Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Na sétima noite ela virá!

Na sétima noite ela virá.

A noite veio a cavalo e, Quando o casal percebeu, agourentas, as trevas que encobrem todas as crias de Satanás haviam chegado.

Tião trancou a porta da cabana e, olhando pela janela, forçou as vistas para enxergar na escuridão. Buscava ver algo no breu da floresta. Procurava com temor, procurava sinais que subliminarmente dissessem "está seguro, pode dormir em paz", mas tudo que viu foram agouros da Mãe Natureza: a lua há muito fora encoberta por nuvens negras de tempestade; o vento frio e cortante de outono lambia a copa das araucárias, fazendo cair ao chão os sapés verdes; a coruja, pássaro que estima a morte, piava na copa de um pinheiro há sete noites consecutivas. Piava com foco e determinação. Um pio prolongado que, aos sentidos de Tião, parecia denunciar que os ventos fortes a ponto de envergar as arvores centenárias não estavam nem desgrenhando as penas daquela rapineira infernal.

Tião fechou a janela e, conforme Manuel o ensinara para afastar a serva do Diabo, prendeu um galhosinho de arruda no buraco onde devia travar algum cadeado, se tivesse um.

Antes Tião era descrente, mas agora, morando a seis meses numa cabana no meio do nada, a mais de 3 quilômetros da vila, após presenciar aparições das mais diversas aberrações que um homem pode ser amaldiçoado a ver, era inegável o perigo. Era inegável que os homens eram apenas frágeis vitelos sevados pelas monstruosidades que perambulo por este mundo esquecido por Deus.

— Homem — disse o velho Manuel, alisando a barba cinzenta, três dias atrás —, soube que Aline pariu. É verdade?

— Sim, é, faz 4 dias! — Gritou Tião, tentando fazer a voz sobrepor o ronco da motosserra que era habilmente manipulada, desgalhando o pinos exuberante que tombara diante daquela ferramenta eficaz. — É uma menina!

— QUATRO DIAS?! — Questionou, prendendo um gancho de aço no tronco previamente preparado. O gancho estava preso ao trator da firma por um grande cabo de aço. — Se você quiser, sua esposa pode posar lá em casa na sétima noite!

— Por que ela faria isso? — Indagou Tião, desligando o motor da ferramenta, para em seguida, exausto, colocá-la no chão e, com o dorso da mão, enxugar o líquido salgado que vertia de sua testa. Olhou para cima: o sol estava à pino, fazer arder sua pele. — Meu Deus, tá impossível trabalhar hoje!

Concordando com a afirmação do primo, Manuel sentou-se sobre o tronco que houvera enganchado. Precisava respirar e beber mais um pouco d'água. O tempo estava seco e quente demais para um bom Catarinense suportar. Secou o suor do rosto com a barra da camiseta e, conhecedor das lendas daquela região, manifestou-se:

— Cara, ainda bem que eu estou aqui para te alertar: em algum lugar no coração da floresta virgem que cerca o campo de pinos, bem escondia, há uma caverna escura, úmida e com ossos espalhados pelo chão. Ossos de bebês que foram roubados do colo de suas mães e transformados em sopa pela bruxa.

— Sei. — Zombou, soltando um grunhido em escarnio. — Pessoas cruzam a mata todos os dias. Como ninguém achou a tal caverna? Desculpa, cara, mas isso é piração.

— Alguma vez eu menti?

Tião se calou: Manuel nunca mentira em toda sua vida e, quieto, não costumava inventar estórias fantásticas. O pai de Bia e Manuel cresceram como irmãos, mas por força dos destino, acabaram separando-se. Até que, certa tarde, quando Tião começava a sentir a fome se aproximar da sua família, recebeu um convite do primo para trabalhar no corte de pinos, no litoral Paranaense.

O serviço, mesmo tendo como incumbência morar dentro de um casebre no interior da floresta de araucárias, foi prontamente aceito. Nos seis meses que morara dentro daquele barraco, ouviu uivos sobrenaturais; observara, escondido no mato, cachaços babosos e cavalos magros contorcerem-se até assumirem a forma de homens desnudos; testemunhara mulheres nuas correndo desesperadas, sendo perseguidas por seus estupradores do passado; acordara no meio da noite com gemidos e, paralisado, dar de cara com velhos magros e sofridos que, condenados, atravessavam a parede do barraco e marchavam com dor e cansaço, arrastando correntes pesadas. Tudo aquilo poderia deixá-lo louco, mas Tião era homem forte. Nada que pudesse ver o deixaria com mais pânico que a ideia de uma serva de satã por as mãos imundas na sua filha.

— Querido — chamou a esposa, segurando a bebê nos braços. — Vou deitar. Qualquer coisa me acorde.

— Tá, mas não pese o sono. Se for preciso, você foge com a nossa filha!

O barraco era pequeno, tinha apenas um quarto, banheiro e a cozinha. Um total de duas janelas e duas portas, mesmo assim, todo cuidado era pouco. Tião ajeitou melhor os galhos de arruda; pôs sal óleo ungido no batente da porta da frente e na do quarto e, por fim, carregou os seis cartuchos que tinha com sal grosso e chumbo pesado. Com aquela carga derrubaria até um boi.

Puxou uma cadeira e pôs na frente da porta do quarto. Ficaria ali, sentado com a espingarda no colo, fitando atento a porta de saída e a janela ao seu lado. Se a coisa conseguisse entrar, seria recebida na base do chumbo. Apagou o lampião e se sentou. Estava cansado. O dia fora puxado na lida, mas não poderia dormir. Não, não poderia!

As horas se passaram e, involuntariamente, seus olhos pesaram e o sono veio. Tião adormeceu naquela cadeira. Por algumas horas a coruja parou de piar, mas, subitamente, voltou a agourar com mais orgulho que antes. Seu pio ecoou pela floresta tão alto que o homem de mãos calejadas despertou ofegante. Sua garganta ardia. Havia estado dentro de um pesadelo no qual, impotente, via Bia sendo levada por uma velha desdentada.

A casa e a mata estavam mais escuras que o normal.

Deixando a espingarda na cadeira, Tião resolveu acender o lampião e, com ele em mãos, ir até a janela para observar as redondezas. Seus relógio denunciava ser 3 horas da manhã. Aproximou da janela. Estava envolto por um circulo de luz que impedia seus olhos de enxergarem qualquer coisa na escuridão.

Apalpou o que estava à frente até seus dedos tocarem o vidro úmido da janela, então, forçando as vistas, aproximou o rosto ao translucido portal que lhe separava dos perigos da noite e, em busca de visão, moveu a luz para longe da sua face. Quando os olhos se habituaram às trevas, um grito escapou da garganta daquele homem. Deparara-se com o rosto de uma mulher calva e enrugada que, maliciosa, exibia sua banguela enquanto lâmbia o vidro e, com seus dedos magros, arranhava os sarrafos da parede, buscando abrir uma brecha para entrar na casa.

Tião, amedrontado, repousou o lampião na mesa e pegou para si a espingarda.

Mesmo com mãos e pés tremendo, fez mira. Se a bruxa conseguisse entrar, iria para o quinto dos infernos.

Piscou. O sono ainda lhe afligia. Piscou e ela já não estava mais ali. Buscou pela janela, algo no exterior da casa, mas nada viu. Sentiu alívio. Talvez ela houvesse fugido da arma.

— SOCORRO, TIÃO! — Gritou a esposa, desesperada, logo após um som oco de telhas sendo quebradas.

Tião correu para o quarto, abriu a porta e sentiu um nó formar-se nas tripas: havia um buraco no telhado, a esposa sangrava com arranhões na face e a bebê houvera sumido.

Tião correu para fora da casa. Na escuridão da noite perseguiu o choro da bebê, mas quando o som cessou, a esperança morreu. O pai caiu de joelhos na floresta e chorou. Chorou a dor de alguém que jurava vingar a vida de uma filha. Chorou!

Depois daquela noite, satisfeita, a coruja nunca mais piou.

jxQ0fB3vI4ZZ1\

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro