Perguntas & Respostas - 3 de 4
P: Como saber se uma editora prestadora de serviços é confiável?
R: Não vou responder se é confiável, porque tenho uma opinião formada sobre "confiança" neste país. Mas, vou responder se vale a pena se arriscar a fechar um pacote com uma editora desse tipo.
Depende de algumas questões que você deve avaliar. Vamos a elas:
1) Tipo de contrato
O contrato tira o seu livro de circulação e ele fica na mão da editora. Fim da sua aventura. O livro deixa de ser visível do jeito que estava sendo antes. Essas editoras não trabalham mais para angariar leitores, porque depois que o contrato foi assinado e o trabalho foi feito, acabou. Está pago. A editora já está pensando no próximo cliente assim que você pagou e o livro foi entregue a você. Na verdade, ela quer que você saia por aí divulgando a editora, enquanto você mesmo vende ou promove o seu livro.
Olha a lógica da prestadora: você paga para você mesmo sair por aí trabalhando por ela. Lucro rápido, imediato e talvez em dobro (para ela, não pra você).
Neste caso, vale mais a pena você aprender a usar as ferramentas e as plataformas da Internet. Sugiro fortemente o KDP Amazon. Hoje em dia, o KDP está bem mais fácil de usar. A Amazon dispõe de um bom Suporte, dispõe de ferramenta anticlonagem que melhora muito a proteção do livro, se você selecionar ela. O KDP tem comunidade para trocas entre os autores. O KDP tem um Prêmio altamente conceituado, em dinheiro, que oferece publicação com editoras tradicionais e conceituadas, tais como a Record. O Prêmio Kindle. A Amazon tem vários outros concursos de contos e livros, com chance de virar filme e série pela Amazon Prime... A Amazon divulga seu trabalho em todo o Google. Os livros da KDP ganharam com a Amazon firmando o estande dela na Bienal do Livro deste ano, para os e-books e seus autores.
A loja da Amazon, onde ficará o seu livro é vitrine para diversos livros famosos que você pode comprar mais barato, pois tem sebos associadas, e você pode ler um monte de livro de graça se tiver o kindle unlimited. E se você compra coisas variadas pela internet, pode matar dois coelhos se comprar num lugar só, seguro e onde você deixa o seu livro. Eu pensei em tudo isso, antes de tomar a minha decisão de me mudar.
Você mesmo pode publicar o seu livro de graça e com muito mais visibilidade do que no Wattpad. Se o livro for bom e você tiver tempo de fazer uma divulgação bacana, nos "lugares certos", tem mais chance de seu livro deslanchar. Eu consegui vender bem o Caçador de Chuva, Sozinha e Hadrian's Wall (A Muralha 1), entre 2010 e 2019. As vendas me ajudaram a pagar umas contas 🤩😂. Mas o livro tem que ter uma revisão e edição boa de português. Sacou? Sem isso, o leitor da Amazon detona o livro e foge. Já vi acontecer com muito autor do Wattpad que se iludiu com os 200k de leitura.
O lucro da venda fica mais para o autor, do que a Amazon. O que não acontece, se ficar escondido na mão da prestadora (editora que cobra para publicar).
E não pense que as promessas das editoras prestadoras de serviço, acontecem como elas dizem... Sabe, quando elas dizem que vão fazer propaganda do seu livro, ou que vão divulgá-lo, etc e tal...?
Não acontece assim.
A coisa toda já é redigida em contrato usando palavras generalistas e dúbias para as editoras não serem obrigadas a fazer mais que o mínimo. A não ser que esteja escrito no contrato com todas as letras.
Normalmente, o contrato vem com afirmações bem calculadas como as questões do ENEM ou do Vestibular, induzindo você a entregar o seu livro por 2, 3 e até 5 anos. E daí, você não pode fazer mais nada com ele porque, durante esse tempo, o livro não te pertence.
Seja lá o que decidir fazer, nunca aceite 5 anos. No máximo 2.
2) Distribuição
Note que a maioria delas não te oferece a distribuição (que para o escritor de mercado, é o mais importante, senão ele tem que sair por aí com o livro debaixo do braço, oferecendo, mendigando.... E ninguém respeita autor que bate de porta em porta dos leitores. Respeitam aqueles autores que: a) ou tem os leitores correndo atrás de seus livros, geralmente os estrangeiros; b) ou aqueles que rapidamente conseguem a distribuição).
Se eu fosse você, escolheria os serviços de editoras que também funcionam como distribuidoras - entre os livreiros - para livrarias físicas e/ou sebos (livrarias virtuais mas que oferecem o livro físico também). Essas editoras distribuidoras vinculadas a empresas de reputação por conta de sua filosofia ideológica, podem ser mais seguras.
Eu recebi um folheto de uma distribuidora/livraria/sebo cujos serviços me surpreenderam. Eu comprei um livro com eles e gostei do atendimento. Não custa você se informar se vale a pena pra você:
Livraria | Editora | Distribuidora "Os Semeadores".
www.ossemeadores.com.br
O que me chamou a atenção foi a tríade: edição/publicação, distribuidora e livrarias.
De repente você negocia um contrato com distribuição e venda do livro... Antes, verifique se a editora publica o tipo de livro que você escreve.
De qualquer forma, nunca aceite nada sem fazer antes uma pesquisa sobre a prestadora de serviços.
(E tudo que for acordado tem que estar no papel.)
Se a editora tem vitrinas em sites estratégicos para os seus escritores, isso também conta.
Jogue o nome da editora no Google, e se aparecerem vinculações com empresas de livros confiáveis, já é um ponto positivo. Se tiver CNPJ de restaurante ou um monte de processos no Jusbrasil ou no Reclame Aqui, então melhor não embarcar num trem duvidoso. Converse com autores que usaram o serviço, antes de tomar sua decisão. Mas não se fie só na conversa. As vezes o autor está elogiando a editora para ficar bem na fita, ou porque não viu os problemas dela ainda. Isso aconteceu comigo.
Na Câmara Brasileira do Livro, você encontra editoras e agências literárias catalogadas pelo Brasil afora. Estar nesta lista já ajuda a identificá-las.
https://cbl.org.br/associados/nossos-associados
Mas não se esqueça de considerar alguns critérios, quando procurar essas empresas:
Procure editoras que lidam com a mesma linha, e gênero, da sua obra;
Verifique os livros mais recentes publicados por elas;
Verifique os critérios para submissão de manuscritos e/ou originais. Se não estiver no site, entre em contato com o atendimento.
Não se esqueça: a escolha é sempre sua.
🤩🥳🎂
P: Como funciona o KDP/kindle/ Amazon?
R: 1) acesse a página da Amazon.com.br
2) role a barra até o fim da página.
3) clique em "publique conosco" (ou expressão parecida)
4) vai aparecer o KDP, que é a plataforma de publicação da Amazon/kindle.
5) Faça sua conta. Se já tiver conta na Amazon, como comprador, fica mais fácil e rápido.
6) Acesse a biblioteca e pronto! É só começar a fuçar nos botões para conhecer. Vá na central de ajuda, e escreva na parte em que mostra a lupa de pesquisa. Digite as palavras chaves das perguntas que deseja resposta e vai aparecer tudo lá. Eles tem um amplo setor de perguntas e respostas, mas você tem que estar disposto a.......LER!!!!
Tenho certeza de que em um mês no máximo, você vai dominar todas as ferramentas do KDP.
Durante a publicação, não esqueça de que as palavras chaves e as classificações de gênero e de categoria, se forem feitas de maneira assertiva, irão colocar o seu livro em evidência para os seus leitores em potencial.
As capas podem ser feitas na própria plataforma ou por meio de outras. Eu gosto muito dos apps Canvas e Desygner (que você acessa também diretamente pelo Wattpad). São fáceis e rápidos e a gente se diverte como se brincasse de vestir a Barbie e o Ken.
Bom, não precisa ter medo de mexer no KDP, porque hoje em dia é mais fácil que antigamente. A plataforma é quase intuitiva. Mas tem que prestar atenção e ler. Lembra do que eu disse nos capítulos anteriores? Exercitar a atenção e a leitura.
Pesquise a central de ajuda e boa sorte!!!
🤩🥳🎂
P: Como você faz para ler um livro em que já viu o filme?
R: Dá uma preguicinha... 🤣
Se o filme for bom, o receio aumenta. Porque a possibilidade de se decepcionar te deixa com um pé atrás.
Quando assisti ao filme Duro de Matar, com o meu ídolo Bruce Willis, que revolucionou os filmes de ação do final dos anos 80, nunca poderia imaginar que houvesse um livro. E que nesse livro, ele fosse salvar a filha, e não a esposa, de um grupo terrorista. Não tive coragem de ler, pois eu já tinha uma visão formada de John McClane. No livro, ele se chama Joseph Leland, e assim como John McClane, é um policial de Nova York.
O livro acabou obscurecido pelo sucesso do filme, embora o roteiro do filme tenha utilizado muitas das suas sequências de ação imaginadas dez anos antes de o filme ser lançado. Não vingou em seu próprio Zeitgeist, os anos 70, onde já havia um tipo de herói de ação consolidado por atores como Charles Bronson e Clint Eastwood. Depois veio Schwarzenneger e Stallone... Todos durões, sérios e invencíveis.
Só no final dos anos 80, é que abriu espaço para a irreverência de um herói como John McClane. E mesmo assim, os produtores relutaram em dá-lo ao Bruce Willis.
Hollywood procurava heróis menos caricatos ou invencíveis, porque: a) o mercado estava saturado disso; e b) o público estava saturado disso.
John McClane foi a resposta para um setor do mercado (os filmes de ação), esgotado e em crise.
Roderick Thorp, o autor, lançou o livro com o título Nothing Lasts Forever (Nada Dura Para Sempre/ou Eternamente), em 1979. A obra passou em brancas nuvens no Brasil. Eu tive o livro na minha mão. Um livro fino, tendo por capa uma foto ou poster do Bruce Willis numa cena do filme. Obviamente um relançamento pegando carona no sucesso do filme.
Não tive coragem de ler.
Quando assisti ao filme A Firma, com Tom Cruise, deu-se o completo oposto. Eu queria ler o livro por toda lei.
O filme foi dirigido pelo grande diretor Sidney Pollack, já falecido. Tinha Gene Hackman, Holly Hunter e Ed Harris no elenco.... Mas o livro fora escrito pelo fantástico John Grisham. Eu já tinha lido outros livros dele. Um advogado de formação cuja maioria dos livros virou filme de sucesso em Hollywood.
Constatei que o livro A Firma é pior do que o filme. Foi uma decepção enorme. Amei o filme e detestei o livro. Infantil, péssimo ritmo, personagens fracas e narrativa que não combina com o desenrolar da trama. Prefiro as escolhas inteligentes de Sidney Pollack, que mudou muita coisa da trama.
Pareceu-me que Grisham ainda estava patinando na escrita. Porque outro livro mais recente dele - O Advogado Rebelde, embora envolvido em uma polêmica devido à semelhança de enredo com outro autor de sucesso, estava muito melhor escrito.
Estava perfeito, na verdade, em termos de narrativa. Compare A Firma e Advogado Rebelde e você verá.
Só para constar, o outro autor da tal polêmica é Michael Connelly, com seu livro Nos Meandros da Lei. Este eu não li, por isso, não posso opinar.
Mas o filme com Matthew McConaughey é excelente (O Poder e a Lei).
🤷♀️🤷♀️
Bem, reza a tradição que os filmes podem ser (e geralmente são) piores que os livros que lhes deram origem. Mas hoje em dia, depende muito da adaptação feita pelos escritores roteiristas.
Dizem por aí que os livros de Jumanji são uma decepção para o público adulto desses filmes.
Mas...........eu sempre sugiro que leia o livro primeiro, quando tiver um filme envolvido, para não dar preguiça, nem receio. Eu normalmente faço isso. Espero conseguir o livro antes de ir para o filme. Foi o que fiz com Harry Potter, O sétimo filho, Crepúsculo, A Hospedeira, Perdido em Marte, entre outros.
Às vezes não dá pra fazer isso, então nós arriscamos a ler depois de assistir, e muitas vezes somos premiados com gratas surpresas. Livros, cujos filmes foram gratas surpresas: Eu Sei o Que Vocês Fizeram No Verão Passado, Tubarão, Hospedeira, Maze Runner, Divergente.
Se não é possível esperar para assistir e você foi direto para o filme, é preciso coragem extra para enfrentar a possibilidade da decepção, ao ler o livro depois.
No entanto, como mencionei nos estudos de casos, estou propondo uma leitura direcionada ao aprendizado das escolhas narrativas. Neste caso, é justamente a decepção com o filme, ou com o livro, que irá mostrar as diferenças criativas dos formatos dessas obras. Filme e livro possuem escolhas que dependem de:
1) Que o leitor ou o telespectador consiga fazer uma imersão na sequência de eventos narrados.
2) Que o ritmo dos eventos narrados funcionem visualmente, no caso de um filme; e funcionem descritivamente para o leitor, no caso de um livro.
Em suma, a grande questão a ser assimilada é: Como a narrativa escolhida fará com que o seu cérebro assimile a informação por meio dos recursos oferecidos, os quais, são próprios de um livro ou de um filme?
Só comparando o livro e o filme para descobrir. E esse é o propósito dos exercícios com os estudos de caso, aqui presentes.
Há filmes e livros em que não há muita diferença nas escolhas. Por isso, eu não recomendo o exercício. Alguns exemplos:
O código Da Vinci.
A Garota do Trem.
Harry Potter (rigorosamente adaptado conforme autorização da autora).
Todos fiéis aos livros.
Mas aqui existe uma armadilha para os diretores desses filmes... Coitados. Todos esses livros já emprestam a lógica da imersão visual (que os filmes usam) em seus próprios enredos. Foi, aliás, o que os consagrou. O leitor se vê naqueles lugares e situações.
Os diretores dos filmes não tiveram muito o que acrescentar, a não ser seguir no mesmo ritmo... O filme se torna uma cópia resumida.
Existem muitos casos de filmes e livros. Você nem precisa fazer o exercício com aqueles que eu escolhi para os estudos de caso; mesmo porque, Entre Facas e Segredos não tem livro, embora seja inspirado nas obras de Agatha Christie. Talvez em grande parte, no Assassinato no Expresso Oriente. Então, você de repente pode fazer essa comparação.
🤩🥳🎂
P: Fale um pouco sobre a síndrome do vira-lata.
R: Há quem diga que brasileiro sofre dessa síndrome. Significa pensar que nada do que produzimos aqui é bom o suficiente. O que fazem nos outros países é sempre melhor. Por isso não se valoriza o que é daqui, mas o que é de fora.
Houve uma época e ainda existe um bocado disso, em que recebíamos os gringos ou brasileiros que venceram lá fora, como se fossem criaturas de outro mundo. Astronautas que pisaram na Lua, vencedores da Copa do Mundo ou Deuses merecedores de cortejo e paparicação.
Deixamos de lado o nacional e até quando produzimos aqui, adotamos personagens e elementos estrangeiros. Porque fomos doutrinados por uma cultura e uma arte essencialmente estrangeira. Primeiro europeia (principalmente francesa e inglesa) entre 1800 e 1934. E depois, essencialmente norte americana. Quando os EUA se consolidaram como potência mundial, depois do resultado da Segunda Guerra, entre os anos 40 e 90.
O auge do controle americano sobre nossa cultura (e de boa parte do mundo), foram os anos 80. Depois disso, começou um declínio por conta da deterioração da qualidade nas criações dos próprios EUA.
Mesmo tendo começado lá, o streaming da Netflix ajudou a diluir ainda mais o efeito hollywood de ser, pois esta atual gigante privilegia as produções feitas em seus próprios países, com a qualidade Netflix. Coreia do Sul, França, Espanha, México, Dinamarca, Argentina, Noruega, Suécia, Turquia, Eslováquia, Rússia, Índia entre tantos outros países que conseguem atender à qualidade das suas produções.
O Brasil, como já disse antes, patina... em grande parte por causa da síndrome de vira-lata.
As outras redes seguiram o exemplo da #Netflix. Ou tentam seguir. #Amazon Prime, entre outras tantas.
Eu mesma prefiro os livros e filmes americanos aos europeus e brasileiros. Faz parte da minha formação. A doutrinação que países subdesenvolvidos/conquistados/explorados são submetidos por parte de países dominadores. Ainda mais num regime imperial. E acredite, embora democráticos, os EUA usam métodos e expedientes tão imperiais quanto a Macedônia de Alexandre, Roma de Júlio César, Inglaterra de Elisabeth, etc, etc, etc.
Aqui, no Brasil ex-colônia (e sempre explorada por dentro e por fora), ainda hoje, escritoras e escritores contam estórias de mocinhas e mocinhos que vivem em Washington, Boston e até Nova York. ou recontam antigos clássicos saídos da imaginação dos irmãos Grimm (lá do centro europeu).
Quem não curte uma floresta negra, lá na Alemanha?
E você privilegia seu conto mágico lá ou na Floresta Amazônica? Olha, alguns podem até falar mal do Monteiro Lobato, mas dentro da lógica da época, ele enalteceu muito o folclore e as lendas brasileiras.
Na minha infância, todas as crianças eram loucas pelos 23 volumes do Sítio do Pica Pau Amarelo tanto quanto décadas depois, tornaram-se loucas pelos 8 volumes de Harry Potter. Os livros do Sítio eram uma febre. Eu era fã número um!!! Sendo que o Sítio, tão original quanto Harry Potter, é um produto 100 % nacional. Não existe nada como o Sítio no mundo inteiro. Podia passar por uma renovação e hoje estaria encantando outra vez. Mas ao invés do Pedrinho, as crianças de hoje acompanham o bruxinho Harry Potter, porque o mercado dos livros, regido pelo mercado da dominação imperialista internacional, jogou seus dados e fez acontecer.
E o que dizer dos livros maravilhosos da Coleção Vagalume? Ao invés do Mistério dos 5 Estrelas, os jovens lêem Percy Jackson e o ladrão de Raios...
E o que falar da maravilhosa coleção Os Detetives do Prédio Azul, da Flávia Lins.
MARAVILHOSA! A série de TV (que deu origem aos livros) passa até na Noruega. E é brasileira!!!!!!!
Gente, é brasileira e está em TV paga. Poderia ser exibida em TV aberta, mas pelo visto, hoje, existe uma distância entre os desejos dos espectadores/leitores doutrinados numa direção do mercado. Uma direção calculada e que infelizmente reflete o abismo/empobrecimento intelectual que o país passa em razão dos produtos que o Brasil importa de outros países.
Sendo assim, a síndrome do vira-lata é isso: uma desvalorizaçãodo nacional em todos os sentidos. Mas torne a se perguntar sobre o tema, quando estiver comprando um livro e ficar indeciso sobre um autor nacional e outro internacional.
Ou mesmo quando estiver escrevendo um livro e, como eu, estiver dando o nome para o mocinho de Sebastian e para a mocinha de Jane...
Escrevi em algum lugar que os agentes literários preferem representar livros estrangeiros. Claro que muito disso tem a ver com o mercado consolidado do livro. Mas lá fora, o tal mercado consolidado faz o caminho inverso. Talvez por isso seja consolidado. Rejeita os estrangeiros por questão de princípio e facilita a entrada do autor nacional (deles) no mercado. No que estão corretíssimos.
Aqui é a síndrome do vira-lata que governa o mercado.
Para mim, o caso do plágio feito sobre o livro de Moacir Sclyar (o autor canadense que usou sua ideia em As Aventuras de Pi) ou o caso do plágio sobre a obra A Sucessora, em Rebecca, a mulher inesquecível, são dois exemplos. O resultado desses plágios foi muito por esse lado do vira-lata versus pedigree.
Bem, seja como for, é preciso que os autores iniciantes deixem de picuinhas, competições e concursinhos caseiros e se unam em torno de um trabalho sério, de apoio recíproco e não se deixem manipular pelo mercado.
Foi o que fizeram as autoras de uma plataforma similar ao Wattpad, nos EUA. Querem saber de quem estou falando? Nada mais, nada menos que Sarah J Maas e Abbi Glines (livros de sucesso hoje; elas mandam nos seus segmentos e se apoiam mutuamente. Entre outros escritores).
Só sei que essas daí não sofrem da síndrome de vira-lata.
🤩🥳🎂
P: Você mencionou que está estudando outras plataformas e que pretende fechar a bodega. Pode traduzir, por favor? :)
R: Claro que posso! Como já expliquei em outras ocasiões, não me sobra tempo; eu crio tempo para conseguir escrever. Levei muito tempo para saber lidar com esta plataforma, a do Wattpad. Isso porque é uma das mais simplificadas. O fato de ter alergia em ficar pendurada nas etapas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9... Das centenas de milhares de apps que inventam todos os dias, só para nos manter conectados à internet o máximo de tempo, para gastar com a indústria das redes sociais...
Bem, essa é uma das razões pelas quais eu fugi do Facebook e fiquei só com o Instagram - quanto mais o app ou site é cheio de labirintos e botões, mais eu fujo. Essa tecnocracia que governa o mundo e o nosso tempo... Deus sabe o quanto eu detesto tudo isso! Gosto de coisas que eu consiga lidar fácil e rapidamente. Abandonei o clube de autores, porque era cheio dos nhês-nhês-nhês de etapas, embora fosse muito bom. Mas foi lá que plagiaram pela primeira vez a minha trilogia "A Muralha". Desmascarei o plagiador e saí.
Então, o Wattpad foi-me sugerido por amigas e eu descobri que, na época, era o ideal para mim. Ideal para mim, em termos de facilidade e uso. Mas com o tempo, percebi que MORALMENTE, essa plataforma tem deixado a desejar: plágios, abusos entre autores, negligência dos "capitães do navio" para com os escritores. Isso quando esses capitães dão as caras por aqui... Acho que virou um TITANIC, para naufragar ao primeiro iceberg que bater no casco.
Enfim...
Não resolveram o problema dos livros piratas que copiaram do Wattpad, em cima dos meus livros... Tem site duvidoso revendendo livro meu em formato PDF. Conseguiram roubar daqui do Wattpad. E os responsáveis, os capitães do TITANIC, não tiveram a mesma agilidade de resolver o problema. Muito diferente do pessoal da Amazon. Sim, livros piratas ocorreram com a Amazon, em 2009/2010, mas foi a velocidade e a força de resposta daquela equipe, com um grupo de atendimento maravilhoso, na central de ajuda, que me convenceram a escolher a equipe da KDP/Kindle/Amazon para manter os meus livros. De 2010 para cá, a Amazon melhorou muito!
Bem, eu passei os últimos dois anos estudando várias plataformas, nas quais, eu me sentisse "em casa" e mais segura. E depois de estudar a possibilidade até com aquelas que me procuraram (Dreams, Buona, etc.), cheguei à conclusão que o mais simples e fácil para mim, no momento, é concentrar tudo na comunidade kindle do KDP. O create da Amazon também está lá. (Create space confecciona o seu livro físico para o resto do mundo).
Levei um tempão para aprender a lidar com as ferramentas da Amazon. Agora que sei lidar, numa boa, não vejo razão para começar tudo do zero em uma plataforma desconhecida. Já pensou? Reformatar todos os livros e postar capítulo por capítulo??? Nem pensar!
Ademais, a Amazon andou estudando as dificuldades dos usuários e tornou a plataforma bem mais fácil, intuitiva, e amigável sob vários aspectos. Quando a coisa complica, basta contatá-los e dizer no que estão errando. Eles permanecem vigilantes - atentos e receptivos à opinião dos usuários e clientes.
O Wattpad, pelo contrário, nunca foi atento a coisa alguma! Nunca deu bola para a opinião dos usuários. Criaram umas áreas VIP (o tal Wattpad Premium) para excluir mais do que já excluem os autores. Ou você paga ou fica de fora da festa. Mas como podem cobrar, se nunca deram uma amostra da qualidade pretendida? Eu que não vou pagar para que eles lucrem com meus livros. Era o que me faltava! Ainda se tivesse uma assistência bacana aos usuários... A verdade é que nunca deram bola às necessidades dos usuários. Exceto por alguns eleitos, que fazem parte da sua patota. O Wattpad , na voz de seus embaixadores, deixou claro:
Se quer, é assim; se não quer, cai fora!
O que me mantinha firme no Wattpad eram os leitores. Mas agora, mudei de ideia. Penso que se quiserem me encontrar, os leitores me encontram em qualquer lugar. Se os leitores não me encontrarem ou aos meus livros, é porque não querem. Simples assim.
Aos poucos, todos os meus livros irão aparecer COMPLETOS, somente lá, na Amazon. Quem tiver interesse e realmente gostar do meu trabalho, saberá onde me encontrar.
A decisão que tomei foi demorada, porém, simples: estou fazendo a transição para mudar do Wattpad para a Amazon/KDP. Estou tirando os livros do Wattpad aos poucos. Vou deixar só amostras. E como venho avisando há algum tempo, pelo menos vocês não podem dizer que eu não permiti que terminassem suas leituras. O meu atual método é:
1. Seleção do livro.
2. Retirada do livro do Wattpad.
2. Revisão/edição do texto.
3. Republicação na Amazon, com capa feita por mim.
4. Permanência, talvez, de uma amostra do livro no Wattpad, com cinco ou três capítulos, ainda não decidi.
Para vocês saberem, estão quase todos lá. Faltam poucos para converter. E já publiquei dois contos inéditos pelo KDP (sem amostra aqui no Wattpad).
Os meus últimos livros inéditos vão estrear diretamente lá. Aqui ficará só o glossário e as referências bibliográficas do livro.
Vejo vocês lá... Ou não... 😁👍
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