Capítulo 25
Ludmilla POV
Ultimamente tenho ficado mais na casa em construção de Brunna, casa essa que já está quase pronta, Brunna disse que os meses em que ficamos separadas ela adiantou muitas coisas, já que queria ficar sempre com sua mente ocupada.
Convidei ela a ir em meu apartamento também, só que ela educadamente disse: vamos mais devagar dessa vez, Ludmilla. E falou para mim que tinha muitas coisas em sua nova casa para terminar, pedindo até a minha ajuda na decoração.E eu concordei, sabia que minha casa trazia algumas más lembranças para ela, mas como ela mesma disse, muitas lembranças boas também.
Estávamos pintando uns dos quartos de hóspedes da grande casa de Brunna e depois do acabamento e algumas pinturas, só faltaria decorar, confesso que a casa de minha namorada estava ficando linda.
-Quem diria, uma médica cirurgiã pintando paredes. –Fala Brunna me fazendo rir.
-Pintando paredes da SUA casa. –Disse concentrada na pintura.
-Tá ficando tudo muito bonito, não tá Lud? –Ela me pergunta curiosa.
-Sua casa está ficando maravilhosa, você tem muito bom gosto Brunna.
-É que foi feito de coração. –Ela diz com seus olhos brilhando. –E eu imagino meus filhos correndo pelos corredores dessa casa.
-Será que eu seria muito ousada nesse momento em dizer, nossos filhos. –A encaro.
-Não seria não.... –Ela me beija. –...nossos filhos. –Ela concorda me beijando carinhosamente.
-Te amo, te amo, te amo. –Eu falo.
-Uhhnn é tão bom ouvir isso da sua voz. –Diz Brunna com os olhos fechados.
-Não vou perder mais a oportunidade de dizer isso para você. –Ela sorri me dando vários selinhos.
-O que acha de depois do almoço nós sairmos para comprar alguns móveis para casa, afinal de contas, aqui também irá ser futuramente, seu lar.
-Ah é?
-Sim, a Casa dos Gonçalves-Oliveira. –Brunna fala.
-Isso soa bem. –Digo sorrindo.
-Pra mim também.
-Bom, eu só vou tomar um banho rapidinho, antes de sairmos então.
-Será que posso te acompanhar nesse banho? –Pede Brunna.
-Pensei que não iria pedir.
Tomamos banhos trocando carinhos e namorando um pouquinho, agora que finalmente reatamos não desgrudávamos uma da outra, descemos até a cozinha para comer alguma coisa e Brunna resolveu fazer um macarrão para gente.
-Estava com saudade de comer alguma coisa preparada por você.
-Saudade do meu tempero é? –Ela diz em duplo sentido olhando maliciosamente para mim.
-Saudade do seu tempero latino. –Digo levantando uma sobrancelha e flertando com ela.
-Eu não resisto!! –Ela diz me agarrando e me beijando, que eu não reclamo nenhum pouco.
Depois de almoçarmos nos arrumamos para sair.
-Bru!!
-Oi?
-Depois que eu contei para os meus pais que eu reatei meu namoro com você, eles me perguntaram se vocês não podem se conhecer, eles querem marcar um jantar na casa deles, mas eu vou entender se você achar que está indo rápido demais .
-Claro Ludmilla, por mim tudo bem.
Seguimos para o shopping, andamos pelas lojas de móveis e decoração, sentamos juntas em alguns sofás e até nos deitamos nele para ver se era confortável, compramos uma mesa para sala, e eu pedi para Brunna escolher uma poltrona de sua preferência, pois eu daria de presente para ela. Estava tão feliz, porque querendo ou não, estávamos planejando nosso futuro juntas, e isso é uma coisa muito boa de se imaginar.
Saímos de mãos dadas da loja caminhando pelos corredores do Shopping quando ouço ao longe alguém me chamando.
-Ludmilla, Lud!!! –Viro de costas para ver quem me chamava.
-Pai, mãe!! –Vejo os dois vindo em minha direção. –São meus pais Bru!! –Falo baixinho para Brunna que acena com a cabeça.
-Oi Ludmilla. –Minha mãe cumprimenta enquanto os dois olham curiosos para Brunna.
-Bom...já que estão todos aqui, vamos as apresentações –Falo apontando para todos.- ....pai, mãe, essa é Brunna minha namorada, Brunna, meus pais. –Digo e Brunna dá o seu melhor sorriso simpático.
-Olá Sr e Sra Oliveira, prazer em conhecê-los. –Ela aperta a mão dos dois.
-Muito prazer em conhecer você também Brunna. –Minha mãe diz sorrindo para mim.
-Eu e Brunna estávamos comprando alguns móveis para a sua nova casa, e vocês?
-Viemos almoçar Ludmilla, mas já estávamos indo em direção ao estacionamento. –Meu pai responde.
-Nós também, vamos todos então?
-Sim. -Minha mãe concorda e andamos todos lado a lado. –Não sei se Ludmilla te avisou Brunna, mas queremos convidar você para jantarmos em minha casa, para nos conhecermos melhor. –Mamãe diz.
-Lógico. –Ela diz educada. -É só marcarmos, quero convidar vocês também para uma jantar em minha casa, e eu mesmo vou cozinhar!!
-Você cozinha? –Minha mãe pergunta interessada.
As duas se entretêm em uma conversa só delas enquanto meu pai e eu seguimos juntos até ao estacionamento.
-Quantos anos ela tem Ludmilla, parece uma caloura da Universidade? -Ele me pergunta.
-Pai, não começa por favor!!
-Só estou perguntando!!
-Brunna tem 22 anos, vai fazer 23 daqui um mês.
-Huum, ela trabalha com o quê mesmo?
-Trabalha na empreiteira do pai dela.
-Seguindo os passos do pai dela, igual a você.
-Sério.... –Eu estranho- .....você não vai falar nada, não vai fazer nenhum comentário desnecessário, não vai dizer que eu tenho que me casar com um médico.
-Filha, eu e sua mãe conversamos e eu só quero que você seja feliz, independente de qualquer coisa, só me dê um pouco de tempo para me acostumar com toda essa história, também quero conhecer ela, para saber o tipo de pessoa que está se relacionando com minha filha.
-Ok pai, se você a conhecer, vai perceber que ela é uma boa pessoa, mas obrigada por enquanto.
Chegamos ao estacionamento e cada um entra em seu carro seguindo em direções opostas, Brunna aperta o volante nervosa olhando para mim.
-Será que causei uma boa primeira impressão, Ludmilla? –Brunna pergunta preocupada para mim.
-Você sempre causa uma boa impressão.-Respondo calma.
-Como assim? –Pergunta ela curiosa.
-Você é simpática por natureza Brunna, está no seu sangue.
-Bom, fomos pegas de surpresa, mas espero que seus pais não achem que eu desvirtuei a filha deles.
-Minha mãe pelo que vi adorou você. –Digo fazendo Brunna sorrir. -Já meu pai disse que quer te conhecer melhor, quer saber com quem a filha dele está se relacionando, meu pai às vezes age como se eu tivesse 10 anos.
-Normal, ainda mais você, que é filha única.
Chegamos em casa e Brunna pega em minha mão querendo me mostrar alguma coisa em sua casa.No andar térreo mesmo ela abre a porta de um cômodo vazio e o mostra pra mim.
-Que foi Brunna?
-Separei esse espaço pra você Ludmilla, para que você possa fazer dele seu escritório, para suas coisas importantes de médica.
-Aww Bru, só você mesmo...-Falo a abraçando. -...nossa, obrigada, me sinto honrada!!
-É, mais só durante um tempo......porque quando a gente tiver nosso quinto filho, você vai ter que se desfazer do escritório para a gente montar o quarto do bebê. –Ela diz irônica me fazendo rir.
-Boba!! -Digo a beijando. –Você é muito boba Brunna.
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