• Capítulo 16 •
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[21:45pm]
Mãe: Tudo bem, até amanhã querida, dorme bem ❤️. Tem juízo, não quero ser avó ainda.
[21:45pm]
Eu: Até amanhã e não se preocupe com isso.
Desligo o telemóvel e guardo o mesmo na mesa de cabeceira de Jane.
O quarto de Jane é incrível, as paredes são em tons bege, a metade de baixo das paredes do quarto são tijolos de cor cinza e rosa claro. Numa das paredes tem três quadros, um com o desenho de um gelado kawaii, outro com um coração e o terceiro e o maior com um desenho de uma rapariga ruiva com uma coroa de flores.
Encostada á parede onde tem os quadros, tem uma cama de solteiro com colchas rosas, três almofadas em tons brancos e vermelhos, e a parte de baixo a cama tem várias gavetas.
Ao lado da cama tem um pequeno armário branco com sete gavetas, em cima dele tem um candeeiro, ao lado um pequeno livro e duas pequenas plantas.
Na parede paralela á cama, tem uma secretária com gavetas ao lado e a cima do centro. Na secretária tem uma televisão e alguns livros, em cima das gavetas tem vários peluches e á frente tem uma cadeira rosa. No chão um tapete bege, na parede atrás da cama tem uma janela que preenche a parede toda, tem corujas brancas e ar condicionado por cima.
Ao lado da porta tem um armário branco. Neste momento, depois de Jane me ter mostrado a cada duas vezes. Estamos no seu quarto e eu estou a ensinar o básico da dança.
- Eu não consigo! - resmunga e senta-se no tapete - não da para ficar em bicos dos pés! - reviro os olhos.
- Nunca vais saber se não tentares - sorri.
- Dizem sempre isso - resmunga.
A porta abre-se, Jack aparece e encosta-se á ombreira da porta com umas calças moletons cinza e sem camisa. SEM CAMISA. Meu deus. A minha pressão baixou demasiado neste momento.
Jack começa a falar com a irmã para ela descer e ir começando a comer o jantar enquanto eu me arrumava. Durante a conversa, a atenção dele desvia-se para mim e nesse momento percebo que já estou a olhar para ele á demasiado tempo. Ele sorri e eu desvio o olhar para o chão assim que sinto o meu rosto ruborizar
- Emily, vamos? - pergunta.
- Ah - digo - claro, para..onde? - Jack ri.
- Já vais ver - responde e pega no meu braço puxando-me para fora do quarto de Jane.
Enquanto andamos pelo corredor, lembro-me do caminho cujo Jane me mostrou á pouco tempo atrás, e embora ela só me tenha mostrado a porta eu sei que este é o caminho para o quarto dele. Porque caralhos é que estamos a ir até ao quarto dele?!?
Chegando lá, Jack abre a porta e deparo-me com um quarto em tons de preto e branco, a cama é de casal e tem cobertores brandos e duas almofadas, á frente da mesma tem o colchão de um sofá cinza, no chão um tapete felpudo branco e na parede á frente da cama tem uma parede branca com um "cubo" de tijolos pretos com uma televisão e em baixo uma lareira.
Ao lado da cama tem duas mesas de cabeceira pretas com poucas coisas em cima, o armário fica ao lado da porta pela qual nós entrámos, ele também é preto com alguns detalhes brancos.
A parede paralela á da porta principal é maioritariamente de vidro, e ao lado da mesma tem uma porta que leva para a varanda e outra que leva ,para o que penso ser, a casa de banho.
- Ali - aponta para a porta da casa de banho - é a minha casa de banho, vais tomar banho lá porque a Elizabeth acabou de limpar a da casa e matanos se entrarmos lá - sorri - a roupa já está lá e...
- JACK - grita Jane interrompendo-o - UM DOS MEUS QUADROS CAIU! VEM AJUDAR SEU IMBECIL! - Jack revira os olhos.
- Até depois - diz e saí do quarto.
Vou em direção á porta e abro a mesma, como o quarto, a casa de banho também é moderna e em tons de preto e branco.
Após tirar as roupas, abro a porta de vidro do duche e ligo a água. Depois de mais ou menos uns dois minutos, desligo a água e pego numa toalha que estava ao lado das roupas e seco-me com ela, pego na roupa logo em seguida, uma t-shirt branca e uns calções de treino cinza, tento vestir a roupa. Sem resultado. Ela é demasiado pequena!
Suspiro, levo as mãos á cabeça e começo a massajar as têmporas, ouço um barulho no quarto e após isso ouço Jack a resmungar.
Vamos Emily, não podes ficar aqui para sempre, mas por um lado isso é uma opção, mas eu posso morrer á fome e ao frio, mas continua a ser uma opção, eu não quero ir lá fora de toalha, porém, isso também é uma opção.
Aproximo-me da porta e abro a mesma lentamente, o suficiente para por apenas a cabeca de fora, Jack está deitado na cama com uma perna dobrada e com um braço na testa.
- Ah..Jack? - pergunto, porque é que só acontece merda na minha vida?
Assim que me ouve, Jack tira a mão da testa e senta-se na cama, esfrega os olhos, passa a mão no cabelo e depois olha em minha direção, sinto o meu rosto ruborizar quando percebo que ele olha para mim de cima a baixo.
- A roupa é muito pequena - respondo num murmuro.
- Ah - limpa a garganta - desculpa por isso, a roupa é da filha da Elizabeth, ela ofereceu-se para a ir buscar mas acho que a filha dela é uns dois anos mais nova que tu - levanta-se e vai em direção ao armário - vem cá.
Respiro fundo e aproximo-me dele, Jack procura algo no armário e eu sento-me na cama ainda com a toalha em volta do corpo. Após alguns minutos, ele vira-se para mim de novo, desvia o olhar de mim e entrega-me a roupa.
Agradeço e volto á casa de banho, fecho a porta e visto a roupa que Jack me deu, uma t-shirt cor de vinho que viva a metade das minhas coxas e umas calças moletons pretas.
Amarro o cabelo num coque froucho e volto ao quarto, Jack está sentado na cama a olhar para a televisão, quando sente a minha presença olha para mim e sorri.
- Vamos, a Elizabeth já preparou o jantar - assinto, ele levanta-se e eu sigo-o.
Passamos pelo corredor, descemos a escada e chegamos á cozinha onde Jane já está a comer e Elizabeth arruma as coisas.
Sento-me ao lado de Jane e Jack senta-se ao meu lado, olho para a mesa repleta de comida, sirvo-me da lasanha.
Eu e Jane conversamos bastante durante o jantar, descobri que ela adora animais e que o seu sonho é ser veterinária.
Quando acabámos de comer Elizabeth tira os pratos da mesa e começa a lavar os mesmos.
- Senhor Anderson? - pergunta.
- Sim?
- Eu queria saber se, amanhã eu poderia tirar uma folga - respira fundo - a minha filha está doente e precisa da minha ajuda e..
- Não se preocupe - responde - é claro que pode - sorri, Elizabeth agradece volta ao trabalho.
Eu, Jack e jane ficámos a ver filmes até às 23:40, Jane teve de se ir deitar porque tinha escola no dia seguinte. Já só faltam dois dias para eu começar a estudar aqui, ótimo! Escola nova, no meio do ano letivo. Isto vai ser.... divertido?
Após Jane ir se deitar, eu e Jack fomos até ao seu quarto já que o quarto de hóspedes é ocupado por Elizabeth, chegando lá, Jack tira alguns cobertores do armário, vai em direção ao "sofá" que tem á frente da cama e deita-se no mesmo.
- Não era mais justo se eu ficasse com o sofá e tu como a cama? - ele nega.
- És a convidada - da de ombros.
- A casa é tua - cruzo os braços e ele ri.
- Não te preocupes, este sofá é tão confortável como a cama - põe as mãos atrás da cabeça - a não ser que queiras que durma contigo - reviro os olhos.
- Não obrigada - respondo e deito-me na cama.
Quando estava quase a adormecer, um estrondo na rua fez-me sobresaltar. Merda, uma tempestade, eu odeio trovoada. Suspiro e deito-me na cama, tento adormecer porém, outro relâmpago aparece. E assim se repete por mais ou menos meia hora.
Porra, amanhã é a minha primeira aula dos iniciados, não posso passar a noite acordada.
Um pensamento passa pela minha cabeça e eu nego-o de imediato, eu não vou fazer isso, eu consigo sobreviver a uma tempestade.
Outro relâmpago, e se eu calculasse a distância da tempestade? Assim eu poderia saber se ainda dá tempo de fugir. E eu poderia fazer isso...se me lembra-se da equação. Merda.
Suspiro e sento-me na cama, não acredito que chegou a este ponto.
- Jack? - murmuro - estás acordado?
- Uhum - resmunga, suspira e senta-se no sofá - o que aconteceu?
- Eu..- começo - não consigo dormir.
- Porq...
O som do relâmpago interrompe-o, encolho-me e abraço o meu corpo. Jack sorri.
- Olha, eu sei que é idiota - digo - mas é um medo que eu tenho desde que era criança e eu simplesmente não consigo ultrapassa-lo.
- Não é idiota - diz, levanta-se do sofá e vem em minha direção.
Jack deita-se no outro lado da cama e puxa-me para ele, abraçando-me por trás, ele tem uma não por baixo da sua cabeça e outra na minha cintura, enquanto o seu rosto está na curvatura do meu pescoço.
- A minha irmã também tem medo de tempestades, quando ela era mais pequena ela vinha ter comigo até adormecer, agora ela prefere ficar com a Elizabeth - ri.
Admito, é confortável. Sem me aperceber, adormeço.
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