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6. ROMANCE EM CENA.

O TURNO NO TRABALHO naquela noite terminou tarde, mesmo sendo meio da semana. Enquanto terminávamos de limpar tudo e preparar a loja para fechar, chequei minhas mensagens no celular, haviam algumas mensagens que Pedro deixou, dizendo que poderia me buscar no trabalho.

"Claro... saio em 20, estarei esperando".

Gosto desse cuidado, talvez por nunca ter tido algo semelhante antes, é bom saber que alguém está preocupado comigo.

- Você está sorrindo - Uma das meninas que estava comigo na limpeza comentou, ela também estava sorrindo. - Estamos falando com alguém especial?

- Talvez... - Soltei uma risada. Eu não sei se é bom ela ter reparado em algo assim, isso pode significar algo perigoso. Sorrir pelos cantos é mal sina. - É um cara, sim... mas você sabe...

- Deixe-me adivinhar - Ela fingiu pensar por alguns segundos. - Lista de contato de quem come e some, certo?

Isso me fez rir. Eu meio que sei do que ela está falando, alguns caras age como se tivessem uma lista exátamente como essa. Mas Pedro não parece ser desse tipo. Primeiro porque moramos na mesma casa, ele não teria como desaparecer. Segundo porque ele realmente parece ser diferente de qualquer outro cara.

Certo, esse é o segundo sinal de que algo está indo pelo caminho errado. Dizer que "ele é diferente" normalmente não termina nada bem. Tudo bem, não é como se esse lance tivesse a mais remota chance de realmente dar certo no final, mas ainda assim...

- Eu não sei - Falei, dando de ombros. - Ele é legal, doce e eu acho que ele não faria isso.

- Então você gosta dele? - Ela pergunta.

- Tenho tesão por ele - Respondo, terminando de limpar. - É só o que importa. A gente se da bem na cama, não vai passar disso.

Não pode passar.

- Você é bem resolvida. Não sei se conseguiria agir assim, tenho tendência a me apegar rápido demais.

Terminamos de limpar e trancar tudo, quando saímos da loja, Pedro estava do lado de fora, esperando mim como combinamos. Assim que me viu saindo, ele sorriu e desceu do carro.

- Uhn... é ele?

Olhei para ela e por meio segundo quase confirmei, mas consegui desviar minha resposta.

- Ahn... não, ele é meu padrasto. Até amanhã.

Nos despedimos rapidamente e eu me apressei em ir na direção dele. Pedro abriu a porta para mim, sua mão tocou respeitosamente nas minhas costas, mas eu sabia que era um gesto doce de recepção.

Logo ele estava saindo com o carro, sua mão estava em minha coxa e ele se inclinou em minha direção para beijar suavemente minha bochecha.

- Você cheira tão bem - Suspirou.

Eu ri. Sei que algumas pessoas gostam do doce aroma de baunilha e outras essências que usam para os cheesecakes, mas para mim é apenas artificial e enjoativo.

- Da vontade de comer, é? - Não pude evitar a pergunta de conotação duvidosa. Agora foi a vez dele rir.

- Com certeza, até não aguentar mais.

- Que bom que você pode fazer isso, não é? - Perguntei erguendo uma sobrancelha. Ele parou em um farol e apertou um pouco minha coxa. Seu semblante caiu um pouco, talvez ficando um pouco desanimado.

- Sua mãe está de volta - Disse, seus olhos se voltando para a rua. - Então...

- Então você vai voltar a agir como se eu não existisse e o que fizemos não aconteceu - Falei, olhando-o séria.

- Porra, não! - Ele disse e fez uma careta. - Não era o que eu ia dizer.

- E o que você ia dizer, Pedro?

Ele parou o carro. Ainda não havíamos chegado, estávamos em uma rua deserta e escura. O homem esfregou os cabelos com uma mão, com a outra ele ainda segurava tão firme no volante que eu conseguia ver suas veias saltadas no braço bronzeado.

- Eu sei o que eu deveria fazer, mas eu não consigo - Disse. - E eu deveria ficar longe de você.

- Pedro...

- Kaya - Ele me olhou sério. Finalmente seus olhos em mim. Àqueles olhos chocolate, escuros e derretidos, tão grandes quanto os de um cachorrinho. Posso ver o conflito dentro deles. - Não consigo pensar em como as coisas poderiam voltar a ser como antes. Eu não conseguiria. E eu sei o quão errado isso é, como isso me torna um homem terrível, mas eu não consigo pensar em como seria não estar dentro de você outra vez.

E lá está ele. Dizendo palavras bonitas que vão entrando em mim, derretendo quentes em meus ouvidos. Isso me faz sair do foco. Incapaz de pensar em qualquer coisa. Eu só quero que ele me engula, que ele me dê tudo o que ele pode, mesmo que só por agora, só por esse verão.

Me inclinei na direção dele e colei nossos lábios, beijando-o com fogo. Imediatamente sua língua estava em minha boca e seu gosto era tudo o que eu conseguia sentir. Suas mãos estavam em meu corpo e ele me puxou para o colo dele.

- Não quero machucar você, carino - Ele murmurou em meus lábios.

- Você não vai - Gemi de volta, ofegando levemente ao sentir seu pênis ganhando vida em baixo de mim. Suas mãos estavam passeando pelas minhas costas, puxando o tecido amarelo do uniforme para cima, falando-o se acumular em meus quadris e liberar a pele quente por baixo.

Sua boca estava na minha novamente. Beijos vorazes e calorosos. Ele mordia e puxava meu lábio entre os dentes, sugando e depois repetindo o processo, como se quisesse deixar meus lábios marcados. Suas mãos apertaram minhas coxas, encontrando a calcinha e arrastando para o lado. Eu fechei os olhos, encostando minha testa contra a dele e gemendo quando os dedos grossos estragaram minha fenda já tão molhada.

- Você fica pronta tão rápido - Ele gemeu, movendo o rosto e afundando em meu decote. Abracei sua cabeça, beijando seus cabelos, afundando meu nariz nos fios escuros salpicados de cinza. Eu amo o cabelo dele, amo a forma como se curvam em ondas bagunçadas mesmo com ele sempre tentando arruma-los, amo o cheiro que ele tem e a textura.

Ele estava brincando com os dedos em minha entrada, indo até o clitóris e provocando, girando no polegar e depois esfregando. Me fez choramingar e empurrar o quadril em seu colo. Ele mordeu meu peito, sorrindo satisfeito.

- Precisa tanto ser fodida logo, querida? Tão carente - Ele murmurou em minha pele.

- Porra, Pedro... - Murmurei, frustrada com ele me provocando.

Ergui meu quadril e puxei sua calça moletom dele para baixo.

- Sem cueca e eu sou carente - Provoquei, mordendo seu maxilar. Ele resmungou alguma coisa que não consegui entender, pois foi seguido de um forte tapa em minha bunda.

Segurei seu pênis e comecei a massagear usando seu próprio pré-gozo como lubrificante. Ele estava vermelho e choroso, tão duro que parecia doer. Ergui mais meus quadris e deslizei a cabeça ao longo dos lábios, depois em minha entrada. Suas mãos foram firmes para o meu quadril e ele me puxou para baixo, me empalando.

Joguei minha cabeça para trás e não consegui conter o som alto que cruzou meus lábios. Ele continuou empurrando o quadril, indo tão fundo quanto podia. Colei nossos lábios, beijando-o com força para evitar gritos e ele retribuiu. Pedro acariciava minhas coxas e bunda enquanto me fodia em seu colo, acertando tapas na pele que com certeza já estava vermelha.

De repente, ele se afastou. Seus olhos agora eram completamente escuros, como café. Ele me olhou por alguns segundos até mandar:

- Vira.

Eu sorri maliciosamente, sabendo exatamente o que ele queria. De muito bom grado eu o obedeci. Levantei e com alguma dificuldade consegui virar de costas para ele e voltar a me sentar completamente em seu pênis. Pedro empurrou mais o vestido e se inclinou, beijando minha coluna. Uma mão foi parar em meus peitos, apalpando-os e beliscando.

- Agora eu quero que você cavalgue, hermosa.

Meus olhos reviraram, mas fora de prazer. Seu pênis pulsou e bateu em um ponto particularmente fundo dentro de mim. Outra vez eu o estava obedecendo sem nem questionar.

Sua mão desceu para o meu clitóris, Pedro começou a esfrega-lo com força, dando tapas em minha boceta e murmurando em meu ouvido. Sua outra mão estava envolta do meu pescoço agora, ele segurava firme, não a ponto de me sufocar, mas eu podia sentir o aperto.

Tudo isso era tão bom, porra... a combinação dos dedos em meu clitóris, a mão no meu pescoço e seu pênis batendo tão fundo. Comecei a sentar cada vez mais forte até que uma luz branca tomou conta das minhas pálpebras e ele precisou segurar minha boca também. Gozei forte em seu pau, meu corpo inteiro tremendo com os espasmos. Pedro não deveria estar muito longe, então assim que percebeu que eu havia chegado ao orgasmo, começou a estocar buscando sua liberação.

Seus gemidos em meu ouvido eram a coisa mais deliciosa que eu poderia querer ouvir. Coloquei uma mão para trás, segurando seus cabelos e puxando, isso o fez grunhir e então ele estava vindo.

Eu estava uma bagunça, mas eu gostava disso. Ambos estávamos tão ofegantes que demoramos uns bons minutos até estamos recuperados o suficiente para voltar ao trajeto. A mão de Pedro permaneceu em minha coxa durante todo o caminho.

ASSIM QUE passamos pela porta, minha mãe estava lá. Não demorei muito a perceber que ela não parecia nada feliz.

- Mãe, você voltou... - Eu comecei a falar, tentando dizer ao menos que estava feliz por ela ter voltado, mas fui rapidamente cortada.

- Sim, e onde estava você? - Perguntou. - Trabalho por dias e quando volto está tudo uma bagunça. A casa estava vazia.

É, ela voltou.

Segurei um suspiro e passei por ela no corredor.

- Eu estava trabalhando também - Respondi, tentando não começar uma briga. Eu estou exausta.

- Você não trabalha nem metade do que eu, Kaya.

Eu me virei para ela, pronta para falar alguma coisa, mas então meus olhos estavam em Pedro logo atrás dela. Ele também não parecia feliz pelas coisas que ela estava dizendo, mas não era isso que eu tinha em mente. Na verdade eu estava pensando no que acabamos de fazer, e um pingo de culpa se instalou em mim, mesmo com ela sendo detestável.

Então eu respirei fundo e a olhei seria.

- Certo, têm razão - Falei. - Me desculpe.

Me virei e voltei a andar.

- Uau, o que foi isso? - Ela perguntou surpresa. - Pedro disse que conversou com você, não achei que realmente tivesse tido algum efeito.

Eu parei novamente e me voltei em sua direção.

- Ele disse? - Perguntei cruzando os braços. Ela sorriu orgulhosa e o abraçou.

- Oh sim, é um homem de palavra - Ela acariciou seu rosto. A forma como ela o trata como um troféu me faz querer vomitar. - E fico feliz que você tenha permitido a voz da razão entrar.

- Você não faz idéia - Falei, olhando-os.

- Sabe, filha - Ela olhou para mim novamente e havia àquele brilho em seus olhos. Àquele brilho que esteve lá em todas as vezes que durante o ensino médio ela me fez sentir que eu não era tão bonita. Quando me envergonhava na frente dos meus poucos amigos, querendo ser a "mãe legal", mas na verdade só estava me diminuindo. Quando dizia que seu corpo de 35/40 anos era mil vezes melhor do que o meu aos 16. - Você tem estado sozinha por tanto tempo... oh, querida, eu sou sua mãe e você deve saber o quanto eu me preocupo que ninguém ainda tenha se interessado por você com todo esse seu jeito. Estando assim tão sozinha... mas eu sei que um dia você também vai encontrar alguém. Não será tão maravilhoso quanto ele, pode demorar algum tempo, mas imagino que poderá ser alguém nos seus padrões, mas ele vai fazer você se sentir como Pedro me faz.

Por um segundo fiquei completamente sem fala. Pedro estava com a respiração presa. Toda a magoa estava de volta e eu só queria gritar com ela. Perguntar por que fazia isso comigo, sua filha. Por que me odiava tanto.

Mas então eu entendi. Ela estava com ciúmes. Assim como era com o meu pai. Quando íamos tomar sorvete sem ela. Quando passeavamos juntos e tínhamos momentos de pai e filha sem sua influência tóxica. Ela estava fazendo isso porque, aparentemente, Pedro conversou comigo e eu o ouvi. Ela estava fazendo isso porque ele me buscou no trabalho. Isso reacendeu sua velha competitividade. Por isso está tentando me diminuir na frente dele. Fazendo parecer que ela é melhor do que eu.

Engoli aquilo, decidida que ela não teria o que queria de mim. Me fazer agir como alguém que não tem controle. Agir como a pirralha que ela ama me acusar de ser e bem na frente dele. Porém, antes que eu fizesse qualquer coisa, Pedro já estava falando:

- Qual é o seu problema?
Perguntou enquanto se afastava dela. Ele parecia tão irritado, de um jeito que eu não me lembro de já ter visto antes.

- O que você quer dizer com isso? - Ela perguntou de volta.

Ele balançou a cabeça, uma risada seca escapando pelos lábios e as mãos indo parar nos quadris.

- Por que você está falando essas coisas? Você não pode ver o quanto isso é horrível de se dizer a alguém?

Sim, Pedro, ela sabe, mas ela não se importa e é justamente por isso que ela diz. É a primeira vez que ele está presenciando, de fato vendo o poder cruel que ela pode ter. Talvez agora ele entenda a minha reação quando o escutei no telefone. Toda a minha mágoa. Neste momento eu continuo em silêncio, observando tudo isso e até um pouco fascinada. Ele está mesmo me defendendo dela. Ninguém além do meu pai quando morava aqui, nunca fez isso por mim antes.

- É a minha filha - Ela disse, sua voz carregando uma falsa emoção de proteção. É assim que ela faz. Esconde sua crueldade atrás de cuidado materno. - Digo isso para o bem dela.

- Você só está sendo horrível - Ele apontou um dedo para ela. - Kaya não precisa mudar quem é, as pessoas se interessam por ela porque é uma mulher maravilhosa. Se você é mãe dela então deveria saber disso.

Ela cruzou os braços e revirou os olhos.

- Você só está exagerando. Ela sabe que digo isso para o bem dela, não sabe, Kaya? - Ela questionou, seus olhos se voltando para mim com firmeza. Por meio segundo me senti como aquela garotinha sob seu olhar.

Apertei a alça da bolsa, sentindo um peso no peito. Talvez na cabeça dela seja sua maneira deturpada de demonstrar carinho ou se ela só me odeia por ter nascido, destruído seu corpo e casamento - palavras dela -, e demonstra isso com palavras duras demais.
Mais uma vez fui salva por Pedro:

- Não jogue isso para ela, eu estou falando com você - Ele rosnou. - Não é assim que se fala com um filho.

- Olha, não vou discutir com você a forma como trato a porra da minha filha - Ela começa a se afastar e segue para a cozinha. Pedro a segue, ainda falando, mantendo a discussão.

Então eu estava ali no pé da escada, encarando o local por onde eles saíram, tentando não me sentir uma criança sendo dominada pela culpa pelos pais terem começado uma briga.

Obrigo minhas pernas a se moverem e subo para o meu quarto. Uma sensação ruim toma cada vez mais conta de mim. Começo também a me sentir sufocada. Talvez seja está casa, a presença da minha mãe que voltou e agora mais uma vez está se espalhando como uma fumaça tóxica por toda parte.

Pego meu celular e mando uma mensagem para uma das garotas do trabalho, Cheryl, perguntando se poderia passar a noite no apartamento dela. Eu sei que é tarde e disse que se não pudesse estava tudo bem. Ela diz que tudo bem, estava passando a noite na casa do namorado e eu poderia ir para o apartamento dela.

Arrumei uma bolsa rapidamente e chamei um carro pelo aplicativo. Esperei no quarto até o carro chegar, então coloquei a bolsa no ombro e sai, Pedro estava no corredor. Ele estava parado em frente a minha porta, uma mão erguida para bater. Seus olhos foram rapidamente da bolsa para o meu rosto.

- Onde você está indo? - Sua voz parecia magoada. Ele também parecia cansado.

- Vou passar a noite no apartamento de uma amiga - Respondi.

- Kaya...

- Não tem nada a ver com você - Tentei tranquilizá-lo. - É ela, Pedro... eu não consigo. Preciso sair daqui um pouco ou vou enlouquecer.

Ele pareceu entender. Ou pelo menos se esforçar para isso. Pedro balançou a cabeça.

- Posso levar você? - Perguntou.

- Chamei um carro, não se preocupe.

- Não gosto disso - Ele balançou a cabeça. - É perigoso.

Olhei em volta e parecia seguro. Me inclinei em sua direção lhe dei um selinho.

- Vou ficar bem - O tranquilizei novamente. - E também quero que você fique bem, ta bom?

Ele concordou devagar. Passei por ele e desci as escadas. Minha mãe estava na sala.

- Onde você está indo?
Perguntou com a voz cortante. Não me dei o trabalho de olhar para ela enquanto caminhava até a porta.

- Vou ficar na casa de uma amiga por essa noite.

- Então você estraga minha noite e depois vai embora? Poderia nem ter voltado para casa se fosse ser desse jeito.

Finalmente eu a olhei, a mão na maçaneta apertando com força.

- Eu não estraguei nada. Não me culpe pelo seu marido finalmente ter percebido o quão narcisista e tóxica você é - Abri a porta e saí, me voltando para ela mais uma vez. - Boa noite, mãe.

Fechei a porta e fui para o carro.

O APARTAMENTO DE Cheryl é confortável, apesar de não ser muito grande. Ele me lembra meu próprio dormitório no campus da universidade.

Eu estava no quarto de hóspedes, peguei as chaves no vazo ao lado da porta exatamente onde ela disse que eu as encontraria. Depois de um banho e de perseguir o sono por um tempo, consegue adormecer. Não durou muito, algumas horas depois durante a madrugada eu já estava acordada.

Encarei o teto, sentindo meu corpo quem e suado. Eu havia dormido nua, devido ao calor. Chutei os lençóis depois, acordei em uma poça do meu próprio suor depois de sonhar com ele e suas mãos e mim. Eu sei que não deveria fazer isso, mas antes que me desse conta eu estava com meu celular ligando para Pedro.

Depois de alguns toques, achei que ele não atenderia, talvez estivesse dormindo, mas ele atendeu:

- Você está bem?

Foi a primeira coisa que ele perguntou quando atendeu. Sua voz estava baixa, mas não muito sonolenta. Talvez meio ofegante.

- Sonhei com você - Murmurei de volta. - Quero que venha me ver.

Ouvi seu suspiro.

- Kaya, é madrugada - Ele disse. - Você deveria dormir, amanhã podemos conversar.

- Eu dormi pelada pensando em você - Contei, minha voz manhosa, mesmo sabendo que ele provavelmente estava certo. Mas eu o quero aqui, eu preciso dele. Principalmente depois do sonho, depois do que aconteceu em casa. Ela acha que não posso conseguir alguém bom o suficiente? Ela acha que ninguém pode gostar de mim. Ela até pode ter razão, posso ser alguém indigna de algo real. Mas eu também posso fazer o marido dela sair de madrugada e ir até o outro lado da cidade só para me foder. - Preciso de você, Pedro.

Houve um breve segundo antes da resposta dele:

- Me mande a porra do endereço.

Ele desligou, um sorriso tomou conta dos meus lábios. Enviei o endereço e me sentei na cama, esperando por ele. Imaginei que ele poderia demorar um pouco, mas não havia se passado nem vinte minutos quando ouvi as batidas na porta. Não me preocupei em vestir absolutamente nada enquanto me encaminhava até a porta para atender.

Olhando rapidamente pelo olho mágico constatei que ela de fato Pedro. Ele estava usando o mesmo moletom, os cabelos ainda mais bagunçados e seus óculos de armação marrom grossa. Abri a porta e me deliciei com seu olhar em meu corpo.

- Porra - Ele murmurou entrando e me puxando para fechar a porta. - Você é a porra de um problema.

- Eu sei - Ronronei, aninhando meu corpo no dele e beijando sua barba. Os pelos arranharam meus lábios, mas a sensação é tão boa que fiz novamente. - Mas você está aqui.

- Você me faz perder a cabeça - Disse, suas mãos passeando pelo meu corpo. Pedro apertou minha cintura e se inclinou para abocanhar um dos meus peitos. Ele chupou com avidez, mordendo meu mamilo e puxando entre os dentes.

Eu o arrastei comigo até o quarto, empurrei ele na cama fazendo-o cair no colchão. Ele ficou alí, deitado e me olhando com os olhos grandes e escuros. Me adiantei, subindo encima dele e me sentando em seu quadril, movendo minha bunda encima de seu pênis coberto pela calça. Pedro jogou a cabeça para trás e gemeu, cobrindo o rosto com um braço enquanto o outro vinha para meu quadril. Sua mão grande apertou minha carne com força, e o polegar áspero esfregava círculos em minha pele.

- Eu acordei você? - Pergunto, minha voz baixa e melosa. Comecei a empurrar o tecido de sua camisa para cima e expor sua barriga.

- Não conseguiria dormir sem você em casa - Respondeu. - Eu... estava bebendo no seu quarto.

Um sorriso enorme tomou conta dos meus lábios.

- E por que no meu quarto?

- Tem seu cheiro - Ele gemeu e ofegou quando me esfreguei mais forte. Minha boceta deixou uma mancha em sua calça e a fricção estava maravilhosa. - Eu não me orgulho disso, mas eu...

- Diga, Pedro - Senti que meus olhos estavam brilhando. - O que mais você fez no meu quarto?

- Eu estava me masturbando - Disse. - Na sua cama, eu queria tanto você depois de tudo aquilo. A bebida também não melhorou em nada.

Arranhei sua barriga macia, rolando meus quadris em seu colo mais forte.

- Você terminou? - Perguntei suavemente.

O quarto não estava muito iluminado, a pouca luz vinha da rua pela janela. Ainda assim pude ver o rosto dele ser tingido por um leve tom de vermelho.

- Não - Murmurou.

Naquele momento eu puxei sua calça para baixo e constatei o quão vermelho e choroso seu pau estava.
Agora entendi seu tom de voz na ligação. Eu o interrompi antes do orgasmo.

- Então eu te devo um orgasmo - Falei, me arrastando para trás em sua coxa e começando a masturbá-lo.

Ele gemeu e foi como música para os meus ouvidos. Pedro se derreteu em minha mão. Me inclinei para frente e beijei sua barriga, ainda o masturbando lentamente. Subi meus beijos até seus lábios. A macies deles ainda me fazem gemer. Ele mordeu meu lábio e o puxou quando apertei seu membro e apliquei mais força.

- Quero gozar dentro de você - Suas palavras soaram quase como um pedido.

Eu sorri e mordisquei seu lábio de volta. Me afastei e me sentei no colchão.

- Você não precisa pedir uma segunda vez.

Pedro se livrou da camisa e das calças, ele estava sem cueca. O homem avançou em minha direção e pairou acima de mim, seus lábios provocando minha pele e a cabeça de seu pênis roçando em minha entrada pingando. Ele me virou de costas, pressionando seu peito em meu corpo. Pedro colocou uma perna entre as minhas e me abriu para ele, mas ainda me mantendo de ladinho.

Ele desceu os beijos pelo pescoço e ombros, mordendo minha pele e então no instante em que eu menos esperava, ele se afundou completamente dentro de mim por trás.

- Não vou durar muito, querida - Ele gemeu em meu ouvido. - Desculpe...

- Não se desculpe - Murmurei. Eu não demoraria muito naquela posição. Porra, por que ele não fez isso antes. - Porra, isso é bom...

Ele riu no meu ouvido e se mexeu devagarinho, fechei os olhos e movimentei meu quadril junto com ele. Ele levantou minha perna ajustando o ângulo e então acelerou com as estocadas, seu polegar começando a brincar com meu clitóris.

Os sons que saíam da minha garganta ficaram cada vez mais altos, ele beijava e mordia minha pele para a abafar os próprios barulhos. Apertei meus olhos fechados e joguei o braço para trás, agarrando seus cabelos e puxando os cachos. Atingimos o orgasmo exatamente ao mesmo tempo, minhas paredes apertando e ordenhando o pau dele enquanto Pedro gemia na minha pele.

Nossas respirações estavam igualmente aceleradas. Levamos algum tempo até que estivessem normais outra vez. Pedro não se mexeu, ele continuou atrás de mim, dentro de mim, agora me acariciando preguiçosamente.

- Podíamos fugir - Murmurei, meio sonolenta. - Eu fugiria com você.

- E para onde iríamos? - Havia humor em sua voz.

- Qualquer lugar - Sussurrei, me aninhando junto ao corpo dele. - Desde que seja com você, não ligo.

Ele riu e beijou meus cabelos.
Pedro não respondeu.

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