4. A DONA ARANHA.
NUNCA AGRADECI TANTO por não ter que trabalhar no dia seguinte. Não sou o tipo de pessoa que tem ressaca, mas a lingua as áspera e a dor incômoda na cabeça não me dariam um minuto de paz.
A primeira coisa que fiz depois de me arrastar para fora da cama pingando de suor, foi tomar um bom banho frio. Encostei minha testa na parede gelada do banheiro e fechei os olhos, sentindo minha cabeça pulsando levemente. Não é insuportável, mas irritante. Junto com a clareza que a água estava me trazendo, chegaram também as memória da noite passada.
O bar e todos os drinks ingeridos rápido demais, depois a ligação dele e então a a conversa com Pedro durante o caminho de volta. Eu me masturbei no carro dele, puta merda. Claro, me masturbar na frente dele é algo que eu não me importo em fazer, mas naquelas circunstâncias... e se ele batesse o carro ou sei lá? Poderíamos ter morrido. Mas a culpa foi toda dele, e também daquilo que ele disse.
Eu não implorei realmente para que ele me fodesse. Eu reclamei por ele ter me deixado na mão, e no outro dia posso ter pedido por favor muitas vezes, mas ele estava com a lingua em mim, era impossível pensar em qualquer outra coisa.
Pelo menos uma coisa ontem eu acertei. Dizer que ele não me ouviria implorar, que agora se ele me quiser, ele quem deve fazer isso. Eu sei que o peguei com isso, pois Pedro é um homem que não parece implorar por nada. Apesar do rosto amigável e voz mansa, seus olhos escuros de luxúria não deixam margem para dúvidas. Ele é o tipo que pega o que quer.
Sai do chuveiro e vesti qualquer coisa com menos pano possível. Eu tornaria tudo muito difícil para ele, assim como prometido. Faria da sua vida um inferno, até que ele quebre completamente.
- Bom dia! - Cumprimentei minha mãe e meu padrasto assim que cheguei na cozinha.
- São quase duas da tarde - Pedro resmungou enquanto cortava alguns vegetais. Provavelmente estavam preparando o almoço.
- Eu não me importo, se eu acabei de acordar então é "bom dia" - Falei indo até a geladeira e pegando uma garrafa de suco de laranja.
- Não fale assim com ele - Minha mãe me censurou. - Você deveria ser mais gentil com Pedro. Fiquei sabendo da carona que ele deu para você ontem. Não deveria ficar bêbada por aí uma hora daquelas.
Eu me virei para os dois, a raiva desabrochando em meu peito com muita força. Eu não acredito que ele contou algo assim para minha mãe.
- Eu sou uma adulta e posso fazer o que eu quiser - Respondi. - E se você não estiver satisfeita, eu posso perfeitamente passar o resto do verão com o meu pai, tenho certeza de que ele e a esposa nova vão me receber muito melhor do que vocês dois.
Lancei um olhar ressentido para Pedro, ele estava com a cabeça baixa, parecia constrangido, deixei a garrafa no balcão perdendo completamente a vontade de comer ou beber qualquer coisa. Deixei a cozinha, subindo rapidamente para o meu quarto antes que ela dissesse mais alguma coisa que fosse me fazer querer gritar de raiva.
Eu estava com mais raiva dele do que dela. Eu já estou mais do que acostumada com a relação espinhenta e de pouca confiança mútua entre nós duas, foi assim minha vida toda. Mesmo quando eu era a porra da filha perfeita, ela nunca deu a mínima. Mas Pedro...? Por que ele quebrou minha confiança assim? Por que ele contou a ela que me trouxe bêbada para casa? E ainda por cima destorcendo a historia toda.
Eu nem mesmo pedi para que ele fosse me buscar. Eu estava pedindo um carro, eu voltaria perfeitamente bem. Ele foi atrás de mim porque não suportou a idéia de eu estar bebendo e me divertindo, talvez até com outro homem. Ele estava com ciúmes, mas eu tenho certeza de que essa parte ele não contou a ela.
ALGUMAS HORAS depois alguém bateu na porta, mas eu ignorei totalmente. Novas batidas e isso me fez ter certeza de que era Pedro do outro lado, já que minha mãe nunca foi insistente desse jeito, pelo menos não comigo.
- Vá embora - Mandei, meus olhos grudados no celular, eu estava tentando me distrair com o instagram, rolando o feed sem rumo algum.
Sua resposta foi continuar batendo. Revirei os olhos e bufei irritada. Desci da cama e fui até a porta, abrindo-a e dando de cara com ele.
- Eu mandei você ir embora - Reforcei.
- Quero falar com você.
- Mas eu não quero - Eu estava quase fechando a porta, mas ele não precisou de muito para segurar a peita rapidamente e me impedir. - Pedro!
- Por favor, Kaya - Ele pediu, seus olhos pareciam muito com o de filhotes de cachorrinhos. - Me deixe explicar o que aconteceu.
Desisti de forçar a porta e me afastei, voltando para a cama. Pedro fechou a porta e se aproximou um pouco, parando no centro do quarto.
- Sua mãe me ouviu no telefone com você ontem - Ele começou. - Ela... ela não sabia que era você, mas ela achou que fosse alguma mulher e hoje pela manhã ela estava me questionando, eu não sabia o que dizer.
- Então você fez parecer que eu era uma vadia bêbada e você estava indo me salvar? - Perguntei com veneno escorrendo dos lábios.
- Não! - Ele negou rápido. Pedro se aproximou mais. - Eu disse que fui porque quis, queria me certificar de que chegasse bem em casa, mas eu não disse que você estava bêbada.
- Mas ela disse que...
- Você sabe tanto quanto eu como sua mãe pode manipular alguma coisa - O olhar que ele me lançou era ressentido, mas eu sabia que não era comigo. Pedro sofria nas mãos dela o mesmo que eu, na verdade, ele era o alvo principal agora que eu estava longe.
- Você tem razão - Murmurei, soltei um suspiro e afundei nos travesseiros. - Desculpe por pensar tão mal de você, eu... fiquei com tanta raiva.
- Eu sei, não se preocupe - Ele pareceu hesitante, mas então decidiu sentar-se no canto da cama. - Você... estava falando sério quando disse que iria embora?
Olhei para ele e encontrei seus olhos de cachorrinho. Balancei a cabeça.
- Talvez - Dei de ombros. - As coisas seriam mais fáceis se eu fosse passar o resto do verão com o meu pai.
- Seriam - Ele concordou. - Só não significa que seriam melhores.
- O que você quer dizer com isso?
- Que não quero que você vá - Ele admitiu. - Essa casa é horrível sem você aqui.
Um sorriso apareceu em meu rosto e eu me recostei mais nos travesseiros, esticando minhas pernas na cama.
- Quão horrível?
- Terrivelmente horrível - Ele esfregou o rosto e me olhou com atenção. - Você... trás leveza. Mesmo que me deixe completamente louco.
- Você gosta que eu o deixei louco - Falei, tocando em sua com com os dedos dos pés. Ele riu baixo.
- Algumas coisas eu não tenho como negar - Disse.
Esfreguei sua coxa levemente com meu pé e ele conteve um suspiro.
- Kaya... - Ele murmurou em tom de advertência. Eu encolhi os ombros.
- Você insistiu para entrar no meu quarto e sentou na minha cama, que culpa eu tenho se você veio por conta própria para a teia da aranha?
- Eu vim te convencer de que não sou um babaca, só isso - Ele soltou o suspiro que estava contendo. - Não estamos sozinhos em casa. Isso...
- Eu prometi que faria da sua vida um inferno, Pedro - Mordi meu lábio, meu pé estava perto do centro de suas calças agora, ele não estava fazendo muito para me impedir. - Eu sempre cumpro minhas promessas.
- E o que isso significa?
- Você vai descobrir - Pisquei. - Eu vou comer você no jantar.
- Isso deveria ser uma ameaça? Não parece tão ruim - Sua respiração tremeu. Eu amo suas camadas, a forma como ele oscila entre dominante e dominado. Como ele cede e em seguida se controla. Porra, é como se ele estivesse jogando tanto quanto eu.
Tirei meu pé bem quando estava alcançando seu pau, suas calças estavam esticadas e eu percebia ele de movendo lentamente para tentar ficar mais confortável.
- É um alerta - Sorri. - Bandeiras vermelhas, senhor.
Em seguida eu me virei na cama, apoiando meus cotovelos no colchão e voltando a mexer no meu celular. Minha bunda mal coberta com um pequeno shorts ficou perfeitamente a mostra para ele.
- Mas agora é melhor você sair, você já disse o que queria.
- Você vai acabar me matando assim, Kaya.
- Você pode fazer uma última refeição, só precisa pedir com jeitinho - Eu balancei levemente minha bunda de forma provocativa, me controlei muito para não olhar por cima do ombro, ele já havia entendido minha indireta.
Ele ficou quieto por tempo o suficiente para me fazer querer olhar mais que nunca para ele, mas me segurei. O peso dele na cama sumiu quando ele se levantou.
- Não dessa vez, querida - Ele resmungou chegando na porta, quase fugindo do quarto.
Eu não respondi, continuei fingindo estar concentrada demais no celular para olhar para ele. Pedro suspirou altou, parecendo cansado e então deixou o quarto. Eu não estou frustrada, na verdade gostei disso. Como eu prometi para ele, a época de pegar leve passou.
MAIS TARDE NAQUELE dia, minha mãe estava se despedindo de nós para uma viagem de trabalho. Depois de muitas ressalvas e orientações, aparentemente ela acredita fielmente que nós somos dois estúpidos incapazes de cuidar corretamente de uma casa sem que ela desmorone.
Ela me deu um abraço, algo que raramente tenho dela. Seus abraços sempre foram estranhamentes desconfortáveis. Ela sempre colocava sua cabeça encima da minha e me apertava muito. Algumas pessoas podem achar que ela só me segura forte como alguma tipo de proteção materna, mas muitas vezes durante minha infância eu sentia que ela fazia isso ma tentativa de me sufocar.
Depois, observei ela seguindo até Pedro. Desviar os olhos quando ela o puxou para um beijo. Senti um formigamento desconfortável no estômago, como se estivesse prestes a vomitar. Eu já os vi se beijando antes e nunca foi uma cena muito agradável, agora é aínda mais intragável.
Assim que ela saiu e a porta se fechou, segui para a cozinha atrás de um pouco de água. A sensação de que eu estava prestes a vomitar estava persistente em meu estômago. Eu entendo que ele é casado com ela, eu não sou nenhuma maluca, mas honestamente, mesmo que não existisse absolutamente nada... ainda é um show nojento ambos se agarrarem na minha frente.
- Você está bem?
Escutei ele perguntando quando parou na porta da cozinha.
- Ótima - Respondi, deixei o copo ao na pia e passei por ele. Seus dedos roçaram em meu ombro, como se ele quisesse me parar, porém, tivesse mudado de ideia.
- Sinto muito que tenha visto isso.
Olhei para seu rosto, vendo a culpa em seus olhos. Senti meus sentimentos atenuarem. Balancei a cabeça e aproximei meu rosto do dele, plantando um beijo em sua bochecha, sentindo sua barba arranhando contra meus lábios.
- Você pode pensar em uma maneira de se desculpar.
Me afastei dele, seguindo escada acima.
PEDRO RESISTIU COMO um campeão pelos dois dias que se seguiram depois daquele momento. Nesses dias, fiz exatamente como prometido: tornei a vida dele simplesmente insuportável.
Se antes ele se sentia torturado pelos shorts e saias curtas demais, agora ele deve sentir falta. Andar com regatas e calcinha pela casa era muito mais divertido. A justificativa era o calor, o que poderia muito bem ser verdade, mas ele sabia que não era. Roçar contra ele sempre que podia e fingir que não fiz nada também havia se tornado uma tática perfeita de guerra. Pedro respirava fundo, mordia o lábio e desviava o olhar, mas eu sabia o que estava passando pela cabeça dele. Principalmente quando eu o pegava olhando para mim durante o jantar quando achava que eu estava distraída.
As garotas do trabalho estavam me chamando para sair novamente, dessa vez em um clube de dança. A idéia era tentadora, e eu realmente cheguei a considerar por alguns instantes, até ver Pedro. Ele estava no sofá, usando moletons e seus óculos de armação marrom. O homem estava relaxado, parecia em paz, enquanto assistia TV e tomava uma cerveja distraidamente. Ele haviam chegado do trabalho, depois de um dia longo dando aulas. A visão de um Pedro tão doméstico me excitou absurdamente.
Voltei silenciosamente para meu quarto e tomei um banho, depois, vesti roupas confortáveis - camiseta grande e calcinha -, então voltei pelas escadas até chegar na sala.
- Qual o plano da noite? - Perguntei enquanto me acomodava no sofá ao lado dele. Pedro não mudou sua postura relaxada, porém eu percebi seu olhar lascivo para mim.
- Eu não tenho nada em mente - Respondeu tomando um gole de sua cerveja em seguida.
Revirei os olhos para ele. Mudei minha posição no sofá e joguei minhas pernas encima do colo dele, ficando mais confortável. Talvez tenha sido algum tipo de reflexo, mas sua mão livre estava imediatamente em minha coxa.
- Seja criativo, Pedrito, eu recusei um convite para sair só para ficar aqui com você. Não faça eu me arrepender.
Seus olhos brilharam quando eu o chamei de "Pedrito", tenho certeza de que minha ousadia teve um efeito positivo nele.
- Um convite? - Ele ergueu sua sobrancelha. O corpo grande dele estava voltado para mim agora, ele estava sem inclinando em minha direção, mas mantendo certa distância.
- Para sair, beber e dançar... você sabe - Suspirei. Seus dedos estavam se arrastando por minha pele, enviando arrepios por todo o meu corpo. Eram apenas as pontas de seus dedos brincando com um pouco de pele em minha coxa, mas estava tendo o mesmo efeito que um fio desencapado.
Pedro balança a cabeça, seus olhos voltando para a TV e ele agindo como se suas mãos em minha pele não fossem uma provocação.
- Acho que isso faz de mim um homem de sorte - Ele murmurou, soando distraído.
- E eu sou uma garota entediada - Fiz um biquinho. - O que vamos fazer hoje?
Ele deu um longo gole na cerveja.
- Exatamente o que estamos fazendo agora, querida.
- Por favor, Pedro, é minha noite de folga e eu não quero passar enterrada no sofá vendo filme - Eu protesto enquanto me sento e tiro minhas pernas de cima dele.
Percebi seu sorriso no canto dos lábios, com certeza se divertindo com minha frustração. Ele não me deu uma resposta e apenas continuou olhando para a TV.
- Você gosta de me irritar, não é? - Perguntei, cruzando os braços como uma criança mau-humorada.
Agora ele estava sorrindo de verdade.
- Oh, foi você quem decidiu tornas as coisas difíceis para mim - Ele deu de ombros e se recostou contra o sofá. - Não posso me divertir também?
- Você é um idiota - Resmunguei, jogando meus pés para fora e me levantando. - Acho que mudei de ideia. Vou sair com as garotas do trabalho. Tenha uma boa noite com seus filmes velhos.
Antes que eu fosse muito longe, ele agarrou meu pulso com uma agilidade que eu não pensei que Pedro tivesse. Ele me puxou para trás e eu caí diretamente encima de suas coxas grossas espalhadas no sofá.
- Pedro?! - Exclamei sem fôlego. - O que você...
- Tem certeza de que quer isso? - Perguntou, sua outra mão estava envolta do meu quadril, me mantendo firme em seu colo. Ele não estava mais sorrindo, e agora seus olhos escuros como carvão estavam fixos em meu rosto.
Por um segundo fiquei absolutamente calada, sem nada o que dizer. Sua atitude repentina me tirou do eixo e eu precisava me recuperar. Meu coração estava batendo forte contra o peito, enquanto eu assimilava toda a situação, meu corpo começava a formigar ainda mais. Eu estava sentada em seu colo, tão perto daquilo que eu queria dele que já podia sentir doer entre minhas coxas.
- Você tem que me responder quando falo com você, querida - Ele murmurou, mas sua voz não estava suave, pelo contrário. Havia irritação, frustração, dominação e o melhor, luxúria. Ele estava permitindo que tudo isso emergisse lentamente.
- Você sabe o que eu quero - Respondi igualmente baixo, ainda sem fôlego, mas já um pouco recuperada.
- Diga pra mim - Ele aproximou seu rosto do meu, fazendo meu pulso acelerar outra vez.
- Não vou fazer isso - Suspirei. - Eu disse que não pediria outra vez.
- Não isso o que você tem feito todos esses dias, hermosa? - Senti minha boceta apertar quando sua lingua se enrolou ao falar espanhol. Ele sabe. Ele sabe o quão louca ele pode deixar uma mulher quando faz isso. Pedro continuou: - Andando por aqui com as roupas, ou quase sem roupas... se esfregando em mim sempre que pode. Você está pedindo, me implorando, o tempo todo para foder você.
Então esse é o contra ataque dele. Eu devo admitir que ele merece algum mérito. Enquanto eu achava que inevitavelmente ele fosse quebrar, ou invés disto ele resolveu revidar. Pedro é um homem com mais controle do que eu imaginei que fosse. O problema é que eu não sei se eu tenho mais controle. Não tenho certeza se consigo me manter firme em minha decisão quando ele decidir usar suas armas contra mim.
- Se as mensagens estão sendo tão óbvias, então por que não fez ainda? - Perguntei, entrando em seu jogo e me inclinando em sua direção. Empurrei levemente os quadris em seu colo e ele me parou com um aperto firme de sua mão grande.
- Cuidado - Ele rosnou em alerta, com certeza se referindo ao meu movimento. - Você sabe que não vou fazer isso.
- Você não está me dando outra escolha, Pedro - Digo. - Acho que preciso sair e conseguir com outro o que você não quer me dar.
- Você não faria isso.
- Eu estou subindo pelas paredes do quarto, só você não vê isso - Agora foi minha vez de rosnar. - Eu preciso disso e se você não quer me dar então...
Novamente, me pegando desprevenida, Pedro inverteu nossas posições no sofá, agora ficando por cima. Seu corpo grande e quente estava pressionado contra o meu. Ele empurrou seu quadril contra o meu e então eu o senti, duro como a porra de uma pedra.
- Você acha que eu não quero dar a você o que você precisa? - Ele disse, acompanhado com um xingo em espanhol que eu não entendi. - Porra, garota, dar a você o que você precisa é tudo o que eu quero. Tratar você exatamente como você merece. Fodendo essa sua boceta provocadora até que você esteja se contorcendo e gritando meu nome.
Um gemido escapou por entre meus lábios. Eu queria pedir, eu poderia implorar se ele mandasse. Eu faria simplesmente qualquer coisa. Mas eu ainda estava com medo que ele recuasse novamente e eu não aguentaria novamente a frustração.
- É tudo o que eu quero, querida - Sua voz voltou a ser suave. Aveludada e doce como mel. Ele plantou um beijo em meu pescoço. - Sentir como é estar dentro de você. Eu tenho pensado nisso todas as noites, merda... eu tenho sonhado com isso. Sonhado com sua boceta envolta de mim, me apertando...
Agora eu acho que ele estava divagando com ele mesmo, distribuindo beijos pelo meu pescoço enquanto falava. Deitei minha cabeça para trás e fechei os olhos, soltando um gemido baixo.
- Fique comigo essa noite, por favor.
Arregalei os olhos e o encarei. Era isso? Ele estava pedindo para que eu ficasse?
- Pedro...?
- É o que você ouviu, baby, eu estou pedindo que fique - Ele mordeu a pele do meu pescoço. - Vou dar o que você quer.
Um sorriso vitorioso tomou conta dos meus lábios. Rolei meus quadris e empurrei contra ele, sentindo que o gosto da vitória era ainda melhor do que eu poderia imaginar.
- Seu pedido é uma ordem, senhor - Falei, empurrando contra ele de novo. Pedro então chocou seus lábios contra os meus, beijando-me com força. Sua lingua invadiu minha boca, dominante, logo ele estava usando meus lábios da maneira como ele queria.
Gemi em sua boca, permitindo que todos os meus sentidos fossem dominados por Pedro. Eu só consegui pensar, sentir e provar ele, por toda parte. Afastei mais minhas pernas, permitindo que ele se posicionase melhor entra elas. Seus beijos se tornavam mais urgentes a cada instante, cada toque dele era como braza em minha pele já quente. Joguei minha cabeça para trás, sentindo meus pulmões queimarem pela falta de oxigênio, e Pedro continuou com os lábios em mim, agora descendo pela pele do meu pescoço, deixando beijos e mordidas por onde passava.
- É a primeira vez na semana em que eu a vejo com tanta roupa - Ele me provocou enquanto arrastava o tecido da camisa para que eu a tirasse. Me livrei da peça, jogando em algum lugar onde ficaria esquecida.
Seus lábios passaram a traçar beijos pelos meus seios, ele resmungou algo em aprovação pelo fato de que eu estava sem sutiã. Senti sua boca se fechar envolta do mamilo e chupar, depois ficar brincando com a língua envolta dele. Pedro chupou e mordiscou a pele sensível, me fazendo se contorcer em baixo dele.
- Sorte sua, eu estava quase começando a andar sem calcinha.
Minha voz estava ofegante, trêmula pela estimulação. Eu sentia a umidade cada vez maior, deixando escorregadio entre minhas pernas. Isso me lembrou da necessidade que eu estava sentindo dele bem ali, onde eu realmente queria atenção. Apertei minhas pernas envolta dos quadris dele e empurrei, a fricção me faz gemer e Pedro grunhiu. Sua mão grande apertou meu quadril com força.
- Parada - Rosnou.
- Pedro... - Murmurei, esperando que ele compreendesse o que eu precisava.
- Mandei ficar parada - Ele repetiu, apertando mais e me segurando contra o sofá, impedindo que eu me mexesse em sua direção. - Vai ser nos meus termos.
- Mas você disse que...
- Você teve o que você queria, Kaya, eu cedi e pedi, então agora você vai ser a minha boa garota e fazer o que eu mandar - Abri a boca para protestar, mas se tornou um gemido carente quando ele empurrou o quadril no meu e depois o afastou tão rápido que nem pude senti-lo direito. - Entendeu, baby?
Eu tentei protestar novamente, mas ele era forte. Pedro estava se divertindo com isso. Ele parecia gostar de me ver indefesa, me contorcendo em baixo dele, implorando para que ele fosse em frente e me fodesse logo. Parei por um segundo, recobrando um pouco da compostura.
- Entendi - Falei, derrubando meu tom até torná-lo sexy. Ergui meus olhos para ele e o olhei com o melhor olhar inocente que pude invocar. Meu tom era doce, praticamente escorrendo açúcar. - Serei sua boa menina, eu prometo.
- Porra, repita isso! - Ele estava sem fôlego.
- Vou ser a sua boa menina - Raspei meus lábios no dele. - Farei o que você mandar, tudo o que você gostar.
Seu lábios voltaram para os meus com ainda mais força. Retribuí seu beijo, apertando meu corpo contra o dele, querendo senti-lo. Eu sentia meus mamilos duros e doloridos raspando contra o tecido da camiseta dele, isso enviava ondas de eletricidade pelo meu corpo inteiro. Levei minhas mãos até a barra da camisa e ele me ajudou a puxar para fora do corpo dele. Não consegui evitar de raspar as unhas pelo dorso dele, Pedro suspirou contra meus lábios.
- Sem marcas, querida.
Não respondi, apenas suguei sua lingua, incentivando-o a continuar me beijando. Eu precisava mais do que eu poderia admitir. Pedro se tornou uma necessidade muito maior do que apenas sexual e eu não havia percebido isso até agora. Eu já o tenho, ele já está perto, mas não é o suficiente.
Senti seus dedos brincarem com a barra da minha calcinha e finalmente ele estava dando atenção onde eu queria. Os dedos de Pedro roçaram o tecido arruinado da calcinha extremamente molhada e ele riu baixo.
- Sempre assim, não é? Sempre pronta.
Afastei um pouco minhas pernas para que ele pudesse ter o melhor acesso possível. Pedro arrastou o tecido para o lado e passou o polegar por toda a extensão doa lábios úmidos. Deitei minha cabeça para trás e arqueei o corpo, empurrando meus quadris em direção aos dedos, dessa vez ele não impediu. Dessa vez ele afundou seu polegar na úmidade e encontrou meu clitóris inchado.
- Ah! - Ofeguei, sentindo a pressão quando ele apertou o ponto chave em minha boceta. Pedro riu roucamente, mordendo meu queixo e rolando meu clitóris entre os dedos, beliscando e esfregando em um ritmo torturante.
Ele cobriu meu sexo com a mão grande e quentes, afundou o dedo anelar em minha entrada e começou a bombear sem cerimônias. Eu me sentia paralisada, não conseguia falar, mão conseguia me mexer. Meu corpo era controlado completamente por ele e qualquer movimento que eu fizesse era apenas algum espasmo ou contração involuntária proporcionada pelo que ele estava fazendo comigo. E era simplesmente maravilhoso.
Seus lábios não abandonaram minha pele. Ele acrescentou outro dedo, dizendo algo sobre "preparar para mim". Resmunguei algo incoerente de volta, tentando dizer que não importava se eu estava preparada ou não. Eu sei o quão grande ele é, e eu não me importo em recebê-lo dentro de mim sem preparação.
Pedro girou e curvou seus dedos, aumentando a velocidade e a pressão em meu clitóris. Ele estava determinado em me fazer gozar e é tudo o que eu consigo pensar agora. Abri a boca, murmurando seu nome uma série de vezes como uma oração. Com mais alguns movimentos fortes, logo eu estava gozando e me contorcendo embaixo dele. Pedro pressionou seus dedos e sua palma contra minha boceta, me mandando parada enquanto eu tentava fechar as pernas, uma movimento desesperado devido a estimulação que era demais e sensibilidade.
Lentamente, eu estava descendo. Minha respiração se acalmou, meu peito já não subia e descia tão rápido e meus quadris estavam parados. Ele tirou os dedos e os levou até a própria boca, depois se arrastou pelo meu corpo até embaixo e se posicionou com a cabeça entre minhas pernas. Senti sua língua deslizando por meus lábios, sugando todo o orgasmo e limpando minhas dobras. Pedro lambeu e sugou tudo, sem sequer hesitar.
- Porra...! - Murmurei, finalmente retomando o controle do meu corpo e levando uma mão até os cabelos cheios dele, apertando os fios macios entre meus dedos. Estremeci quando sua barba roçou entre minhas coxas e os lábios ainda sensíveis.
- Eu amo seu gosto - Ele gemeu, plantando um beijo em meu clitóris.
Puxei seus cabelos, arranhando seu couro cabeludo.
- Ainda preciso de você - Murmurei.
- E eu de você - Ele se afastou, seus olhos redondos e brilhantes fixos em meu rosto, os lábios estavam molhados e saber a razão me deixava excitada novamente.
- Me deixe ficar por cima - Pedi. - Me deixe ser sua boa menina e te fazer gozar.
Ele estremeceu, seus olhos escureceram novamente e ele rapidamente nos virou. Precisei de alguns instantes para recobrar minha estabilidade e conseguir me manter firme encima de seus quadris. Me inclinei e comecei a distribuir beijos por seu peito, subindo com minha língua por todo seu pescoço até o ponto doce atrás se sua orelha. Ele estava quente, suado e ofegante, mesmo que eu mal tivesse começado. Sua mão ocupou um lugar em minha bunda e ele apertava sem qualquer cerimônia.
- Vamos nos livrar disso... - Murmurei, me levantando um poucou e puxando sua calça. - Sem cueca?
- É mais confortável - Ele sorriu, suas covinhas aparecendo.
- E prático.
Complementei enquanto nos livravamos da peça.
Sua ereção estava firme, vermelha e pingando pré-gozo da ponta. Bombeei algumas vezes e me inclinei em sua direção, mas a mão dele em minha bunda me parou com um apertão.
- Não, não aguento mais preliminares - Ele gemeu. - Quero ver você pulando no meu pau.
- Mas...
- Fazer tudo o que eu mandar, lembra? Você é minha boa menina - Ele grunhiu. - Você quase me matou durante essa semana, Kaya, eu já tive preliminares o suficiente.
Balancei a cabeça, não iria reclamar de tê-lo dentro de mim o mais rápido possível. Me ergui acima de seu quadril e me afundei completamente em seu membro. Mesmo com a preparação, ardeu como o inferno. Ele me esticou e esticou, até que estivesse completamente acomodado dentro das minhas paredes. O homem em baixo de mim grunhiu e gemeu, depois travou os dentes endurecendo o maxilar. Isso me ofereceu outra imagem perfeita que eu jamais quero esquecer. Sua carranca estava intensa, o vale entre as sobrancelhas ainda mais profundos que o normal, nas era sexy pra caralho.
Naquele momento, ambos apreciamos aquilo. Simplesmente a sensação de finalmente estarmos ali. E era incrível a plenitude com a qual ele estava me preenchendo completamente.
Precisei de alguns segundos e então me sentia ajustada o bastante. Comecei a me mexer, apoiando as mãos no peito dele, subindo e descendo em seu pau. Ele não tirava os olhos de mim, suas mãos em meus quadris, alguns tapas fortes na bunda para me incentivar, mesmo que eu não precisasse, mas eu gostava do peso de sua mão grande marcando minha bunda.
Eu acelerava e diminuía a velocidade, fazendo questão de observar suas expressões a cada movimento meu. Comecei a contrair os músculos, apertando-o aínda mais dentro de mim. Seu rosto se contorcia e logo voltava para a carranca, me inclinei e beijei seus lábios provocativa.
- Eu não esperava essa carranca...
- Acredite em mim, hermosa... - Ele gemeu. - Eu estou tendo que me concentrar para não encher você desde que você afundou essa boceta perfeita em mim.
Eu ri, ri de verdade. Ele estava tentando durar mais?
- Você não tem que se segurar.
- Você a porra da mulher mais gostosa que já... - Ele parou e gemeu quando rolei meus quadris lentamente em seu colo, apertando seu pênis dentro de mim. - Não me provoque.
- Só estou me divertindo um pouco.
Ele apertou a mandíbula.
- Você não está sendo uma boa menina.
- Então você pode me castigar.
- Porra, eu vou!
Com uma facilidade surpreendente, ele me tirou de cima dele e me colocou de volta no sofá.
- De quadro.
Eu obedeci. Pedro se posicionou atrás de mim, segurando meus pulsos atrás das costas e empurrando meu rosto contra o encosto do sofá. Minha bunda ficou para o alto, ele acariciou e acertou um tapa meio forte. Então ele me invadiu, se afundando completamente em minha boceta até que eu sentisse seu quadril encontrando em minha bunda. Sem tempo para se acostumar ele começou a estocar fundo e forte, até meio rude.
Passou pela minha cabeça, que talvez ele achasse que isso seria um castigo para mim, mas na verdade eu estava sentindo aínda mais tesão com seu comportamento mais agressivo. No entanto, percebi poucos segundos depois que a punição era o ritmo das estocadas. Ele me levava até o limite e depois parava. A tortura de estar a ponto de gozar e depois simplesmente não vir. Reclamei de frustração, empurrando minha bunda contra ele. Sua reação foi outro tapa.
Mordi forte meu lábio e comecei a rebolar enquanto ele continuava estocando. Eu posso imaginar o quanto ele gosta disso. Eu, de quatro para ele, rebolando enquanto ele empurra para mim.
- Você vai me fazer encher você, perra? - Ele rosnou, o xingamento me mostrando o quão perto ele estava. - É tudo o que você quer, uhm?
- Sim... por favor... - Gemi, praticamente implorando. Rebolei mais forte, ele também aumentando a força. Seu braço envolveu minha cintura e seus dedos alcançaram meu clitóris. Pedro começou a esfregá-lo.
O novo orgasmo chegou ainda mais devastador que o primeiro. Pedro não parou, agora perseguindo o seu próprio. Ele se incluiu, plantando beijos e mordidas em minhas costas.
- Que hermoso cuando te corres en mi polla...
Ele me apertou contra seu corpo, continuando:
- Vou gozar, querida... só me diga onde, não posso segurar mais.
- Dentro - Ofeguei, apertando-o dentro de mim.
- Kaya...
- Dentro, Pedro.
Isso foi o suficiente para ele. Pedro se derramou dentro de mim, um gemido rouco e perfeito saindo de seus lábios enquanto ele se desfazia. Fechei os olhos, aproveitando a sensação e os arrepios em meu corpo. Quando ele acabou, ainda levou um tempo para sair de dentro de mim.
Ele caiu no sofá e me puxou para o colo dele.
- Podemos subir para o meu quarto? - Perguntei manhosa, passando meus dedos pelo peito dele.
- Vou precisar de um tempo antes da próxima rodada, querida - Ele riu sem fôlego.
- Infelizmente eu sei disso - Murmurei, beijando seu pescoço. - Mas por mais divertido que seja você me fodendo no sofá da sala, aqui não temos espaço o bastante. Ainda tem muita coisa pra fazer e eu não acabei com você.
Ele deita a cabeça para trás e ri.
- Certo, tudo bem - Ele concorda. - Não serei eu quem vai reclamar de uma cama.
Me levantei, pegando ele pela mão e o puxando escada acima. Pedro me seguiu obediente.
- Ei, querida - Ele me chamou no momento em que entramos no quarto. Eu estava seguindo em direção ao banheiro.
- Sim?
- Você... - Ele coçou a nuca, meio hesitante. - Você quis que eu não saísse, e eu...
Me aproximei dele com um sorriso malicioso.
- Bom, eu estava pensando... um pequeno Pedro andando pela casa, com esses olhos escuros - Comecei a falar e os olhos dele se arregalaram. Soltei uma gargalhada. - É brincadeira!
- Isso não é engraçado, Kaya! - Sua expressão ficou séria, até meio irritada.
- Oh, se você visse a sua cara, acharia engraçado - Eu o provoquei ainda mais.
- Você não sabe do que está falando - Ele reclamou. - Filhos não são piadas.
- Eu sei, senhor Pascal - Eu revirei os olhos, parando de rir. - Antes que você seja um estraga prazeres, não se preocupe.
Peguei sua mão e coloquei um dedo dele encima de uma pequena área do meu braço com uma fina cicatriz, quase invisível.
- O que é isso? - Ele perguntou preocupado.
- É um chip. E ele libera anticoncepcional no meu corpo, então estamos seguros. Quero dizer, tão seguros quanto se pode estar quando se transa, você sabe...
Ele ergueu as sombrancelhas de um jeito fofo.
- Nunca vi isso. Colocaram dentro de você?
Eu ri. As vezes eu me esqueço de que Pedro é mais velho e mesmo que não seja atrasado, aínda existem coisas que ele não faz ideia de como funcionam.
- Vem tomar banho comigo e eu posso explicar direitinho.
Ele me olhou com desconfiança.
- Só banho?
- Talvez...
Eu sorri inocente. Ele revirou os olhos.
- Certo, querida. Vá na frente.
Sorri ainda mais e segui para o banheiro, arrastando-o comigo.
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