• Capítulo 17 •
Acordo com a luz a bater-me nos olhos, passo a mão no cabelo e suspiro enquanto esfrego os olhos voltando depois a por o braço por baixo da minha cabeça de novo.
A minha atenção vai para Emily que ainda dorme ao meu lado, a minha mão ainda está em sua cintura, alguns fios de cabelo estão pousados em sua testa, tem os lábios entreabertos e tem a sua mão perto da minha.
Como é que alguém consegue ser perfeito em todos os sentidos?
Contra a minha vontade, levanto-me e vou em direção ao armário, escolho algumas roupas e vou em até casa da banho, passo a cara por água e lavo os dentes.
Quando acabo, volto ao quarto e vejo Emily sentada na cama de pernas cruzadas a passa a mão pelo seu cabelo despenteado.
Quando ela finalmente percebe a minha presença, ela olha em minha direção e sorri.
- Bom dia - murmura.
- Bom dia - sorrio - temos de fazer o nosso pequeno-almoço, Elizabeth está de folga - vou em direção á porta e volto-me para ela - ajudas-me? - ela assente e saímos pelo corredor até chegar á cozinha.
Abro o frigorífico e procuro algo que possa ser útil, enquanto isso, Emily senta-se na bancada.
- Bem, podemos fazer salsichas com ovos estrelados, o que te parece?
- Ótimo! - diz - o que posso fazer?
- Ficar sentada e admirar a minha beleza - digo e a mesma rir como se fosse a coisa mais ridícula do mundo, olho para ela indignado, ela ri ainda mais - estou profundamente magoado senhorita Smith.
- Que triste - diz revirando os olhos.
Ainda muito magoado, parto os ovos e começo a trabalhar.
Sem reparar, a minha mente está em outro lugar, sempre a repetir a imagem de Emily a dormir abraçada a mim. Que merda é que se passa comigo?
- Porra! - afasto-me da frigideira e abano a mão.
- O que aconteceu? - pergunta ela, saltando da bancada.
- Queimei o dedo - resmungo.
- Não se pode ter beleza e ser inteligente ao mesmo tempo senhor Anderson - dá de ombros arrancando um sorriso de mim.
Ela vem até mim e pega na minha mão observando a queimadura.
- Faz como faziam na escola quando tinha 13 anos - vai até ao congelador - gelo - reviro os olhos e a ela sorri.
Aproxima-se de mim e pousa o gelo na minha mão.
- És mesmo idiota - resmunga - em que é que estavas a pensar? - sinto um leve rubor a surgir na minha cara e riu sem graça.
- Estava a pensar em....- limpo a garganta - como o Noah e a Charlotte fariam um belo casal - improvisação nunca decepciona.
- Também pensei nisso - sorri - tal como Scoot e a Victoria - dá de ombros - agora senta-te ou encosta-te a algum lugar enquanto aprecias a minha beleza - joga o cabelo para trás e eu riu levemente.
Faço o que ela pediu e encosto-me á bancada, Emily começa a trabalhar mas minutos depois ela começa a resmungar.
- O quê? - pergunto aproximando-me dela.
- Queimou - suspira.
- Eu ajudo.
Coloco-me atrás ela e pego em suas mãos ajudando-a a cozinhar.
Depois de mais ou menos 20 minutos, o pequeno-almoço já está pronto, Emily suspiro de alívio e as minhas mãos (sem me aperceber) deslizam até á cintura de Emily e abraço a mesma por trás escondendo o meu rosto no seu pescoço.
- Ah..J-jack? - gagueja.
- Finalmente acabamos - murmuro, Emily assente.
- Então...vamos comer? - assinto e afasto-me dela.
Ambos comemos calados, ninguém ousa quebrar o silêncio, e claro, guardo metade da comida para Jane, já que eu e Emily já estaremos fora quando ela acordar.
Quando já está tudo pronto, saímos de casa e vamos até ao meu carro, ligo o rádio e começa a tocar música, a meio do caminho, a música que tocava antes é substituída por Liar de Camila Cabello e ouço Emily cantarolar a música, baixo o volume no rádio para a ouvir melhor e... admito, ela é simplesmente...horrível a cantar. Quando ela se apercebe do que fiz, ela baixa a cabeça para eu não ver o seu rosto corado.
Limpo a garganta e começo a cantar, e surpreendente, canto pior que ela, fazendo-a começar a rir da minha tentativa de canto. Passado pouco tempo, também começo a rir.
Assim que chegamos ao prédio, vemos que a porta está aberta, Emily aproxima-se de mim e para minha surpresa, beija-me a bochecha. Paraliso. Ela despede-se e agradece, após isso saí do carro e entra no edifício.
Porra. O que é que se passa comigo?
Suspiro, passo a mão pelo cabelo e vou em direção á escola. Sei que ela estará lá em pouco tempo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro