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Capítulo 13

"Quando defendemos os nossos amigos, justificamos a nossa amizade.

 — Marquês de Maricá

Não queria continuar ali. Disse a Fayer que não queria entregar meu coração, mas naquele momento sentia como se o houvesse perdido. Heather queria status, e se relacionar com um Callaway a traria isso. O garoto a olhava frente a frente, inerte ao seu toque, era como se estivesse em choque.

— Você era a última garota nesse Campus que pensei ser ela. — Elliot a encarava buscando meus traços em seu rosto e é óbvio que ele encontraria. — Eu estou confuso...

— E eu fiquei, fiquei por saber o que havíamos tentado antes, e que talvez ao dizer quem era fizesse você se afastar de mim. — gesticulou nervosa. — Amor, eu não posso mais negar que você é o que quero para a minha vida.

— O que perdeu naquela noite? — perguntou incerto e a víbora sorriu.

— Um colar... Um colar que era da mamãe. — respondeu, e eu engoli em seco.

Ele deu um passo para trás como se buscasse ar, não estava preparado para isso, Elliot esperava qualquer outra pessoa e não Heather.

— O seu colar está guardado em um lugar seguro — sorriu, finalmente estava convencido, claro, ela tinha todas as cartas para enganá-lo.

A minha irmã passou seus braços por seus ombros, encarando seus olhos sorrindo. Eu paralisei tensa como expectadora de um momento que deveria ser meu, mas Heather era não boa em mentir que não mudava sua postura. Ela havia encarnado um personagem e acreditava nele, se eu não soubesse a verdade também acreditaria nela.

— Sonhei tanto com isso. — Heather acariciou seu rosto de modo gentil. Elliot segurou sua mão por cima da dela.

— Eu também...

Vi Heather se aproximar dele e quando vi  ela se que aconteceria dele fechei os olhos. Não queria ver, mas quando abri, a vi beijando-o, na minha maldita frente. 

— Eu vou vomitar — ralhei baixinho.

Elliot ouviu, afastando-se da minha irmã e com cuidado veio até mim.

— Você está bem? — perguntou preocupada e antes que pudesse responder minha irmã o fez por mim.

— Está emocionada por tê-lo como cunhado. 

Olhei-a com ódio, seu sorriso era dissimulado.

Bruxa, bruxa como Dakota, era isso que Heather havia se tornado. 

Ele voltou sua atenção para a minha irmã. 

— Marcarei outro jantar, mas desta vez apenas para nós dois, tudo bem para você? — perguntou beijando gentilmente sua testa, ela apenas concordou acenando com a cabeça. — Nós vemos depois, até mais Blessed.

Não respondi. Elliot se foi, apreensivo e nervoso, nós duas acompanhamos até vê-lo virar o corredor e a atenção dela se voltou para mim. 

E ao olhar por onde Elliot havia passado vi Leslie caminhando rapidamente em nossa direção com um sorriso travesso nos lábios, usando um vestidinho curto como gostava de chamar atenção. Provavelmente sempre esteve ali a espreita vendo tudo. 

— Fique longe do que é meu! — ameaçou antes que a amiga chegasse. — Sabe, acho que você precisa aprender a ser mais esperta, Bless.

— Não quero se para isso precisasse ter o seu caráter imundo! — cuspi com ódio. 

— Não seja tola ou qualquer um a passará para trás já que nunca teve um namorado. 

— Cale a boca sua maldita mentirosa. — O meu ódio cegava mais que o amor que um dia senti por ela.

— Pensou mesmo que ele ficaria com você? Eu livrei a sua cara de passar vergonha.

Leslie estava quieta passou na frente da minha irmã como se fosse o seu escudo.

— Um Callaway não é para o seu bico. — Leslie disparou venenosa. — Você é a insignificante ridícula que tem medo de lutar pelo que deseja. Seja menos covarde, Blessed!

— E fique bem longe do meu namorado... — piscou com um sorriso debochado nos lábios. — Só para evitar mais problemas em sua vida miserável!

Ela ia sair ao lado da amiga, mas segurei seu pulso, fazendo com que me olhasse.

— Como você consegue ser tão malvada a esse ponto? Se me acha tão insignificante porque está roubando o meu lugar? Se você é tão perfeita quanto parece porque está fingindo ser eu?

— Porque sou a melhor, sempre fui... — Seu rosto avermelhou. Heather odiava ser contrariada. — Elliot não sentirá a sua falta porque antes disso ele precisará de apenas um rosto, e adivinhe? Eu estou dando o meu a ele.

— Você começou mentindo e mesmo sem ter experiência isso é impossível dar certo, está apenas se enganando. — respondi e elas se entreolharam com sorrisos debochados.

Leslie voltou-se para mim com expressão frívola. Tencionei a mandíbula e cerrei os pontos prontos para socá-la.

Elas se olharam sorrindo com deboche.

A atenção da Leslie voltou-se a mim.

— Ele precisa apenas acreditar no amor dela e o restante a nossa querida Heather fará e com muito prazer.

— Vocês são nojentas. — Fiz careta e as duas sorriram de modo pervertido. Eu o entendi o "com muito prazer". E, ao sair dali respirei fundo. Os meus sentimentos já não cabiam no peito e com as vistas embaçadas pelas lágrimas segui o caminho oposto à sala. Estava sem condições de ficar olhando para Bridget e para aquelas pessoas. Eu estava em uma posição complicada, havia sido roubada e ao pensar nas consequências que isso me traria o meu corpo arrepiou.

Subi pela lateral das arquibancadas correndo agradecendo por todos estarem em aula. Abracei meus joelhos de modo que não aparecesse a minha calcinha no vestido, mas deixei que as lágrimas reprimidas caíssem por minhas pernas.

Porque Heather havia feito aquilo? Por quê? O que ganhava em ser tão covarde e cruel com o próprio sangue.

O perfume com o fundo apimentado invadiu minhas narinas e antes que eu levantasse o rosto aquela maldita voz firme misturada ao sotaque francês invadiu meus ouvidos.

— Talvez precise de uma companhia, posso me sentar se quiser — rolei meus olhos para cima. Blake Callaway estava parado em minha frente. Seus cabelos escuros estavam molhados, cheirava a homem após o banho. Estava sexy, porém ele deveria estar em aula e não aqui.

— Eu não quero conversar com você, vai embora! — Ele deu de ombros e se sentou ao meu lado sem permissão como um idiota que era, revirei os olhos.

— Nesse momento sou a única pessoa que pode ouvir você!

— E eu não tenho nada para te contar. — suspirei sem dar o trabalho de olhá-lo. — Dê o fora!

— Acho que devo um pedido de desculpas a você, Aurora. — Seu tom de voz mudou.

Blake Callaway conseguia ser gentil quando desejava.

— Eu estava descontrolado naquele dia, e pedi ao meu pai que ficasse em casa, mas o velho é um fodido cabeça dura.

— Não importa mais... — limpei as lágrimas, estava pronta para ir embora, mas sou interceptada por ele.

— Seja lá qual for o motivo que a deixou assim não vale a pena. — Seus olhos me fitou enigmático. — Ninguém, vai por mim... Ninguém ou nada merece nossas lágrimas.

Ele tentou tocar a minha mão, mas quando notei me movi rapidadsmente passando por ele, descendo as escadas e saindo da universidade. Não estava com psicológico para nenhuma aula. Não queria ver a Heather sorridente quanto ao que havia acabado de fazer, e certamente chegar a casa e encontrar-me com Dakota afloraria ainda mais o meu espirito inquieto.

Ao chegar à mansão agradeci pelo carro de Dakota não estar, e após o banho pensava o quanto Heather era sórdida, ou melhor, como quando havia se tornado essa pessoa de péssima índole porque quando éramos pequenas nossos pais nos criaram para sermos ótimas filhas, tivemos uma ótima educação e bons exemplos. Nossa escola sempre foi boa e a mamãe nos apascentou com sabedoria, mas a educação da minha irmã parecia ter ido embora com a mamãe.

Deitada no sofá do porão me lembrei do gosto dos lábios de Elliot ao mesmo tempo em que era substituída pelo beijo em Heather. Peguei o celular e comecei digitar a mensagem diretamente a Fayer, que provavelmente estaria na sala:

Eu não consegui dizer nada a Elliot Callaway, deu tudo errado! Mas não importa mais já que pelo visto ele tem uma nova namorada, você ainda não sabe de nada, não é?

Enviei e a sua resposta veio em seguida.

Aonde você se meteu? A megera perguntou por você. ''Diga-me porque está dizendo isso? Está me assustando.

Respirei fundo pensando no que dizer, então, deixei meus dedos falarem por mim:

Estou em casa. A minha vida é uma merda, Fayer. Estou cansada das pessoas tirarem tudo de mim. Primeiro a minha mãe, depois o meu pai, e agora Elliot. Elas são tão sem escrúpulos e maldosas que fazem tudo para ganhar.

Zerei o reservatório de lágrimas com um choro silencioso, não obtive respostas da minha melhor amiga. Ia guardar o aparelho vi a tela brilhar e a foto da Fayer aparecer em meu visor.

Olhei para fora e ao garantir que não havia ninguém, atendi.

— Que merda aconteceu aqui? E porque a sua irmã está falando aos quatro ventos que era ela a garota que o Elliot estava procurando? — funguei, sentindo o nó na garganta. — Espera, você está chorando Bless? — Não respondi, apenas segurei o soluço e a minha amiga soltou um palavrão. — Não vale a pena chorar por um homem, acredite, enquanto você chora, ele se diverte com a outra.

— Estou no jardim do Campus. Eu não tive estômago para suportar a cadelinha gêmea se vangloriando pela nova conquista, então, por favor, me diga que aconteceu sem esquecer nada!

Contei tudo detalhadamente vendo-a chingar algumas vezes do outro lado da linha. Fayer estava furiosa com Heather.

— Aquela vadia, cretina, usurpadora — berrou furiosa e eu suspirei. — E sinceramente, achei que Elliot Callaway fosse mais inteligente que isso!

— Ele é esperto, mas ela tinha tudo ao seu favor — o defendi frustrada. — Ela o beijou, o beijou na minha frente para mostrar quem mandava e eu tive que aguentar aquilo quieta. Fayer foi um pesadelo. — respirei fundo. — Porque ele não foi capaz de conseguir ver quanto estava apaixonada! Porque não a afastou, droga!

— Você teve a sua chance e a desperdiçou. Naquele dia Elliot buscou a misteriosa pianista em você, Bless! — Fayer suspirou. — Mas ainda assim não justifica a merda que a sua irmã está fazendo, e, tenho vontade de ir até aquela sala e estapear a sua irmã enquanto desminto suas palavras. Você não pode fazer nada, mas eu não prometi nada a ninguém!

— Fazendo isso você enterraria a sua melhor amiga... — afirmei sem nenhum tom de brincadeira, era verdade, se humilhasse Heather, Dakota era capaz de me matar.

— Antes que elas a enterrasse, eu as jogaria na cova!

A minha amiga estava com raiva por mim, era assim, ela e Faith sempre estavam ao meu lado quando algo acontecia. Elas também não tinham paz desde que a socialite entrou em minha vida.

— Elliot e Heather vão jantar juntos esta noite... — A minha amiga avisou, mas um sorriso ecoou em meus ouvidos. — Mas é você quem estará naquele encontro.

— O que? — Arregalei os olhos, sem acreditar no que ela estava falando.

— Darei um jeito para que vá até lá e diga a verdade ao seu príncipe e desmascare quem é a Heather de verdade.

— Você enlouqueceu? Isso é impossível, não posso medir as minhas forças contra a dela, ou esqueceu que Heather tem um xeque mate em suas mãos para a qualquer momento? E se a Dakota vier atrás de mim, nunca mais me verá.

— Esteja linda esta noite que farei com que a sua irmã não apareça. — afirmou entre dentes e por sua respiração soube que estava tramando algo.

— E como vai tirar ela do jogo? Não pense que Heather ira ceder o seu a lugar a mim porque ela não irá. Ela está louca para enfiar suas garras nele definitivamente, além do mais, a minha irmã é gananciosa e parece estar visando às posses que o jovem possui.

— Eu tenho meios que não gostaria de usar, mas se é por você e por sua felicidade o farei... Heather não perde por esperar e quando notar que foi passada para trás e estará fora de circulação. Elas mexeram com a família errada e isso também terá consequências!

Lembro-me de quase dois anos atrás como hoje quando entrei no Campus e vi uma garota gritando com outra que em momento nenhum a agrediu com palavras, e soube depois que ambas eram da minha turma, a que gritou Leslie Donovam. Uma garota de temperamento difícil que trocava as aulas para transar com os caras mais velhos, principalmente nas festas da fraternidade.

Quando a Heather chegou e enturmou-se rapidamente com Leslie sabia que deveria ficar de olho nela, possivelmente não valia a pena quanto à amiga, mas ao chegar ao outro dia me surpreendi quando a mesma garota buscou por minha ajuda. Essa era doce e gentil, não segura de si como a outra que parecer a miss universo e quando a outra entrou ao lado de Leslie notei que eram gêmeas. Eram iguais fisicamente, rostos idênticos, mas Heather conseguia ser desagradável e manipuladora fazia tudo para levar a melhor em cima da inocência e bondade da irmã.

E, depois de certo tempo soube que eram as filhas de David Kelleher, um dos arquitetos mais conceituados de nosso país que estava em um trabalho milionário na Suíça. Blessed Kelleher era muito rica, ou deveria ser pela família que possuía, mas conforme pegávamos liberdade ela contava sobre sua vida após a madrasta ter chegado nela, mas foi no verão passado quando tudo piorou, a minha amiga surtou, teve crises difíceis que precisavam de ajuda, mas ela teve que tratar sozinha por não ter apoio da megera, então, Faith e eu tornamo-nos sua força. Blessed havia sido recebida na minha família como uma irmã.

— Você precisa estar linda para o Elliot está noite, Heather. — A voz de Leslie me tirou de meus devaneios. Virei-me vendo-as cochichando com sorrisinhos debochados e isso me preocupava já que a Blessed não havia voltado para a sala.

— Então esse tempo todo era você, Heather? — a pergunta surgiu por uma pessoa aleatória, Heather sorriu me fazendo cerrar os olhos.

— Sim e avisem a todas que agora Elliot Callaway tem uma namorada. — Heather olhou em minha direção com um sorriso patético. E quando ia deixar a sala para ligar para a minha amiga Bridget me parou me olhando com raiva, era o que faltava!

— Algum problema?

— Onde está à senhorita Kelleher? — Encarei-a de forma preguiçosa e fiz careta que não lhe agradou nada.

— O nome da minha irmã é Faith e eu não moro com a senhorita Kelleher para saber todos os seus passos, e pelo que pode ver, não tenho bola de cristal!

Sorri desdenhosa e a mulher me fuzilou com seus olhos enraivecidos. Foda-se! Essa perseguição com a Bless estava passando dos limites, e quando mulher saiu da minha frente pisando duro, suspirei. Deveria ter ponderado nas minhas palavras, mas no fim ela mereceu.

Vi a mensagem da minha melhor amiga que me tirou uma careta ao responder. Trocamos breves mensagens e eu não suportei ver Heather se vangloriar e corri para o jardim. Liguei para Bless sentindo a tristeza em sua voz ao contar tudo que Heather havia feito. No fundo, eu conseguia sentir a sua dor. Eu já estive em seu lugar, havia amado alguém e a cicatriz continuava ali, marcando-me de forma intensa e as vezes, doía.

Blessed se apaixonou rapidamente por Elliot, e antes nunca disso nunca tinha se entregado a nenhum outro sentimento como o que possuí por aquele garoto que não conseguia ver a joia que tinha em suas mãos.

Elliot Callaway era filho de um homem importante na cidade, talvez até mais conhecido que os Kelleher. O garoto era lindo e gentil, que eu conseguia ver seus sentimentos pela minha amiga pelos olhares que dava a ela, mas Bless era incapaz de enxergar além do medo que sentia por sua madrasta.

— Irei cuidar de você, e se você não ficar com Elliot a Heather também não ficará — finalizei. — Irei desligar.

— Tome cuidado. — pediu e eu desliguei.

Voltei para a aula tendo que aguentar as fofocas na sala e como se não bastasse as noticias sobre o novo namoro circundavam pelas redes sociais de fofoca do Campus. No final da aula quando cheguei ao estacionamento vi Heather aproximando-se de Elliot e quando o garoto menos esperou ela selou seus lábios, sorrindo.

Revirei os olhos antes de entrar em meu carro e olhar para a vaga de Faith, provavelmente havia ido embora dando carona a Leonard que estava com problemas em seu carro. Pensei em como ajudaria Bless, e sabia que precisava fazer aquela ligação. Olhava para o celular agora em minhas mãos perturbada. Falar com aquele maldito era a minha pior escolha, mas minha única certeza que alguém faria isso por mim.

Brandon, o único homem que amei e o que quebrou meu coração em mais pedaços que alguém poderia contar.

Quando o vestido vermelho que Heather esvoaçou na frente do meu carro, vi um sorrisinho cínico ao me olhar, estava se divertindo com a situação sobre a desgraça da própria irmã, e isso me serviu de alavanca para discar o numero que minha cabeça ainda lembrava.

— Foda-se, é pela Blessed. — minhas mãos tremiam, estava nervosa.

— Fayer? Fayer é você? — Ouvi sua voz grave que fez meu coração arrepiar. Ainda não me sentia preparada mesmo depois de tanto tempo. — Eu ainda tenho o seu número na minha agenda, então...

— Isso foi um erro — sussurrei fechando os olhos vendo-o suspirar do outro lado.

— Fayer, eu sinto muito mesmo por tudo que aconteceu, e saiba que nunca esqueci o que aconteceu entre nós.

As lembranças de seus beijos doces e gentis vieram em meus pensamentos. O cheiro de seu perfume e gosto do seu corpo.

Merda! Não posso pensar nele. Não, não, não, não...

— Isso não importa mais, Brandon! — Reuni minhas forças ou não conseguiria finalizar meu plano como planejado.

Quando abri os olhos não consegui focar em nada, apenas em nossas vozes, naquele breve momento.

— Preciso de ajuda, não conheço ninguém que possa fazer isso além de você! — suspirei, mordendo o lábio inferior.

Brandon Maddox era o meu passado devasso. O playboy é filho do sócio do meu pai, e infelizmente, trabalhava no mesmo prédio, então, em um belo dia foi a uma das festas grandiosas do meu pai e por infelicidade do destino nos conhecemos. Brandon é dono de lindos olhos castanhos escuros, e foi por eles que cai em seu charme e depois de algum tempo me apaixonei. Rolou, transamos alguns muitas vezes, mas me ferrei quando esse maldito me marcou de traiçoeira.

— O que? Diga o que quer e eu farei. Eu estou muito surpreso em ouvir a sua voz já que na ultima vez você me mandou ir para o inferno. — Não respondi, mas ouvi o sorriso nervoso do outro lado da linha. Eu tinha tantas lembranças daquele momento, mas não falaria sobre isso, não quando esse não era o meu foco.

— Preciso que faça algo por mim — apertei o telefone para esconder o nervoso.

— Porque me procurar se me odeia?

— Eu não tenho uma segunda opção — confessei revirando os olhos — E você é o único que sei que faria algo assim por mim ou estou errada? — Abusei da sorte, mas por sua falta de resposta vi que havia atingido o ponto certo.

— A sua falta ainda me assusta. — Brandon estava melancólico, ele queria novamente mentir ou estava realmente estava mentindo para mim.

— É... Sem dúvidas ligar foi um erro, não sei onde estava com a cabeça em pensar que justo você poderia fazer isso por mim. Adeus, Brandon Maddox. — Desliguei sem que ele respondesse jogando o celular de qualquer jeito no banco do passageiro. Meu coração estava acelerado como se fosse saltar pela boca e quando olhei para o celular a tela vibrou, era ele. Neguei a chamava, mas ele não desistiu nos segundos seguintes, até que na quarta tentativa atendi.

— O que quer de mim? — perguntou rude, sem rodeios. Mordi lábio inferior pensando o quanto isso era uma péssima ideia, mas coloquei um foda-se ao invés de um ponto final.

— Quero que sequestre uma vadia para mim. — pedi simplesmente fazendo careta.

— Você quer que eu faça o que? — vociferou quase em um grito, quase pude enxergar a sua boca rosa se contorcendo de raiva de mim. — Enlouqueceu mulher? Isso ainda é crime, Fayer.

Eu sabia que era, mas ninguém saberia que era um sequestro a não sermos nós dois.

— Larga de ser tonto, não estou pedindo que a mate. — tentei explicar. — Quero apenas que a mantenha com você e fora de órbita por algumas horas. Preciso ajudar urgentemente uma amiga.

— E porque faria isso para uma desconhecida?

— Você sabe o que é se apaixonar por alguém? — toquei em algo sensível, mas que precisava estar em pauta para convencê-lo a ajudar.

— Nem vou te responder isso! — Meu coração apertou, assim como meus dedos com o celular. — Porque mesmo que dissesse a verdade nunca acreditaria em mim.

— Tente me convencer então... — desafiei vendo-o sorrir, imaginando aquele sorriso que conhecia e tanto amei. — Você já se apaixonou por alguém? — repeti.

— Não... — respondeu simplesmente, e me fez querer chorar, não deveria ter ido por esse lado. — Não só amei como ainda amo... Eu te amo Fayer Roosevelt.

— Você sabe que não acredito nisso, não é? — Mordi o lábio inferior para comprimir o soluço, meus olhos encheram-se de lágrimas.

— Não a culpo por isso. — suspirou e eu senti a primeira lagrima escorrer.

— Se ainda me ama ajude-me, Brandon. — implorei. — A minha amiga se apaixonou pela vez, mas, essa pessoa está sendo arrancada por conta de uma mentira. Sua irmã gêmea é uma cretina sem coração. Preciso que sequestre a cadelinha gêmea para que minha cinderela posso salvar o seu relacionamento e ser viver o seu felizes para sempre ao lado de seu príncipe.

— Essas adolescentes! — revirei os olhos. Brandon era quase dez anos mais velho, mas isso não era um problema quando se envolveu com uma garota da pré-idade. — De adolescente louca basta você.

— Adolescente que colocou o playboy no bolso, não é mesmo? Se me ama como diz já deveria ter aceitado.

— Não é tão fácil o que está me pedindo, não quero que o meu pai me tire da cadeia. E se isso não der certo? Imagine se descobrirem o escândalo que será a minha vida? Não vou fazer isso, é absurdo!

— Por favor — implorei outra vez — Se não quer sequestra-la ao menos a seduza e a distraia. Faz o que sabe, engane, se vire! — Podia ver seus olhos arderem dali, assim como uma fagulha de sorriso. O bastardo estava aproveitando a situação para me provocar e eu como tola cai em suas provocações.

— Os meios que irá usar não é um problema meu, mas preferia que apenas a iludisse e a mandasse para o inferno depois.

— Você poderia jantar comigo depois disso, o que acha? Podemos tentar resolver os nossos assuntos inacabados em uma conversa de adultos que você nunca esteve preparada.

— Todos os nossos assuntos foram acabados quando descobri o que havia feito Brandon. E, não é porque estou pedindo um favor signifique que o queira novamente na minha vida. Isso é um caso isolado, que, quando passar deletarei o seu contato.

Uma grande mentira porque eu o tinha em minha memoria.

— Você deveria me dar uma ultima chance, sei que sente falta dos meus beijos, do meu corpo no seu. Dê minhas caricias enquanto você gemia o meu nome.

— Porque não pede isso a Ivy? Ela é a sua atual namorada, não é? O papai disse que estão prestes a ficarem noivos...

— Sim, mas, quando viu o beijo naquela festa foi ela quem me beijou, deveria ter acreditado em mim...

— Não importa mais!

— Claro que importa se você decidir ficar comigo largo tudo para ficar ao seu lado... — suspirou. — Ivy trabalha comigo, e não tínhamos nada até aquele dia, mas estar com ela não signifique que a ame.

— Vai me ajudar ou não? — perguntei intervindo em sua fala. Brandon ficou em silêncio por um breve segundo.

— Sinto muito Fayer, mas é arriscado demais. — Fiz careta quando ele rejeitou o meu plano. Suspirei um ok e desliguei, encostando a cabeça no volante. E agora? O que eu faria sem a ajuda de Brandon? Ele era o único que sei que entraria nesses jogos de sedução comigo. Ele era bom em jogar com as pessoas, mas será que por algum momento pensei que esse breve contato não movimentaria algo em meu coração, fui ingênua em pensar que não.

O celular vibrou em meu colo, era Brandon. Rejeitei, mas ele não parou de insistir, e não desistiria até que eu atendesse.

— Ligar foi um erro, passar bem! — Minhas palavras soaram atropeladas, mas, antes que pudesse desligar o que disse a seguir fez com que um sorriso fluísse de meus lábios.

— Irei fazer esse sacrifício!

Suspirei. Segurava o celular no ouvido enquanto a mão vaga massageava minha têmpora, preocupada. Isso não tinha como dar certo. Brandon era um libertino safado que não resistia um rabo de saia e Heather era uma vadia interesseira que quando seus olhos pousassem sobre ele o desejaria. Brandon era lindo que conquistava qualquer uma a primeira vista, além de ser um homem requisitado por ser um ótimo engenheiro.

— No fim tudo será apenas uma diversão para você! — debochei, mas no fundo senti meu coração apertar, era um plano arriscado.

Minha respiração ofegou ao imaginar o que faria com Heather, e por breves segundos o som de ambos os lados da linha silenciou. Brandon pensava em algo também e isso de certa forma me incomodava.

— Me diga o lugar que estarei à espreita e, me mande uma foto da garota... — pediu e eu suspirei fundo. Meus olhos se encheram de lagrimas. — Foi bom ouvir a sua voz novamente, Fayer!

— Não posso dizer o mesmo! — forcei um sorriso. — Obrigada pelo que está fazendo, irei te mandar o que precisa e após isso é um adeus, Brandon.

Ele não respondeu e eu desliguei sentindo as lagrimas que antes presas escorrem por meus olhos. Olhei para fora do vidro do carro me lembrando de onde estava, estava vazio e provavelmente havia passado muito tempo ali. Dei partida em meu carro saindo da universidade. E, quando um sorriso maquiavélico escorreu de meus lábios tendo a certeza que meus planos dariam certo, e que aquela cadelinha gêmea não resistiria aos braços fortes daquele homem com aparência do Chris Evans, porém cabelos ainda mais escuros, e enquanto isso acontecesse Blessed Kelleher estará dando fim as mentiras daquela vadia usurpadora.

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