Capítulo 23
O melhor amor é aquele que acorda a alma e nos faz querer mais, que coloca fogo em nossos corações e traz paz às nossas vidas, foi isso que você fez comigo e era isso que eu queria ter feito com você para sempre...
As atitudes daquela noite incentivaram em minha responda a Blake.
Dois dias se passaram desde a festa na mansão Callaway, que para eles foram marcantes e era o assunto mais comentado no jornagram. Quis vomitar quando postaram a foto de Blake dentro da piscina com o rosto grudado ao da ruiva.
Depois disso o ignorei por completo. Desviava caminho quando o via, assim como fazia com Elliot. Eu já tinha problema demais para adicionar mais dois em minha mente perturbada. E, além do mais, o não como resposta era o melhor, e se eu tivesse aceitado com Blake sendo popular, eu me sentiria exposta a ataques que não estava disposta a passar, não por ele!
As aulas estavam sendo mais intensas. As apresentações eram constantes e ainda tinha que suportar os olhar de Bridget, em sua matéria eu tentava prestar ao máximo de atenção porque por ela eu reprovaria outra vez. Quando a tortura de sua aula terminou encontrei Fayer e eu saímos para procurar Faith, que estava no mesmo lugar que um dia estive com Elliot, em outro momento um tanto íntimo e pessoal com Leonard.
- É a sua chance de se vingar da pirralha. - Fayer sorriu diabolicamente, certeza que estava lembrando o mesmo que eu, o dia que ela estragou o meu momento para contar da antecipação do show.
Os olhei encantada, era linda a forma apaixonada que ele a olhava e o que queimava em minha cabeça era porque ele ainda não havia admitido seus sentimentos embora o beijo de dois dias atrás quisessem dizer muitas coisas.
- Vamos embora! Eu não vou fazer isso. - Virei às costas e comecei a andar.
Fayer bufou. Mas sabia que era uma decisão minha, e no fundo, ela também desejava a felicidade da irmã.
Fayer se despediu no próximo corredor, disse que precisava resolver um probleminha com uma pessoa, mas que me encontraria na sala, segui para a biblioteca sozinha para devolver o livro e pegar outro. Ao entrar suspirei fundo ao ver Blake sentado sozinho com os olhos afogados em um livro, entrei e entrei o livro a bibliotecária. De aluno a biblioteca estava vazia. Entre as imensas prateleiras com muitas historias peguei um a qual a capa me atraiu e suspirei fundo e sentei-me a duas mesas a frente da sua. Ele notou minha, mas não desviou os olhos do livro.
Não dei importância, abri o livro e meus olhos rolaram pelas paginas do prologo até ouvir saltos batendo no chão e ao levantar os olhos vi Ambre Poulin caminhando a passos largos mostrando suas coxas pela fenda do vestido amarelo esvoaçante. Ao se aproximar de Blake espalmou a mão com força em sua mesa em um escondo.
Ela não se importou em ser cortês.
- Me diga! Que porra foi àquela festa que exigiu que não me comunicassem? E porque estava beijando a Marina em público? - Esbravejou em francês, irritada. - Blake Callaway, eu sou a sua noiva. Você não tem direito de fazer isso comigo. Você me ama e é questão de tempo para voltar para a França comigo! - Sua voz se acalmou. - Admita que sente falta do meu corpo, das vezes que fizemos amor, sinto que não me esqueceu e estou aqui lutando mesmo que me chute quantas vezes quiser. Você vai ceder, sempre cedeu!
Blake apenas levantou o rosto. Sua mandíbula estava tensionada, nitidamente estava com raiva.
- Eu já disse para que me deixe em paz! - ronronou irritado olhando-a nos olhos. - Volte para a França porque você morreu na minha vida!
- Não! - bateu o salto no chão junto de um grito histérico. - Você é apaixonado por mim...
- Você é uma garota mimada que não aceita respostas que não te agradam, mas, se isso te conforta eu estou com outra pessoa... - Meus olhos arregalaram e me senti horrível por estar com as orelhas em pé para ouvi-los. - E eu estou apaixonada por ela!
As últimas palavras soaram como um sussurro. Eram duvidosas.
Vi o corpo a garota de olhos azuis retesarem.
- Está mentindo!
- Eu não preciso mentir, ainda mais para você!
- Não acredito em suas palavras. - Sua voz vacilou pelo choro entalado. - É pela marina não é? Ela o exibe como um fodido troféu, mas saiba que isso não ficará assim... Ela não vai tirar você de mim tão fácil assim!
Um sorriso desdenhoso estampou os lábios de Blake.
- Quem foi capaz de destruir tudo e me tirar de você foi você mesma, Ambre Poulin. - Seus olhos escuros estavam ainda frios, enraivecidos e magoados, sim, havia muito mais que ódio em seu olhar. - Você deveria sentir vergonha em estar aqui.
- Eu não desistirei de você! - sua voz estava ainda mais carregada e quando se virou para sair vi as lágrimas espessas escorrerem de seu rosto fino.
Desviei o olhar, não deveria ter visto um momento tão intimo, ao mesmo tempo em que a culpava pelo que havia feito com ele no dia para que fosse daquele modo no jantar. Ela era culpada de muita coisa.
Quando levantei o olhar para a mesa da frente Blake olhava para o livro com uma expressão irritada ao mesmo que magoada. Impulsivamente levantei-me de minha mesa sentando-me na cadeira vaga em sua frente. Talvez me arrependesse, mas, já havíamos estado nessa posição antes, agora também ele desejasse conversar.
- Essa expressão chorosa não combina com você, que ninguém o veja assim... - disparei a primeira coisa que veio em minha cabeça. - Olha, eu sei que Ambre te fez mal, mas você ficar remoendo isso torna as coisas ainda piores.
- Vai embora! - respondeu com raiva.
Me mantive no mesmo lugar.
- Ela realmente acabou com você! - puxei assunto outra vez e ele não respondeu. - Blake, podemos conversar se...
- Não preciso da sua companhia, vai embora!
- Certo! - engoli em seco fazendo uma careta ridícula. - Já entendi que não quer conversar, desculpe te incomodar!
Levantei de sua mesa, mas antes que voltasse para a mesa que estavam minhas coisas o vi sussurrar.
- Não precisa ir se não quiser...
Sua voz estava calma, atraente e sexy. - O que está fazendo aqui?
- Vim devolver um livro, e...
- Na minha mesa, Aurora. O que está veio fazer aqui?
Seus olhos prenderam-se aos meus, no fim, nem mesmo sabia, mas ao ver que a garota havia feridos seus sentimentos ali, me fez sentir pena, e, quis simplesmente conversar como se fossemos... (Ini)amigos.
Uma amizade esquisita.
- Pensei que desejasse conversar depois desse momento tão... Intenso! - proferi vendo um meio sorriso estampar de seus lábios e por seus olhos eu notava que ele estava mais calmo.
- Ambre ultrapassou os limites da minha paciência. - suspirou fundo e eu fiquei em silêncio. E foi o que estabeleceu entre nós nos próximos segundos até eu o quebrar.
- Você sumiu por uma semana! - comentei roubando a sua atenção
- E você sentiu a minha falta? - Um sorriso leve estampou seus lábios, dei de ombros. Era mesmo um imbecil. - Voltar a Pherce não foi algo que eu desejasse, Chéri - confessou. - Eu precisava voltar, me encontrar com alguns amigos, respirar e sumir disso aqui.
- E bom ter uma válvula de escape quando as coisas saem do seu controle... - sussurrei vendo-o prestar atenção em meu rosto retesado. Eu não poderia dizer demais. Não confiava em Blake. E, mesmo que Fayer e Faith fossem as minhas não iria sobrecarregá-las com meus problemas.
- Pensou na minha proposta? - murmurou.
Olhei incrédula.
- É obvio que é não, Blake! - respondi rapidamente em um tom irritado. - O que esperava depois de se exibir com aquela ruiva pelo Campus.
- Eu não fiquei com ela naquela noite se é o que quer saber! - respondeu como se me devesse alguma coisa. - Marina forçou a barra para a aquela foto, mas a minha boca não toca a de ninguém desde que tocaram aos seus.
- Me poupe de suas mentiras. - inqueri fazendo careta.
- O direito é seu em acreditar ou não! - comentou calmo. - Uma pena não aceitar. Havia planejado tudo e não tinha como dar errado.
Ele começou a juntar as suas coisas.
- E o que tinha pensado, gênio? - Sussurrei, vendo-o me olhar surpreso.
Era óbvio que não esperasse que eu quisesse saber o teor de seu plano.
- O melhor jeito de uma mulher chamar a atenção do homem que ela gosta é mostrar a ele o que está perdendo! - disse relaxadamente lançando uma piscadela.
- O que quer dizer com isso? - O olhei como se não tivesse entendido corretamente.
- Um namoro de mentira, Chéri... - Nossos olhos se encontraram, ele não parecia arrependido em dizer essas palavras, apenas prosseguiu. - Quero dizer, e que, estou disposto a te suportar em um namoro de mentira para atingir o namoro da sua irmã vadia com o meu irmão idiota.
- Elliot não é idiota! - O defendo vendo Blake revirar os olhos, bufando em seguida.
- Isso não daria certo!
- Faríamos ciúmes, mas você está mais uma vez sendo covarde por não lutar pelo que quer! - cuspiu venenoso.
- Não é tão fácil assim!
- É fácil quando você não dificulta tudo. - rebateu inexpressivo. - Bom você me deu a resposta, portanto terei que conviver cm ela.
Blake levantou-se sem me olhar e eu puxei o ar em meus pulmões, longamente.
- Te vejo pelos corredores, senhorita Kelleher!
Ele não da um passo quando em gesto inesperado minhas mãos serpenteiam por dentro seus braços, Blake me olha confuso.
- Se eu disser que aceito, o que vai fazer? - Perguntei, talvez, desesperada demais.
- É uma pergunta ou uma afirmação?
Seus olhos fincaram-se aos meus e um sorriso branco alinhou em seus lábios junto de um misto de emoção e ansiedade. Não sabia ao certo, eu queria fazer a minha irmã pagar, mas usar Blake Callaway para isso não parecia a melhor forma de enfrentar os meus problemas.
- É uma afirmação, Blake! - respondi firme, porém, por dentro estava insegura.
Blake manteve seus olhos nos meus, mas desta vez com uma emoção diferente, havia algo em seus olhos, um brilho maior, uma malícia e intensidade que não conseguia entender o quê.
- Então espere que em breve, mon chéri, mudanças irão acontecer em nossas vidas.
Após isso o garoto saiu. Fiquei paralisada no lugar com o coração acelerado, olhava por onde havia passado trêmula e nervosa. Havia me arrependido por ter aceitado sabe lá o que fosse que estava prestes a acontecer.
•••
- Um jantar para os Callaway, de novo? - perguntei surpresa quando ia começar a preparar o jantar.
Dakota estava parada em minha frente vestida elegantemente. Seu olhar superior permanecia o mesmo.
- A família do namorado da sua irmã virá para estreitarmos os laços diante a mídia. - suspirou ajeitando a mecha de cabelo solta entre seus dedos. - Me encontrei com George e achamos que esse seria um momento necessário contratamos um buffet porque nessa noite você estará nele como uma... - ela retorceu o nariz antes de dizer. - Convidada.
- O que? Por quê?
Dakota Turner tencionou a mandíbula, irritada. Ela estava me convidando para a festa, mas era como se não quisesse fazer isso.
- O filho mais velho de George pediu que você estivesse à mesa conosco... - Cuspiu simplesmente. - E que gostaria de redimir pelo jantar anterior. - Ela engoliu em seco a raiva. - Eu não poderia dizer não a esse pedido.
Olhei-a intrigada. Lembrando-me de nossa conversa pela manhã, ele sabia desse jantar, arrumou o momento perfeito para aprontar novamente, mas dessa vez não seria contra mim.
- Para que não saia como uma tola nos noticiários, irei permitir que vá até o seu quarto e escolha um vestido para que não me envergonhe. - ela suspirou com um bico enorme nos lábios pintados de vermelho. - Quero que esteja bonita como nunca mais esteve, borralheira.
Meus olhos brilharam. Fazia tanto tempo que não entrava em meu quarto. Fazia tanto tempo que não via meus vestidos, as melhores maquiagens e as joias.
Dakota jogou o cartão-chave e caminhou até a saída da cozinha.
- Esteja pronta em meia hora. E assim que terminar de se arrumar devolva-o porquê a mim pertence aquele lugar.
Dakota subiu pelo elevador, corri animadamente pelas escadas com o coração batendo na boca. Minhas mãos temiam de ansiedade e as lagrimas vinham umedecer os meus olhos. Eram quase dois anos...
Ao entrar no quarto as primeiras lagrimas escorrem por meus olhos. Apesar da poeira e o cheiro de quarto fechado por muito tempo tudo permanecia no mesmo lugar, ou quase tudo. Minha cama estava da mesma forma que deixei, claro que a megera havia se livrado dos retratos que haviam restado, ela odiava a mamãe, e qualquer lembrança nossa era uma afronta.
Não tinha tempo para estar ali, precisava me arrumar e descer, o jantar começaria em breve, e queria estar bonita como há muito tempo, antes do baile de máscaras não estava. Tomei um banho rápido de água quente. E, escolhi um vestido marsala longo, de alça fina a qual não precisaria de sutiã, justo na cintura, e embaixo era composto por camadas rendadas, que nos dois lados haviam fendas que conforme eu andava entravam entre as minhas pernas. Ele diferia de minha personalidade. Era sensual e casual tudo que precisava para essa noite.
Optei por pouca maquiagem, apenas destaquei meus olhos claros e usei o mesmo batom que na noite do baile. Em meus cabelos levemente ondulados deixei soltos com apenas leves ondas quase em cachos, nos pés um salto prateado fino, e por fim, me olhei no espelho apaixonada pelo reflexo. Essa era a Blessed Hills Kelleher que eu não me lembrava mais. E esse segundo nome, bom, esse era da mamãe que foi censurado por Dakota há anos.
Suspirei fundo quando tranquei o quarto e desci de elevador, provavelmente atrasada e o jantar já havia começado. Pelo jardim entrei no hall do salão de festas e entrei no elevador andar desejado, era estranho estar ali como convidada, estando bem vestida e entre pessoas que deveriam estar no meu nível, mas não estavam. Entrei ouvindo risadas e ao chegar, suspirei fundo ao ver garçons passando pelo lugar como se aquilo fosse algo comum.
Engoli em seco ao observar a decoração elegante.
Dakota havia preparado todo um cenário para tal cerimônia de oficialização, que provavelmente amanhã a cidade inteira estaria sabendo. A mulher estava elegante como sempre em um vestido dourado cheio de paetês e pedras chiques a qual era acostumada usar. Heather parecia angelical usava um vestido rosa até o joelho cheio de camadas também o que parecia uma princesa moderna, e em sua cabeça havia uma coroa de flores para completar o look, mas perdi a cor e o meu coração errou miseravelmente uma batida quando vi o meu colar em seu pescoço.
E claro que essa cretina não perderia a chance de usá-lo.
- Você está linda, Aurora. - Não vi de onde Blake surgiu, nem consegui desviar o olhar da minha irmã - Você não parece muito bem.
Nossos olhares se encontraram e eu me encontrei perdida, em pânico em estar ali no meio daquelas víboras fingindo que tudo estava bem, que aquele era o meu mundo também quando na verdade era um limbo de mentiras e traições a qual eu me sentia enojada em fazer parte.
- Eu tentei ser forte, Blake, mas não quero estar aqui! - As palavras saíram baixas, sussurradas para que apenas ele escutasse. Meus olhos lacrimejaram, ardia. Eu iria explodir ali mesmo. - Esse não é mais o meu mundo, sinto muito.
Antes que eu pudesse sair ele segurou em meu pulso o que me fez olhá-lo, seus olhos estavam mais profundos que mar revolto e acessos como labaredas de fogo. Seus olhos me transmitiam turbilhões de coisas, ele sentia, sabia o que causava.
- Por favor, só alguns minutinhos - implorou encarando-me profundamente - Você é forte mais forte do que consegue ver. Eu sei que consegue.
Acenei com a cabeça concordando.
- Venha comigo. - Ofereceu a mão e eu a aceitei, entramos ali de mãos dadas sobre olhares curiosos de minha madrasta, Heather e George. Hannah sorria. E Elliot olhava para o irmão fixamente como se quisesse dizer algo, mas, mantive a sanidade focada em Blake. No que ele estava planejando.
Blake Callaway estava lindo trajando uma camiseta social slim azul marinho, calça jeans no mesmo tom e um sapato social provavelmente caríssimo nos pés. Seu cabelo castanho estava em um penteado de lado. Ousado, casual e sexy e ele sabia o que gostaria de passar. Por outro lado, Elliot estava de terno, gravata e sapato social e estava tentando impressionar a minha madrasta e conseguiu quando vi as flores que provavelmente ele havia trago para ela.
George, o seu pai, também estava em um terno preto elegantíssimo e os olhos curiosos da jovem Hannah que não parecia surpresa em me ao ver seu irmão. Estava bonita. Com um vestido azul delicado até os joelhos, com seu cabelo fazia uma tiara em volta de sua cabeça. O rosto estava ainda mais delicado e os brincos perolados cumprimentavam sua elegância.
- Você está com ele? - Elliot perguntou para mim, olhando em meus olhos como se quisesse dizer alguma coisa. - Estão namorando Bless?
Seu olhar me intimidava, tentei soltar a mão de Blake, mas ele a apertou firme, nossos olhares se encontraram e ele sorriu.
Heather ficou em silêncio observando nossas mãos.
- Em breve saberá, Elliot - Blake piscou para o irmão basicamente me arrastando dali.
As próximas horas seguiram-se entre risadas falsas, elogios descabidos e exaltação de poder e dinheiro da parte de George que dizia que seus hotéis iriam se expandir.
Blake estava entediado com a música clássica e chata no ambiente, estava indo além do que podia esperar, após o jantar, tudo aconteceu como esperado. Elliot pediu a minha irmã em namoro oficialmente para a minha madrasta, e que tinha o aval de meu pai, estava de acordo com o relacionamento. Todos estavam felizes. Heather beijou Elliot e eu virei o rosto encontrando-me ao de Blake que piscou para mim, e eu o olhei sem entender.
E então algo inesperado aconteceu quando Blake chamou a atenção de todos para si. Elliot o olhou entregado. Seus olhos viam de mim ao irmão sem disfarçar. Heather visivelmente estava irritada com isso.
- Gostaria da atenção de todos, por um minuto. - Blake levantou à taça a mesa, chamando a atenção de todos. - Há momentos em nossas vidas que tudo acontece como um sopro inexplicável. E, fluem de forma louca e arriscada a qual somos incapazes de compreender e quando olhamos para o resultado as coisas simplesmente aconteceram... - ele suspirou sem me olhar, seus olhos permeavam entre as pessoas ali. Todos exceto Heather ele focava os olhos. - Perdemos o nosso próprio controle e às vezes o controle de nossos próprios sentimentos por medo das escolhas que nossos corações fazem até mesmo as escolhas que fazemos no inconsciente. No medo de não dar certo quando tudo tende a ser um fracasso.
Dakota e Heather se entreolharam surpresas. Elliot, Hannah olhavam Blake assustando enquanto o pai olhava para o filho incrédulo, com medo do que ele fosse fazer.
- Essa noite não poderia deixar de ser um momento memorável a mim também... Depois de viver em meio ao caos. As incertezas e aos meus fantasmas digo a todos que após voltar a Pherce descobri novamente o amor...
Engoli em seco ao olhá-lo.
Ele não faria isso. Ele não...
- Blessed é a garota ingênua, mas vejo pureza em suas incertezas. Vejo bondade em seu coração que me deixou confuso, incerto no que diria hoje, mas carregando apenas uma certeza, que ao amanhecer gostaria de tê-la comigo sendo o meu refugio e eu o seu porto seguro.
Suspirei fundo olhando em choque, minha boca secou e eu peguei uma taça levando-a até os lábios de modo desesperado.
Então esse era o seu plano.
Pedir-me em namoro para Dakota para que não fossemos criticados por sua fama e aproveitou a deixa para soltar a bomba, garoto esperto!
Blake levou seus olhos até mim, e quando me encontrou vi seus olhos pegarem fogo. O meio sorriso em seus lábios chamou minha atenção para si. Ele deixou a taça em cima da mesa pegando a minha mão e a colocando-a em cima para que todos vissem. Eu tremia, ele sentia que eu tremia passando a eletricidade de meu corpo para o dele. Eu sentia o medo esvair de meu corpo ao mesmo tempo em que Blake massageava a ponta de meus dedos cuidadosamente tentando me transmitir calma.
Mas ele parou, e quando fez olhou diretamente para a minha madrasta.
- O que quero realmente dizer é que, se você Sra. Kelleher me permite a mão da sua outra filha em namoro.
- Você deseja namorar com a Blessed? - A expressão de choque no rosto me fez querer rir.
Dakota engoliu em seco para disfarçar a raiva, forçando um sorriso, e em seguida concordou com a cabeça.
- Se é o que deseja, filho, quem seria eu para negar.
Dakota não perguntou se era o que eu desejava. A minha vontade ela não fazia questão de saber, me olhou com ódio camuflado por trás daquele olhar suave e gentil. Eu a conhecia bem para saber que seu orgulho estava ferido e que não ficaria assim, mas por um momento ela não havia o que fazer.
Blake girou o corpo e eu continuei do mesmo modo. Nossos olhares se encontraram, com um sorriso terno ele se aproximou e sem consentimento depositou um beijo em meus lábios tomando todos os olhares para nós dois.
- Vamos tirar fotos para a matéria. - Dakota interveio arrastou a cadeira fazendo-me me afastar de Blake. Meus olhos foram até Elliot que me olhava, desapontado, mas foi arrastado por Heather até onde seu pai estava com a minha madrasta. Hannah parecia satisfeita ao se levantar para acompanha-los nas sessões de fotos.
- Se eu não soubesse a verdade diria que realmente está apaixonado por mim. - proferi em tom debochado, ele não respondeu. - Você é inspirador quando quer, Callaway.
- É, você não sabe o quanto...
Vi um brilho diferente em seu olhar. E quando levantamos Blake guiou-me até onde estavam sendo fotografados.
Ali, começava foi o início de um grande erro...
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