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Capítulo 32 parte II

A maior descoberta de todos os tempos é que uma pessoa pode mudar, simplesmente mudando de atitude.

Cerrei os punhos para controlar a minha raiva enquanto degustava cada palavra magoada. Degustava cada confissão, tentando não demonstrar o quanto isso me afetava e, ouvir as palavras da minha garota misturada a sua dor fazia-me querer vinga-la, destruir quem a destruiu. E, cego pela fúria com aquela mulher acabei bloqueando o momento que tanto almejava e adicionando mais um acontecimento para a minha fodida lista de arrependimentos: Um ato impensado e uma possível mágoa, por tudo que acontecia com a Bless e de mim por ter sido um verdadeiro imbecil. E, ver o rosto da minha garota voltado para a parede me trouxe para a merda da realidade que eu não desejava. Essa era a minha chance, que talvez não tivéssemos outro para sermos transparentes e sem máscaras quanto a nossos sentimentos, porque, no fundo, eu havia esperanças que nossos sentimentos fossem verídicos, quem após suas palavras gentis cobertas por sua doçura houvesse algo mais. De algum modo uma certa... Atração.

Você é realmente um imbecil, Blake Callaway. — minha mente debochou. 

Suspirei fundo, inclinando um pouco o corpo sentado no sofá branco há alguns minutos, admirando minha Aurora em silêncio. Eu tive a chance de dizer, mas me calei. Entretanto, e se ao invés de palavras de carinho eu despejasse o meu ódio por Dakota sobre ela? E se dissesse a ela que pisaria em sua madrasta como em um animal peçonhento a qual me enojava no momento de palavras fofas, como ela me olharia? Não. Eu não poderia ter respondido, eu estragaria tudo, ainda mais enquanto meus pensamentos vagueavam a cada palavra mediante a seus olhares para a minha Aurora com desprazer. Como não perceberam antes o desprezo da primeira vez que fomos à mansão Kelleher e, aquela mulher nos fez acreditar que ela desejou ajudar. Pura manipulação e uma ótima atriz, realmente.

Suspirei fundo sentindo o nó embolar em minha garganta. Eu queria falar. Desejava do fundo do meu coração falar como me sentia quanto a minha garota, queria ser claro o quanto ela me fazia bem. E, que mesmo mediante as retaliações vindas de George Callaway e seu império, que eu desejava que se fodesse. Minha Aurora e a sua paz era a minha prioridade. E, ferrar com a vadia da Dakota Kelleher também era uma prioridade.

Iniciei a pequena caminhada até a cama próxima a mim.

— Chéri... — fechei os olhos, mas houve silêncio. Suspirei fundo, incerto do que diria incomodado com o silêncio do quarto gélido antes de abri-los outra vez — Mon Amour, le pardonsussurrei baixo em francês, recebendo o silêncio do como resposta. Suspirei frustrado, será que era tarde para dizer o quanto a amava?

Haviam passados alguns minutos, poucos, entretanto, se Blessed não estivesse dormindo possivelmente estava fingindo por se sentir patética por tudo que disse a mim. Não deveria se envergonhar, mas a conhecendo como conheço não queria olhar para mim por vergonha. Mas, eu fui um tolo em deixar a raiva destruir o nosso momento, mas se eu pudesse eu diria a ela tudo que guardo há meses... Diria o mesmo se pudesse corrigir meu erro... Diria a ela que não era apenas a minha luz, mas o meu amor, dona do meu coração e a mulher a qual desejava passar os restos dos meus dias. Olhei seus cabelos louros cobrindo suas costas desejando arduamente tocá-la, acordá-la para declarar meu amor, mas o culpado disso sou eu. Eu pedi para que descansasse, então deveria sustentar minhas palavras e a deixar descansar, embora meu desejo fosse outro, e estiquei os braços em sua direção, mas no meio do percurso, desisti, não era um bom momento.

Desviei os olhos da minha Aurora, guiando-me até a saída de seu quarto. Adentrei o corredor hospitalar e, por ser tarde agradeci por estar vazio. Recostei-me na parede de seu quarto sacando o celular do jeans ligando para o número que não discava há dias. E, não demorou muito para que o sotaque Frances de Antoine Leblanc invadisse meus ouvidos.

— Pensei que já estivesse em Paris seu mentiroso! — O idioma pesou, a careta estampou meu rosto.

— Aconteceram tantas coisas ruins em pouco tempo que mal quis pegar o telefone. Sinto muito não ter aparecido antes, Leblanc. — Usei o idioma que pouco usava há alguns meses. Pude sentir o suspiro preocupado do homem do outro lado, o que era normal. Éramos amigos, e eu havia desaparecido. — Sei que precisávamos ter essa conversa pessoalmente, entretanto, não posso deixar Pherce agora. A minha namorada sofreu um acidente e eu sou incapaz de deixá-la sozinha, ainda mais... — irrompi a fala pelo caminho. Não queria contar a ele pelo telefone, precisávamos de tempo.

— Ainda mais agora que você está realmente apaixonado — inquiriu, por seu tom o imbecil estava se divertindo as minhas custas. — Como você mudou por essa garota... — Diz gentilmente e um sorriso escapou, e como havia mudado. — E eu fico feliz que alguém tenha conseguido cobrir o estrago feito por aquela mulher desprezível. Fico feliz que está buscando a sua felicidade outra vez.

— Talvez se doçura de Blessed não tivesse me alcançado provavelmente teria um ótimo fim para um homem fodido... — Arfei, suspirando. — Entretanto, por sorte, a minha pianista adentrou e trouxe luz para a minha vida. E é por isso que estou cuidando para que ninguém machuque outra vez quem alguém que seja importante para mim! — afirmei com tudo de mim. Era a verdade. Blessed não estava mais sozinha. A partir de agora eu estava lutando por ela.

— Precisamos nos encontrar Blake... — A voz grossa reverberou em meus ouvidos. — Preciso dizer tudo que descobri sobre Madhouse. E cara, talvez a situação esteja pior do que imaginamos! Muito pior e mais macabra.

— Do que suspeita? Que esteja aberta?

Por um momento houve silêncio como se Antoine pensasse. Até que finalmente a sua voz preencheu o outro lado da linha.

— Não posso te dar uma certeza, mas que talvez sim — respondeu firme, embora suas palavras fossem duvidosas. — Pelo que conseguimos muita coisa não está batendo...

— Quando ela estiver melhor irei a Paris na primeira oportunidade, juro — declarei, eu precisava ir. — Preciso encontrar uma pessoa e respostas com urgência. E sei que posso contar com você!

— Sabe que não apenas comigo — rebateu rapidamente. — As garotas adoram você e será um prazer poder ajudá-lo.

— Obrigado Antoine... — agradeci, fechando os olhos, havia tantas coisas em jogo. — Obrigado por tudo, meu amigo!

— Sempre aqui para você, irmão.

Despedimos após isso. Em Paris era quase 8:00 a.m e provavelmente meu amigo estava indo para o escritório. Meus olhos encontraram-se da enfermeira que adentrou o quarto para administrar a medicação em sua veia através do acesso. Levantei-me do chão gélido mediante os olhares curiosos. E, antes que adentrasse o quarto hospitalar o celular vibrou em meu bolso. E, quando meus olhos correram pela mensagem, revirei os olhos quando a mensagem do meu pai apareceu na tela brilhante. Faziam dias que não conversávamos, ele havia viajado antes do acidente de Blessed, e por sua mensagem provavelmente já disseram a ele que não comparecia lá a dias, possivelmente me chamando de irresponsável como tantas vezes ou me chamando de garoto inconsequente como da última briga que tivemos, há meses atrás após dias pedi Blessed em namoro em publico e diante repórteres que publicaram a matéria que não o agradou, possivelmente ainda não aceitava o fim entre Ambre e eu.

Estou na cidade novamente, precisamos conversar com urgência, Blake. Encontre-me amanhã pela manhã no escritório.

Guardei o celular nos bolsos da calça após ler a mensagem de George, imaginando mil coisas que poderia ser urgente para ele. O meu pai era um homem de negócios, provavelmente era sobre isso que se tratava seu assunto urgente, tentei não pensar, haviam tantas coisas reais para me preocupar. Embora eu ainda carregasse comigo as palavras gritadas comigo na mansão naquela manhã, que era um moleque egoísta que não valorizava os seus esforços e que o desmanche de sua parceria com Joan lhe custaria milhões de euros.

Eu não era o culpado... Eu não pedi para que fosse enganado, que fosse traído e por esses motivos ter desistido de tudo que poderia construir na França quando a minha vida toda estava formada lá. Um fático acontecimento que não me faria voltar atrás independentemente do que fosse ouvir amanhã, não me importava. Eram as minhas escolhas e o meu futuro.

Adentrei o quarto em que Aurora descansava e sentei-me na poltrona a centímetros de distância, admirando-a em silêncio. Recostei a cabeça no acento permitindo-me descansar também, meu corpo já cobrava o seu preço.

Acordei quatro horas depois com dores espalhadas por muitos pontos do meu corpo. A sensação de cansado era esmagadora. Eu mal havia pregado os olhos após a conversa com Antoine e a mensagem no meio da madrugada de meu pai. Blessed ainda dormia do mesmo modo de antes. E, quando levantei-me para tocá-la um resmungo preguiçoso escapou de seus lábios arrancando um meio sorriso meu.

— Acorde Mon Chéri... — cuidadosamente toquei em seu antebraço sentindo-a se mover sutilmente. E, quando ela moveu seu corpo, e, suavemente seus olhos encontraram-se aos meus um olhar perdido estava ali. — Amour tenho que resolver uns assuntos com o meu pai, passarei em casa para tomar um banho, mais tarde volto. Você consegue sobreviver algumas horinhas sem mim? — Um meio sorriso surge em meus lábios.

Blessed não responde.

— Eu vou sobreviver sem você, playboy metido a besta! — respondeu presunçosa, me fazendo revirar os olhos.

Automaticamente minha mão deslizou por cima do meu peito.

— Machucou o meu pobre aqui... — sorri de lado, dessa vez, Aurora revirou os olhos fazendo careta.

Os seus olhos rapidamente penetram os meus, como se no silêncio tentasse dizer qualquer coisa que eu não conseguia entender, mas não precisava ser imbecil para ver o que ela estava tentando fazer...

— Sobre ontem, eu... — tentei dizer em tom sério, mas antes que prosseguisse a garota de cabelos desgrenhados e íris cristalinas estavam presos a mim.

— Está tudo bem... De verdade, não precisamos falar sobre isso... — interviu quase em desespero, com os olhos desfocados para qualquer lugar do quarto que não fosse eu. — Pode ir, ficarei bem...

Uma careta retorcida escapa de meu rosto. — Chéri!

— Está tudo bem, legal? Não precisa dizer nada. — respondeu rapidamente arrancando qualquer oportunidade que eu tivesse para dizer. — Não deixe o seu pai esperando... — Através do sorriso que tentou esboçar vi sua mágoa. Merda, merda. — Te vejo depois, Mon Amour.

Olhei-a surpreso, uma sobrancelha arqueou rapidamente e a de Aurora também, como se não estivéssemos escutados corretamente. Essa a primeira vez que me chamava de algo carinho?

Significava algo mesmo depois da noite anterior? Sinceramente não sabia dizer, entretanto, ressoava como o melhor de todas as suas últimas falas em meu ouvido.

Um sorriso bobo dançou em meus lábios. E, o olhar que a lancei deixava claramente a minha expressão embasbacada pelas palavras proferidas de seus lábios. E, antes que a garota pudesse se arrepender ou justificar o que acabara de dizer sai do quarto, com um sorriso largo nos lábios.

Pouco depois estava em cima da minha moto em direção ao prédio locado no centro principal de Pherce. Um lugar imenso e espaçoso a qual o meu pai não poupava dinheiro para que sua marca hoteleira fosse preservada. Suspirei quando desliguei o motor do veiculo dentro do estacionamento subterrâneo. Ajeitei meus cabelos antes de colocar os óculos espelhado em meu rosto, que mesmo após quatro dias no hospital, dormindo em uma poltrona horrível ainda consegui manter apresentável. Eram poucas as vezes que a deixei durante o tempo em que esteve desacordada. Esse quando precisava ir em casa tomar banho ou quando fui resolver sobre a minha ausência. Embora as noticias deixavam o acidente cristalino. Sempre que sai era substituído por Fayer ou Faith que faziam questão em saber para que a Bless não ficasse sozinha, inclusive agora, estavam a caminho para ver a amiga acordada.

Hesitante, fiz caminho até o elevador particular que conhecia bem. Dei bom dia ao segurança e entrei no transporte dando as coordenadas até onde sabia que George estaria. A passos precisos, pé ante pé caminhei até a sala conhecida.

— Não precisa me anunciar, Sally — pedi com um sorriso simpático. Houve hesitação, entretanto ela assentiu com a cabeça permitindo que me afastasse dela, guiando-me até a sala fechada a alguns metros dali. Eu não estava nervoso, ou pensava não estar, mas porque minhas mãos estavam soando? Não sabia, mas sabia que suas palavras não me afetariam independente do que fosse. Ou eu pensava que não aconteceria.

Bati na porta apenas uma vez, escutando a voz grossa para que eu entrasse. Ele sabia que era eu, não havia sido anunciado pela mulher de cabelos escuros.

Senti o gelo permear por meus órgãos quando vi o rosto inexpressivo de meu pai. George Callaway estava de terno slim azul marinho feito submedida, seus cabelos grisalhos estavam bem penteados de lado. O homem estava sentado, de costas para onde eu acabara de entrar.

— Sente-se! — ordenou, e eu não me movi, vendo-o girar a cadeira enquanto seus olhos azuis idênticos a de meus irmãos me alcançavam.

— Estou bem aqui — respondi, rispidamente, em alerta. — O que é importante, pai?

O vi suspirar, lentamente, cuidadosamente como se escolhesse as palavras corretas, entretanto, o que saiu de seus lábios foi: — Você está cometendo o maior erro de sua vida, filho. E eu preciso orientá-lo outra vez.

Então era isso? Novamente sobre o mesmo assunto?

— Joan me ligou há dois dias — inqueriu, suspirando pesarosamente. — Ambre está em entrando em depressão e está tendo crises horríveis de ansiedade com o fim do relacionamento de vocês.

— Eu não posso fazer nada! — Dei de ombros, retorcendo o nariz. Foda-se. — Esse era o seu assunto importante?

— Eu estou preocupado com o rumo que está levando para o seu futuro. — O homem elegante levantou-se caminhando a passos rápidos até mim, parando na minha frente. — Eu não tenho nada contra aquela garota... — seus olhos semicerraram. — É Blessed, não é? — concordei com a cabeça, recebendo um meio sorriso. — Ela é uma boa garota, entretanto, em alguns meses sabemos que você retornará novamente a Paris definitivamente, Blake! — aspirei o ar para os meus pulmões em um suspiro profundo, ele iria começar outra vez. — Eu sinto que esse relacionamento está retardando a sua evolução, filho. Então decidi que poderíamos adiantar o seu processo de transferência definitiva, você poderia finalizar o curso em outra universidade de Paris se Ambre for o problema assim como posso transferir uma parte dos hotéis que possuímos lá para que ajude Joan a administrar. Ou podemos conseguir um bom estagio para você, e...

— Pai, pare! — proferi em um tom mais alto do que talvez desejasse. Meu corpo estava retesado e por algum motivo começava a ficar nervoso — Não me interessa em como Ambre está assim como não tente me comprar com o seu dinheiro, não vai rolar — argumentei, vendo a decepção em seus olhos.

— Apenas estou pensando em você, filho!

— Não! Está pensando apenas em você! — tentei controlar a entonação magoada em minha voz, assim como a raiva que se mesclava a ela.

Pela segunda vez George Callaway tentava me afastar de Blessed, e não me perdoava por supostamente agir por suas costas ao pedir Bless em namoro. Elliot havia contado tudo a ele. Meu irmão havia contado sobre a garoa do baile a qual se apaixonou e recebeu apoio para buscar por ela assim como teve o total apoio para que a procurasse e a encontrasse. Porém, eu havia uma carga que carregaria para sempre por ter sido envolvido em seus negócios e com a filha de seu sócio, o que para ele fazia as minhas atitudes serem imperdoáveis a seu ponto de vista.

— Blake, filho. Sei que gosta daquela garota, mas sabemos que não pode seguir com isso por muito tempo porque em algum momento terá que deixá-la — Uma careta contorceu em minha face, minha pele toda arrepiou em negação. Eu não queria deixá-la, porra!

Eu sabia que tinha uma vida em Paris, que em breve voltaria e levaria Hannah comigo. Havíamos combinado aquele momento a qual minha irmã aguardava por ele há anos, entretanto, não esperava que me apaixonasse por alguém de Pherce antes do prazo de partir, muito menos que esse alguém fosse alguém que precisava de alguém que zelasse por ela depois de anos de abandono e solidão. Blessed Kelleher merecia mais amor em sua vida, e mesmo do meu jeito ansiava dar a ela.

Meus olhos ficaram inertes, inexpressivos porque pela primeira vez em anos não sabia o que dizer. E, mesmo que o meu pai e eu já houvéssemos brigado, tantas vezes, parece que dessa vez havia conseguido tocar um ponto fraco em mim a qual não conseguia reagir. Pela primeira vez eu não sabia o que fazer.

— Pense no que está fazendo com a sua vida e adiante os planos que sempre almejou, filho! — O rosto de meu pai estava passivo. Ele não parecia desejar brigar. Na realidade pela primeira vez o via desarmado como se não fosse o empresário bem sucedido ali. Aquele era apenas o meu pai. — Eu não sou o seu inimigo, Blake. Eu sei que sou ausente, mas torço por você assim como por Elliot e Hannah. Você é o mais teimoso e cabeça dura, mas isso não significa que o ame menos que seus irmãos. Na realidade, acho que você é o mais parecido comigo quando era mais jovem em gênero já que em físico é a copia viva de sua mãe. — balbuciou fazendo com que o olhasse incrédulo. — Eu era como você quando conheci a sua mãe. — Um sorriso suave brotou em seus lábios. — Era genioso e teimoso que dei horrores trabalho ao seu avô quando desafiá-lo parecia ser uma diversão até que o caráter e delicadeza de sua mãe foram moldando quem eu era. Eu mudei por ela, por amá-la.

Meu avô havia morrido pouco antes da mamãe engravidar de Hannah. E a minha avó havia viajado para o interior em uma fazenda para morar com a minha tia, única irmã do meu pai, e desde então não os encontravam com frequência, a não ser nos aniversários que era um compromisso inadiável entre todos os anos, que eu não compareci nesses últimos anos, exceto por este último ano que vovó Liz fez 74 anos de idade.

George deu a volta pela sala bem arejada sentando-se em sua poltrona de coro preta com certa elegância. Seus olhos buscaram pelos meus, era a primeira vez que tínhamos uma conversa assim em anos. Sem brigas ou acusações, papai nem mesmo nem me dizia como havia sido quando mais jovens, até porque não havia lhe dado chances antes de fugir de Pherce como um fodido covarde.

— Eu era atrevido e amava viver da forma que achava certo. Mas, a chegada sorrateira de sua mãe fez com que eu mudasse a forma de ver o mundo. — Um sorriso estalou em seus lábios... O sorriso que não via há anos. — A sua mãe não era de uma família rica e não era como nós, embora fosse uma pessoa que sonhadora que lutava com o que podia para se formar, era cheia de energia e vida. Ingra era esforçada e corajosa demais, embora tivesse muitos motivos para desistir já que sobrevivia com tão pouco, éramos amigos antes de tudo. E o amor foi surgindo com o tempo até que me vi totalmente perdido por aquela garota de cabelos castanhos. Você é jovem, Blake... E está começando a vida agora. E é por isso que sinto que precisávamos dessa conversa para que não seja precipitado e desista dos seus sonhos... Dos objetivos que tanto esperou por algo incerto, que faz tão pouco tempo que iniciou... Talvez até algo passageiro, filho!

O arfo profundo escapou por meus lábios sem que pudesse esperar. Movi os dedos até minha nova massageando do nervoso. Automaticamente fechei os olhos sendo sugado a tudo que vivi ao lado de Blessed nos últimos quatro meses. O começo conturbado por um erro meu... O ódio explicito que a sua face passou a nutrir por mim pelo que havia feito, ainda por agir como um idiota no restaurante, entretanto, mesmo me odiando resolveu adentrar no plano maluco bolado por uma adolescente que não conhecia nada sobre o amor. Entramos no escuro. Ela me odiava. Porém, eu não a odiei, em momento algum. Na realidade sempre soube que éramos para ser.

Não éramos algo passageiro.

Havíamos feito uma escolha de estar juntos mesmo pelo motivo errado. E, mesmo que ela me odiasse no começo o tempo provou o quanto éramos bons juntos. Sempre seriamos bons para caralho juntos. A espontaneidade que havíamos conquistado, a autoconfiança por estarmos juntos nessa e o quão fazíamos ao outro. Isso não era passageiro, havíamos feito uma escolha, – Os nossos corações fizeram uma escolha – que talvez nos arremate no futuro.

Aspirei o ar lentamente antes de inclinar o corpo para a frene, contra a mesa em que estava sentado. A que o distanciava de mim, nossos olhares se encontraram.

— Se te pedissem, você teria renegado o amor pela mamãe por seus sonhos, pai? Trocaria a vida que tiveram por seu império? Você a amou. E lembro-me todos os dias do quanto zelava por ela, mas se houvessem outras chances. E se ela não tivesse morrido, a deixaria ir?

Tentei contornar a mágoa em meu tom de voz, entretanto em vão. Era um assunto delicado que ainda mexia comigo. Era muito fodido e quebrava o meu emocional. Envolver a minha mãe era apelativo, mas não era justo o que ele estava tentando fazer.

Vi a expressão dolorosa circundando em seu rosto. Logo, seus pensamentos tornaram-se distantes. Os seus olhos passaram para além de onde estávamos e, provavelmente ele estava revivendo a sua vida. E ali, diante seu olhar distante ambos sabíamos as respostas.

Em um solavanco levantei-me do assento de couro e seus olhos rolaram a mim encontrando os meus.

— Não é algo passageiro. Eu a amo com tudo que a de melhor em mim — contornei a entonação de minha voz para a mais calma possível embora por dentro eu fervilhasse.

Engoli em seco quando seu corpo outra vez enrijeceu. A expressão de choque logo tomou sua face. Eu nunca assumi meus sentimentos por Ambre a ele, embora todos soubessem o quanto ela significasse para mim.

— Tudo que disse naquela noite, naquele jantar foi real, pai — proferi em um tom baixo, mas audível. — Eu a amo com o melhor que construí durante os meus vinte e cinco anos. Naqueles olhos azuis encontrei-me com a bondade. Naqueles lábios rosados marquei encontro com a doçura e a gentileza da qual nenhuma outra mulher se aproximou. A minha garota carrega pureza em seu coração mesmo diante toda a maldade que a ronda. Ela é forte e corajosa embora tenha tantas cargas e motivos para desistir ela não o fez, pelo contrario, passou pelo inferno com o sorriso mais lindo que já vi na vida.

Dei uma pausa para respirar, mas os olhos de meu pai não se desviaram dos meus.

— Eu a amo pai e sempre a amarei independente do país ou continente eu esteja... — Afirmei com a voz trêmula, mas ele precisava sentir. Eu não a deixaria, porra. — Ela é o melhor de mim como a mamãe foi para o senhor.

Embora não houvesse certeza de que o nosso assunto estava acabado caminhei até a porta. O meu pai não disse nada, fazendo-me deduzir que era isso, então, girei meu corpo para olhá-lo e afirmar de uma vez por todas.

— E eu nunca a abandonaria por sonho nenhum! — afirmei, seguindo de um longo suspiro. Não esperei suas respostas e passei pela porta sentindo-me certo do que estava fazendo. Eu ficaria ao seu lado, cuidaria de Blessed Kelleher com o melhor que havia em mim, embora nossos destinos fossem incertos o meu coração havia feito uma escolha.

Ele a escolheu. 

— Como se sente? — Fayer perguntou pouco após dela e a irmã entrarem no quarto hospitalar. Suspirei fundo ao vê-las. Era bom estar com elas. Fayer estava bonita usava um vestido roxo, tomara que caia bem ajustado em sua cintura até os joelhos, seus cabelos castanhos estavam amarrados em um rabo de cavalo alto, enquanto sua irmã mais nova usava calça jeans preta e uma blusinha ombro a ombro roxo, porém mais claro que o de sua irmã.

Elas saíram da universidade para virem até aqui. E, segundo elas Blake não comparecia desde o acidente assim como Heather havia conversado com o coordenador do curso e explicado o que havia acontecido, e então como as provas haviam se findado poderia estar despreocupada e o que tivesse que ser feito faria de casa.

— Heather fez mesmo isso? — questionei incrédula, vendo Fayer revirar os olhos.

— E muito mais... — Faith assentiu com a cabeça com um sorriso suave. — A sua irmã surtou quando viu o quanto você estava ferida, Bless — comentou Faith.

Meus olhos arregalaram mais do que desejava, e ela continuou:

— Ela destruiu a própria festa por você e ainda se tornou motivo de escarneio no Jornagram e no Campus nos últimos dias, até mesmo se afastou de Leslie.

— É inédito... Quase inacreditável. — assumi surpresa, puxando um profundamente a respiração.

Meus olhos encontraram-se ao de Fayer e ali vi algo diferente. Havia algo que elas não estavam me contando.

— Eu sei que quer dizer alguma coisa Fayer, desembuche. — Seus olhos estavam fixados em mim. Os seus lábios moviam, abriam, mas nenhuma palavra saia deles.

— Você já se perguntou o motivo a qual Blake Callaway não saiu do seu lado desde que sofreu o acidente? Já pensou porque ele não seguiu a vida dele sabendo que vocês não namoram de verdade e poderia estar fodendo qualquer vadia do Campus pelas suas costas?

— Modere as suas palavras, Fayer — Faith chamou a atenção da irmã.

— Porque somos amigos... — respondi dando de ombros, e ela cerrou os olhos antes de revirá-los.

— Não são apenas isso, você está se enga...

A porta do quarto rangeu. E a senhora de meia idade entrou carregando meu prontuário. A enfermeira retirou o acesso de minha veia e deu um analgésico oral. Minhas amigas observaram a mulher retirar as ataduras dos meus braços com cuidado. E, pelo seu sorriso gentil parecia satisfeita.

— Como a ferida de seus braços estão cicatrizando bem podemos deixar sua pele respirar e ver como vai reagir durante esse tempo — indagou sutilmente. — Sente dor? — perguntou recebendo um aceno negativo. — Perfeito! — seus olhos claros encontraram aos meus. — Se os tecidos de sua pele continuarem reagindo assim em breve terá alta.

A mulher aplicou pomada antes de voltar a nos deixar sozinhas outra vez. O telefone de Faith tocou, era Leonard e a garota pediu licença para atender deixando-me sozinha com Fayer.

Inicialmente houve silêncio. Porém, os olhos claros da Roosevelt estavam focados em mim como se desejasse dizer "Essa conversa não acabou".

— Uma vez, durante o primeiro jogo do campeonato a Faith disse que Blake não retirava os olhos de você. E naquele mesmo dia disse também que estava tentando se enganar por não admitir que os seus gostos estejam mudando. — Um sorrisinho de lado dançou em seus lábios rosados. — E realmente estava sem que você pudesse perceber. Mas sabe o que é mais engraçado, Bless? — questionou, gentilmente. — O homem a qual você tanto detestou assumiu que a amou desde o primeiro instante que a viu... — Suas palavras ressoavam em minha cabeça repetitivamente, provavelmente meu rosto estava sem cor com tamanha confissão. Caralho... — Blake te ama e vi o cuidado enquanto a embalava com amor durante o percurso até aqui — Um suspiro pesado mesclou-se a uma careta. — Eu vi verdade em cada palavra, Bless. Vi o brilho em seus olhos quando disse que você havia trago a paz que havia perdido há anos... Eu senti seus sentimentos cada palavra. Eu senti o quanto Blake deseja estar ao seu lado e não é na posição de amigo que o coloca.

Um soluço baixo escapou de meus lábios quando suas palavras novamente pairaram em meus pensamentos. Blake me amava. Blake me amava, porra!

Minha mente vagueou a mil pensamentos, viajou em mil momentos a quais dividimos juntos, momentos incríveis aos quais senti verdade em nós. E, o que havia dito a ele durante a madrugada era recíproco. Era Verídico. Assim como minhas melhores amigas Blake havia se tornado a minha luz. E eu realmente o amava.

Um sorriso deslizou de meu lábio mesclado as lagrimas que nublavam os meus olhos. Céus. Haviam tantas palavras a serem ditas entre Blake e eu...Havíamos tantas palavras não ditas, embora nossos olhares disserem tudo.

— Blake é o homem da minha vida. — sorri quando a confissão explodiu de meus lábios, uma risada estranha ressurge ao mesmo tempo em que meus olhos encontram-se aos de minha amiga. — Eu o amo, porra! Aquele homem mudou tanto, aprendeu tanto e evoluiu de forma tão positiva e surpreendente que mal consigo acreditar. — Passei os dedos por meus cabelos de forma nervosa. — Ele não fez questão de ser um príncipe comigo, mas conforme aproximávamos passou a ser gentil. Ele assumiu que caiu. Blake errou e caiu, mas assumiu os seus problemas e os encarou tentando conserta-los. — suspirei profundamente vendo-a sorrir. — Eu não precisava de um príncipe quando Blake mostrou ser tudo que preciso. E, saber que não o amei sozinha enche ainda mais meu coração de amor. Há tantas coisas a serem ditas. Céus, quero amá-lo sem barreiras ou qualquer farsa.

— Eu sempre soube que havia o conquistado pelo coração. — Faith passou pela porta com o sorriso gigantesco trazendo sacolas do com a logo do Subway. — Depois vocês me chamam de boba apaixonada. — A mais jovem revirou os olhos jogando a sacola no colo da irmã.

Fayer revirou os olhos ao mesmo tempo em que uma piscadela foi direcionada a mim. Sorri. Faith estava certa.

Ao lado de minhas amigas o dia passou rapidamente. A cada risada que dávamos o meu coração aquecia. A cada vez que Faith falava de Heather com carinho sabia que tínhamos que conversar de uma vez por todas assim como precisava encontrar-me com o meu badboy de olhos escuros e amá-lo como se não houvesse amanhã.

Gente que amorzinho ele está. E a amizade é tudo para mim...

Olhando lá para trás noto quanto Blake mudou e eu me orgulho dele por ser persistente. Eram tantas coisas, tantos motivos para ele não ser assim, mais ele é. Fez dela a sua força e ela o ama também embora não estejam assumidos. 

É oficial: Eu os amo demais, e torço muito para que sejam felizes mesmo que tenham que enfrentar tantos obstáculos, mas dizem que nada que vem fácil permanece, então...

Espero que tenham gostado.

Sim, algumas pessoas leram antes, mas não tinha a parte da Blessed, gente era o 33, mas como era o mesmo capitulo, mesmo dia eu resolvi fazer parte um e dois para não ficar imenso demais iria dar quase 10k. Então assim já voltaremos ao tempo real.

Comentem e bebam água S2

Ah, foi na semana passada, mas quero dedicar esse capitulo a Aquila, filha de uma leitora muito querida para mim, que essa princesa tenha um ano incrível. 

beijinhos da Liah...

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