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Anatomia de um Escritor

Normalmente, o escritor é aquele que não se conforma com a mesmice. Estar entre as pessoas numa rotina comum é algo que tem dificuldade em fazer. Seu raciocínio não se molda, não se prende ao padrão. Isso porque a imaginação voa para longe da caixinha. O escritor não quer pensar no comum de um jeito comum. Ele quer pensar no comum de um jeito extraordinário.

Escrever é consumar ou consolidar a forma como ele vê o mundo.

Ao longo da história, o escritor sofreu perseguições por ser desse jeito - inconformado, romântico, não convencional e exuberante. Alguns sofreram mais, outros menos. E aí vinham as camuflagens... Alguns utilizaram pseudônimos para ultrapassar e/ou escapar das barreiras e preconceitos sociais. Outros escreveram sobre questões tão sensíveis e polêmicas... Que foram condenados a viver à margem da sociedade. Exilados, fugitivos, presos, assassinados.

Tiveram suas obras imortalizadas, mas pagaram um preço alto.

As convenções sociais de cada época tiveram muito a ver com as produções literárias bem sucedidas ou não. Quer fosse para consagrar uma obra pela conformidade, quer fosse para consagrar pelo repúdio.

As convenções sociais também ditaram a forma de os escritores se relacionarem com o mundo. Para reafirmar tais convenções ou refutá-las.

Charles Dickens era tão conhecido que se tornou um tesouro nacional, por assim dizer. Tinha uma vida pública exemplar, mas um casamento fracassado. Então, ele arrumou uma amante. Decidido a separar da esposa, teve que voltar atrás, ou sua carreira seria destruída.

James Joyce foi expatriado e Oscar Wilde, preso.

Charlotte Bronte escrevia com pseudônimo masculino para expor ideias que influenciaram toda a sociedade inglesa.

Dalton Trumbo foi um dos maiores roteiristas de Hollywood. Tachado de comunista durante a famosa "Caça às Bruxas" do Presidente McCarthy, nos Estados Unidos, ele teve tudo para desistir, mesmo criando tantos roteiros inesquecíveis e angariado prêmios com eles. Ninguém mais o contratava nem para escrever anúncio de outdoor.

Foi preso por comunismo e passou uma temporada na prisão, onde teve uma séria lesão na coluna porque o obrigaram a carregar pedras e sacos pesados.

A lesão na coluna doía sem parar. Ao ponto de ele viver com um drink na mão para obter algum alívio.

Desempregado. Com uma família para sustentar. E tendo que conviver com a dor... Como o seu cérebro era a sua força de trabalho, Trumbo criou um plano. Mudou de nome e começou a vender roteiros para empresas classe B. Essas empresas começaram a rodar filmes mais interessantes e a bilheteria aumentou. Trumbo estava ganhando dinheiro.

Lá ia ele para uma banheira cheia de água e gelo a fim de sua coluna aguentar o tranco enquanto ele trabalhava. E seus pseudônimos ganhando um Oscar atrás de outro. Um de seus roteiros mais famosos foi Spartacus - a luta de um escravo contra o poderio de Roma. Kirk Douglas queria que Trumbo consertasse o roteiro e o desenvolvesse. E quando o filme foi lançado, JF Kennedy tornou este filme o símbolo contra a opressão na América.

Eis Trumbo em sua famosa banheira.

Fonte da foto: https://mubi.com/pt/cast/dalton-trumbo
(E se puder, assista ao filme)

Trumbo nunca se rendeu às dores atrozes enquanto escrevia. Ficava lá na sua banheira, cercado de tudo o que precisava. Mandou todos os filhos para faculdade, ganhando dinheiro assim.

Da mesma maneira que Trumbo, Freud, antes dele, não se rendeu às dores do câncer, enquanto escrevia seus textos tão bem articulados. Textos que até hoje convencem as pessoas da existência real de um construto hipotético jamais provado: o ID (inconsciente). Freud recusava a morfina para manter a lucidez para escrever.

Senhoras e senhores, que escritor nato!

MAS...

(E AÍ VAI UM GRANDE "MAS")

Temos autores famosos com o bumbum virado para a Lua, que não precisaram fazer esforço para influenciar a sociedade. Foram ilustres exceções à regra: Chordelos Delaclos, Alexandre Dumas Pai, Jorge Amado, García Márquez, George R.R Martin... Autores que transformavam em ouro tudo o que tocaram com suas palavras. Verdadeiros REIS MIDAS!

Ainda hoje é difícil determinar os elementos que tornaram autores como Octavia Butler, George R.R Martin e Halan Corben, fenômenos instantâneos e duráveis.

Eu os analisei e acredito que o sucesso deles residiu em grande parte na evolução de sua escrita, a cada obra publicada. Note que são autores cujos erros no ritmo de um livro não se repetem no livro seguinte. Ou seja, são autores que, em sua trajetória, foram muito críticos com eles próprios. Além disso, existem outros fatores de peso: a frequência de produção de suas obras, em um dado período de tempo; o trabalho de bons agentes literários e editores zelosos; bem como, o fato de frequentarem os círculos adequados para a exposição de suas obras. Quando um círculo aprova uma obra, os demais círculos tendem a concordar, mesmo que seus integrantes não conheçam inicialmente o escritor. Ele já vem CONSOLIDADO.

Existe, contudo, dois elementos em comum entre esses autores, que são: o volume de leitura (são autores que lêem muitos livros; chega a ser insana a quantidade de livros que eles lêem); e o volume de pesquisa (Martin pesquisou até sobre a formação lexical de uma língua para criar a língua de seu mundo pseudo-medieval). Essas, portanto, são características que esses autores de sucesso compartilham.

Quanto à pesquisa, alguns fazem por si mesmos. Outros contratam pesquisadores e só lêem o resultado da pesquisa. Mas não importa. O que importa é o nível de leitura.

Eles lêem. Por isso escrevem. Entendeu a engrenagem? Ninguém escreve bem sem ler. Só se tiver nascido com 135 a 140 de QI e saiu já compondo uma sinfonia literária com 4 anos de idade (sacou a analogia com Amadeus Mozart?).

Cada qual dos escritores mencionados, em seus gêneros literários, compreendem aspectos comuns na elaboração de suas tramas. Aspectos que conquistaram o mercado: enredos com elementos muito variados de temas a serem apresentados, condensados em uma única história. São o que chamamos de tramas com subtramas. E para cada trama apresentada, os autores se debruçam sobre a intimidade de seus personagens.

Personagens com biografias consistentes.

JG Ballard talvez seja o autor que reúne as qualidades que considero indispensáveis: a coragem de se expor (Império do Sol), com a observação do ambiente e a boa pesquisa (Noites de Cocaína).

Entretanto, todos os autores acima não tiveram medo de mergulhar na psicologia das personagens. Nem de revelar aspectos pesados de suas personalidades, muitas vezes especuladas pelos leitores como sendo parte de si próprios. Bem, não deixam de ser, já que o livro nasce de sua mente & coração. Muitos desses autores trazem parte de suas vivências para os seus livros e transformam em algo maior. Como uma obra de arte.

O livro nasce do autor e sobrevive a ele, pois passa a fazer parte da vida dos outros.

Video 1 - Para escrever sobre comédia, o escritor ou roteirista deve adequar no texto as doses de absurdo e realidade.


Video 2 - Mesmo tema, só que romance. Com características de romance. E aí vemos que um mesmo tema (casamento) é abordado diferentemente pela comédia de costumes e pelo romance.

O ato de escrever e publicar envolve a coragem de uma exposição pessoal. Dar a cara à tapa. Ficar nu diante dos leitores. Envolve saber que está no olho do furacão e não se abalar por causa disso. Pelo contrário, você tem que curtir cada instante.

Por essas e outras, não adianta ficar revoltado se alguém falar mal da sua escrita ou criticar o seu "bebê" (o livro, no caso).

É o que você quer, não? Interagir com o leitor. Se não for isso que você quer, nem comece... Não publique. Em lugar algum e de forma alguma. Escreva só para você. Como uma espécie de terapia e diversão.

Existem pessoas que avacalham ao invés de fazerem comentários bacanas? Claro que existe! Tem gente que sabe o que diz, tem delicadeza e tato ao comentar? Claro que tem! Tem gente incapaz de escrever uma linha, e inveja quem consegue? Claro que existe! Tem quem apoia e incentiva? Tem, sim!

Elogios e críticas... É preciso filtrar as partes construtivas.

Para mim, a interação com o leitor é a parte mais divertida e interessante. Espero ansiosamente terminar de escrever para curtir essa fase pós publicação. Tanto os comentários positivos quanto os negativos. Gosto da surpresa; pois podemos receber reações previsíveis e imprevisíveis.

Ficaria decepcionada se houvesse publicação e leitura, mas sem nenhum tipo de reação. Isso corta a motivação de qualquer escritor.

Há escritores que se protegem da interação com o leitor. Só existe uma via que interessa a este tipo de autor: de cima pra baixo. Há autores que só respondem aos elogios entusiasmados e não sabem o que fazer ou como reagir às críticas. Isso porque não quer saber de críticas.

É uma pena, porque são as críticas que ajudam um escritor a evoluir.

O que eu faço com as críticas aos meus livros:

Verifico a lógica do argumento e normalmente corrijo o problema. Numa boa. E sem pestanejar. O certo é o certo. Seja o comentário proferido num tom malicioso, agressivo; seja proferido num tom educado e gentil. O que eu faço é verificar se o raciocínio do leitor tem nexo. E se tiver, levo em consideração. Mesmo que, às vezes, a intenção do leitor não tenha sido ajudar 😂

Vou dar alguns exemplos: Em A ilha do rei, uma leitora expressou-se de maneira um tanto arrogante para dizer que o móvel mencionado no enredo não se chamava bidê. O bidê seria usado para banho e não para colocar ao lado da cama. Poderia ter dito de outra maneira, numa boa, mas ela fez questão de sugerir que meu livro inteiro não valia a pena por causa do detalhe do bidê.

Eu verifiquei o argumento dela. Era válido. O problema é que na linguagem regional do sul do país, especialmente no Paraná, bidê também é tratado como criado mudo. E eu sou paranaense.

Ela não aceitou o argumento do criado mudo, então eu pensei: Fazer o quê? Talvez ela tenha achado que o bidê era a coisa mais importante de todo o livro e mais importante que todo o esforço de pesquisa disponível de maneira gratuita para que ela pudesse ler.

É um direito dela.

A leitora estava certa, no final das contas... embora eu não estivesse errada. A partir daí, passei a cuidar mais com a admissão de expressões regionais em meu texto, graças ao toque dela. Portanto, sou grata.

Só para você entender a situação: o regionalismo tende a distorcer o significado das palavras e limitar o grau de compreensão do seu leitor. Os professores de redação do Ensino Médio já nos preveniam quanto a isso. Só que, às vezes, a gente esquece.

É interessante evitar expressões regionais, se você quer alcançar um maior números de leitores. O regionalismo é um dos motivos pelos quais um leitor do Sul do país não compreende trechos de um texto escrito no Norte, e vice-versa.

Mas tem outro aspecto importante neste incidente. Na ocasião, achei que a leitora teve uma reação exagerada. Hoje eu acho que descobri a razão. Recentemente, estava pesquisando para este livro e descobri uma lista de palavras inadequadas, consideradas pelos militantes políticos das questões de etnia e gênero como sendo palavras ofensivas e racistas.

E lá estava o meu criado mudo.

Eu nunca poderia ter imaginado.

O legal da lista que encontrei, é que explicava as razões e origens daquelas palavras.

Daí, eu entendi o motivo da reação da leitora. Se ela tivesse me explicado, eu teria entendido antes. A questão aonde eu quero chegar aqui é: as pessoas acham que as outras têm obrigação de saber tudo e que se não sabem, são indignas de consideração, ou malandras que fazem de propósito.

O problema é que por "saber tudo" significa que a gente tem que saber tudo o que interessa a outra pessoa. Mas ninguém sabe tudo! Atenção, pessoal! Ninguém é obrigado a saber tudo. Estamos em constante aprendizado nessa terra. Só quem sabe tudo é Deus.

Então, existe um negocinho, um termo jurídico interessante chamado "agir de boa fé ", para quando a pessoa erra por não saber. E quando sabe, mas continua errando, daí passa a se chamar "agir de má fé".

Por analogia, é assim que eu vejo a situação. Jamais adotaria de propósito termos que fossem considerados ofensivos por parte dos meus leitores. E agora que disponho de mais informações, estou procurando corrigir.

Mas, para encerrar o episódio do bidê/criado mudo (que agora vai virar mesa de apoio ou algo parecido), isso me fez lembrar de uma ocasião em que eu tinha onze anos de idade e fui a um escritório com minha mãe, onde encontrei um homem que se parecia fisicamente com a minha etnia (eu sou descendente de árabes sírios e libaneses - terceira geração no Brasil). Perguntei alegremente se ele era árabe. O homem me olhou com ódio e disse que era judeu.

Eu, com onze anos, não entendi o motivo de tanto rancor até estudar um pouco de história e, também, assistir aos noticiários.

Pergunto: uma criança de onze anos tem a obrigação de saber que chamar um judeu de árabe, é uma ofensa grave? Eu acho que não. Mas ele se comportou como se eu tivesse a obrigação de saber disso.

Quando aconteceu 11 de setembro, 2001, eu também sofri discriminação por ser descendente de árabe. Recentemente, uma colega de trabalho me chamou de mulher-bomba, perguntando se eu iria explodir o meu local de trabalho. Com mais de vinte anos de trabalho naquele lugar e com cinquenta anos na cara, ainda tenho que ouvir pérolas como esta.

Mas sabe por que eu não dei importância? Porque não vou perder meu pouco tempo e energia com pessoas pobres de espírito, que fazem brincadeiras sem graça, como esta. A mulher que fez isso é uma educadora, que gosta de fazer piadinhas sobre os órgãos sexuais masculinos em diferentes tamanhos e situações.

Uma doidivanas.

Então, para resumir, existe muita reação over, muito estresse, muita raiva hoje em dia. Tolerância zero. Para mim, gentileza deveria gerar gentileza... Não grosserias, nem agressividade. Hoje em dia, as pessoas se atacam só porque discordam de algo. Não separam o pessoal do profissional, nem consideram a liberdade de expressão.

As pessoas não sabem tudo e deveriam ser mais humildes em reconhecer essa verdade. Jesus pregou que as pessoas deveriam se amar independente de qualquer coisa, e creio que isso significa qualquer coisa. Eu sempre me lembro da Parábola do Bom Samaritano.

Por essas e outras, não gosto de dar descrição física para os meus personagens. Para mim, é tudo ser humano, independente da etnia, da cor, da raça ou do credo. De vez em quando eu dou, porque me pedem. Mas sou bem diversificada.

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Retomando as críticas em/dos livros. Outra leitora empombou com a capa de A ilha do rei; disse que não ia ler o livro porque tinha muitos selos de vitórias em concursos. 🤷‍♀️ Os prêmios conquistados a incomodaram, por alguma razão misteriosa.

Quer dizer, em outras palavras, ela decidiu ignorar o conteúdo por causa da capa. Criou uma conta fake para me dizer só isso, pois a data de criação da conta e a duração da mesma, foi o espaço de tempo para fazer o comentário no meu livro e desaparecer em seguida. E dada a coincidência do tema tratado numa rede social, em um grupo de escritores, suspeitei na época que fosse obra de uma colega escritora de um antigo grupo de Whatsapp...

Na ocasião, achei engraçada a trabalheira que a pessoa teve só pra me dizer aquilo.

Mas independente da intenção ou dos motivos da pessoa, o comentário dela me fez refletir. Desde então, aprendi a colocar os selos dentro dos livros (a maioria deles), não na capa. E não coloco todos os selos, só os mais destacados.

Quase todos os meus selos de vitória são resultado de boas recordações. Pessoas legais que conheci, ao longo da minha jornada no Wattpad, empenhadas em divulgar e valorizar os livros dos colegas por meio desses concursos e premiações.

Então, os selos não interessam aos leitores. Só a mim.

Outra situação envolveu uma leitora de Nahash, a epopeia. Essa, sim, foi a mais agressiva de todas. Disse que a minha personagem Janice "só fala merda", e que dava pra ver que eu, a autora, não nasci no Rio de Janeiro.

A minha intenção nunca foi me fazer passar por uma autora do Rio de Janeiro. O enredo começa lá, no Rio, mas toda a trama se desenvolve no sul do país. Ademais, você não tem que nascer e viver num lugar para escrever sobre ele. Caso contrário, ninguém mais pode escrever sobre coisa alguma. Para isso existe a pesquisa.

Eu já estive no Rio. Mesmo assim, pesquisei como funcionava o tráfico no morro, para dar conta desta parte (e pesquisei muito). Estou tranquila quanto a este aspecto.

Se Janice fala ou pensa merda, como a leitora afirmou, é um direito democrático de Janice falar a merda, e é um direito democrático da leitora considerar a fala de Janice, uma merda.

Janice pensa o que quiser, sobre o que quiser. Ela não é obrigada a achar emocionante o tráfico de drogas. A garota foi espancada por um traficante; e não vai ser levada a pensar que viver entre bandidos é positivo ou divertido. Para ela, bandidos não são heróis. Existe uma rede, desde os traficantes, os milicianos, corrupção na polícia, etc. E se há gente má morando nas favelas, há muita gente boa também. Aliás, tem mais gente boa que má. Como em qualquer lugar.

Existe uma gestão perversa especializada em manter as pessoas subjugadas. Pablo Escobar foi o pioneiro na arte de fazer marketing de seu negócio da morte. Ele se tornou um "herói" em sua comunidade pela arte da manipulação. Mas principalmente, porque comprava o silêncio do mais humilde ao mais alto escalão da política... Se ele não conseguia comprar, mandava matar.

El Chapo igualmente criou um reino sangrento e ainda tinha mulher doida que o admirava e suspirava de amores, só porque o baixinho barrigudo era perigoso e tinha poder. Elas ficavam excitadas pelo poder.

Acontece que traficantes não são heróis. Assim como mafiosos também não são. Pensar que eles sejam heróis é uma inversão de valores. Uma ilusão criada para subjugar e manter o negócio da morte funcionando. Alguém aí conhece o termo GASLIGHTING?

Dá uma pesquisada e conheça mais a respeito...

Lógico que, como eu mesma digo nos preâmbulos de Forseti, "pessoas boas fazem coisas ruins e pessoas ruins fazem coisas boas". A questão não é esta, aqui. A questão é que todo mundo mais cedo ou mais tarde, deve e vai arcar com as consequências dos seus atos. E nesse quesito, não existe o "foram felizes para sempre".

Alguém já acompanhou um viciado em drogas definhar até a morte? Eu já. Quem promove uma maldade dessas, não é herói. É assassino. E eu sou uma leitora que não conseguiria suspirar de amor e tesão por um dono do morro ou um El Chapo da vida... não tem nada mais brochante para mim do que criminosos contumazes... (Exceto Michael Moretti de A Ira dos Anjos, de Sidney Sheldon. Foi o único bandido que realmente mexeu comigo. E mesmo assim, ele era o que era; teve o que mereceu. Leiam, se puderem. Livro fenomenal).

Mas, voltando à Nahash e à leitora revoltada 😂... É um direito democrático dela pensar o que quiser sobre o traficante, sobre a polícia, sobre o negócio das drogas, sobre a relação polícia-bandido, etc.

Eu até teria mantido o comentário da paraibana revoltada (ao que parece, ela também não era carioca 🤣👌), se o seu texto não estivesse recheado de palavrões. Comentários assim poluem o meu livro.

E no próximo capítulo vou falar um pouco mais sobre as coisas que poluem um livro, numa plataforma como o Wattpad, por exemplo. Mas acho que serve para qualquer plataforma de livros.

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Uma coisa que andei repensando, recentemente, é sobre a minha decisão inicial de responder a todo comentário ou pergunta dos leitores. Costumava imaginar que devia aos leitores a consideração de mostrar que eu li sua opinião e que me importo com ela.

Continuo lendo e me importando... Porém, percebi que nem todo leitor quer que respondam ao seu comentário. Dois casos me chamaram a atenção. Um leitor e uma leitora que comentaram alguma coisa que não me recordo direito. Acho que o leitor mencionou que o meu livro Sozinha lembrava um outro livro que ele leu. Tentei explicar que meu livro foi escrito antes da obra que ele mencionou. Pelo visto falhei estrondosamente, pois o leitor ficou cabreiro e entrou numas neuras de justificar o seu comentário sem a menor necessidade.

A leitora por outro lado, leu uns 40 capítulos, para concluir que não entendia nada da trama da Muralha. Sugeri a ela um dos meus outros livros. Afinal, ela não era obrigada a ler uma trama que, em suas palavras: deixou-a "estressada e confusa".

A moça teve um ataque de pelanca por causa da minha sugestão de pegar um dos meus outros livros. Disse que eu deveria aprender a aceitar críticas (justo eu, que adoro receber críticas!).

Não preciso dizer que os dois se mandaram para nunca mais terminar a leitura dos livros. Não que eu me importe, mas... (Na verdade, curto quando leem, curto a interação, mas não ligo para a volatilidade humana)... Não preciso dizer que passei a não explicar ou sugerir qualquer coisa aos leitores, desde então. Só respondo dúvidas direta e explicitamente endereçadas a mim.

😂

Entendi que não vale a pena manter a minha determinação em ser cortês com cada leitor que comenta na aba do livro. Cortesia demais atrapalha. As pessoas hoje em dia não valorizam muito, nem gostam de cortesia excessiva. Ainda mais quando existe um abismo de analfabetismo digital. Nem sempre compreendem ou interpretam corretamente o que as pessoas dizem umas às outras. O melhor é evitar o desgaste das explicações. E com o advento da curtida, uma ferramenta relativamente nova, no Wattpad e em outras plataformas, saio distribuindo curtidas a torto e a direito.

E só.

Agora entendo aquelas divas que deixam o leitor a ver navios... Antes, eu achava uma grosseria fazer isso. Jurei para mim mesma que jamais seria assim. Hoje sei que não deixa de ser uma estratégia de autopreservação.

Então, não comento e nem respondo mais a cada um dos comentários que fazem nos livros. Apenas o estritamente essencial. Como dizem por aí, no mundo da moda e da etiqueta:

Menos é mais.

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