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Capítulo 9 - Afonso Roveda: o milagre!

Astrid estava terminando de despejar os pudins de copo nos copinhos, quando viu Lenir trazer os pães. Elas recebiam matéria prima, ou as sobras, por assim dizer, da loja da família Roveda, em troca de deixar em consignação uma parte da sua produção culinária. A loja de Dona Edwiges, mãe de Afonso, vendia artigos diversos entre artesanato e quitutes.

Lenir gostava muito do fazendeiro. Considerava–o um típico vizinho saradão, como naqueles filmes americanos que passavam de madrugada: "O garoto do lado", ou o "Menino do Rio"... Lenir já estava confundindo tudo na sua cabeça, mas o importante é que o fazendeiro era um gostosão que sempre ajudava o Santuário.

– A oportunidade é perfeita – Lenir retomou o assunto, enquanto colocava os pães dentro do carrinho de transporte.

– Perfeita para quê? – Astrid indagou, distraída.

Estava preocupada com a irmã, sozinha na capital, e com o braço quebrado. E também estava preocupada com as contas do santuário que não conseguiu pagar neste mês. O resto, ou seja, as loucuras de Lenir, não tinham espaço na sua cabeça.

–Perfeita para convidar o Afonso para ser o seu par na competição! – disse Lenir, irritada com o descaso da amiga.

Astrid levou algum tempo, em sua mente cansada, para processar o significado daquelas palavras. Lembrou–se então do reality show e finalmente entendeu do que a amiga estava falando.

–Caramba, garota, você não desiste! – respondeu, num desabafo.

–Não, eu não desisto! E pensei que você também não desistisse assim, tão fácil. Se você não quer o Lucas como parceiro, então, tem que ser o Afonso mesmo.

– Não tem que ser nada! – rebateu Astrid, exausta agora. – Essa inscrição não vai dar em nada. Não sou influencer e não sou carismática.

–Você é sim, só não sabe disso!

Astrid balançou a cabeça, terminando de embalar a última forminha e colocando dentro da caixa de isopor. – Vamos, antes que os pudins derretam e virem mingau.

Elas foram para a caminhonete. – Vou ao centro – berrou para Naren, o ajudante moçambicano que veio para o santuário por amor aos animais (e porque não tinha onde cair morto). Ele fazia um trabalho excelente em troca de teto e comida.

Naren acenou, sorrindo como sempre, enquanto apoiava o braço sobre o forcado. Retomou a tarefa de amontoar o feno quando a caminhonete passou por ele.

–––

Astrid dirigiu em silêncio até o empório. Isso era comum, o que não era comum era o silêncio de Lenir. Quando ela ficava assim, era porque estava aprontando alguma.

– O que você tá pensando...? – Quis saber Astrid.

– Que situações desesperadas exigem medidas desesperadas...

– Não peça nada a Afonso, pois já tenho que pedir um favor a ele e não vou gastar meus favores num dia só – disse Astrid, um tanto dura.

–O que você tem a pedir? – Lenir perguntou, curiosa.

Astrid começou a lhe contar o que aconteceu com a irmã, concluindo:

– O capataz da fazenda dele me contou que Afonso está para viajar até a capital, por esses dias. Vou lhe pedir que traga Lunna com ele.

Lenir ficou em silêncio por algum tempo. De fato, não poderia abordar o poderoso fazendeiro sobre o reality show, considerando o problema imediato da irmã de Astrid. Restava–lhe Lucas. Era o destino. Estava escrito nas estrelas.

Lucas tinha que ser o parceiro de Astrid!

E como os dois bicudos estavam relutantes um em relação ao outro... Cada qual esperando que o outro concordasse... E porque eram dois orgulhosos... Lenir decidiu tomar providências. Daria um jeito de conseguir os dados pessoais de Lucas e faria a inscrição da dupla. Tinha acesso ao computador do santuário e tinha acesso ao e–mail de Astrid.

Astrid só não se lembrava disso.

Dessa semana não passava! A inscrição seria enviada, mesmo sem mídia alguma para convencer os jurados... Mas espera! Ela podia enviar uma mídia, sim! Poderia filmar Astrid em ação e poderia filmar Lucas em ação! Nem que fosse de longe! Precisaria da cooperação de Tobias, o assistente de Lucas, mas não haveria problemas quanto a isso.

Tobias também sairia ganhando se a dupla conquistasse o prêmio oferecido no reality show. Como dizem por aí, a união faz a força!

–––

Ao chegarem ao empório, Lenir e Astrid foram recebidas pela proprietária, Dona Edwiges. Como sempre, com muita alegria e simpatia. A idosa considerava Astrid a nora que pediu a Deus, embora o filho tenha deixado bem claro que os dois eram apenas bons amigos.

Dona Edwiges achava que era apenas uma questão de tempo.

–Olá, Dona Edi! – Astrid sorriu–lhe. – Trouxe as encomendas.

– Ah, minha filha, coloque ali – disse ela apontando para o balcão já liberado e limpo para receber os produtos. – A Dani vai ajudar vocês – apontou para a vendedora. O filho contratou Dani há cinco anos, quando sua mãe começou a ter problemas com artrose nos dedos das mãos. Dani estava de quase nove meses e logo teria que se afastar do trabalho. Mas ainda ajudava a idosa em tudo o que podia.

– Dona Edi, o Afonso está por aí? – Astrid indagou, sem rodeios.

Edwiges segurou no braço dela, empolgada. Era um bom sinal a garota querer saber por onde andava o seu filho, não era? A idosa nunca viu com bons olhos esses namoros modernos, em que as garotas deixavam os seus homens soltos por aí.

– Ele esteve aqui, saiu para resolver um negócio nos Correios, mas já–já volta pra me buscar. Nós vamos almoçar. Não quer vir conosco?

Astrid estava pronta para dizer que precisava cuidar dos animais, quando Lenir chutou a sua canela, ostentando um cândido sorriso nos lábios.

– Sim, pode ir com a Dona Edwiges. Eu levo a caminhonete de volta pro santuário.

Astrid, querendo pedir um favor a Afonso, não teve como cortar a casamenteira da mãe dele; nem a confiada da amiga.

Lenir terminou de descarregar a caminhonete e se mandou em tempo recorde, deixando Astrid com a doce velhinha, esperando pelo filho.

– Então, Astrid, quando você e o meu filho vão reconhecer que foram feitos um para o outro? – disse a idosa. Ela também sabia falar sem rodeios.

Astrid quase se engasgou com a saliva. – Dona Edwiges, a gente é só amigo.

–Amigos, é... Sei.

Meu Deus, como convencer aquela mulher teimosa de que... De repente, as duas perceberam que Afonso estava vindo pela calçada. Passo cadenciado, o chapéu na cabeça, bem ajustado para se proteger do sol. Ele sorriu assim que viu as duas na entrada do empório.

– Duas lindas mulheres esperando por mim – disse ele, contente. – Meu dia só melhora!

A mãe, toda empolgada, foi abraçar o filho adorado. – Então, olha quem veio para o almoço? – comentou, apontando desnecessariamente para Astrid.

–Eu não quero atrapalhar os planos de vocês, só preciso de um minutinho... – Astrid tentou sair da saia justa.

– Não atrapalha – disse ele, apontando para o restaurante em frente. – Será um prazer.

– Então, filho. Já vendemos tudo que Astrid e Lenir nos trouxeram no mês passado

Afonso balançou a cabeça. – Que bom, vou repassar o cheque, então.

Astrid sentiu alívio... Aquele dinheiro era muito bem-vindo e ia ajudar a comprar o leite especial dos bezerros. Disfarçou e respondeu com tranquilidade: – Obrigada!

– Não, vocês vendem produtos ótimos – ele exaltou, pegando o talão de cheques. – Um dia, talvez abram franquias.

– Ah, o santuário é o mais importante. Eu não daria conta de tantas coisas ao mesmo tempo.

Depois de resolver a parte financeira do arranjo deles, Afonso guiou as duas mulheres para o ambiente fresco e arejado do restaurante, do outro lado da rua.

Com sua máscara de renda forrada, Dona Edwiges higienizou as mãos, seguida de Astrid e Afonso.

Eles foram conversando banalidades, acomodaram–se, fizeram seus pedidos e conversaram mais banalidades... Até que Astrid não aguentou mais. Respirou fundo e disse:

– Afonso, eu gostaria de lhe pedir um favor.

Não dava para saber se ele sorrira ou não, por causa da máscara, mas os olhos enrugaram e brilharam. – Bem que vi que você estava agitada. – Olhou para a mãe. – Astrid detesta pedir favores.

– É verdade. – Concordou a idosa. Os dois riram da cara de tacho da jovem administradora.

– Diga, se eu puder ajudar...

Astrid limpou a garganta e perguntou:

–Você vai para a capital daqui a dois dias, não vai?

– Correto.

–Poderia pegar uma encomenda para mim?

– Claro, meu bem! Aonde? Nos correios? Numa loja? O que é?

– É a minha irmã.

–––

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