Capítulo 5 - O Bilionário ucraniano
Eleonor corria de um lado a outro, como Alice nunca vira antes. A secretária executiva, sempre tão calma e comedida, parecia aparvalhada, tentando organizar a desordem.
Mas... Por quê?
– Eleonor, o que está acontecendo? – resolveu perguntar.
– Reunião, reunião, reunião!!! Tenho que preparar tudo para uma reunião. Só tenho meia–hora. Cadê o telefone daquele bendito restaurante que nos serve sempre. – Ela parou, batendo com a mão fechada sobre o arquivo. – Isso não é justo!
– Calma! – Alice colocou as mãos sobre as dela. Não era apropriado, devido aos protocolos de higiene, mas ela precisava de apoio.
Eleonor suspirou, procurando se controlar, enquanto Alice pegava o recipiente de álcool e oferecia a ela. As duas higienizaram as mãos e se sentaram uma de frente para a outra.
– Você não acredita nas coisas que o nosso presidente consegue fazer, quando ele decide fazer.
– Tipo? – Alice a instigou a prosseguir.
– Tipo um bilionário ucraniano e um representante da Extremeflix a caminho daqui para uma reunião.
Alice não recebeu bem a notícia. Poderia ser uma injeção de dinheiro no programa, mas também poderia significar a perda do controle artístico e operacional do novo programa.
– Sério? Mas, o que aconteceu? Já não estava tudo certo com os patrocinadores?
Eleonor fez que não.
– A Hawai e a Ponto Cruz deram para trás.
Alice endireitou as costas no assento. As duas gigantes deram para trás?
– Alegaram não poder participar, considerando as perdas significativas que tiveram durante a pandemia.
De fato, eles deviam ter imaginado que seria complicado manter o nível do patrocínio.
– Os Shampoo Moderna e a Caixa Econômica também caíram fora. Acho que a desculpa foi: se o programa já tivesse gráficos de audiência para mostrar, eles poderiam considerar a oportunidade. Mas ninguém quer arriscar no inédito, em tempos de pandemia. Não vê a Rede Globo? Só tá passando reprise de novela. E tá dando mais audiência porque as antigas são melhores do que as novas.
– Hum... Vamos ver no que isso vai dar... – resmungou Alice, entendendo que o bilionário ucraniano e a Extremeflix eram a única chance de prosseguir dentro do cronograma acordado. – Eu ajudo você! Do que precisa?
–––
Elas mal terminaram colocar tudo em ordem quando alguém da recepção ligou, avisando que tinha uma comitiva russa no hall de entrada. Eleonor levou a mão à boca, na máscara. Daí, teve que trocar de máscara, porque esqueceu de higienizar as mãos.
– E agora? – ela disse, de dentro do banheiro. – Esqueci completamente de autorizar a entrada deles. Imagina o vexame de fazê–los esperar? Também, Oscar me liga às quatro da manhã com essa tarefa!
–Deixa para lá! Já aconteceu! Fica calma, Eleonora! – disse Alice, torcendo os lábios. – Prédios importantes têm segurança. O tal bilionário ucraniano que não pense que pode tudo em qualquer lugar.
– Santa ingenuidade – disse Oscar, aparecendo de repente. As duas arregalaram os olhos enquanto ele inspecionava a sala de reuniões. Se estava espantado com a participação de Alice, não deu mostras. – Ótimo trabalho, garotas. Agora, alguém trate de deixar Yuri Popovich subir, sim?
–Ai, Deus, desculpe! – murmurou Eleonor pegando o telefone que ficou na mesa com a recepcionista ouvindo tudo por causa do viva–voz.
– Alice – Oscar chamou. – Vá trocar de roupa. O Nicholas pegou trânsito e você vai participar na reunião no lugar dele.
– Eu não tenho roupa para trocar – ela balbuciou, refazendo o rabo de cavalo.
– Então, vá se recompor como for possível e volte aqui correndo. Você tem o tempo do elevador chegar – ele olhou para o relógio.
Alice correu para o banheiro feminino, lavou o rosto afogueado, usou os dedos molhando para pentear os cabelos para trás das orelhas, refez o rabo pela segunda vez, trocou de máscara, passou um lápis nos olhos, sombra nas pálpebras; alisou a blusa e a saia, antes de voltar correndo e dar de cara com um grupo de sujeitos muito altos, usando ternos caros e falando grosso.
Eles pararam de falar, quando a viram.
– Quero lhes apresentar Alice Bérgamo, – disse Oscar, em inglês, e com toda a simpatia – a produtora assistente do Escape Game. Ajudou a desenhar o conceito, aliás.
Ela levantou os olhos para encarar o homem no centro do grupo. Mais alto que todos, só podia ser o Manda–Chuva – pela postura e a maneira como os outros orbitavam em torno dele. O cara tinha um olhar perturbador, realçado pela máscara escura.
Tava parecendo o vilão Bane, do filme "Batman".
– Sejam bem vindos! – ela sorriu por trás da máscara e apertou a mão que ele lhe oferecia. O cara segurou a mão por mais tempo do que o devido, enquanto os olhos brilhantes a examinavam com atenção.
Percebendo isso, Oscar surgiu novamente para dissipar eventuais climas...
– Esse é Thimotéé Dubois, da Extremeflix da Europa.
Alice apertou a mão do francês sorridente e magrinho. O ucraniano se interpôs rapidamente entre os dois e perguntou, com um discreto sotaque: –Podemos começar?
Então, ele olhou ostensivamente para o enorme relógio de ouro que brilhou em seu pulso. E nisso, perdeu pontos significativos com Alice.
– Claro, tempo é dinheiro, não é? – respondeu, com fina ironia.
– Um ditado americano – o ucraniano sorriu, com frieza. – Mas eu prefiro acreditar que meu tempo é precioso.
Oscar lançou a Alice um olhar de advertência e ela controlou a resposta que subiu pela garganta, e pairou na ponta da língua. Pigarreando de leve, ela indicou a porta da sala de reuniões, onde Eleonor os aguardava para orientá–los.
– Prefiro que você mostre tudo – disse Popovich, quando Eleonor se ofereceu para indicar o caminho. Ele estava se referindo a Alice.
Ela, que estava louca para ficar ao lado de Oscar, teve que ir junto com o chefão ucraniano. Eleonor apontou discretamente onde ela deveria levá–lo.
– Aqui, senhor – Alice apontou a poltrona e fez menção de se retirar.
– Você fica.
– Posso saber por quê? – ela indagou, combativa.
–Porque eu vou fazer perguntas – Yuri ignorou–lhe a postura, e acrescentou, divertindo–se: – E espero que você saiba respondê–las.
Oscar fez que sim com a cabeça e ela se sentou, enquanto Eleonor apagava as luzes e a tela do home-theater iluminava–se.
Ele chamou Eleonor e sussurrou no ouvido dela: – Chame Lúcio aqui, agora. Esteja ele onde estiver. E que traga todos do setor jurídico com ele.
Eleonor saiu com a sutileza e a velocidade de um Papa–léguas.
Oscar virou–se para os demais, com um sorriso tranquilo. Desta vez, foi Oscar quem apresentou o programa, no lugar de Nicholas, com algumas complementações pertinentes e benvindas por parte de Alice. Ela se sentia extremamente desconfortável tendo que falar tão perto de o bilionário ucraniano, sendo que este parecia prestar atenção a cada gesto seu.
Os ucranianos e o francês não disseram nada até que a apresentação terminasse.
– Muito bem – Yuri apoiou os cotovelos na mesa. – Eu tenho interesse em exibir este reality show na Ucrânia, pois irá divulgar um dos meus negócios mais divertidos e lucrativos, o escape room.
"Já conversei de antemão com o pessoal do Extremeflix, e por isso o Thimotéé está aqui, atendendo ao meu pedido... Queremos distribuir pela Extremeflix".
–Uma ótima ideia – concordou Oscar. – Mas só se passar primeiro no Brasil e, obviamente, na TV Mundi.
– Naturalmente – concordou o ucraniano. – Vocês têm os direitos do conceito e estão muito mais adiantados nas engrenagens.
Não escapou a Alice que ele já tinha investigado o andamento do projeto, em seus mínimos detalhes legais.
Naquele momento, a porta da sala de reuniões se abriu e um Lúcio desmantelado, usando roupas de academia, apareceu. Ao lado dele, dois outros advogados do setor jurídico não menos decompostos.
–Senhores, estes são os meus advogados do setor jurídico. Como não imaginei que algo tão sério estava prestes a se firmar aqui, não vi a necessidade de trazê–los. Mas agora mudei de ideia. Lúcio, Dagoberto e Anselmo, este, como você deve saber, é nosso patrocinador principal. Yuri Popovich, que deseja nos apresentar uma proposta alternativa ao nosso pequeno problema de patrocínio.
Com ares sem graça, o pessoal do setor jurídico se sentou ao redor do presidente. Oscar murmurou: – Escutem e analisem – e passou–lhes suas anotações.
Com um aceno, a título de cumprimento, Yuri prosseguiu:
– Sou um homem de negócios que sabe valorizar boas parcerias. – Daí, olhou para Alice. – Quando vocês vieram até mim, pedindo patrocínio, cogitei a possibilidade de um lucro maior, mas na ocasião me contentei com o papel de investidor passivo. No entanto, agora que vocês perderam alguns importantes patrocinadores e correm o risco de "nadar e morrer na praia" como dizem no Brasil, achei por bem interferir... Podemos lucrar muito mais se adotarmos a minha ideia para um novo formato. Queremos unir esforços, pensando nos desdobramentos do programa. E queremos garantir fidelidade do telespectador. É aí que entra a Extremeflix.
– Como exatamente? – indagou Oscar, querendo dar tempo a Lúcio de se ambientar e ao mesmo tempo obter o maior número de dados possível. – Quer dizer, como pretendem garantir a fidelidade que nós já não tenhamos pensado e previsto?
Yuri Popovich olhou para o representante da Extremeflix. – Essa é com você, Tim.
– Como todos sabem – disse Thimotéé. – A Extremeflix tem um padrão de qualidade a ser alcançado na produção dos projetos. Vocês conseguiram sozinhos alcançar parte dos critérios exigidos. Acreditamos que podemos ajudar ainda mais. Pois se tiverem o padrão, obterão o selo da Extremeflix e garantirão nossa distribuição em diferentes países.
– A começar pela Ucrânia – pontuou o ucraniano.
– E como vocês pretendem ajudar na produção? – disse Alice, num impulso.
Ele sorriu por trás da máscara. – Daremos assessoramento, é claro, mas não pretendemos interferir na etapa realizada no Brasil. Temos planos para a segunda etapa.
– Mas a segunda etapa deverá estar em consonância com a primeira – ela objetou vivamente.
Oscar só não a admoestou, porque ela estava indo ao encontro do seu pensamento.
– Podemos fazer isso – concedeu o ucraniano. – Mas queremos exibição simultânea pela Extremeflix, em toda Europa.
Oscar não disse nada, aguardava mais elementos para decidir aonde o homem queria chegar.
– O que exatamente recebemos e o que exatamente vocês querem em troca do tal selo – Alice foi direto ao ponto.
Levemente incomodado, Yuri lançou um olhar para o presidente da TV Mundi, antes de dizer:
– Queremos que os jogos de escape room contem com participação de elenco e dos competidores ucranianos.
– Entendo a parte dos competidores, mas elenco? – Alice o estava bombardeando; mesmo assim, Oscar achou por bem não interferir ainda. – O programa não tem elenco.
O ucraniano explicou gentilmente: – Nos jogos de escapismo há provas que precisam de cenário e elenco para dar veracidade ao jogo... Os escapes room são conhecidos pela imersão e pelo contexto. Os jogadores têm tarefas a cumprir e dificuldades a enfrentar.
– Hum... Acho que entendi. E quanto aos competidores? – ela quis saber. – Nós já fizemos a seleção e o período de inscrição acabou. Como resolvemos o problema?
– Podemos fazer uma repescagem com os da reserva; podemos abrir a inscrição na Ucrânia e selecionar mais equipes.
– Sério?
Yuri não respondeu, pois é obvio que não estava brincando.
– Fazer isso eleva perigosamente o nosso orçamento – objetou Oscar.
– A seleção na Ucrânia corre por minha conta, – disse o bilionário ucraniano – assim como os custos com transporte, alimentação e tudo o mais.
– Mas, no final, teremos só cinco duplas de candidatos.
– Se aceitar nossa proposta, terão dez duplas finalistas – Yuri explicou. – Metade brasileira e metade russa.
– Mas daí os critérios de seleção na Ucrânia terão que ser os mesmos que a inscrição já realizada no Brasil.
– Naturalmente.
– Mas será preciso outro critério – disse Oscar.
– Qual? – Alice e Yuri perguntaram ao mesmo tempo.
– Eles precisam saber falar português razoavelmente bem.
– Isso é problema dos candidatos. Acho que a etapa na Ucrânia pode contar com legendas – Yuri dispensou a ideia com um gesto.
– Está querendo dizer que a primeira etapa vai ocorrer separadamente na Ucrânia e no Brasil?
– Exato, e as equipes russas e brasileiras se unem apenas na segunda etapa, na Ucrânia. – Yuri abriu a garrafinha de água a sua frente e serviu metade num copo alto. – Vai funcionar melhor se forem duas competições separadas, uma em cada país, e a fase final reúne os times que conseguirem se classificar em ambos os países.
– É algo... Grande – Alice balançou a cabeça;
– Bom, não estamos aqui reunidos, hoje, para pensar pequeno – rebateu Yuri.
Eleonor avisou Oscar, por meio de gestos, que Nicholas havia chegado.
– Você virá para a Ucrânia para ajudar a fazer a seleção? – indagou o ucraniano, olhando diretamente para Alice.
–Nós estaremos lá – respondeu Nicholas, passando pela porta e pegando o final da conversa. – Desculpe o atraso. Mas o trânsito dessa cidade está um horror.
Ele apertou a mão de todos. – Alice irá, naturalmente. Mas não sei se o namorado dela vai gostar disso.
– Namorado? – bilionário perguntou para Alice.
– Sim, namorado. – Respondeu Alice, fuzilando Nicholas com o olhar. – Mas nem ele, nem os meus patrões falam por mim. A não ser que pensem que não sirvo para a tarefa. E por falar nisso, qual a tarefa?
– Uma ótima pergunta? – Oscar conjecturou.
Alice decidiu responder pelo ucraniano, com uma ousadia inédita.
– Aposto que o meu papel seria o de ajudar a produção russa a garantir que os seus candidatos sejam interessantes para o público de ambos os países. Afinal, todos nós queremos que o programa seja um sucesso.
Yuri começou a rir baixinho. – Gostei de você, senhorita Bérgamo.
Nicholas ergueu as mãos, como se estivesse se rendendo. – Tudo bem, quem chega atrasado não pode abrir a boca, mesmo. Deixemos que Alice decida.
– Não, – ela tentou ser diplomática em tempo. – Quem decide é o nosso ilustríssimo presidente.
– Muito bem, qual seria o próximo passo? – Oscar indagou.
– Se fecharmos hoje, queremos atuar no conceito, queremos os competidores em nossas escape rooms a fim de divulgá–las ao público em geral – disse o bilionário. – E queremos o padrão de qualidade oferecido por profissionais do segmento. Não será mais um programa de competição como outro qualquer.
– Não abrimos mão dos nossos produtores no controle, – contrapôs Oscar – pois trabalharam duro no conceito e entendem a dinâmica.
– Trabalho em conjunto – ofereceu o francês.
– Tudo bem. E em troca?
– Em troca... – o bilionário ucraniano sorriu. – Eu cubro o prêmio do vencedor e ainda acrescento mais cinquenta por cento.
Aí estava a grande oferta. E Lúcio seria um idiota se não aconselhasse Oscar a considerar com seriedade. Pois já tiveram tempo de perceber que não havia opção. Ele escreveu uns rabiscos e colocou o papel diante do chefe.
Oscar ficou olhando para Yuri... Só então reparou no papel e o leu rapidamente.
– Estamos falando – explicou o ucraniano, para causar impacto – de um prêmio de setenta milhões de reais.
Eleonor quase se engasgou com a água. Sua máscara balançou perigosamente na orelha. Ela correu para o banheiro, a fim de se recompor.
Alice ficou boquiaberta. O grupo estava rezando para conseguir um ou dois milhões e, agora, esse montante estratosférico aparecia oferecido numa bandeja de prata.
– É muito mais do que imaginávamos oferecer – disse.
– Sei disso – Yuri respondeu. – Na cotação de hoje, o prêmio daria em torno de oito milhões de euros, ou nove milhões de dólares. É bastante dinheiro. Nem The Amazing Race chegou perto de oferecer esse montante.
– O The Amazing Race oferece um milhão de dólares – disse Alice, automaticamente. – E as duplas suam para conseguir.
– Vai ser um pesadelo logístico... – Oscar tentou pensar com clareza, naquele momento. – Teremos que reabrir o período de seleção, para sermos justos com aqueles que foram descartados, os da reserva e os que nem conseguiram se inscrever da primeira vez. Precisaremos fazer uma nova campanha de divulgação. Um prêmio como este será o grande chamariz da audiência. Eu me arrisco a dizer que será o elemento engajador principal do primeiro episódio, pelo menos.
"Por outro lado, um prêmio como este fará com que muita, mas muita gente queira participar! Não temos pessoal para processar todas as inscrições".
– Mas eu tenho – disse Yuri, calmamente. – Aliás, nós temos – ele olhou para o representante do Extremeflix.
– Então, vocês têm um plano operacional, obviamente – questionou Oscar. – Podem nos mostrar?
– Claro que podemos – Yuri sorriu. – Mas preciso de sua resposta antes. Não há tempo a perder. E esta proposta não sairá desta mesa. – O ucraniano fez uma pausa de efeito. – Se não fecharem conosco agora, quando a gente sair por aquela porta, a oferta não será mais válida.
Oscar entendeu o que ele quis dizer. Yuri daria um jeito de fazer o que planejava, com ou sem a sua participação. Se ele recusasse, Yuri poderia retirar o patrocínio, como fizeram os demais. Simplesmente dariam um jeito de executar o conceito na Europa. Processos de violação de direitos autorais tornar–se–iam uma dor de cabeça e se arrastariam nos tribunais.
O bilionário ucraniano poderia bancar, mas Oscar não. Então, ele tinha que fingir que ainda ditava as regras do jogo e arrancar do ucraniano o maior número de concessões possíveis para a TV Mundi. Se a rede se saísse bem, poderia inaugurar uma parceria lucrativa com a Extremeflix para futuros projetos. Do contrário... Iria perder para outra rede brasileira que estivesse disposta a negociar com a Extremeflix.
– Vamos lá – disse ele, lançando um olhar sutil de advertência para Alice. Ela compreendeu que agora estavam atravessando terreno minado. – Antes de dar a minha posição, vejamos a proposta.
Os assistentes de Yuri assumiram a apresentação, enquanto o bilionário parecia placidamente quieto e satisfeito. Mas Oscar não se iludiu quanto a isso. Estava ouvindo e processando tudo. Além de analisando... Um parceiro incrível e temível a um só tempo. Paciência, o jogo era grande e era para ser jogado por grandes jogadores.
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