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𝕸𝖎𝖗𝖔𝖎𝖗

"Você continua no mesmo lugar
Seu reflexo no espelho
É um mistério distorcido

(...)

Todas as luzes desapareceram essa noite"

You And I, DREAMCATCHER.

🪞

⠀⠀⠀⠀É noite de Halloween.

Hang e suas amigas estão se arrumando para desfrutar de uma festa à fantasia longe das paredes de Hellitin — a escola para feiticeiras mais protegida de todo o país.

Apesar de ser a mais medrosa, Hang, aparentemente, é a mais empolgada do trio. Suas melhores amigas, Bárbara e Dami, são dois anos mais velhas e muito mais aventureiras do que Hang; pois adoram uma adrenalina, se camuflar no breu da noite é o passatempo preferido delas. Handong, a caçula do trio, é mais reservada. Passa a maior parte do tempo estudando magia, lendo alguns livros mundanos e nunca quebra as regras... pelo menos até aquele dia, pois, naquele momento, Hang estava terminando de vestir sua fantasia de bruxinha sexy para encontrar um rapaz, Jake Paterson — um feiticeiro do colégio vizinho.

Jake tem aproximadamente 1,80 de altura, cabelos pretos e ondulados, pele da cor de chocolate. Mas foram seus olhos felinos e mistérios, assim como o sorriso escárnio e humor duvidoso, que conquistaram um terço do coração de Handong — para não dizer ele todo. Vamos fingir que não sabemos disso para que ela, Hang, possa continuar se fazendo de difícil.

— Não acredito que você irá contra as regras por causa de um cara... que decepção, Hang! — Bárbara, a mais velha do trio, provocou.

— Acho isso uma loucura! — esbravejou Dami ao se levantar da pequena poltrona e enlaçar os ombros da caçula. — Como pode estar tão apaixonada sendo que vocês só saíram três vezes?!

— E os encontros através do espelho não contam! — intercedeu Barb, fazendo a caçula revirar os olhos enquanto terminava de esfumar a sombra preta na pálpebra.

— Deixem de drama! — resmungou Hang, largando o pincel e ligando a babyliss para fazer alguns cachos no cabelo. — Nós estamos saindo e conversando desde o último baile que teve no fim de agosto. Não sei o porquê de tanta algazarra, sendo que vocês estavam lá comigo e me empurraram pra ele.

— E você não reclamou — Barb provocou.

— Não mesmo! — Hang esbravejou toda sorridente. — Você já reparou naquele garoto? Ele é simplesmente incrível, lindo, o ser humano mais pitoresco que meus olhos já viu! — suspirou toda boba. Falar de Jake despertava todas as borboletas adormecidas em seu estômago. — Temos tantas coisas em comum que, às vezes, acho que ele só existe na minha cabeça.

— Para de ser boiola! — Dam brincou, imitando barulho de vômito, fazendo as outras rirem.

Hang ignorou e focou sua atenção nos cachos que fazia, no entanto, não conseguiu evitar os pensamentos que invadiram sua cabeça.

Jake foi o primeiro garoto por quem ela se apaixonou e, por nunca ter vivido um terço do que estava vivendo, Hang não sabia como reagir. Por vezes, se perguntou se estava fazendo a coisa certa ou se ele teria paciência com ela, pois, apesar de Bárbara ter feito a ponte até o moreno sarcástico, eles apenas se beijaram uma vez — no segundo encontro depois do baile. E, mesmo que tentasse evitar, Hang não conseguia deixar de se sentir insegura com sua falta de experiência.

Sem perceber, a garota deixou um longo e alto suspiro esvair de sua garganta, chamando atenção de suas amigas que estavam sentadas na cama.

Bárbara e Dami se entreolharam e depois encararam a caçula que parecia estar em outro mundo.

Barb empertigou-se, deu dois passos e tocou o ombro de Hang que se sobressaltou.

— Seu cabelo vai virar torrada se continuar no mundo da lua — ela brincou, tirou a babyliss da mão da caçula com cuidado, separou uma mecha nova para fazer outro cacho. — No que você tanto pensa, uh?

— Parece aflita — Dami acrescentou.

— Nada... é besteira, coisa minha.

Deu de ombros e encarou o reflexo das amigas através do espelho, se assustou com o olhar penetrante de ambas.

— Credo, não precisam me olhar assim!

— Então desembucha ou eu lanço o feitiço da verdade em você.

Hang respirou fundo... e disse:

— Acho que o Jake não gosta de mim como eu estou começando a gostar dele — os olhares confusos de suas amigas fizeram com que se apressasse a continuar: — Sei que temos muitas coisas em comum, conversamos todos os dias, sobre todo e qualquer assunto. Também compartilhamos nossos segredos e ambições, combinamos de levarmos um ao outro aos nossos lugares favoritos, mas isso é coisa de amigos, né?

— Se um cara está disposto a ir ao Oiapoque para se jogar na grama, comer morangos e ler um livro de romance com você, minha amiga, ele claramente não quer ser só seu amigo.

— Tá, mas e se ele fizer tudo isso com a intenção de só conseguir aquilo?

— Jake parece ser esse tipo de cara? — Dam questiona. — Se ele for, acabamos com a raça dele na festa!

— Não! Pelo contrário, ele me trata tão bem que parece que saiu de um romance escrito por uma mulher de quarenta anos que mora na Flórida e tem dois gatos. — As moças riram. — Ele tem aquele jeito de gato raivoso, mas é tão carinhoso e cuidadoso quando estamos juntos, não tem medo de ser assim na frente dos amigos. Sempre demonstra interesse sobre tudo que eu falo, como se realmente prestasse atenção em mim, sabe?

Hang respirou fundo, preparando-se para entrar no problema da questão.

— Mas, desde sábado passado, nosso último encontro, Jake começou a agir de um jeito diferente. Ele mal responde as minhas mensagens, não atende nenhuma ligação, nem manda milhares de emojis fofos para reagir aos memes dos gatinhos desastrados que compartilhei, é como se ele estivesse fazendo de tudo para me afastar.

— Já tentou conversar com ele?

— Tentei, mas ele não respondia nada com nada, sempre ficava fugindo do assunto.

— Que estranho.

— Muito! — Hang concordou. — Até cheguei a falar com um dos amigos dele, o Jimin, aquele loirinho que a Barb ficou no baile, mas ele disse que o Jake estava normal.

Hang esperou Bárbara terminar de enrolar a última mecha de cabelo, para desfazer algumas ondulações, deixando com um aspecto mais natural.

— Obrigada, Barb! — Agradeceu a amiga. — Depois disso, cheguei à conclusão de que o problema deve ser eu ou talvez ele tenha cansado de ficar sem dar uns amassos e finalmente esteja matando à vontade com aquela ruiva bonitona.

Suspirou melancólica ao mencionar a ruiva bonitona que encontraram no último encontro. Eles estavam no shopping quando a garota abordou Jake com um sorriso radiante e um abraço de urso apertado. Hang não se incomodou, afinal eles podiam ser amigos de longa data que não se viam há muito tempo, todavia, quando a ruiva ignorou completamente sua existência e começou a flertar de forma descarada com o rapaz, uma pulga criou raízes detrás de sua orelha.

— Opa, calma aí, vocês não ficaram depois do baile? — Dam perguntou e Handong negou. — Ok. Ainda assim, isso não é motivo pra ele agir feito um bunda mole.

— Jimin disse que Jake vai estar na festa, mas não mandei mensagem confirmando se ele viria me buscar, pois sei que ele não vai responder.

As amigas percebiam que Handong estava abalada com aquela situação, mesmo que tentasse parecer que não estava. Elas queriam ter um conselho melhor para oferecer, mas ambas fugiam de todos os caras que gritavam "quero um relacionamento com você", por isso, o melhor conselho que conseguiram dar, foi:

— Vamos encher a cara e arrumar um novo gatinho raivoso para você!

A voz de Jay Park estrondou nas caixas de som.

O casarão da rua 13 estava lotado, parecia que todos os feiticeiros da cidade foram enfiados naquele lugar com o mesmo objetivo: esquecer suas obrigações e curtir o Halloween.

Hang entornou o último gole da bebida que jazia em seu copo vermelho, depois cutucou Dam e avisou:

— Vou usar o banheiro, você vem? — Dami negou e Bárbara estava ocupada demais beijando uma garota para escutar qualquer coisa que Hang tentasse falar.

Por isso, deu as costas e subiu as escadas na tentativa de encontrar algum banheiro vazio.

Depois de alguns longos minutos de procura, ela encontrou um quarto vazio, trancou a porta e seguiu para o banheiro.

Não imaginou que tinha ingerido tanto líquido em apenas duas horas de festa. Riu sozinha quando imaginou um desastre acontecendo quase esperasse mais um pouco para ir ao banheiro.

Depois de dar descarga, lavar as mãos e conferir se a maquiagem ainda estava intacta, Hang saiu do toalete.

Mas, assim que sua mão direita tocou a maçaneta da porta, todas as luzes se apagaram, embalando o quarto num imenso breu.

A algazarra dos jovens que jazia no lado de fora desapareceu.

Já não se ouvia mais os risos, nem as gargalhadas, tampouco a batida estrondosa da música que tocava quando ela subiu. Tudo que restava era o silêncio.

Nesse ínterim, algo ainda mais estranho aconteceu. A porta não abria, mesmo que Hang colocasse toda sua força, a maçaneta não mexia um centímetro.

Foi então que ela percebeu que uma luz branca perolada — que saia pela brecha da porta do banheiro —, começou a refletir no espelho que estava ao lado da cama de casal.

Mesmo com todos os seus poros berrando para ela fugir dali Handong ignorou e se aproximou daquela luz.

Quando olhou com mais atenção, percebeu alguns pontinhos lisos, eram pequenas estrelas cadentes, semelhantes àquelas que Jake e ela criaram no feitiço de comunicação através do espelho.

Hang deu mais alguns passos para perto do espelho, encheu o peito de coragem e perguntou:

— Jake? É você?

A luz perolada se tornou mais intensa.

De repente, a palma de uma mão direita se chocou contra a luz do outro lado. Hang pulou para trás, mas seu coração se tranquilizou quando, aos poucos, a imagem de Jake foi ficando mais nítida.

Ela suspirou aliviada.

Sorriu feito uma boba apaixonada, porque, apesar de não estarem se falando, achou fofo a atitude de Jake procurá-la logo após a queda de energia — por mais que ainda não tivesse o visto na festa.

Na mesma frequência que aquele sorriso surgiu, ele desapareceu quando a imagem de Jake surgiu por completo no espelho.

— Jake... — Handong sussurrou horrorizada com a imagem que via.

Jake estava pálido, o brilho da sua melanina era quase inexistente. Olhares profundas e escuras jaziam abaixo de seus olhos castanhos, que pareciam sem vida.

— O que aconteceu com você?!

Ela tentou tocá-lo, mas esqueceu que uma imensa parede de vidro o separava dela.

As batidas de seu coração estavam aceleradas, vê-lo daquela maneira era agonizante.

Naquele instante, tudo que Handong mais queria era ser uma feiticeira completa para conseguir se teletransportar através do espelho, só assim ela chegaria rápido até onde Jake estava. Mas ainda era uma estudante.

— Fala comigo, Jake! — implorou.

— Eu não tenho muito tempo — Jake respondeu quase num sussurro, até sua voz parecia cansada. — Preciso de ajuda...

— Onde você está? Vou até você agora!

— Você não vai conseguir — ele murmurou. Cada vez que falava, Jake parecia ainda mais fraco. — Aquele andando por aí não sou eu de verdade, mesmo que ainda seja.

— Como assim? Não estou entendendo... você veio para a festa? Vou descer e encontrar...

Handong virou-se para abrir a porta outra vez, no entanto, seus pés não se moveram, pareciam que estavam cravados no chão.

— Preciso que você me escute, Han... — mesmo sem forças, Jake impôs firmeza em sua voz. — Aquele Jake está sendo controlado por um feitiço e vai te tratar muito mal se aparecer na frente dele agora... Esse aqui — apontou para o próprio peito — é a minha alma, a minha verdadeira essência. Todas as noites, quando me deito para dormir, tento fazer com que nossas almas se encontrem. É o único momento que consigo me livrar do feitiço, mas nunca consigo encontrar você. Está tendo problemas pra dormir outra vez?

Hang balançou a cabeça em concordância, mesmo sem entender aonde ele queria chegar.

— Tá explicado então — ele riu. Mesmo estando visivelmente acanhado, aquele sorriso de gato raivoso ainda era o mesmo. — Uma garota lançou feitiço em mim, não sei exatamente qual, mas ela tem controlado cada passo meu fora do mundo espiritual, por isso fui tão babaca nos últimos dias, esse feitiço me impede de agir por conta própria.

— Isso não faz sentido! Por que uma garota lançaria um feitiço desses em você?!

— Você é tão inteligente e esperta, Han, coloca essa cabeça linda pra funcionar. — Jake tentou brincar, mas ao perceber que os olhos de Handong marejaram, se apressou e disse: — Pensei que já estivesse óbvio, mas, esqueço que você é meio lerdinha às vezes. Não imaginei que fosse me declarar assim, mas... eu quero ser o cara que vai estar ao seu lado sempre que você quiser ir ao Oiapoque ler um livro e comer morangos, porque imaginar outro homem fazendo isso me causa um frio na barriga.

O coração da garota deu tantas piruetas que se o momento não fosse desesperador e agonizante, ela seria capaz de lançar confetes e fogos de artifício naquele quarto.

— Também gosto muito de você, Jakezinho. E juro pelos pais do feitiço que se esse espelho fosse o nosso único problema, eu criaria um feitiço pra me teletransportar só pra te dar um beijinho.

— Você pode me dar o beijinho depois, ok?

Hang sorriu, feito uma idiota e por um instante esqueceu a maldita amarração.

— Vamos ao que interessa: como, onde e o que eu faço para te livrar dessa amarração?

— Você se lembra daquela ruiva do shopping?

— Aquela safada que ficou flertando com você na minha frente? Impossível esquecer, por quê? — Hang perguntou e no segundo seguinte sua ficha caiu. — Não me diga que foi ela quem lançou esse feitiço em você?! Como isso foi possível? Pensei que ela fosse humana!

— Resumidamente, é o seguinte: ela gosta de mim, mas eu nunca dei moral. Quando ela nos viu juntos, ficou irritada e mais irritada ainda quando eu, sutilmente, dei um fora nela.

— Tenho 99% de certeza que você não foi nada sutil.

— Você me conhece tão bem — ele deu uma piscada, um nanosegundo depois começou a tossir. — Misericordioso seja o pai dos feitiços, isso tá sugando minha energia... serei mais breve que conseguir. Não sei como ela conseguiu lançar esse feitiço em mim, afinal, você sabe como as coisas funcionam no nosso mundo.

"Um feiticeiro jamais poderá interferir na vida de outro ser, caso o faça, cairá numa fornalha ardente e ficará preso até que vire cinzas". Jake se referia a isso, pois é o que nossos ancestrais e os livros relatam que acontecerá, mas ninguém nunca ousou desviar-se do caminho para descobrir se é realmente verídico ou não.

— E o que eu preciso fazer?

— Lembra daquele episódio de Supernatural que assistimos juntos? Onde tem aqueles saquinhos de pano amarrados?

— Lembro. Funciona da mesma maneira?

— Quase, a única diferença é que esse saquinho está na casa da Karla, a ruiva do shopping.

Handong estava prestes a invadir uma casa.

Uma grande casa com guardas e câmeras por todos os lados.

— Isso vai ser complicado — Jimin sussurrou e quase levou um tabefe por sua energia pessimista quase nocautear Han.

Antes de se despedir, Jake disse que seria melhor que ela não fosse sozinha, pois, apesar de parecer uma simples mundana, Karla poderia ter algumas cartas na manga.

Como suas amigas estavam muito chapadas de bebida, ao ponto de nem se aguentarem em pé, Handong deixou elas em casa primeiro e logo depois seguiu o rumo para o condomínio mais caro da cidade.

— Onde você acha que uma garota como ela deixaria um feitiço de amarração? — Hang indagou a Jimin que, assim como ela, estava agachado no meio dos arbustos, esperando só o momento perfeito para passar pelos guardas.

— Sei lá, talvez na gaveta de calcinhas ou numa bolsa da caríssima da Chanel.

Hang riu baixinho, mas preferiu não dizer nada. Afinal, assim que conseguisse chegar ao quarto da ruiva sem coração — apelido que Jimin colocou nela depois de Handong explicar a situação —, o primeiro lugar que iria procurar seria na gaveta de calcinha.

— Psiu! Handong, por aqui, achei um caminho! — Hang quase teve uma taquicardia quando ouviu a voz de Bárbara vindo do lado oposto de onde Jimin estava.

Bárbara e Dami ainda estavam vestidas com a fantasia que usaram na festa e pelo sorriso de coringa no rosto de ambas, mesmo depois de nocautear dois guardas de quase o dobro da altura delas, estavam felizes.

— Sua amiga Bárbara ainda está solteira? Ela acabou de fisgar o meu coração! — Jimin brincou.

— Se sairmos inteiros disso hoje, prometo fazer a ponte e te conseguir um encontro. — Hang respondeu antes de se levantar dos arbustos e correr entre os pontos cegos para não aparecer em nenhuma das câmeras de segurança.

Logo os quatro adentraram o casarão. Foram recebidos de braços abertos pelo breu e pelo silêncio. Não havia ninguém em casa naquela noite, afinal, era Halloween, muitos mundanos preferem sair da cidade nessas épocas.

Sorrateiramente os três subiram as escadas na ponta dos pés, apesar de parecer vazia, não queriam arriscar descobrir se alguém havia ficado para trás.

Pela casa ser muito grande, Barb e Jimin ficaram com o andar de baixo e Handong e Dami com o de cima.

— Como vocês me acharam? Achei que estivessem capotadas por causa da bebida. — Hang sussurrou.

— Esqueceu que somos feiticeiras? Não iríamos deixar você sozinha, principalmente com uma humana metida a feiticeira. Essa safada precisa aprender que nossa cultura não é brincadeira, ela achou mesmo que ia mexer com um dos nossos e sair impune?

— Obrigada por terem vindo!

— Não precisa agradecer, agora vamos acabar com essa safada!

Hang tentou controlar o riso e ao entrar na primeira porta do corredor, agradeceu aos céus por ser um quarto.

E como se não bastasse tanta sorte, aquele era exatamente o quarto que procuravam.

O quarto da Karla.

— Você procura dentro das bolsas e eu vou olhar a gaveta de calcinhas. — Handong informou a Dam e logo se separaram.

Hang abriu todas as gavetas da cômoda até achar a que procurava e quando abriu, quase gargalhou. Aquilo era muito previsível, Jimin estava certo.

O saquinho que Jake havia mencionado estava exatamente ali, no meio de algumas calcinhas de renda.

— Dam, achei! — Hang murmurou, alto o suficiente para que sua amiga escutasse.

— Vou procurar Barb e Jimin, te encontro no corredor!

Handong guardou o saquinho no decote entre seus seios. O tiraria dali quando encontrasse Jake, ou melhor, seu corpo adormecido. Só então poderia recitar o feitiço e quebrá-lo, libertando-o das garras de Karla.

Ela estava esperando os amigos no corredor e assim que Jimin entrou no seu ponto de vista, ele perguntou:

— Gaveta de calcinhas ou bolsa da Chanel?

Os quatro seguiram na caminhada até chegaram no internato onde Jake e Jimin moram, precisaram desviar de alguns guardas e mais algumas câmeras de segurança. Apesar de respeitarem uns aos outros, nenhum feiticeiro poderia entrar em outra instituição sem ser convidado — pura frescura, para Handong.

Assim que avistaram o quarto 7, todos se enfiaram lá dentro. E diferente do Jake que ela viu através do espelho, o Jake que estava deitado ali parecia saudável como nunca.

Hang tirou o saquinho do decote dos seios. Jimin lhe entregou o sal que Jake disse que precisaria. Ela desenhou o símbolo de proteção: um círculo com duas cruzes desenhadas dentro, para nada ocorrer com o Jake durante a reversão do feitiço.

Handong respirou fundo uma, duas, vezes antes de começar a recitar o contrafeitiço e abrir aquele saquinho marrom. Tirou de lá uma calcinha de renda e uma foto de Jake e Karla mais novos, deviam ter aproximadamente uns 12 ou 13 anos. Apesar de sentir repulsa com aquele tipo de atitude, Han continuou proclamando o contrafeitiço para reverter aquela situação.

Quando, por fim, recitou as últimas palavras, encarou Jake e esperou.

Esperou por minutos, que logo se tornaram horas e depois disso se tornou desespero.

— Por que ele não acorda?! Ele me prometeu que acordaria logo depois que eu queimasse essa porcaria!

— Calma, Hang! Não sabemos quanto tempo demora, vamos esperar um pouco mais!

— Estamos esperando desde às 00h, são quase 6h da manhã, Jimin! — esbravejou sem paciência. — Esse cabeça de vento não pode simplesmente jogar nas minhas costas que quer passar o resto da vida dele comendo morango comigo, enquanto estamos nos deitamos na grama e eu recito minhas partes favoritas de algum livro clichê, até que a morte nos separe, pra depois decidir que não vai acordar!

Handong andava de um lado para o outro, esbravejando mil coisas que precisaria fazer com Jake antes que ele batesse as botas que sequer percebeu quando ele abriu os olhos e se levantou. Parou atrás dela, com os braços cruzados, escutando todas as coisas que ela falava.

— Han... — Jake sussurrou e a garota a sua frente ficou tão irritada que sequer reconheceu a voz dele.

— O que foi?! — Gritou. Ao se virar, se deparou com aquele sorriso de gato raivoso que ela tanto ama. — Jake! — Hang não pensou duas vezes ao se jogar nos braços dele e enchê-lo de beijinhos por todo o rosto.

Handong ficou tão emotiva devido à aflição de perdê-lo que nem percebeu que estava chorando. Jake a embalou em seus braços, afagando suas costas até que ela parasse de chorar.

Quando, por fim, o choro cessou, Hang olhou dentro dos olhos da sua galáxia castanha e sussurrou apenas para que ele pudesse ouvir:

— Te amo.

— Também amo você, minha bruxinha sexy.

Pela primeira vez, desde o primeiro encontro, Handong tomou iniciativa e selou seus lábios nos de Jake, esquecendo completamente a existência de mais pessoas naquele pequeno cubículo.

Eles se perderam no próprio mundinho e teriam se esquecido de como voltar, se um tal de Jimin não estivesse forçado uma tosse chata e falsa.

— Desculpa atrapalhar né, mas nós também ajudamos a donzela a salvar o príncipe.

Após a provocação de Jimin, Jake perguntou como havia sido a busca pelo saquinho de amarração.

— Acho melhor a Hang jogar um feitiço em você, Jake, assim evita que qualquer mundana safada tente acabar com o relacionamento de vocês. — Dami brincou.

— Nem sempre é a princesa que precisa ser salva, né? — Jake riu. — E ela não precisa de nenhum feitiço pra isso, eu já sou todinha dela. — Ele aproveitou que Han ainda estava pertinho dele e deixou um beijinho singelo na curva do pescoço dela.

— Eca, parem de ser boiolas! — Barb, Dami e Jimin disseram em uníssono, fazendo todos rirem em mais uma noite de Halloween enfeitiçado. 


🪞

𝔢𝔰𝔠𝔯𝔦𝔱𝔬 𝔭𝔬𝔯: laxiverso
𝔦𝔫𝔰𝔭𝔦𝔯𝔞𝔡𝔬 𝔢𝔪: You and I

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