Capítulo 22
Ela veio assim
Disposta a aceitar minha proposta sem pensar no fim
Disse pra mim
A vida sem respostas e você pra me fazer sorrir
— 1kilo
Outra semana chegou facilmente, e com ela estávamos a dois meses das férias de verão, final de semestre e final do ano. As provas iniciariam depois dos jogos que começavam hoje. Blake havia retornado para os jogos, mas me olhava de soslaio, mas desviava o olhar me ignorando. Provavelmente por eu ter tratado como uma louca. Também tinha a garota mais metida do Campus, pensava que fosse Leslie, mas pelo que escutava pelos corredores a ruiva ganhava deslavadamente. Principalmente a Blake a qual se oferecia com um troféu, era ridículo ver picuinhas dela com Ambre no jornagram.
Hoje era uma noite de festival importante a qual Dakota não podia me impedir de participar porque a diretora exigiu que seus alunos não faltassem, e mesmo me odiando ela não faria isso porque se a mulher comunicasse o meu pai ela não teria uma justificativa plausível para essa falta.
Era noite, depois que fiz o jantar à megera me liberou contra sua vontade. Cheguei ao Campus desviando-me das pessoas que transitavam ali como em um formigueiro. Esperávamos por esse momento, porém, hoje pareciam mais pessoas que o convencional ali. Muitas pessoas conjugavam a equipe de Leslie, entre elas, Fayer e Heather, que estavam dentro do campo dançando e chamando a atenção de todos ali ao som estridente de That's my girl. A galera estava em êxtase em vê-las dançar em seus uniformes minúsculos. A saia com short por baixo era azul e o top dourado, mas estampavam o símbolo do time atrás UDP e a fênix embolava-se ao nome em tons de dourado mais forte.
Fayer e Leslie eram boas em seguir os passos bem ensaiados, Heather nem tanto, mas dava para o gasto.
Faith estava com Leonard quando me encontrou e sentou-se ao meu lado, estávamos na parte mais alta da arquibancada do campo, tínhamos uma visão periférica de todos os lugares. Suspirei fundo quando vi Marina sentar ao lado de outra garota no banco vago a minha frente.
A música das garotas que dançavam mudou, a música Power ecoou em meus ouvidos, sorria por ver Fayer chamar a atenção com seus passos precisos e perfeitos, olhei para o lado e os vi entrar. Elliot entrou primeiro seguidos de outros jogadores do futebol americano. Seus cabelos reluziam era o único loiro entre eles, todos entraram com os capacetes na mão. A arquibancada rendeu-se a gritos eufóricos enaltecendo os garotos. Blake foi o último a entrar, seus olhos varreram entre a multidão, e o inesperado aconteceu quando seus olhos encontraram a minha direção. Seus olhos fitaram-me de forma intensa e em seus lábios rosados fui capaz de ver um meio sorriso, não consegui me desviar dele.
Sorri timidamente como se desejasse dizer um oi.
Blake lançou uma piscadela antes de sorrir de volta, colocando o capacete. E, naquele momento tive a certeza que sua atenção era minha.
— Oh meu Deus, viu a forma que Blake me olhou? Sabia que ele estava mudando, Anna — revirei os olhos ao ouvir a voz delicada de Marina pela primeira vez. — Eu não tinha a sua atenção há duas semanas, entretanto, algo parece ter mudado nele nesse tempo, mas não sei o que é, mas ele olhou para mim e isso é um avanço.
— Vocês pareciam felizes!
— Blake nunca pareceu desejar algo mais que sexo casual — A ruiva olhou para a sua amiga. — Ainda mais depois que aquela vadia traidora entrou na jogada. Ele ficou confuso, distante, mas agora sei que posso lutar por ele e essa noite será a minha oportunidade de arrastá-lo para a minha cama.
Fechei os olhos brevemente, envergonhada, por que Diabo eu estava prestando atenção na conversa dos outros, que merda que estava fazendo!
Abri os olhos com o começo do jogo o time ganhou na sorte o ataque, e avançaram. O time da casa invadiu o campo inimigo ludibriando o outro time e espalhando-se pelo campo inimigo, nitidamente Elliot era o capitão. Blake atendia suas ordens, sendo ele o primeiro a invadir a endzone com a bola e marcar o primeiro Touchdown, depois disso, foi um massacre que levou o Campus ao delírio. As garotas sentadas à minha frente gritavam eufóricas e as animadoras vibravam do outro lado da cerca.
O jogo acabou foi à loucura.
Ao minha irmã permeou entre os jogadores e foi até Elliot, que por sua vez tirou o capacete e a beijou fazendo o campo inteiro vibrar com isso. Olhei aquilo por um segundo, mas quando desviei o olhar deles me senti observada até que meus olhos encontraram-se a um par de olhos sombrios fixados em mim. Meu coração palpitou forte, tive a sensação estranha que há dias sentia quando o olhava, era como se aquele maldito dia em que o beijei tivesse mudado algo dentro de mim e eu já não o odiasse tanto assim, nem mesmo o via como um pervertido imbecil que era. E, visualmente era um ímã que me atraía para si mesmo desejando o amor de outro.
— Ele não tira os olhos de você! — Faith sussurrou baixinho.
— Os olhos de Blake são para todas — rebati e ela revirou os olhos.
— Você está querendo me enganar ou se enganar? Porque é tão difícil admitir que seus gostos estejam mudando? Não vê que talvez seu príncipe não seja tão perfeito assim, talvez você se apaixone por...
— Faith, pare! — olhei nos olhos da pequena garota ao meu lado. — Eu sei o que está tentando fazer, e isso não vai acontecer. Eu gosto do Elliot e não do irmão idiota babaca que ele possuí, desse quero distância.
Bufei vendo a minha amiga render as mãos com uma careta em seu rosto. Pisquei algumas vezes vendo Marina dizer algo sobre Blake, mas quis ouvir sua conversa, eu precisava sair desse tumulto e respirar.
— Vou ao banheiro, te encontro aqui em dez minutos! — Disse vendo a mais nova das Roosevelt concordar com a cabeça. Em passos precisos desci as escadas o mais rápido que consegui, por sorte usava rasteirinhas e calça jeans o que facilitava na locomoção.
O meu caminho foi o oposto a que disse a Roosevelt mais nova. Meus pés levavam-me ao jardim que estava lotado, mas ainda assim consegui um banco vago para me sentar.
Meus pensamentos moveram-se até Blake Callaway, em duas semanas atrás quando nossas bocas fundiram-se por duas vezes no mesmo dia. Seu perfume apimentado ainda exalava em minha mente. Sentada deslizei minhas mãos por meus cabelos soltos, meus olhos se fecham no exato momento que ouço passos se aproximando.
— Pensei que a tinha perdido de visto. — Antes que abrisse os olhos reconheço a voz masculina, e quando deslizo os olhos para cima vejo-o ainda em traje do jogo. — Busquei por você o Campo inteiro.
— E o que você quer, Callaway?
Um sorriso estampou seus lábios e pela primeira vez notava seus olhos mais leves, sem tantas coisas que pareciam atormentá-lo.
— Elliot e eu daremos uma festa em nossa casa para comemorar a vitória e todos estão indo para lá, vai ser uma loucura. — confessou me fazendo arquear uma sobrancelha.
— E?
— Eu gostaria que viesse também... — profere olhando em meus olhos.
— Blake Callaway me convidando pessoalmente para uma festa, interessante. — Meus lábios se contorcem em um meio sorriso, o jovem revira os olhos impaciente.
Levantei-me, ficando a sua altura. Sem jogos de provocação, Blessed.
— Eu não posso ir a essas festas, Blake. — confesso vendo-o me olhar intrigado. — Eu tenho compromissos, além do mais não é um lugar que costumo frequentar. Obrigada pelo convite! — Ia sair quando senti sua mão segurar meu braço suavemente, nossos olhos se encontraram, os dele desceu para a minha boca com um sorriso travesso, mas logo voltou-se aos meus olhos.
— Por favor, saia do seu mundo apenas por duas horas, é importante! — Arregalei os olhos. Blake Callaway sabia usar a palavra, por favor, uma surpresa para mim. — Tenho uma proposta para te apresentar.
— Que proposta?
Blake sorriu.
— Só direi se vier. É algo de seu interesse... — Blake deixou seus interesses no ar e eu franzi a testa intrigada. Ele parecia menos imbecil agora. — Vamos lá, Chéri.
— Não posso. — Neguei vendo-o esboçar uma careta.
— Então foi uma escolha sua!
Blake não disse mais nada, girou seu corpo e deu o fora dali a passos rápidos deixando-me em choque e confusa.
Refiz o caminho de onde havia saído sentindo o conflito interno a ponto de fazer a minha cabeça doer. Minha irmã provavelmente estaria lá, se fosse Dakota saberia e me castigaria, mas se eu ficasse remoendo a vontade de ir e fosse realmente importante deveria valer o risco.
Quando adentrei as escadas para subir a arquibancada me surpreendi ao ver Faith e Leonard se beijando de forma aleatória. Eram fofos embora sentisse medo por Leo ser experiente, já a minha amiga era romântica demais.
Fiquei afastada até que se afastaram, vi Faith ruborescer a face, Leo a acariciou com cuidado olhando em seus olhos como se a acalentasse. Quando as pessoas começaram a se decepar subi os degraus como se nada estivesse acontecido.
— Vocês vão à mansão, Callaway? — perguntei.
— Vai ser uma festa marcante. — Leonard afirmou, obvio que seria, eram os Callaway. — Você deveria vir também.
— Seria bom às vezes deixar os medos de lado... — Faith olhou em meus olhos, e ali era como se quisesse dizer. "Foda-se a Dakota"— Vamos?
Apenas concordei com a cabeça sem dizer meus motivos para aceitar ir. Procuramos por Fayer, que já havia mudado a roupa, novamente vestida elegantemente.
— Eu nem acredito que está aqui! — Fayer gritou eufórica enquanto dirigia seu conversível.
Faith estava no carro de Leonard logo atrás. Quando chegamos na mansão me surpreendi com a grandiosidade do bairro, das mansões vizinhas e como a dos Callaway destacava-se entre elas por sua grandeza. Tão grande quanto um castelo com aparentemente sete andares, pintada de cores claras e neutras, teto escondido, janelas escuras de blindex.
Adentramos pela lateral. De longe a musica alta ecoava em nossos ouvidos, que me fez quer virar as costas e ir embora, mas ao lado de Fayer continuei andando, chegando a pontos estratégicos e lotados. Chegamos a área gourmet e me surpreendi por ser a maior mansão que já havia visto, acho que era umas cinco vezes maior do que a do papai, era extremamente decorada com cores neutras, luxuosas, e cheia de móveis de qualidade. A mansão acolhia muitos alunos naquele momento. O lugar exalava testosterona e sexo, acho que encontrar o idiota Callaway seria quase uma missão.
— Preciso ver uma pessoa, encontro vocês depois...
— Não arrume confusão, Bless! — murmurou Faith preocupada e eu concordei despedindo-me deles.
Sumi de minhas amigas adentrando entre as pessoas que dançavam próxima a piscina. Busquei por Blake, mas era impossível encontra-lo quando havia pessoas pingando de todos os lugares. A música alta e os corpos movimentando pela pista de dança lotada só atrapalhavam a minha busca. O DJ animava a escuridão sendo iluminada apenas pelo jogo de luzes neon azul, rosa, amarela, vermelha e roxa.
Meus olhos encontraram Marina dentro da piscina ao lado de Anna, a garota sorria buscando ao redor de forma curiosa, ela nem sabia da minha existência. Na espreguiçadeira estavam Elliot e Heather sentados juntos na espreguiçadeira, ele tocava seu rosto gentilmente.
Suspirava pesadamente, quando senti um toque suave em meu pulso.
— Blake está de esperando lá em cima. — replicou Hannah e eu a encarei surpresa. Será que ele havia tanta certeza que eu viria? — Posso te guiar até lá se quiser.
— Obrigada — proferi, recebendo um sorriso gentil como resposta.
Hannah guiou-me em meio à multidão alvoroçada. Entramos no Hall de entrada silencioso. Por dentro a decoração moderna, cores suaves e caríssimas como pensei que fossem. Os móveis eram milimetricamente alinhados e planejados, havia dois lustres enormes no topo, no chão um tapete enorme com mesa de centro de vidro em cima quadros, pinturas e mais algumas coisas sofisticadas completavam a elegância e requinte.
Entramos no elevador e ela apertou o botão do último andar.
— Elliot me disse o que aconteceu naquela noite em sua casa. — Hannah puxou assunto com os olhos azuis voltados em mim. — O meu irmão não é um homem ruim, Blessed, tem apenas sentimentos quebrado demais.
— O que aconteceu?
— Ele não se perdoa pela morte da minha mãe, por não ter estado ao meu lado e agora... Ele não se julga alguém bom, mas ele é... — suspirou derrotada e o elevador se abriu — Ele está na ultima porta, no final do corredor.
— Foi um prazer! — sorri, deixando o elevador.
Ela não se moveu, com os dedos se despediu e com um sorriso esperto nos lábios. E, com o coração apertado e pé ante pé até onde a garota havia dito. Na porta havia uma pequena fresta, vi os cabelos revoltos de Blake de costas para mim.
Suspirei antes de abrir a porta e adentrar a biblioteca grandiosa. Blake estava de costas para a porta, sentado em uma cadeira giratória com os pés em uma mesa de centro que provavelmente ele havia movido.
— Você é mais corajosa do que eu pensava, senhorita Kelleher...
— Não vim até aqui para me chamar de covarde! — trinquei os dentes vendo-o se virar para mim com um sorriso debochado nos lábios.
Blake estava com um copo de algo forte entre seus dedos e acho que olhei por tempo demais já que colocou na mesa ao lado antes de se levantar me dando a visão completa de seu corpo forte e musculoso vestido apenas uma calça moletom azul escuro. Por seus cabelos secos ouso dizer que ele ainda não havia descido lá em baixo, esse era o plano, eu vir até ele.
— Estar aqui em cima com um homem a qual odeia não me parece um ato de covardia, Chéri! — Por um meu momento meus olhos passaram pela grandiosidade daquele lugar, mas voltou para Blake quando ele se levantou e caminhou até a minha frente, senti a sua respiração em meu rosto.
— Sabia que esse seria o melhor lugar para conversar com você sobre essa... — Ele hesitou. — Loucura!
— O que você quer?
— Antes de tudo quero me desculpar por ser um filho da puta por forçar aquela situação toda. — Nossos olhos se encontraram. — Você se comportou como uma louca, mas não posso dizer que ado...
Ele se calou puxando meu queixo prendendo-me a seus olhos escuros intensos. Buscava algo em mim impossível de decifrar. Eu queria entender, mas era impossível sendo alguém como Blake Callaway. Quando o clima entre nós mudou virei o rosto e tirei a sua mão antes que ele tentasse, sei lá, me beijar novamente. Aquilo era errado, era inimigos eu ainda odiava mesmo que menos.
— Sei que você e a suas amigas iam sabotar o jantar da sua irmã... — sorriu com escanteio, arregalei os olhos afastando-me de uma vez. — Que feio para uma garota como você, mas não irei julgar sem saber os seus motivos. — Em seus olhos havia algo diferente. Blake parecia querer jogar com isso. — Por algum motivo você e o meu irmão deveriam estar juntos e eu me sinto culpado por isso não acontecer... — disparou, fazendo com que o olhasse curiosa. — Me sinto na obrigação de reverter isso e ajuda-la a conquistado.
No primeiro momento procurei deboche em meios a suas palavras, mas não a encontrei. O corpo de Blake estava relaxado, pensei que fosse uma piada, mas não era.
— O que? — Foi à única coisa que ressoou em minha boca.
Blake me olhava fixamente em pleno silêncio.
— O que você sabe? — perguntei quando reuni a coragem de falar.
— Esqueceu que estava entrando na biblioteca quando falava sobre o encontro? A sua noite deveria ter terminado de outro modo, Chéri. — Vi a comoção em seus olhos. — Agora eu preciso apenas saber se deseja ou não a minha ajuda.
— E o que quer em troca?
O olhei desconfiada, ele coçou a nuca antes de sorrir.
— Satisfação pessoal! — disse relaxadamente passando o dedo entre os cabelos. Meus olhos percorrem nesse meio tempo por seu abdômen, corei. — Eu errei e quero concertar... Tudo que fiz até agora foi me comportar mal, atiçar e atrapalhar você. Quero me redimir, as coisas mudaram e meus interesses são outros.
— Depois de tanto tempo? — o olhei desconfiada. Era uma proposta descabida, porque não ofereceu ajuda antes? —Eu não confio em você!
Blake me olhou nos olhos, e no seu olhar me deparei com o seu medo e a confusão naquele íris escura.
Eu parecia conhecê-lo.
Eu queria lê-lo, mas logo sua expressão fechou outra vez, desviou o olhar para qualquer ponto que não fosse eu.
— Estou querendo apenas ser justo. Eu estraguei as suas chances então quero devolvê-las. — Ele não me olhou. — Eu amo o meu irmão e sei que não é a Heather a garota que ele procurava, ela é você!
— Eu não sei do que está falando... — menti.
Blake me olhou como se esperasse uma confissão. Engoli em seco quando voltou-se para mim.
— Essa é a sua chance de acabar com essa farsa. — Blake usou um tom calmo ao se aproximar. — Podemos fazer isso, juntos!
Algo passava em seus olhos e mais uma vez não conseguia desvendar. O fitei de modo intenso, buscava algo para dizer, mas não havia algo certo. Como crer em um plano falido? Que talvez no final ainda sairia ainda mais ferida que antes. Era algo irracional. Uma proposta descabida, outra mentira insana.
Não! Eu não poderia me levar por uma tentação e, internamente algo em meu amâgo bradava:
"Não faça isso, confiar no inimigo é arriscado e ele pode te machucar".
Mas eu, por algum motivo gostaria de tentar. E, se essa loucura fosse o único jeito de acabar com a mentira da Heather? E se ele fosse minha única solução? Era louco, talvez insano, mas precisava tentar, ao menos uma vez.
— Eu preciso pensar...
Respondi sem olhá-lo.
— Estarei aqui, aguardando a sua resposta. — Blake começou a caminhar até a porta, fiquei estática, olhando suas costas torneadas. — Aproveite a festa, Chéri.
Ele me deixou sozinha na biblioteca como se desejasse que eu pensasse. Fiquei ali pensando em sua oferta e quando desci para a festa movimentava suspirei fundo, esse não era o meu lugar. E, com esse pensamento deixei a mansão até o ponto de taxi mais próximo, e quando adentrei o veiculo a proposta de Callaway pairavam em minha mente.
Se eu aceitasse o que viria a seguir?
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