Capítulo 1
Eu sei que você é errado para mim
(I know that you're wrong for me)
Vai desejar que a gente nunca tivesse se conhecido no dia que eu partir
(Gonna wish we never met on the day I leave)
Eu te coloquei de joelhos
(I brought you down to your knees)
Porque dizem que o sofrimento adora companhia
('Cause they say that misery loves company)
Não é sua culpa eu estragar tudo
(It's not your fault I ruin everything)
Não é sua culpa que eu não sou o que você precisa
(And it's not your fault I can't be what you need)
Amor, anjos como você não podem voar para o inferno comigo
(Baby, angels like you can't fly down hell with me)
Eu sou tudo o que eles disseram que eu seria
(I'm everything they said I would be)
Angels Like You - Miley Cyrus
8 meses antes.
Maximus.
Acordei com o barulho do despertador, hoje eu só iria para a empresa somente na parte da tarde.
Agora de manhã eu encontraria com o meu advogado e o juiz da vara da infância, eu estou quase conseguindo adotar o casal de crianças que entrei em processo depois de meses.
Pensando bem, eu tenho que falar com o meu melhor amigo sobre isso.
Saio dos meus pensamentos, levanto e vou até o closet pegando um terno preto, uma camisa social azul claro e um sapato social preto.
Vou para o banheiro fazendo a minha higiene matinal e tomando um banho rápido.
Saio do quarto já arrumado, peguei o meu celular na mesa de cabeceira e coloquei no bolso, eu estou ansioso há dias para o resultado sair logo e eu poder trazer as crianças para casa.
Vou para a cozinha, preparo um café na cafeteira mesmo não gostando muito.
Preparo um omelete e coloco pão na torradeira.
Com tudo pronto começo a comer tudo calmamente.
Terminei o meu café da manhã, lavei a louça que sujei.
Fui ao banheiro e escovei os dentes.
Fui para a sala pegando a chaves do carro, a carteira e a mochila de couro que sempre coloco os materiais e os papéis que costumo trazer do trabalho para fazer em casa.
Saio de casa já trancando e indo para a garagem, fui até o carro que é um SUV Equinox na cor branca, também tem a minha linda moto Harley Davidson.
Entro no carro e aciono o controle automático para abrir.
Começo a dirigir e assim que estou fora da garagem aciono o controle para fechar.
O dia será longo hoje e essa noite eu irei jantar na casa do meu melhor amigo.
Dirijo até o ponto de encontro com o meu advogado particular.
Espero que de tudo certo.
Era um pouco depois do horário de almoço, a audiência ocorreu bem e como esperado eu consegui a guarda provisória, isso quer dizer que posso levar as crianças no final de semana para passar comigo.
Estava próximo da empresa e já tinha almoçado com o advogado.
Eu dirigi até a garagem da empresa.
Estacionei na vaga de costume.
Peguei a mochila de couro e a carteira, saio do carro trancando e conferindo se tudo estava fechado.
Vou caminhando até o elevador e pensando nos planos do que vou fazer com as crianças nesse final de semana eu estou muito ansioso.
Entro no elevador que vai direto para o último andar.
Ter esse negócio com o meu melhor amigo tem feito bem ao meu bolso e ao dele.
Gabriel foi a minha força nos piores anos e nossa amizade é desde a faculdade, vi ele se apaixonar, casar, ter a primeira filha e anos mais tarde ter seu filho caçula.
Saio dos meus pensamentos quando o elevador para.
Gabriel está parado em frente a porta do meu escritório com um rosto sério.
- Boa tarde Max! - disse Gabriel.
- Boa tarde Gabriel! - disse eu.
- Podemos conversar em particular na sua sala? - disse Gabriel sério.
- Claro! - disse eu.
Caminhei até a porta do meu escritório.
Entrei e caminhei até a minha cadeira escutei Gabriel fechando a porta e caminhando até a cadeira que deixo em frente a minha mesa.
- O que aconteceu Gabriel? - disse eu.
- Eu tive que demitir por justa causa a sua secretária Max, ela agiu de maneira imprópria mais de uma vez aqui dentro, hoje foi a gota da água quando ela fez questão de deixar mais evidente o decote para o Meirelles em uma reunião hoje isso na frente do marido do Meirelles, foi realmente uma confusão e quase perdemos um contrato de bilhões por causa de sua conduta. - disse Gabriel colocando uma mão no rosto completamente frustado.
Para o meu melhor amigo perder a calma e agir assim realmente deve ter sido bem pior.
Eu já queria demitir aquela secretária além de ela ser incoveniente, mas mulher que não tem o tato e o senso que um local de trabalho não é lugar de achar que é uma balada.
Mulher tem o direito de ter quem bem entender, mas me dá nojo mulheres que agem como mulheres que trabalham com sexo num lugar completamente impróprio.
- Sem problema Biel eu já iria demiti-la mesmo, você só me fez um favor, depois mando mensagem para o Meirelles esse é um comportamento lamentável de uma funcionária. - disse eu.
- Antes que me esqueça, ontem na sua mensagem você disse que tinha algo para me contar pessoalmente. - disse Gabriel curioso.
- Sim! Você se lembra que ano passado eu fui ao médico e depois de exames e muito estresse os resultados indicaram que a chance de eu ter filhos biológicos eram 2%. - disse eu.
- Sim eu me lembro. - disse Gabriel.
- Eu entrei com um processo de adoção de uma garotinha de 7 anos e um garoto de 13 anos eles são irmãos. E hoje finalmente consegui a permissão para leva-los para se adaptarem a minha casa com uma guarda provisória. - disse eu.
- Isso é incrível Max! Realmente isso é maravilhoso. - disse Gabriel.
- Sim eu estou ansioso para que o final de semana chegue logo. - disse eu.
- Sabe quem irá inventar teorias? Se você claro não disser que está adotando duas crianças. - disse Gabriel com um sorriso maroto.
- Não! Quem? - disse eu.
- Nella. - disse Gabriel.
- A sua filha? A pequena fadinha? Por que ela criaria teorias malucas? - disse eu.
- Ora Max, até eu vejo o penhasco que a minha filha tem por você. - disse Gabriel arqueano uma sombracelha.
- Aquilo é uma paixão adolescente. Certeza que ela já superou. Você não acha estranho falar disso comigo? Afinal sou quase 20 anos mais velho que ela, sou seu melhor amigo e vi aquela fadinha crescer. - disse eu desconfortável.
- Ora seu idiota! Eu confio em você com a minha filha, pare de ser cabeça dura. Preferia de ter você como genro sabendo que trataria a minha filha como uma rainha do que um garoto da idade dela que quebraria o coração dela, sinceramente Max não acho que o sentimento que ela tem por você é só uma paixão adolescente. - disse Gabriel sério.
Tinha olhos a pequena fadinha se tornou uma linda garota mulher, mas acho ela muito doce e gentil.
Não quero estragar e destruir o brilho daquela pequena fadinha eu sou amargurado demais para vida.
Não me acho bom o suficiente para ela.
- Vamos deixar esse assunto de lado e voltar a trabalhar, afinal eu vou ter que procurar outra secretária ou melhor um secretário. - disse eu.
O meu melhor amigo me olhou como se eu fosse burro demais para perceber algo.
Resolvi ignorar isso ele levantou.
- Te vejo na saída então, vai jantar lá em casa ainda? - disse Gabriel.
- Claro que vou, não perderia por nada do mundo um jantar feito pela Chun. - disse eu.
- Vá a merda Max, deixe a minha esposa saber que você só interessa na amizade dela, por conta da culinária dela. - disse Gabriel.
- Olhe lá a culinária dela é só um bônus da nossa amizade. Vá trabalhar Biel, que mal exemplo para os funcionários ficar sem fazer nada. - disse eu.
Gabriel me mostrou o dedo do meio e saiu da minha sala fechando a porta irritado, sorri de lado.
Ele era um ótimo amigo.
Liguei o computador e comecei a trabalhar.
Pedi ao RH que entrevistar de preferência homens e casados para o cargo de secretário.
Espero que assim eu evite uma dor de cabeça enorme com comportamentos inadequados.
Estava saindo do meu escritório depois de um longo dia cansativo.
O meu melhor amigo parecia exausto também.
Esperamos o elevador e notei que Gabriel não parava de digitar algo no celular pela cara de bocó apaixonado, com certeza ele está falando com a Chun, não é atoa que os filhos puxaram completamente a minha amiga.
- Está falando com a Chun? - disse eu.
Entramos no elevador e Gabriel guardou o celular.
- É lógico que estou falando com a minha mulher. - disse Gabriel.
Realmente ele está bem estressado hoje, o que é uma coisa rara.
Tenho certeza que foi por causa da reunião de hoje na parte da manhã.
- E por que a cara de bocó apaixonado? - disse eu sorrindo malicioso.
- Vou ignorar sua pergunta pelo bem da nossa amizade. Chun estava me dando uma notícia maravilhosa, nem tente perguntar o que é, pois não vou dizer, até ela revelar no jantar. - disse Gabriel.
- Ok! - disse eu.
O elevador abriu, caminhei até o carro, assim como o Gabriel foi até o carro dele que estava estacionado ao lado.
Abri o carro e entrei já me ajeitando no banco do motorista, coloquei a mochila de couro no banco do passageiro e comecei a dirigir seguindo o carro do meu melhor amigo até a casa dele, que era 45min de distância da empresa.
Fiquei pensando novamente na conversa que tive com o Gabriel hoje.
Não dá para acreditar que realmente a pequena fadinha realmente me ame de maneira romântica.
Estacionei o carro na porta da casa do Gabriel.
Logo a porta se abriu e lá estava a Antonella com o Haoran segurando sua mão.
Ela sorriu em minha direção e o meu coração disparou.
Por qual motivo toda vez que ela sorri ou me olha o meu coração parece que está tendo um show de rock.
Saio do meu carro trancando tudo me aproximei dos filhos do meu melhor amigo.
Me abaixei e Haoran pulou em cima de mim me abraçando forte.
- Boa noite tio Max! - disse Haoran.
- Boa noite campeão! - disse eu.
- Vai jantar com a gente hoje tio Max? - disse Haoran.
Achava ele muito inteligente para idade.
- Sim vou! - disse eu.
Me levantei e senti os olhos da Antonella voltados para mim.
Levantei a cabeça e ela me encarava corada.
- Oi fadinha! - disse eu.
- Oi Max! Já disse para me chamar de Nella detesto esse apelido. - disse Antonella.
- Mas você amava se fantasiar de fadinha quando era criança filhota. - disse Gabriel.
- Papai! Já disse a muito tempo que esse apelido é horrível. - disse Antonella.
- Foi o Max que te deu esse apelido meu amor. Boa noite Max! - disse Chun da porta.
- Boa noite Chun! - disse eu.
- Entrem o jantar está quase pronto.
- disse Chun.
Entramos e no Hall de entrada cada um sentou num puff que estava lá peguei os chinelos que sempre uso quando estou aqui e tirei os sapatos.
Chun é chinesa então ela não gosta que nem seus convidados e nem sua família entrem com o sapato que vem da rua para dentro de casa.
Levantei, fui até o lavabo que fica próximo a sala de estar, depois que sai eu segui o meu melhor amigo até a sala de jantar.
A sala de jantar dele tinha o chão com piso de madeira escuro.
Os móveis são de madeira com a cor clara.
Já podia sentir que o cheiro do Chow mein, eu estava faminto.
Eu amo cozinhar, por isso aprendi muitas receitas com a Chun.
Sento em uma cadeira que fica de frente com a pequena fadinha e o Haoran senta ao meu lado.
Esse menino está cada dia mais grande.
Começamos a conversar assuntos aleatórios até que Chun coloca a comida na mesa.
Agora que notei que a fadinha parecia estar nervosa ou preocupada com algo.
Começamos a nos servir e quando estava no meio do jantar eu já estava curioso.
- Tenho uma novidade maravilhosa para contar. - disse Chun.
- Qual novidade Mǔqīn[母親](mãe)? - disse Antonella.
- Eu e seu pai estamos abrindo um estúdio de dança em seu nome Nella. - disse Chun.
- Uau! Mãe isso é maravilhoso! Obrigada Mǔqīn[母親](mãe) e Fùqīn[父親], esse é um dos meus maiores sonhos. - disse Antonella sorrindo.
- De nada filha! É o seu sonho e eu faço de tudo para ver as mulheres da minha vida feliz. - disse Gabriel.
- Parabéns fadinha! Você merece. - disse eu.
- Parabéns Nella! - disse Haoran.
- Obrigada pessoal! - disse Antonella.
- Nosso amigo Max também tem uma novidade amor. - disse Gabriel.
- Sério? Qual? - disse Chun.
- Eu estou adotando um casal de crianças uma quase da idade do Haoran e um adolescente de 13 anos. - disse eu.
- Isso é incrível Max! - disse Chun.
Concordei com a cabeça, voltamos a ter conversas aleatórias e após o jantar a fadinha ajudou a mãe a levar as coisas para a cozinha fui até a sala com Gabriel e ele pegou alguns papéis e me entregou.
Não entendi quando ele fez sinal para que eu não lesse agora dei de ombros.
Não sei a razão mais ele deve estar aprontando algo.
As meninas voltaram a sala e mais conversas aleatórias aconteceram eu me sentia em casa quando passava tempo com eles.
Quando disse que ia ir embora Antonella se dispôs a me acompanhar até o carro isso eu estranhei.
Coloquei os meus sapatos no pé, no Hall de entrada e fui até o carro com a fadinha do lado.
Quando paramos de andar perto do carro ela me chamou.
- Max? - disse Antonella mordendo os lábios nervosa.
- Sim fadinha? - disse eu.
- Eu quero te falar algo muito importante, na verdade tem bastante tempo que quero falar isso. - disse Antonella.
- O que Antonella? - disse eu.
- Eu sou completamente, intensamente, loucamente apaixonada por você. - disse Antonella corando.
Eu percebi, mas eu não sou o homem ideal para ela.
Eu tinha que ser honesto com ela.
Ela merece alguém melhor.
- Nella, eu quero que me escute ok? Eu não sou o homem ideal para você, honestamente você não é tão madura e tão alegre que tenho até medo de fazer você se tornar alguém como eu amargurada. Você merece viver um amor que vai te fazer bem, não alguém como eu. Você tem que achar alguém com os mesmos objectivos e com uma idade próxima a sua. Sinceramente Amélia eu sou amargo demais e você e doce demais para ter sua vida estragada por isso. - disse eu.
Os olhos da fadinha ficaram marejados e parecia que ela iria chorar.
Eu não queria quebrar seu coração, mas precisava ser honesto.
- Tudo bem Max! Eu entendo obrigada por ser tão honesto! - disse Antonella.
Ela saiu correndo para dentro da casa eu entrei no carro.
Guardei os papéis na mochila e comecei a dirigir.
Era doloroso lembrar o olhar quebrado da Antonella.
Mas ela merecia alguém melhor, alguém que traria cor.
Não um homem mais velho mal humorado, ranzinza e amargurado pela a vida.
Fora que na minha família os homens costumam desenvolver um ciúmes sem explicação pelas mulheres.
Já tinha ciúmes dela agora, imagina se deixasse um relacionamento rolar.
- Espero Antonella que você me perdoe, mas você merece somente o melhor. - disse eu, pensando em voz alta.
Cheguei em casa, guardei o carro.
Peguei tudo que precisava e fui para dentro trancando tudo.
Fui para o quarto peguei uma calça.
Fui para o banheiro fazendo minha higiene pessoal, me preparei para dormir o dia tinha sido realmente muito longo.
Me deitei na cama e o olhar marejado da Antonella veio me assombrar ela é tão linda espero que seja só uma paixão passageira.
Não quero que ela sofra por muito tempo.
Fechei os olhos com os pensamentos voando para todos os lados até que adormeci.
Olá pessoal!
Esse é o primeiro capítulo espero que gostem.
Votem e comentem me ajuda bastante.
Até a próxima!
Aqui embaixo explica o que é Chow mein.
Chow mein que é um macarrão frito acompanhado de vegetais, carne vermelha, frango, porco ou camarões. Tudo isso é servido com um molho à base de shoyu e óleo de gergelim. Inclusive ele lembra o yakisoba japonês.
https://youtu.be/zvVop1Y45LM
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