Capítulo 31
O que fazer para mudar o mundo? Amar. O amor pode, sim, vencer o egoísmo.
— Irmã Dulce
A brisa gélida chicoteava em meu rosto misturando-se as lagrimas que escorriam de minhas bochechas, no entanto, dessa vez não sentia a sensação de liberdade que a leveza da noite sempre me trouxera. O ar puro me condenava, e no fim, eu era culpada.
Culpada por todo sofrimento que causei a alguém que sempre deveria proteger... Culpada por amar mais a soberba e a vida sem dificuldades que estar ao lado de quem sempre teve um papel crucial em minha vida e bastou um pouquinho de luz para que todo o mausoléu que vivi durante esses quatro anos vissem à tona, inclusive, as palavras de Dakota quando finalmente consegui o namoro que tanto ambiciava.
Sentada na ponta da cama e com os olhos azuis focados em meu rosto, vi um sorriso dançar em seus lábios no dia anterior a dizer sobre o pedido. Dakota me olhava orgulhosa e em seu rosto estampava felicidade.
— Eu sempre soube que conseguiria minha menina... — Observei sua roupa elegante quando ela se levantou, o salto tilintou em meu ouvido. E, quando parou na minha frente tocou meus cabelos soltos. — Estou tão orgulhosa, você conseguiu uma união adorável para nossa família, já pensou em breve ter o sobrenome poderoso em seu nome?
— Elliot é adorável demais para estar com alguém que não o ama. — proferi mordendo o lábio inferior. As palavras gentis ecoavam em meus pensamentos, lembro-me de minhas mãos tremerem naquela noite. — Eu não quero feri-lo quando tiver que contar a verdade.
Eu não desejava mais aquilo.
Elliot merecia ser feliz por ser alguém que acreditava nas pessoas, embora isso fosse perigoso já que as pessoas poderiam mentir assim como eu estava fazendo.
— Então não conte querida... — seus olhos claros tragaram os meus. A fitei fixamente vendo uma fresta de algo desconhecido em seus olhos. — Se necessário quando estiverem casados leve esse segredinho para o túmulo.
— E se ele descobrir?
— Por quem, querida? — um sorriso irônico estampou seus lábios. — Porque a idiota da sua irmã é incapaz de contar. Blessed é uma tola.
Um aperto aperta em meu peito. O meu coração pressiona, incerta do que estava sentindo. Sentia-me estranha como se fosse eu.
— Iremos oficializar tudo com um jantar. — avisei vendo-a sorrir.
— Ótimo! — balbucia animada, entretanto, a fresta de um olhar estranho permaneciam ali, e por algum motivo isso me incomodava. — É o melhor querida, é para o seu bem... — seus dedos tocaram em meu rosto, e um sorriso gentil estampou em seus lábios pintados de vermelhos. — Daqui alguns anos você irá me agradecer por não permitir que aquela molambenta tomasse o que é seu.
Com as lágrimas escorrendo por minhas bochechas recebendo captações da minha irmã desfalecida nos braços do homem cujo demostrava seu amor por ela faziam com que me sentisse um lixo. Era o homem errado ao seu lado. Fui injusta, sádica e cruel e que talvez nem merecesse ao menos seu o perdão. Mas, mediante a dor, o sangue, o mesmo que corria em minhas veias escorriam por sua roupa, olhar seu rosto pálido me sufocava. Eu poderia sim ter sido melhor, e parado com tudo isso no momento que notei que as coisas estavam indo longe demais. Entretanto, com o tempo o verdadeiro príncipe que Blessed se apaixonou foi tomando forma, e, era uma pessoa de caráter lindo. Eu não acreditava no amor após me sentir abandonada pela minha mãe, mas Elliot trouxe a luz que nem mesmo sabia que precisava dela. Ele era bondoso, incrível e generoso. E, das vezes que falávamos sobre a minha irmã, o via tocar no assunto com carinho, mas não por ter gostado dela antes que eu interferisse o seu caminho, mas sim com delicadeza para que eu nos desse uma chance novamente. E, com o tempo que tentava me aproximar sabia que parte da culpa de perder o elo incrível que sempre tivemos foi minha. Dakota sempre me dizia que eu deveria conquistar um homem poderoso e quando Elliot surgiu foi que o que ela pensou que era suficiente mesmo que para isso tivesse que quebrar corações de outras pessoas, e eu tola aceitei, sem saber que isso me destruiria aos poucos e me afastaria cada vez dos princípios que sempre tive...
Quando estacionei a moto, corri o mais rápido que pude na entrada do hospital particular. Blake havia entrado com ela, e Elliot, Faith e Fayer estavam sentados na recepção esperando por noticias.
Os olhos de Elliot encontraram-se aos meus. Vi sua dor ali, estava sofrendo também, e isso me angustiava, será que ele ainda sentia algo por ela? Afastei tais pensamentos quando seus braços largos e fortes envolveram-se por meu corpo, acolhendo-me de forma carinhosa e gentil. Recostei minha cabeça em seu peito sentindo a garganta arranhar pelo choro entalado.
— A Bless vai ficar bem, princesa... — Elliot afagou meus cabelos suave enquanto um soluço de meus lábios. — Vai ficar tudo bem, apenas se acalme!
— Eu já perdi tanto na vida, amor... — A primeira lágrima escorreu de meus olhos, eu sentia dor. Tanta que estava disposta a contar tudo. A perder tudo também. — Eu não quero perdê-la também. E tudo minha culpa, se eu...
— Foi um acidente, princesa... — proferiu gentilmente. — Nada é culpa sua.
Fiz careta para comprimir o choro, não era um relacionamento vazio como pensei que seria. E agora eu sentia que a qualquer momento as coisas poderiam terminar mal.
Céus, Como eu havia feito escolhas erradas... Como eu havia sido uma tola por me envolver loucamente por um homem que não deveria ser meu. E, quando ele decidir partir? Como ficaria o meu coração já que aprendi a amá-lo insanamente? Aprendi a amar suas palavras que pareciam serem ditas no momento que precisava ouvir, aprendi a me sentir melhor com seus conselhos sobre a minha irmã, a sua ajuda para que me aproximasse dela, e por fim, do seu amor, das vezes que fizemos amor nesses últimos meses.
Meus olhos encheram-se de lágrimas gélidas e cheias de dor. Não, eu não suportaria perdê-lo.
Um soluço grunhiu de meus lábios. E, ao percebê-lo Elliot puxou meu rosto para si com a ponta de seus dedos, obrigando-me a olhá-lo.
— Eu te amo tanto, tanto... — comprimi os lábios para que não desabasse.
Em seus olhos vi o seu carinho por mim. Ah, se ele soubesse.
— Eu também te amo, princesa. — delicadamente seus lábios tocaram minha testa, fechei os olhos, ignorando a todos que assistiam o nosso momento. Elliot me envolveu em seus braços com amor. E, naquele momento sabia que não deveria mais esconder. De qualquer modo iria sofrer, que fosse por eu contar que a garota que buscava estava ali dentro, lutando para sobreviver.
— Príncipe preciso te contar uma coisa... — sussurrei com a voz embargada. — Eu não...
— Ela está passando por uma transfusão sanguínea e eu não posso vê-la... — A voz ferida de Blake ressoa em meus ouvidos.
Soltei-me de Elliot para olhá-lo, estava quebrado com as voltas dos olhos avermelhadas como se em algum momento ali tivesse desabado. O sangue em sua roupa mostrava que não era um pesadelo, era real.
— Ela vai ficar bem, Blake — tentei convencer a mim mesma que ficaria bem enquanto entregava a chave de sua moto em suas mãos.
O garoto de olhos castanhos estava inerte, preso em sua própria dor, remoendo coisas que o feriam.
As horas se tornaram cruéis naquela recepção fria. Esperávamos por respostas, que afligiam nossa noite cruelmente, nenhum de nós ousava dizer nada, cada um preso a seus sentimentos, presos a sua dor. Faith estava inconsolável encolhida nos braços da irmã, chorando silenciosamente. Elas a amavam. Amavam e estavam ao seu lado como eu deveria ter estado.
Um senhor de meia idade passou pela porta principal da recepção, fazendo com que todos se levantassem rapidamente, prestando atenção no homem de jaleco branco. Seus olhos rapidamente pousaram em mim, não precisava perguntar, a semelhança estava ali, estampada em nossos rostos.
— A semelhança em seu rosto diz por si mesma que é da família da paciente Kelleher. — A voz grossa ecoou meus ouvidos, apenas assenti. — A sua irmã teve um choque hipovolêmico, que por sorte conseguiu ser contido com a transfusão sanguínea e algumas medicações que estancassem a hemorragia devido ao ferimento profundo na coxa direita. Além do mais os estilhaços rasgaram bastante seus braços, acredito que a paciente tenha sentido muita dor antes de perder os sentidos, e pela gravidade dos cortes estar viva é um milagre! — concluiu fazendo com que um suspiro escapasse de meus lábios.
Elliot me abraçava atento ao que o homem dizia, que então prosseguiu:
— A senhorita Blessed Kelleher precisará de repouso e um tratamento adequado nos próximos 28 dias, além dos cuidados com os ferimentos nos braços que também requerem atenção.
Os olhos de Blake me encontraram de olhos cerrados. E, pela primeira vez em tempos ele me olhava desconfiado, será que pensava que eu seria capaz de machucá-la?
— Posso vê-la? — pedi, por meu tom desespero soou quase uma prece.
— Não... — o medico negou, fazendo com que eu comprimisse os lábios, estava prestes a desmoronar.
— Ela pode morrer? — Fayer perguntou o que ninguém tinha coragem de perguntar.
O homem suspirou.
— Não mais. — começou a explicar cuidadosamente. — Conseguimos conter a hemorragia, entretanto se vocês tivessem demorado um pouco mais as noticias podiam não serem boas...
Engoli em seco sentindo meu coração falhar uma batida, eu não queria nem pensar se o pior tivesse acontecido. Merda! Eu nunca me perdoaria.
— Ela poderá ir para casa? — Blake perguntou ao homem, que afirmou com a cabeça, mas orientando outra vez sobre os cuidados, mas que os primeiros sete dias ela ficaria internada aqui.
— Blessed acordou? — Faith perguntou com a voz embargada.
— Não! A senhorita Kelleher ainda está fraca, mas acredito que com a transfusão isso acontecerá nos próximos dias. — comunicou, olhando o seu prontuário. — E isso é tudo, tenho outros pacientes para atender, mas posso dar uma palavrinha com a senhorita antes? — seus olhos focaram os meus, assenti com um acesso, afastei-me de Elliot e o segui para um consultório que não ficava longe dali, e, quando me acomodei o senhor disparou:
— Conforme as orientações foram dadas por seu pai o que acontecer com a sua família permanecerá em sigilo absoluto para que a mídia não tenha acesso a este acontecimento.
— Melhor assim... — fez careta suspirando.
— Comunicamos o senhor Kelleher a entrada da senhorita Blessed aqui. E, presumo que não esteja com o seu celular porque o seu pai ligou aqui antes que a senhorita chegasse. —Suas palavras me deixaram tonta, depois de tantos meses... — Vá para casa menina e leve os seus amigos também. A sua irmã está reagindo bem e está em boas mãos, deixaremos duas enfermeiras e dois médicos em sua disposição. Não há porque ficarem sofrendo aqui... — orientou, cuidadosamente. — Se ela acordar ligaremos, se algo acontecer ligaremos também, tentem descansar.
Suspirei lendo o nome do medico em seu jaleco. Dr. David Clovelt, o mesmo primeiro nome do papai.
— Obrigada... — tentei forçar um sorriso, mas falhei miseravelmente. Estava cansada, estava tarde, passada das três da manhã.
Pedi licença antes de sair e voltar para a recepção. As quatro pessoas me olhavam como se esperassem uma noticia ruim, meus olhos encontraram-se aos de Elliot, em seus olhar carinhoso vi que poderia dizer o que fazer sem culpa, porque se fosse mal interpretada ele estaria ali para me defender.
— O médico orientou que fossemos em casa descansar. — As palavras pesaram em meus lábios. Blake me olhou incrédulo como se não fosse a lugar algum. — Blake não adianta me olhar assim, você precisa estar inteiro quando ela acordar e agir como um imbecil teimoso não permitirá que isso aconteça! — proferi com o tom de voz mais firme que conseguia. Seus olhos focaram-se aos meus, deslizando de mim a Elliot, que passou a mão em minha cintura. O jovem me olhou ferido, como se minhas palavras o jogassem em uma realidade aleatória a que estava. E, sem dizer nada passou por nos caminhando apressadamente e saindo do hospital sem se despedir. Ele estava destruído. Meus olhos se encheram de lagrimas, isso estava sendo um dos piores momentos da minha vida. Fayer fez o mesmo caminho de Blake sem fazer questão de falar comigo, ela não gostava de mim, sempre soube e mesmo que não fosse minha culpa estarmos aqui ela sempre me culparia.
Faith ao contrario da irmã caminhou até mim, seus olhos estavam muitos avermelhados, e sem que eu esperasse, a garota me puxou para um abraço terno, como se atrás dele tentasse me passar forças.
— Eu sinto a sua dor. Sei que você mudou e torço de coração para que todos vejam a sua mudança. — Seus olhos esverdeados prenderam-se aos meus, e eu suspirei um obrigada antes que a Roosevelt mais nova passasse pelo mesmo caminho.
— Vamos, princesa? — Elliot proferiu em meus ouvidos e após concordar, abraçados deixamos o hospital. Adentramos o seu carro em silêncio.
Durante o percurso permaneci quietinha com a cabeça recostada no vidro, pensando em como seria dali em diante, sabia que contraria por mim mesma alguém para que cuidasse da mansão e uma enfermeira para que cuidasse dos ferimentos da Blessed. Porém, como seria o meu relacionamento com Elliot Callaway? Ou meu príncipe como passei a amar chamá-lo. Não fazia sentido eu tentar me aproximar de Blessed namorando o cara que deveria ter sido o seu namorado. Eu fui trapaceira, uma vadia como ela pensava, mas que havia se arrependido no processo, no entanto, como desfaria o meu erro após noites e noites de amor? Eu o conheci intimamente, o amei com a minha alma desde então. Eu o conheci internamente e me apaixonei por cada pedacinho a qual ele mostrou a mim, no embora, não havia solidez da minha parte, sempre que estávamos juntos eu temia, temia pela culpa da mentira que sempre carregaria.
— Heather você está estranha desde quando viu a Blessed nos braços de Blake... — ele tentou quebrar o silencio, engoli em seco. — Sabe que tem liberdade para me dizer como se sente, não é?
Os meus olhos encheram-se de lagrimas ao mesmo tempo em que um sorriso triste estampou os meus olhos. Esse era o momento de dizer a verdade, de dizer que durante todos esses meses de namoro eu menti, mas, o que eu faria se não estava preparada para perdê-lo? Elliot era a minha luz. A calmaria em meio a tantas tempestades e o que pensei que seria apenas conveniência se tornou real... Elliot Callaway havia se tornado o melhor que há em mim.
Um meio sorriso estampou meus olhos. A minha visão nublou quando a primeira lagrima escorreu.
— Não é nada, príncipe! — Minha voz saiu sussurrada, tentei sorrir, mas falhei miseravelmente sentindo meu coração acelerado. Eu estava me destruindo por dentro. Definhando ao engolir a minha mentira, mas eu não queria contar, eu não queria que ele fosse embora da minha vida, por culpa minha. DROGA!
— Você sabe que estou ao seu lado, amor! — Elliot afirmou quando desligou o motor do carro em frente à mansão. — Passaremos essa noite juntos, e eu serei a sua força como a sua esta esgotada, princesa. — Com um sorriso ele inclinou seu corpo para frente, selando nossos lábios. — Eu vou cuida de você como cuidarei pelo resto de nossas vidas.
Uma caricia leve passou por meu rosto. Fechei os olhos, deixando que as lágrimas escorressem por minhas bochechas, queria que elas levassem a minha dor que vinha com antecedência, que vinham cobertas de medo e insegurança de um momento que eu sabia que chegaria. Talvez, até que eu mesmo o trouxesse a tona, mas que enquanto tivesse forças para suportar eu o levaria. Porque por amor fazemos coisas insanas, impensadas, embora a mentira uma hora chegasse ao final e o resultado possivelmente seria avassalador.
A semana, os sete dias passaram rapidamente. Blessed acordou somente três dias depois do acidente naquele porão. Neste interim contratei três pessoas para trabalharem na casa que eu pagaria, pessoas que limparam o sangue do porão aonde a minha irmã vivia assim como uma enfermeira que aguardava o momento que entraria em ação. Papai me ligou na manhã seguinte, Elliot atendeu e disse que eu estava descansando, mas ele ligou mais tarde preocupadíssimo e então passou a ligar todos os dias para perguntar da minha irmã, disse que estava ocupado na obra, entretanto, estava se organizando para voltar com antecedência, queria vir para o natal. Disse a ele que Dakota havia viajado para a França para comprar os seus perfumes importados como sempre, entretanto desta vez estava demorando a voltar, o que causou discórdia já que dessa vez minha madrasta não o avisou, ela não me ligou desde a semana que viajou, lembro-me de suas palavras antes de partir, nitidamente:
Era tarde quando cheguei a casa após passar à tarde com Elliot. Dakota estava inquieta, nervosa, como nunca a vi antes. Em seus olhos havia uma áurea descontrolada que nunca havia visto antes. Dakota não esperou eu chegar, usava um vestido acetinado vermelho que marcava suas curvas bonitas, embora os gestos nervosos estivessem ali, misturados a sua elegância.
— Irei à França comprar novos perfumes, mas dessa vez não sei quando voltarei.
— Você não parece muito bem, madrasta! — analisei uma expressão corporal vendo-a retesar, antes de esboçar uma careta.
— Não é nada, querida. — tentou sorrir, mas não vi sinceridade em sua face. — Estou ardendo em enxaqueca, entretanto preciso ir.
Dei de ombros concordando, entretanto a minha madrasta caminhou até mim, seus olhos fixaram-se aos meus, prendendo-me de forma diferente. Olhei-a confusa até que suas palavras ressoassem firmes em meus ouvidos como uma exigência:
— Cuide de nossa casa até que eu volte. Faça da vida da Blessed um inferno em minha ausência, faça-a lamber o chão que você pisa. — murmulhou desdenhosa. — Lembre-se sempre, ela não merece ser feliz. Heather, minha querida, eu quero o seu bem, então, não permita que essa imunda se aproxime de você. Ela tem o seu sangue, mas eu sou a sua família desde que o seu pai se foi, sou apenas eu. Eu te amo, ela não, ela sente inveja de tudo que você conquistou.
Se ela me visse agora sem duvidas me repudiaria, mas não me importava. Internamente me sentia completa, me sentia bem pelo cuidado que estava tendo pela casa, pela minha irmã, embora eu não houvesse ido ao hospital ainda vê-la após todo o ocorrido. Era Blake quem estava com ela, quando não suas melhores amigas, acho que talvez ela não desejasse me ver, não após afastá-la de Elliot, mas pelo que Blake me dizia ela estava se recuperando bem, embora ainda sentisse um pouco de dor para andar, sua perna estava enfaixada e os braços cicatrizando com pomadas que eles passavam lá. Hoje ela teria alta, e finalmente viria para casa, embora, eu não soubesse qual seria a sua reação ao ver tantas pessoas trabalhando na casa agora, por ela!
Havia organizado tudo para que voltasse para o seu quarto. Pedi que limpassem minuciosamente cada parte empoeirada para que se sentisse confortável. E, quando Dakota retornasse me responsabilizaria por tê-la trago novamente ao lugar que nunca deveria ter saído.
— Estou nervosa, príncipe... — afirmei, minhas mãos suavam. Antes, eu cuidava das coisas por cima, agora, sentia-me responsável por sua recuperação, e que ela não me odiasse por isso, por favor.
— Ela vai amar ter você outra vez ao seu lado.
Ele tocou minha cintura cuidadosamente enquanto guiava-me até a entrada da mansão. A minha irmã estava vindo com Blake e suas melhores amigas, que faziam questão em ver como eu cuidaria da minha irmã, ou a levariam dali sem se importar com seus protestos.
Quando o carro parou em frente à mansão meu coração falhou uma batida, e quando a minha irmã abriu a porta passageira. Blessed usava um vestido longo amarelo cheio de girassóis, seus cabelos caiam sobre seus ombros. Os meus olhos deslizaram por seus braços com leves cicatrizes, mas, quando nossos olhares se encontraram era como se estivéssemos nos encontrando pela primeira vez em anos. Eu queria abraçá-la. Dizer o quanto a amava e que cuidaria dela com o melhor de mim, mas o que consegui expressar foi um longo suspiro.
— É um prazer vê-la outra vez, Bless... — fiz careta, praguejando mentalmente.
Ótima coisa para ser dita, após sete dias sem vê-la. – ironizei em pensamentos.
— Obrigada! — Um sorriso gentil dançou em seus lábios.
Meus olhos passaram de Blessed a Blake, vendo um meio sorriso naqueles lábios rosados, e por sua expressão sabia que estava falando a meu favor. Quis sorrir, mas contive a felicidade que queimava em meu peito, era cedo, havia muitas coisas a serem ditas, mesmo que isso fodesse com muitos corações, inclusive o meu.
Para o amor nem sempre há perdão, entretanto, quando é reconhecido vale a pena tentar, vale a pena dar uma segunda chance quando a vontade do perdão.
Heather errou, mas está disposta a mudar, está disposta a ser melhor pela irmã e ela vinha provando isso nos capítulos anteriores. Por mim, ela mereceu uma segunda chance porque o amor a fez enxergar coisas incríveis.
Alguém mais ai notou as manipulações? Gente, essa Dakota não presta viu.
Eu senti cada palavra da Heather, e vocês? E agora? O que será que vai rolar, ansiosíssima.
Embora o capitulo não esteja revisado espero que vocês gostem, que indiquem para as amigas, que interajam comigoo
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro