• Capítulo 13 •
- Bom, acho que já terminamos por hoje - diz Charlotte.
- Finalmente - reclama Cristine - adeus - saí da sala.
- Acham que eu posso ficar a treinar mais um pouco? - pergunto e todas olham para mim.
- Claro - diz Olívia - vou falar com a Jenna, mas ela fecha às 22:30pm, tens de sair uns dez minutos antes disso - assinto - bom, até amanhã - diz e saí da sala de treino fincando apenas eu, Victoria e Charlotte.
- Os rapazes já foram embora, eu vou para casa no carro da Charlotte, consegues voltar a casa sozinha? - pergunta Victoria.
- A sério - reviro os olhos - eu consigo, não te preocupes eu já decorei o caminho.
- Nós sabemos, mas, a esta hora não é muito favorável saíres por aí a caminhar pelas ruas de noite - diz Charlotte enquanto cruza os braços.
- Não se preocupem - sorrio, ambas dão de ombros e saem da sala, olho para a parede lateral da sala que era um espelho e á frente do mesmo á uma barra de madeira para fazer os aquecimentos.
Aproximo-me do espelho e começo a fazer alguns exercícios de alongamento como por exemplo, esticar a perna para o alto e equilibrar o máximo de tempo possível.
Depois de alguns aquecimentos, sem me aperceber, desvio a minha atenção para o meu telemóvel que está em cima de um colchão. hesito, mas apenas por um momento, vou em direção ao mesmo e ponho a tocar música no aleatório.
Começo com leves e lentos movimentos começo a andar pela sala, rodopio, fecho os olhos e começo a dançar enquanto invento uma coreografia na minha cabeça, tal como fiz na noite do edifício abandonado quando vi Jack pela primeira vez.
Fico assim durante uns cinco minutos, após isso, a música muda, antes de ter acabado a anterior, não dou importância e continuo a dançar agora com um ritmo diferente, também continuo com os olhos fechados.
Pouco depois, sinto uma mão a deslizar lentamente pela minha cintura, a pessoa atrás de mim estava..a acompanhar-me? Espera..TEM UMA PESSOA ATRÁS DE MIM!
Quando finalmente ganho consciência do que está a acontecer, viro-me e encaro os brilhantes olhos azuis. Jack está atrás de mim, a acompanhar-me enquanto a sua mão está em minha cintura.
Como é que chegou a este ponto?!
- O que é que estás aqui a fazer? - murmuro, tento parar de dançar mas Jack puxa-me para si e obriga-me a continuar.
- Esqueci-me das chaves de casa, por isso voltei - dá de ombros enquanto forma-se um sorriso em seu rosto - e encontrei algo muito mais interessante.
- Á quanto tempo é que aí estás? - pergunto.
Jack segura com mais força a minha cintura e leva a outra mão até á minha perna, levantando-me logo depois fazendo com que eu fique com a barriga apoiada no ombro dele, Jack pousa-me no chão e sorri continuando a coreografia.
(𝐅𝐨𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐦𝐢𝐝𝐢𝐚)
- O tempo suficiente para querer ainda mais que sejas minha parceira - dá de ombros - já te decidiste sobre isso?
- Eu n..- começo porém dou um passo em falso e desequilíbro-me caindo no chão.
Entretanto, para minha surpresa, antes que sinta as costas no chão, Jack agarra no meu braço e puxa-me para ele de novo. Passa o braço pelos meus ombros e pousa a sua mão na minha cintura.
Com os nossos rostos próximos o bastante para sentir a respiração dele em meus lábios e com a nossa respiração ofegante, vejo que Jack desvia o olhar entrecaladamente entre os meus olhos e a minha boca.
Não o julgo, eu estou a fazer o mesmo em relação a ele.
Autocontrole, não vás embora, não agora!
- Eu lembro-me de isto já ter acontecido - murmura Jack com a voz rouca, o que me fez arrepiar, referindo-se ao nosso primeiro encontro no edifício, no qual eu fugi a sete pés pois achava que ele era um maníaco psicopata - mas de uma maneira um pouco diferente - sorri e aproxima mais o seu rosto do meu, Jack devia o seu olhar de novo para os meus olhos e, eu admito, que estou ansiosa por me perder naqueles oceanos.
- Jack ..- murmuro, porém sou interrompida com o barulho da porta da sala de treino a abrir.
- JACKY! Não vais acredi...- grita Cristine, quando vê a nossa situação ela fecha a cara - oh, desculpem, interrompi algo? - diz com uma voz falsamente inocente e com um sorriso extremamente forçado, afasto-me de Jack.
- Não, eu já estava de saíd-
- Sim, estás a interromper - diz Jack puxando-me de novo para ele - o que é que queres Cristine?
- Eu vim aqui para dizer que o professor Cristopher descobriu da batalha de dança e ele e um professor da escola rival vão avaliar ambas as danças para decidir qual é a melhor - resmunga - e..- continua, porém é interrompida por uma silhueta pequena que entra pela sala a correr - e ela ligou-me de tua casa e eu trouxe-a.
Quando Jane se depara com a imagem á sua frente, forma-se um sorriso em seu rosto e ela grita repetidamente:
- BEIJA! BEIJA! BEIJA! BEIJA! - sinto o meu rosto ficar vermelho e escondo o mesmo na curvatura do pescoço de Jack.
- Ei pequena - diz Cristine enquanto de ajoelha ao lado de Jane - e se fosse eu ali, o que é que tu dirias?
- Hm - murmura com a mão no queixo e depois sorri - "Jack,dá-lhe um chute!"
Jack começa a rir, Cristine olha para a pequena Jane indignada e furiosa, ela levanta-se e saí da sala batendo os pés e bate com a porta. Jane passa os olhos por toda a sala, maravilhada, assim como eu fiquei da primeira que entrei aqui. Jack rodeia o meu corpo com os seus braços, afunda a sua cabeça perto do meu pescoço e morde o lóbulo da orelha, suspiro perante o arrepio que percorre o meu corpo, Jack sorri e vira-se para a irmã, ainda com os braços á minha volta.
- Jane, queres levar a Emily a casa dela comigo? - a pequena sorri e cruza os braços.
- Obviamente - vem até mim, pega no meu braço e puxa-me até á parte de fora da escola - como é a tua casa? O teu quarto é muito grande? Tens animais? Tem gelado em tua casa? Tens bonecos?
- Ah - sorrio - Um apartamento, mais ou menos, infelizmente não para as últimas três perguntas.
Entramos no carro, sento-me no assento do passageiro e Jane no assento de trás, pouco depois, Jack entra e vai para o lugar de condutor, dá-me a minha mala e o meu telemóvel que tinham ficado na sala e liga o carro e começa a dirigir enquanto Jane continuava com as perguntas aleatórias.
- Quando é que podes dormir lá em nossa casa? A minha cama é pequena, e o quarto de hóspedes é muito chato - sorri - mas não te importas de ficar com o Jack não é?
Aparentemente, essa pergunta surpreendeu-me tanto a mim, quanto a Jack, sinto o rubor a voltar às minhas bochechas. Felizmente antes de responder, chegamos ao destino. Saio do carro, despesso-me dos dois e entro no prédio.
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