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Capítulo 17

"A vida é curta demais para se arrepender." 

Bruno Mars.

Blake Callaway alargou o sorriso sarcástico e presunçoso, mas não se afastou. Nem mesmo tirou seu braço do meio da minha cintura. O que esse idiota estava tentando fazer?

— O que pensa que está fazendo? Solte-me! — Empurrei sua mão da minha cintura. Ele não disse nada, apenas fitou para a hostess, que nos olhava intrigada. 

— Em que nome está à reserva? — A garota de pele negra permaneceu firme em sua postura, mas deveria estar percebendo o meu desconforto. — Algum problema senhorita?

Seus seguranças estavam atentos, olhando para Blake como se fossem parti-lo ao meio...

— Esse jovem senhor está me incomodando... — Minhas palavras se embaralhadas e tudo que consegui dizer corretamente foi: — Por favor, tire-o de perto de mim... Ele é...

— O namorado dela!

Blake irrompeu frio e serio, fazendo com que eu girasse a cabeça para olhá-lo sem entender o que estava acontecendo ali.

— Está tudo bem! Desculpe os modos da minha namorada. Combinamos de jantar aqui ontem, mas esqueci totalmente e perdemos a reserva. Ela não me perdoou por isso está aqui para tentar marcar outra!

— Entendo, senhor Callaway! — Ele sorriu galanteador.

Ele me soltou e caminhou até a garota, sussurrando baixinho em seu ouvido, mas, eu estava perto e dava para ouvir nitidamente...

— Ela tem transtornos de personalidade, depressão e estar aqui foi um descontrole da ansiedade. Por favor, não diga a ninguém sobre essa cena desprezível, irei levá-la de volta pra casa.

A mulher o olhou de forma preocupada e a mim com olhos de pena.

— Se o que estiver dizendo for verdade ela é um risco a sociedade... — A olhei incrédula, sério que ela acreditaria nessa merda? — Cuide para que não machuque ninguém!

Ela não estava preocupada comigo e sim em não assustar os clientes. Ela olhou ao redor, olhou para os seus seguranças certificando que não havia dado repercussão a aquilo.

— A leve daqui! — pediu o mais alto dos seguranças e eu o olhei em choque.

Blake sorriu e com o braço entrelaçados a minha cintura. Estava em choque, horrorizada por ser tratada como uma louca. Por esse motivo deixei-me guiar sem que fizesse escândalo, eu não sou uma louca, quando atravessamos vi Blake me guiar até um carro de luxo, uma Lamborghini Aventador preta estacionada do outro lado e quando tomei ciência do que estava acontecendo, tentei me soltar.

Ele me apertou ainda mais forte.

Por breves segundos nossos olhares se encontraram e em seu olhar sombrio senti minha pele arrepiar. Eu não poderia entrar naquele carro. Blake era um maníaco.

Tentei me soltar outra vez, mas seus braços eram malditamente fortes.

— Não grite e entre nesse carro!

Ele abriu a porta do passageiro para mim, mas relutei, vendo-o revirar os olhos.

— Por favor, não me machuque... — Implorei olhando em seus olhos escuro. Ele riu. — Se me deixar ir não direi a ninguém o que aconteceu aqui! Não falo nada nunca, só me deixa em paz!

— Entra no carro, Chéri... — falou impaciente. Aos poucos Blake perdia o sotaque tão carregado. Blake Callaway não era bom, e então, por medo me silenciei, e quando relutei outra vez ele me apertou contra seu peitoral forte, antes de me empurrar para dentro do carro e travar a porta

— Você será preso seu maldito imbecil! — gritei, mas o vidro abafava o som. Ninguém me ouviria dali.

Me encolhi quando ele destravou a porta e sentou ao meu lado. Meu corpo tremia em espasmos de desenfreada. E quando o motor roncou nos colocando em movimento os meus olhos umedeceram de lagrimas.

— Eu não vou ferir você, Aurora... — Suas palavras saíram sussurradas quase dez minutos depois. Vi uma magoa em seus olhos quando a primeira lágrima escorreu por meu rosto. — Mas não consegui permitir quando vi que você entraria ali para ficar com ele.

— Isso não é uma escolha sua! — gritei em meio as lagrimas que escorriam fortes de meus olhos. — Por favor, me leve de volta ao restaurante.

— Não! — respondeu ríspido, focado em dirigir para sabe lá Deus onde. Eu maneei o pescoço para olhá-lo, não consegui disfarçar o ódio.

— Você é mais imbecil do que eu esperava. — gritei e Blake fingiu que nem ouviu. — A vida é minha e eu faço as minhas escolhas, e elas não cabem a você dizer com quem fico ou não! — esbravejei. — Exijo que me leve de volta!

— Não! — respondeu friamente outra vez.

— Porque está fazendo isso comigo? Blake! Você pode ter todas as garotas que quiser aos seus pés. Tem a Mariana que está disposta a tudo por você então não precisa fazer isso que está pensando! Por favor! — apelei ao seu emocional, o garoto nem me olhou. — Você pode transar com o Campus inteiro como já faz e ainda irá gerar muitas noticias ao Jornagram por ser um playboy desejado... Por ser rico e ter um sobrenome de peso. Você tem tudo, Callaway... — disparei nervosa, jogado com tudo que sabia sobre ele. — Status. Poder. Muitas mulheres a sua disposição e não precisa forçar para estar com nenhuma delas, além do mais tem a loira que chegou ontem... Blake voc...

— Você não sabe o que está falando, Chéri. — me interrompeu sem me olhar. — Você não sabe nada sobre o que está falando.

— Olha! Eu não sou interessante e nem tenho atributos as quais te interessam. Eu não faço o seu tipo e você não faz o meu. Por favor, me leve de volta e me deixe em paz!

O garoto permaneceu olhando a estrada. E quando entrou em linha reta acelerou seu conversível em velocidade absurda, estávamos deixando a cidade.

Olhei ao redor reconhecendo onde estávamos e conforme Blake se afastava de Pherce minha pele arrepiava por desconhecer as ruas que estávamos passando... Eu estava encolhida no banco, em silêncio.

Olhei para fora sentindo meus olhos marejarem outra vez, minhas pernas estavam bambas, não era assim que gostaria que terminasse a noite.

— Não chore! Eu já disse não machucaria você outra vez, Aurora.

Blake manteve a serenidade desde que entrou no carro. Sua voz com sotaque Francês estava limpa e suave como se estivesse certo do que estava fazendo, mas ao me olhar notei o quanto estava errada.

— Eu não sei por que fiz isso! — suspirou frustrado. — Nem eu estou entendendo o que está acontecendo comigo, mas não suportaria que entrasse naquele restaurante...

— Se não entende me deixe ir! — implorei olhando para seu rosto de traços fortes e bem definidos.

— Não! Você vem comigo.

Não tentei conversar após isso. Pensei em pular com o carro em movimento, mas ele havia travado para que não acontecesse. Eu estava presa ali, longe de todos, Elliot não me salvaria desta vez, na verdade, ninguém salvaria.

Fechei os olhos sentindo meu coração se apertar... O carro que antes corria aos poucos foi perdendo velocidade e quando abri os olhos vi quando Blake Callaway estacionou em um acostamento deserto. Olhei para os lados, havia apenas seu conversível ali.

Era apenas eu, o psicopata Callaway e uma praia deserta a qual desconhecia. O lugar era bonito, mas aonde encontrar beleza em meio ao caos? Blake era horrível.

— Vamos descer... Não corra! — orientou olhando em meus olhos, desviei o olhar, amedrontada.

Blake saiu do carro dando a volta por trás e quando abriu a porta para que eu descesse o vento gélido ricocheteou meu rosto.

Ali à noite se tornou fria e por extinto abracei meus braços olhando ao redor silencioso, olhei para a Cais da prainha sentido a areia embalar se a minha sandália. Meu olhar passou pelo horizonte a frente e vi as ondas se quebrarem no mar revolto, se ele me estuprasse, matasse e jogasse o meu corpo ali ninguém saberia.

— Blake...

Sussurrei sentindo medo do que aconteceria a partir dali. Seus gestos eram confusos para mim, se ele quisesse diversão poderia ter trago Marina ou a ex-namorada, Blake não precisava de mim.

— Você está tão linda está noite... — seus olhos analisaram o meu corpo. Abraçada aos ombros me senti desnuda, cobri o meu corpo da melhor forma que consegui.

Virei-me de costas e Blake sorriu.

— Não precisa fazer isso. Não seja má educada, já disse que não tocarei em você! — comentou ríspido, dei de ombros.

— Eu não confio em você por seu caráter duvidoso e infeliz... — cuspi as palavras, girando meu corpo para olhá-lo. — E não serei educada com um homem que nunca me viu na vida e passou a mão em minhas partes intimas. Você foi educado comigo quando me conheceu? Não, você não foi! — dei um passo até ele, apontando-lhe o dedo. — Foi um escroto bêbado que não parecia enxergar além da própria bunda... Um filhinho de papai arrogante e odioso. — disparei sem pensar, coberta pelo ódio que sentia por ele. — Odeio proximidade com homens como você, fique longe de mim!

— Você não precisa entender os meus motivos, mas não precisa me humilhar por um fodido erro!

O garoto deu um passo para trás desvencilhando seus olhos cor de chocolate do meu. Blake olhou o fundo do Cais, pensei que caminharia até lá, mas, ao contrario do que imaginei. Blake me olhou de forma pesarosa, abria a boca e fechava como se não tivesse palavras para falar.

— Tivemos essa conversa antes e você nem quis me ouvir, mas gostaria que me perdoasse pelo que fiz. Eu não sou um estuprador, Aurora.

Blake estava amargurado, notava-se por seus olhos.

— Havia terminado o meu namoro com Ambre. Enchido a cara e para aliviar o ódio e a mágoa que estava sentindo não fui para a empresa a qual desde que cheguei o papai me obrigou a trabalhar. Passei o dia todo bebendo e quando cheguei tive que aguentar o meu pai atormentando a minha cabeça por aquele jantar ridículo. Naquela época o meu irmão nem estava tão a fim da sua irmã. Elas forçaram a barra com ele e como Elliot é um cavalheiro não diria não.

Blake virou o rosto quando viu que havia falado demais, mas logo se voltou a mim.

— Enfim, eu quis castigar o velho para envergonhá-lo perante pessoas que gostaria de impressionar e infernizaria a primeira garota que visse em meu caminho e naquela noite só havia você. Esperei um escândalo, mas você não o fez e frustrou os meus planos. Mas naquele dia fui além do que a provocação. Eu não deveria ter tocado em você, depois me senti um lixo como se a tivesse violado, mas eu não sabia como me aproximar para pedir perdão.

Suspirei fundo olhando em seus olhos.

— Não há justificativas para atos imperdoáveis, Blake! — minha voz embargou. — Eu odeio você!

— E não culpo por isso! — Sua voz firme vacilou. — Eu estava sendo manipulado pelo ódio ao mesmo tempo em que estava com o orgulho ferido e por acreditar em Ambre durante tanto tempo. — Blake parou... Ele não queria falar sobre isso. — Sei que me arrepender agora não mudaria tê-la tocado, e mesmo que pedisse perdão mil vezes ainda assim não haveria justificativas.

O homem de roupa preta, ajustada em seu corpo me olhos de forma pesada. Ele sentia muito pelo que havia feito, mas me obrigar ali não aliviava os seus atos, ao contrario, os piorava.

Meus olhos enrolaram-se aos de Blake e eu o encava como se tentasse lê-lo e ao perceber que seus olhos pousaram nos meus desviei o olhar, mas pude ouvir um sorriso disfarçado saindo de seus lábios.

— Você é tão idiota quanto eu pensava!

— E você tão linda quando está brava, Aurora. — Pela primeira vez em tanto tempo ouvi seu sotaque.

— O meu nome é Blessed...

— Que seja! — deu de ombros e eu reviro os olhos — Isso não muda o quanto você é linda.

Suspirei. Não estava acostumada com elogio vindo de caras como o que estava em minha frente. E, quando uma gargalhada singela surgiu em seus lábios fiquei olhando para ele embasbacada.

— Sabe Aurora, durante todo esse tempo que me lançava olhares desprezíveis entendi que não poderia passar dos limites, mas todas as vezes que bebia excedi todos eles, mas nenhum foi com garotas que não quisessem transar comigo.

— Eu não preciso saber disso, Blake. — Meu tom sai ofensivo, mas ele não parece se importar com isso. — Mas é bom que esteja ciente que as pessoas não são brinquedos para que as machuque quando quiser.

— Eu sei que somos cobertos de erros, mas não consigo imaginar o seria de mim se eu tivesse tocado um pouco mais em você! Eu não sou esse monstro a qual você abomina. — sussurrou ao dar um passo fechando a distância que havia entre nós, respirei fundo sentindo seu perfume atingir meu cérebro, estávamos próximos demais... — Me dê à chance ao homem a sua frente para que possa se redimir.

Blake estendeu a mão no ar e eu a olhei por breves segundos, sentindo medo, insegurança e pavor caso eu resolvesse tocá-la como uma breve trégua.

— Por favor. — implorou, e vi um meio sorriso em seus lábios quando toquei sua mão sentindo uma corrente elétrica passar de seu corpo para o meu. Nossos olhares se encontram, Blake ri, guiando-me até uma rampa larga que até então desconhecia sua existência. O segui para de baixo do Cais, e, ali em baixo as ondas do mar pareciam mais calma que olhadas ao longe. 

Blake soltou minha mão. Ficamos em silencio cada um contemplando a bela noite a seu modo. Observei a calmaria do lugar vazio. A luz do luar reluzia nas águas tornando-se um cenário romântico e repleto de amor. As estrelas, milhares delas brilhavam mais que o normal no céu escuro e o vento gélido chicoteavam ainda mais em meu rosto me fez querer sorrir pela sensação de paz e liberdade que invadiu meu interior. No silêncio, apenas ouvíamos o barulho das ondas se se movendo e quebrando baixinho quase em nossos pés. Imaginei como seria aquele lugar durante o dia, com os surfistas e pessoas trafegando por ali em um dia de verão. 

Blake sentou-se sem se importar com a areia, e pensando se deveria ou não fiz o mesmo, estávamos ali. Eu corria o risco a qualquer modo se fosse para morrer, que ao menos levaria essa vista comigo.

— Dentre todos os lugares que já visitei no mundo esse aqui continua sendo um dos meus favoritos.

Seus lábios curvaram-se em um meio sorriso, mas Blake não me olhou. Olhávamos para o céu, admirávamos as estrelas era lindo para que pudesse ser apreciado. Por instinto me vi olhando para o rosto de Blake por mais tempo que já desejei durante todo esse tempo que havia sido transferido. O comtemplei em silêncio, reparando em seus cabelos lisos e castanhos que insistiam em cair em seus olhos. Sua boca era desenhada e seus olhos...

Blake riu, fazendo com que me sentisse uma idiota por estar olhando-o demais. Mas, deixando o ódio de lado, notava-se ao longe o quanto ele era bonito de mais perto.

— Esse era o lugar que a minha onde minha mãe trazia Elliot e eu para sermos livres como quiséssemos quando criança. Tenho memórias correndo esse lugar inteiro... — suspirou pesaroso. — Ela estava grávida de Hannah quando viemos pela primeira vez, sua barriga estava enorme, mas mesmo assim ela sorria em ver o quanto estávamos felizes. E nessa época George era um homem cujo dever vinha à frente de sua família.

O seu tom pesou, ele estava relembrando momentos que lhe atavam a alma.

— Blake, você não pre...

— Tivemos bons momentos aqui, Aurora... — ele interrompeu rindo, com o olhar distante. — Fomos felizes, lembro-me quando Hannah tinha quase dois anos, quando viemos pela ultima vez e a minha mãe me fez prometer que sempre cuidaria dos meus irmãos, principalmente de Hannah por ser sua única princesinha. Eu prometi algo que quando ela se foi fui incapaz de cumprir.

Blake me olhou forçando um sorriso triste. Em seus olhos havia uma emoção desconhecido, mas, naquele momento, pela primeira vez naquela noite não o via como um monstro.

— Depois que fui embora muitas vezes deixei Paris para vir em Pherce, mas, em nenhuma delas tive coragem de olhar para a minha irmã. Porque quando fui embora Hannah tinha nove anos e agora ela está uma adolescente... Eu perdi tanta coisa em não saber lidar com a minha dor.

— A dor nos faz perder muitas coisas, Blake, ás vezes, até mesmo quem somos!

Suspirei lembrando-me o quanto Heather havia se perdido após o desaparecimento da minha mãe. Eu havia me perdido ao me tornar fraca e não enfrentar as vontades de Dakota. E o meu pai se perdeu quando nos abandonou.

Blake enfiou as mãos em seus bolsos olhando para frente. Meus olhos cravaram nos seus, a lua reluzia seus olhos, era lindo. Vi quando seus músculos retesaram, ele soltou um suspiro profundo.

— Eu não sei o que estamos fazendo aqui... — Seus olhos nebulosos voltaram-se em mim. — Sinto algo especial em você. Sinto a confiança que tenho em meus amigos, coisa que ninguém de Pherce o quem a não serem os meus irmãos. — Sua voz grossa reverbera, seguindo de um sorriso fraco. — Sei que estou novamente agindo como um imbecil, mas esse é o meu jeito quando desejo que alguém entre em meu mundo.

Ele parou de falar. Seus dedos adentraram seus cabelos pela nuca. Blake estava nervoso.

— O que quero dizer é que preciso de uma chance de... — ele travou, parecia pensar. Em um ato impensado minha mão pousa em seus ombros, nossos olhares se encontram, e ao sentir meu toque parece ser a alavanca que Blake buscava para continuar. — Uma chance para me redimir.

— Se é o que deseja, me leve ao L'atelier Joel Robuchon, preciso conversar com o Elliot, é importante! — Minha voz ressoa baixa, Blake volta os olhos para o mar revolto a nossa frente, perdendo-se em seus pensamentos outra vez. — Blake, prometo que se me leva não direi sobre esse momento a ninguém.

Meus olhos vagueiam até o restaurante, em Elliot aguardando uma possível companhia que nunca chegaria, não enquanto eu estivesse ali presa a Blake.

— Eu não importo se contar... — Diz, dando de ombros.

Levanto-me irritada em um solavanco, parando em sua frente sentindo o vendo bater e esvoaçar meu vestido.

— Se eu pudesse te afogaria naquele mar por ser tão imbecil... — cuspi irritada, seus olhos levantaram até mim, vi um meio sorriso estampar em sua boca. — Marina, sua ex-namorada, Heather iriam amar estar aqui, não mediriam esforços para tê-lo, mas eu não! Eu só quero ir embora, droga!

— Não ficaria com a sua irmã nem que fosse a ultima garota na face da terra, acho que nem mesmo do inferno! — Balbuciou, relaxadamente. — Elas são apenas uma boa distração!

— Você é ridículo! — Proferi irritada. Blake faz um bico fofo, provavelmente não se importava com minhas palavras.

Suspirei sem dizer mais nada. Olhei para o céu, lembrando-me do dia do terraço com Elliot e o quanto foi gentil. O quanto era cuidadoso e carinhoso comigo. Meu sorriso saiu como um suspiro ao lembrar-me do nosso primeiro contato.

— Você está apaixonada? — Blake me puxou de volta para onde estávamos. O fitei, seus olhos estavam cravados ao meu. — É o assunto importante que desejava dizer naquele restaurante?

Um longo suspiro escapa de meus lábios, sua pergunta me faz sentar em sua frente, com olhos focados na areia gelada. Era cedo para admitir em voz alta para as outras pessoas o que eu sentia por Elliot? Meu coração dizia que não, mas minha consciência gritava por sim, era cedo, era arriscado e perigoso ainda mais para um homem tão sádico quando Blake Callaway. Outro sorriso escapa de meus lábios. Levanto os olhos e encontro os de Blake fixados em mim, curiosos, buscando por resposta.

— Sim... — limitei a resposta vendo-o suspirar, quando o clima entre nós mudou senti necessidade de continuar. — Eu preciso dizer como me sinto, preciso dizer o quão ele marcou meu coração nesses últimos meses e se não me levar será tarde demais...

— Nunca será tarde para amar, Blessed Kelleher.

Sua voz soou torpor, e, pela primeira vez deixei de gostar do meu nome. Ele se arrastou para trás e levantou, afastando-se de mim. Seu corpo retesou e a forma que havia pronunciado meu nome me incomodou, e por um momento pensei em contar a verdade sobre o baile para ele, mas eu não podia, não confiava nele, além de que, no dia do baile dançamos juntos e ele assumiu coisas que não esperava ouvir de um playboy insensível. E se ele dissesse que se apaixonou por mim naquela noite, como conseguiria lidar com isso? Era demais para mim.

— Para encontrá-lo talvez possa ser. — indaguei nervosa.

Seus olhos me encontram de forma diferente, o ar se prende em meu pulmão como se me impedisse de respirar. Seu olhar era intenso demais.

— Elliot disse que se encontraria com a sua irmã e não com você, resolveram revezar o brinquedo novo? — questionou, debochado.

E por seu olhar ele sabia que algo estava errado, era como se esperasse uma confissão. Blake era esperto e sagaz e naquele momento eu não tinha como contestá-lo, até tinha, não o faria por não poder dizer que eu era a misteriosa pianista. Aquilo geraria um conflito ainda mais em minha vida, porque Heather era uma vadia mentirosa. E, confessar ao Callaway cafajeste não era algo prudente a ser feito.

— Não a julgo por se apaixonar por ele... Elliot sempre, durante toda a nossa vida foi o filho prodígio e de caráter impecável. — comentou com um sorriso travesso. — Era um cavalheiro que não podia ver uma mulher chorar e hoje as mulheres que o rodeiam enxergam o príncipe que ele se tornou... — Blake faz careta e eu não desvio o olhar de seu rosto. — Infelizmente, isso fez com que fechasse os seus olhos sem puder enxergar o quanto as pessoas podem ser perigosas.

— Se as pessoas são ruins é uma falha no caráter delas... — proferi suspirando. — Elliot é gentil, carinhoso e de um coração bonito. Eu não sei se ele te disse à forma que nos conhecemos, mas, aquele dia para mim foi crucial para que visse o seu cuidado para com as pessoas ao seu redor. E sabe, nunca o vi usar o sobrenome para sair com as garotas do Campus.

Ao findar as palavras seus olhos guiaram-se aos meus, arqueando uma sobrancelha.

— Eu não uso o meu sobrenome para transar com as garotas do Campus. — Se defendeu.

Dei de ombros. Sua expressão se fechou em uma careta.

Reuni toda a minha coragem e girei o meu corpo voltando a me sentar ao seu lado abraçando os meus joelhos e olhando para o mar revolto adiante nossos olhos. Nenhum de nós disse nada apenas admirada a grandeza natural que éramos agraciados.

Um gemido escapou de meus lábios quando os braços do homem passaram por meus ombros acariciando minha pele desnuda, fazendo minha pele arrepiar. Tentei me soltar, mas ele não permitiu que me afastasse de seu toque. Maneei a cabeça para o lado, descontente, mas, ao me encontrar com seus olhos vi o brilho que ofuscava meu interior. Eu poderia gritar para que me soltasse. Poderia apontar as falhas em seu caráter por estar novamente cometendo o mesmo erro após pedir o perdão, mas agora, conhecendo a suas fraquezas não ousaria feri-lo ainda mais.

Seus olhos escorreram por meus lábios e os meus pararam de forma petrificada aos seus, e, naquele momento senti ódio de mim mesma por desejar aqueles lábios rosados tocando aos meus.

— Você me odeia? — sussurrou em um tom baixo, rouco, mas sem desviar os olhos de minha boca.

Como uma tola, fechei os olhos sorvendo-me daquele momento. Reprisando seu olhar em minha mente enquanto me embriagava de seu perfume apimentado. Blake era um imã, eu deveria, mas não conseguia afastá-lo de mim como se nossa ligação, aquele momento fosse algo inquebrável e incompreensível para mim.

— Sim, Blake! Eu odeio você... — confessei ainda de olhos fechado, mas entregue a aquele momento como uma tola. Abri os olhos e vi o sorriso travesso que dançava em seus lábios. Ele era lindo, quase um Deus da beleza, nem mesmo Elliot com aqueles íris azuis conheciam ter o mesmo poder que era estar ao lado de Blake Callaway.

— Eu mereço seu ódio, mas não queria ser um monstro para você, queria ser o seu...

Ele não prosseguiu. Apenas os seus dedos deslizaram por meus cabelos adentrando minha nuca. Paralisei meu olhar no seu, sentindo suas carícias em minha pele que davam sensações diferentes por todo meu corpo. Fechei os olhos quando não consegui resistir ao seu charme, e, percebendo-o, Blake lentamente se aproximou até que nossas respirações se encontrarem. E, naquele momento as ondas do mar fizeram silêncio quando nossos lábios se fundiram. Os seus lábios conseguiram passagem sem nenhuma dificuldade, sem nenhuma autorização sugou meus lábios inferiores, fazendo que nossas línguas se conectarem. Eu não pensava em mais nada, apenas o puxei para mim mais perto de mim ajeitando-me na areia da melhor forma possível, e, segurando em seu ombro, intensifiquei o que era mais forte que eu.

Eu não queria parar. Suas mãos deslizaram pelas minhas costas e acariciei seu rosto aproveitando cada segundo. Mas, em um rompante Blake se afastou levantando-se rapidamente, o olhei desnorteada, confusa, notando a mesma confusão em seus olhos.

— Eu sou um fodido imbecil! — Blake passou suas mãos por seus cabelos bagunçados de forma nervosa. — Isso foi um erro! Um maldito erro que não deveria ter acontecido.

Em seus olhos havia algo que eu desconhecia, talvez por ter Marina, talvez por ter tantas conquistas e estar ali com uma garota insignificante retardava seus compromissos. Blake parecia embaraçado com a situação, eu, bem, queria cavoucar um buraco profundo na areia e me enterrar, em um momento desejada e em outra rejeitada.

— Eu não...

Blake me olhava, tentava falar, mas as palavras fugiam de seus lábios. Ele andava de um lado a outro em passos rápidos e nervosos, permaneci no mesmo lugar, olhando seus atos como um momento de descontrole.

— Você me confunde, que inferno! — gritou consigo mesmo, confuso, finalmente parando de andar. — O que realmente quero dizer e que...

— Diga de uma vez. — pedi nervosa, minhas mãos estavam trêmulas e geladas. Essa situação era uma loucura demais para a minha cabeça.

— Você me faz ter atitudes idiotas desde o primeiro momento que a vi. Eu não entendo nunca fui um homem de agir por impulso ou de fazer coisas a qual possa me arrepender, mas com você é tudo ou nada. É intenso de uma forma que eu não consigo pensar e quando vejo já caguei em tudo. — Blake deu uma pausa para respirar. — Estar aqui é um erro.

— Então me leve aonde eu deveria estar! — respondi, ríspida.

Blake não responde, suas palavras somem, as minhas também após dizer isso. Sentia o seu gosto em minha boca, sentia-me confusa, cheia de sentimentos, mas perdida demais para admitir qualquer um deles.

Subimos a rampa em silêncio. Blake seguia aalguns passos a minha frente. Em meu amâgoseus lábios reviviam minhas memorias, era errado, tão quanto o sentimento de ódiopor ele deixando-me lentamente. Quando chegamos ao estacionamento entramos nocarro em silêncio, e durante o percurso de volta a Pherce Blake não me olhou emmomento algum. E, durante todo o trajeto me sentia ingênua... Ingênua por aceitarfacilmente o seu beijo e extremamente burra por ter gostado dele, era bom...muito bom. 

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