto achou a coisa toda bizarra mas naquela altura estavam todos chapados. Nem ao menos se deram conta de que já era de noite.
Então a coisa começou. Uma orgia daquelas que Gilberto jamais pensou em participar.
Eles se revezavam, um deles enfiava na vagina dela, outro no ânus, enquanto ela chupava outros dois. E a coisa seguiu assim até altas horas, até que a inconsciência tomasse conta de todos e os pensamentos se tornassem uma grande escuridão.
Gilberto se lembrava de algumas coisas, eram apenas lapsos, coisas que ele achava que eram por causa da grande quantidade de erva que fumara.
Ele achava que tinha visto sombras ao redor da clareira, como se houvessem pessoas escondidas entre as árvores. Houve um momento em que ele pensou ter visto algo terrível. Ele estava trabalhando na vagina daquela mulher deliciosa e desconhecida, o prazer era o maior que havia no mundo, então ele olhou para a floresta e viu o que parecia ser um enorme touro negro, com chifres enormes e olhos vermelhos.
Não havia mais lembranças na mente de Gilberto.
Ele acordou na manhã seguinte e viu sangue, muito sangue. Ele mesmo estava coberto de sangue dos pés à cabeça. Os outros estavam mortos, suas cabeças arrancadas, as vísceras espalhadas pelo chão.
Ele não ficou ali. Ele se levantou e saiu correndo pelo bosque de repente parecia muito maior do que era. Depois de um tempo ele saiu na rua e foi atropelado e mergulhou na escuridão.
##########
O réu foi diagnosticado com sérios problemas psíquicos e portanto inimputável.
Foi assim condenado a passar o resto de seus dias trancado em um hospício.
##########
Ela estava ali, ele podia senti-la.
Ela era a floresta.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro