Capítulo 32 parte I
Se de uma grande amizade não surge um grande amor, surge uma bela história de momentos inesquecíveis.
Cinco dias atrás
Abri os olhos sentindo como se tivesse um bumbo dentro da minha cabeça tocando uma maldita musica alta que parecia explodir a qualquer momento. Minhas pálpebras doíam, alguma parte meu rosto também. Mas, forcei-me ao máximo que pude para abrir os meus olhos. E, ali, sentado na poltrona branca engessada do quarto hospitalar estava Blake de olhos fechados, dormindo.
Olhei no relógio, era madrugada, quase 3:00 a.m. Internamente sentia-me feliz ao abrir os olhos e encontrar Blake ali, isso garantia que ouvi-lo não foi um sonho. Ele estava lá e não desistiu quando não desejava ser encontrada por não me fazer parte daquela festa. E, ali não parecia um lugar para alguém como ele... E, por breves segundos o admirei em silêncio. O seu tamanho era desproporcional para a poltrona minúscula que no mínimo causaria belas dores musculares em seu corpo depois, mas vê-lo dormir era uma visão agraciada de um anjo caído. Os seus cabelos castanhos caiam em seu rosto. Sua barba estava um pouco maior que me lembrava, e seus lábios. Céus. Eu estava em um hospital, ferrada e pensando em como seria beijar aqueles lábios rosados outra vez. Foda-se, estavam me chamando. Merda outra vez!
Engoli em seco ao sentir minha garganta arranhar, precisava de água e o frigobar estava ao lado de Blake, entretanto, não iria acordá-lo para que pegasse para mim. Suspirei fundo tentando mover a perna em baixo do lençol, mas um grunhido baixo escapou dos meus lábios quando o movimento da perna fisgou a coxa me causando dores.
— Nem pense em se mover, Mon Chéri... — Ainda de olhos fechados a voz grave ecoou em meus ouvidos, e quando os olhos escuros abriram encontrando os meus quis suspirar, mas me contive para não fazer. — Se quiser água eu posso buscar para você.
— Eu posso... — balbuciei vendo-o revirar os olhos.
— Não seja teimosa... — Seus olhos passaram algo desconhecido ali. Cuidado, era o que via em seus olhos. Na realidade era assim há algum tempo, nos dávamos bem, éramos amigos e ele passou a ser importante para mim. Blake inclinou o corpo para o lado, e abriu a pequena geladeira pegando o copo e o levando até mim em seguida. Seus olhos passaram minuciosamente por meu corpo naquela roupa horrível e o sorriso gentil dançou em seus lábios, que novamente estavam fodidamente atrativos. Merda de sentimentos. — Como se sente?
— Estranha... — confessei com uma careta contorcida em meu rosto. Há anos nem mesmo ficava doente e agora estava ali imóvel com a perna enfaixada e um pouco dolorida. — Mas acho que irei sobreviver. — brinquei, fazendo revirar os olhos.
— Engraçadinha.
— O que faz aqui tão tarde? — O olhar de Blake prendeu ao meu de forma suave. Na realidade era sempre assim quando nossos olhares se encontravam, será que ele... Não, era algo ilusório, algo da minha cabeça.
— Estou cuidando da minha namorada. — O tom suave misturou-se ao sorriso que dançou em seus lábios, esperei que fosse uma piada, esperei um deboche ou algo do tipo, mas não chegou. — Eu seria um imbecil se a deixasse aqui sozinha.
— Você é um imbecil de qualquer jeito... — Alfinetei em tom sério, porém, internamente segurava o riso.
— Deveria te deixar morrer a mingua sabia? Ingrata! — Estalou a língua em um sorriso debochado. Dei de ombros. Meus olhos passaram por meus braços e suspirei por me sentir uma múmia.
— Me sinto uma múmia, estou horrível com as faixas em volta de mim... — cuidadosamente retirei o lençol encontrando-me com minha perna enfaixada, assim como meus braços.
— Você está sendo forte em passar por isso com essa serenidade em seus olhos. — Olhar que você me faz ter, quis dizer, mas me limitei a uma movida de ombro e nenhuma palavra. — Mesmo ferida continua linda, Mon Amour... — Um sorriso leve dançou em seus lábios. — Você poderia tentar descansar, é madrugada Mon Chéri.
— Há quanto tempo estou descansando, Blake? — perguntei em um suspiro.
Ele me analisou como se escolhesse as palavras com cuidado antes de proferir três dias, suspirar foi a minha única reação. Lembrar-me do que li me fez tremer. Travei a respiração, meu rosto esquentou. Dakota era minha tia, Dakota era a minha tia. Porra! Dakota era a minha tia. Isso pairou em minha mente insanamente, meu corpo reagia de forma negativa, expulsiva, como se isso não pudesse ser real. Era um pesadelo, um medo sendo implantado em minha mente. Caralho, tinha que ser mentira.
Mãos grandes cobriram as minhas trêmulas. Olhos caramelados tentavam transmitir calma, mas eu não estava calma, e não tinha como ficar quando aquela mentirosa maldita destruiu a minha vida. Destruiu a confiança de Heather no amor entre nossos pais. Aproveitou-se da fragilidade de um homem ferido para se aproveitar para usurpá-lo de si mesmo.
— Você poderia ter morrido e se tivesse acontecido algo, eu... — Blake não prosseguiu. Seu olhar tornou-se próximo a meu rosto. E, quando menos esperei a realização de minutos atrás se concretizaram gentilmente, os seus lábios tocaram aos meus em um beijo casto coberto de respeito e carinho. — A sua amizade se tornou tudo para mim, Mon Chéri...
Seu rosto próximo ao meu me fez suspirar.
— Eu não vou admitir o quanto você é incrível. — torci o nariz vendo-o segurar o riso. Ele havia entendido exatamente o que quis dizer. — A sua amizade é tudo pra mim também...
Os olhos de Blake prenderam-se aos meus. Ali, vi algo que não conseguia discernir até que seus lábios se moveram, ensaiaram algumas palavras silenciosas até que ele finalmente perguntou o que desejava.
— O que aconteceu naquele lugar? E o que você fazia naquele porão? Estava se escondendo de mim, Blessed Kelleher?
— Como se o mundo girasse em torno de você, imbecil — respondi revirando os olhos, estreitando o rosto em uma careta contorcida. — Não acho que seja um bom horário para falar sobre isso.
— É um ótimo horário para falar sobre isso! — insistiu. — Para que eu posso te ajudar. Você precisa confiar em mim.
— Não é tão simples...
— Às vezes pode ser simples exceto por nos mesmos sempre dispostos dificultar tudo — afirmou olhando em meus olhos. — Feche os olhos e apenas confie, Mon Chéri.
Se Blake me pedisse isso há meses atrás o mandaria para o inferno sem pensar muitas vezes. Entretanto, agora, tudo estava diferente. E, eu sentia em meu âmago que confiava nele, mas falar da bruxa que destruiu a minha vida não era fácil. Não era fácil contar, mas o olhar de Blake implorava por uma chance de descobrir o que estava acontecendo. E, olhando em seus olhos pidões sentia que era o momento de compartilhar como realmente me sentia com alguém que não fossem as minhas melhores amigas.
— Tudo começou após o sumiço da mamãe quando meses depois repentinamente Dakota surgiu em nossas vidas. Ela bateu em nossa porta, e aquele olhar soberbo e eu deveria saber que não era algo bom. Eu abri e não confiei nela no momento em que disse que precisava falar com o meu pai. Eu deveria tê-la mandado embora antes que todo o meu pesadelo iniciasse...
Com os braços enfaixados os apoiei na cama, puxando a minha perna, obrigando-a me sentar. Blake puxou a poltrona sentando-se próximo, atento a tudo que eu dizia. Meus pensamentos vagaram em anos atrás, minhas mãos tremiam ao lembrar-me do inicio de tudo, que se soubesse tentaria ter evitado.
Estava deitada em um sofá e a minha irmã em outro em silencio chato, há horas. Papai estava trancando no escritório por horas e assim passava o seu tempo, isolado como fazia a pouco mais de dois meses. Suspirei fundo, o diálogo que antes era rotineiro passou a ser algo esporádico. Não conseguíamos conversar. Não sem que algum de nos sentisse ferido por estarmos sozinhos, e...
O tocar da porta desvencilhou minha atenção. Olhei ao redor não havia nenhum dos funcionários próximo para abri-la, olhei para Hea que deu de ombros, ela não iria abrir a porta e com uma careta expressiva levantei. Abri a porta encontrando-me com uma mulher elegante. De vestido vermelho marcando pontos importantes inclusive um decote generoso que em seu corpo que o destacava bem. E óculos escuros em volta de seus olhos, que ao tirar fez com que eu a encarasse por alguns segundos. Era bonita dona de um corpo esbelto e madeixas onduladas até os ombros o amarelo era idêntico ao nosso.
— Onde está David Kelleher? Preciso falar com ele, é urgente e de seu interesse. — disparou, em um tom rápido e arrogante, quis revirar os olhos, mas não havia sido essa a educação que havia recebido.
— Quem é você? — respondi de nariz empinado, desconfiada e usando o mesmo tom que a loira a minha frente.
— Uma velha amiga de sua mãe... — respondeu de olhar cerrado e um tom cínico. — Ande, vá logo chamá-lo para, criança!
— Não! — proferi incerta, recebendo um olhar reprovador.
— Chame-o para mim. — insistiu e eu neguei com a cabeça, até que Heather apareceu atrás de mim e a olhou com um olhar perdido.
— Quem é você? — A minha irmã fez a mesma pergunta, entretanto, dessa vez a mulher pareceu mais cautelosa, e com um sorriso largo para a mim irmã se apresentou.
— Me chamo Dakota Turner... — Ela fez uma pausa, sua voz ressou mais gentil do que havia sido comigo. — Cheguei agora da capital e trago noticias a seu pai sobre o desaparecimento de sua mãe. Éramos melhores amigas e tudo que acontecia em sua vida ela me confidenciava.
— Nunca ouvi falar em seu nome! — respondi imediatamente vendo-a suspirar.
— Eu sou a melhor amiga da mãe de vocês e tenho como provar. — ela falou retirando os óculos escuros e revelando os bugalhos azuis. — Chame David.
— Não! — respondi outra vez vendo-a suspirar.
— Não seja grosseira Blessed. — Heather intercedeu, olhando em meus olhos. — Podemos ouvi-la, e ter as respostas que buscamos há tempos.
Arrastei minha irmã pelo braço para longe da porta.
— Isso não é uma boa ideia — orientei vendo-a revirar os olhos.
— Merecemos uma verdade.
— E se o que ela disser não for verdade? Hea, não podemos confiar em uma estranha — alertei outra vez.
— Precisamos saber e entender o que ela deseja. — teimou. — Eu vou chamá-lo.
— Eu deveria ter ido contra a minha irmã quando decidiu chamar o papai para aquela mulher... — abri os olhos encarando os olhos curiosos de Blake. — Talvez assim essa maldita nunca tivesse entrado em nossas vidas e destruído parte de nós.
Blake me avaliava, em silencio, embora seus olhos atentos estivessem em mim. Era como se desse o espaço que eu precisava para falar, mediante a isso continuei:
— Scarlette era boa demais para receber aquelas crucificações naquela tarde. Você provavelmente ouviu dizer que ela havia ido embora com outro homem quando a mídia soube e explodiu a noticia como uma bomba. A sensação foi esmagadora já que eu sempre soube que essa não era a verdade.
O nó entalou-se a minha garganta. As lagrimas apertavam meus olhos ameaçando escorrer a qualquer momento, mas eu precisava dizer a ele exatamente como me sentia. Exatamente como me sentia e tudo que vivia.
Fechei os olhos, suspirando, relembrando-me do exato momento em que a Dakota encontrou-se com meu pai. Lembro-me nitidamente de seus olhos queimarem ao vê-lo. Ali, soube que ela o desejou desde o primeiro momento.
Contra a minha vontade Hea convidou à senhora para entrar e a acomodou no acolchoado branco no sofá. Minha irmã chamou um dos funcionários para que o chamasse. Ficamos as duas no sentadas no sofá menor olhando-a. Questionando-a em silencio ao menos eu fazia isso.
Quando o homem de porte forte desceu as escadas com um olhar desconfiado vi os olhos da senhora faiscar. Papai era um homem bonito. Dono de olhos azuis e cabelos castanhos claros lisos. O rosto másculo mesmo que envelhecido com o passar de seus quarenta e cinco anos. Papai era genioso e cheio de si enquanto mamãe sempre o manteve as rédeas com a sua doçura. Talvez Heather parecesse com ele, em alguns momentos.
— Olá? — Um olhar curioso surgiu em seus olhos levemente caídos quando olhou para Dakota Turner. A senhora rapidamente se levantou e em passos elegantes e um sorriso gentil caminhou até ele, parando em sua frente, estendendo-lhe a mão. Engoli em seco, Heather segurou a minha mão pela primeira vez em tempos desde que o sofrimento havia iniciado. Nossos olhos se encontraram e foi como se através deles lesse a frase que sua mente desejava falar "Mantenha-se calma". Não posso mentir que não tentei, mas ao ouvir o tom meloso ao ouvir a primeira vez a mulher se referir ao meu pai quis vomitar. Vadia! Já não gostava dela.
— É um prazer finalmente conhece-lo David. — O sorriso nos lábios tingidos de vermelho assim como seu vestido me fez revirar os olhos. — Eu sou Dakota Turner e vim de Washington quando soube o que aconteceu com a minha melhor amiga. — Um tom choroso dominou sua voz adocicada. — Sinto muito, querido.
— Espera! O que você veio fazer aqui na minha casa? — Papai olhou desconfiado antes de olhar por seus ombros e seus olhos encontrarem-se aos meus. Dei de ombros, estava tão perdida quanto ele.
— Viajei por tanto tempo para dizer que você foi enganado. — O tom firme fez com que meus pensamentos vagassem. O que ela estava falando? — Scarlette e eu conversávamos constantemente por chamadas de vídeo. E ela sempre dizia que estava cansada de um homem vazio com você.
— Mentirosa! — gritei inesperadamente, assustando-os. Permeei por Heather parando ao lado do meu pai. — Se veio contar mentiras dê o fora.
Seus olhos cerraram em mim e um sorriso estampava seus lábios para esconder o ódio em seu olhar. — Scarlette seria incapaz de nos abandonar.
— Pobre criança. — ela tentou pegar em minha mão, mas a afastei, cerrando os olhos. Ela não deu a mínima ao contrario, voltou-se para o meu pai.
— Scarlette Hills Kelleher dizia que você não era bom na cama o suficiente. Que você não a deixava com tesão, que era um fraco. — balbuciou e por sua expressão parecia estar adorando difamar a mamãe com cada palavra imunda que saia de seus lábios.
— Pondere suas palavras diante de minhas filhas, mulher!
— É a verdade David. — ela deu de ombros. — Ela não o queria mais. Estava saturada de você e então escolher partir com um homem, um músico também.
— Quem é ele? — questionei recebendo um olhar irritado, antes de um sorriso.
— Seu antigo instrutor de piano. Vá atrás dele e não o encontrara. — afirmou para meu pai como se estivesse certa do que dizia. — Eles se apaixonaram. Ela dizia para mim o quanto amava ser tocada por ele... E, que sonhava que pudessem finalmente viver o amor que ambos sentiam. Ela não o amava mais.
— E quando foi à última vez que ela disse isso?— Heather perguntou com os olhos focados na mulher. Na expressão congelada no rosto de minha irmã havia sentimentos a quais desconhecia sentimentos que pareciam ir além de sua dor.
Dakota arfou.
— Alguns dias antes dela não responder mais as minhas mensagens. — Sua atenção se voltou para a mim irmã e sem que esperássemos ela girou o corpo buscando algo em sua bolsa. E, então retirou um envelope branco de sua bolsa e o entregou a minha irmã. Que, ao retirar o conteúdo arregalou os olhos, antes de olhar para mim com lagrimas nos olhos.
— Mentirosa... Traiçoeira... — As palavras deslizaram baixinho dos lábios da minha irmã. Não me contive, caminhei até lá. Eram fotos, fotos a quais um homem abraçava a minha mãe pelo meio de sua cintura e ela retribuía o carinho. Uma foto em um camarim no teatro central.
— Ela nunca faria isso. É mentira! — rebati negando.
— As provas estão aí — minha irmã estava nervosa, andava de um lado a outro. Quando o papai olhou para aquilo vi o amor e devoção que havia esvair por seus olhos avermelhados. Ele estava com raiva. Claro que estaria, essa maldita insinuava traição. E uma traição horrível.
— Posso afirmar com todas as letras que Scarlette foi embora porque quis ir. Ela não te achava homem suficiente. E, quando vi que ainda a procurava senti necessidade de vir até aqui para explicar tudo que sabia.
— Você esta mentindo... — acusei, vendo-a me olhar antes de voltar a atenção a meu pai.
— Eu não tenho o porquê mentir, David. Vim até aqui para que não sofra mais. Scarlette escolheu deixá-lo, então, escolha seguir em frente sem ela.
— "Scarlette escolheu deixá-lo, então, escolha seguir em frente sem ela". — Em um solavanco abri os olhos repletos de mágoas. — Essas foram as palavras que mais circundaram em minha mente durante esses últimos quatro anos, mas, a minha mãe nunca escolheu nos deixar... — pausei sentindo a primeira lagrima escapar. — Scarlette foi levada para um lugar, Madhouse. Ela esteve lá por malditos quatro anos. Blake Dakota foi tão filha da puta que a arrancada de nossas vidas. Aquela cretina invejosa sempre foi perversa e sem coração. E, por isso há quase um ano, desde que o papai escolheu o trabalho fora do pais está tentando me enlouquecer. Dakota faz com que eu vivesse no inferno e aquele porão faz parte disso há um ano.
Engoli o nó que se formou em minha garganta, desviei o olhar para qualquer ponto para que meus olhos não encontrassem os de Blake. E, então continuei: — Dakota tirou o meu quarto e me jogou naquele porão... Tirou o meu carro... Tirou a minha liberdade, não posso nem mesmo sair com as minhas amigas assim como não posso tomar decisões da minha vida. E, nunca estou autorizada a fazer nada... — suspirei sentindo meus olhos arderem. Engoli o choro, mas minha vista nublou. — Porém, você chegou e mudou muita coisa mesmo sem saber, Blake! — tentei sorrir, mas o sorriso saiu como uma careta. — Ouvi uma vez que eu ter entrado em sua vida havia lhe trago luz, entretanto, a sua amizade, companheirismo e carinho me trouxe confiança a qual anos havia perdido. — A primeira lagrima solitária escorreu por minhas bochechas. — No fim, o imbecil Callaway também se tornou luz...— reunindo toda a coragem que havia em minha busquei por seus olhos. E os encontrei, focados em mim. — Você é a minha luz.
Confessei sentindo o meu rosto esquentar.
A expressão sombria em sua face me incomodou. O olhar enraivecido que muito não via naquela permeou em seu rosto. O seu silencio fez com que eu me sentisse idiota e então como um trem desgovernado continuei falando:
— A verdade é que você é muito importante para mim, na minha vida... — confessei sentindo meu rosto queimando. Droga! Sentia-me patética por ter quase confessado o quanto o amava. — Blake...
— Tente dormir Mon Chéri. — A voz grave me fez calar. Impediu-me de tentar concertar seja lá o que ele houvesse entendido, havia passado horas, estava tarde, quase amanhecendo. Calei-me, eu deveria ter mantido a boca fechada assim não me sentiria envergonhada.
Reuni o que restava da dignidade deitando-me na cama enquanto puxava o lençol para cobrir o meu corpo. Girei-me e encarei a parede sentindo seus olhos queimarem as minhas costas. Era vergonhoso, entretanto, havia falado demais, sentido demais, e no fim, sentia-me magoada por ele não demonstrar nada a não ser a expressão enraivecida que não estava ali antes.
Gente que saudades eu estava de aparecer por aqui.
Final de ano sempre uma correria né? Ainda mais com um ano tão ruim e de muitas perdas (pelo menos para mim) como foi 2021. Mas, vamos a momentos bons.
Feliz ano novo meus amores e com esse novo ciclo que inicia desejo a vocês muitas realizações amor, paz, conquistas e o melhor desse mundo. Amo muito cada um dê vocês que permanece ao meu lado, esperando os capítulos, sendo paciente.
Obrigada de coração, vocês são uma família maravilhosa para mim.
Um grande beijo no coração e em breve encontro vocês novamente, não se esqueçam de mim, comentem bastante e bebem muita agua.
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