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Unicamente você...

Olá florzinhas! Mais uma One-shot para vocês, saindo direto do forno do projeto! Nesse Quarto Ciclo estaremos dedicando ao Sol da nação Army, Jung Hoseok, mais conhecido como J-Hope!

Os temas sorteados foram Medieval e Sadfic, e resolvi escrever os dois temas. Tá tudo muito bonitinho, e espero que vocês chorem também!

Sem mais delongas, boa leitura florzinhas!

Créditos:

Co-Autor: PurpleGalaxy_Project
Avaliação por: @childmoonlight
Betagem por: hobijujube
Design por: Yooni937

Trailer por: angellen_



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O cheiro de carne queimada e o calor descomunal, são coisas banais que tomam as minhas memórias quando eu me lembro daquele dia. O silêncio ao redor de todo aquele caos e a imagem de você desfalecido logo a minha frente, é algo que nunca pude esquecer e sequer tirar da minha cabeça. Naquele campo de batalha, eu perdi você, aquele que me mostrou que a liberdade se encontrava fora da torre onde eu morava e que o amor, apesar de ser feio em algumas partes, ainda era bonito para aqueles que se amavam de forma genuína.

[...]

Reino de Silla, seis meses antes do ataque surpresa.

Era um dia de sol quando resolvi sair para a varanda da torre, onde estava trancado a mais de vinte e três anos. No reino da minha mãe, essa que nunca mais vi, os dias costumam ser nublados e frios, mas em algumas exceções o astro sol resolve dar o ar da graça.

Como de costume, eu me sento no banco de pedra e fico observando as coisas que estão ao redor da minha torre. Infelizmente não tenho uma vista muito privilegiada, tudo que vejo são as copas das árvores na floresta que cercam o castelo e o chão coberto de grama. Queria muito poder ver como é o dia a dia de quem tem a liberdade para andar por aí livremente, mas minha vida sempre foi limitada a essa torre.

Tudo que tenho são alguns livros e pergaminhos para ler, tudo que conheço são coisas que li nesses livros e o que aprendi com meu professor quando mais novo. Um dos motivos para eu estar trancado é porque sou o caçula do rei de Lion, também porque meu pai me odeia. Por causa de uma profecia, ele me odeia com todas as suas forças, e não mediu esforços para me trancar aqui, desde o momento em que nasci.

Suspiro tentando espantar esses pensamentos e algo do lado fora chama a minha atenção. Escuto alguns barulhos, logo vejo uma figura andando por entre as árvores em frente a minha varanda. Curioso, me inclino um pouco mais para frente, finalmente vendo o que tanto fazia barulho. O vermelho escarlate tomando conta do corpo da criatura enorme é tudo que consigo ver, mas quando o animal se vira eu simplesmente perco o fôlego.

Um dragão está me encarando com seus olhos amarelos, tenho a plena certeza de que é mesmo a criatura mística, quando ele fica em pé me mostrando sua altura descomunal. O dragão é do tamanho da minha torre e ele está somente a alguns metros de distância de mim, mas em um passe de mágica, tudo que vejo é um homem grande e forte me olhando enquanto está sentado na minha varanda.

Ainda sentado no banco, sinto minhas vistas escurecendo e o meu corpo caindo para trás. Meu desmaio durou apenas alguns segundos, porque no momento seguinte me levantei depressa ficando cara a cara com o homem que estava na minha varanda, o dragão de escamas escarlate.

Com medo, tento me afastar do aperto do outro, mas minhas tentativas são falhas. O de olhos amarelos abre um sorriso e logo começa a rir do meu desespero. Fico envergonhado e num momento de coragem simplesmente agarrei os cabelos vermelhos e compridos do outro os puxando, mas tudo que consigo são mais gargalhadas do homem dragão.

- Isso sequer faz cócegas, coisinha! - Me assusto com a voz de entonação alegre e solto os cabelos vermelhos me encolhendo no colo dele.

- Me desculpa pelo susto de alguns minutos atrás. Não pretendia te assustar. - O estranho me coloca na minha cama e se afasta sorrindo ficando nos pés da cama.

- Você é mesmo um dragão? - Foi tudo que consegui falar, mesmo sabendo que ele era o ser que tinha visto.

- Você viu com seus próprios olhos, coisinha. Sou um dragão, o único de todo o continente do reino de Lion. - Ele me observa com afinco e sinto meu rosto esquentar de vergonha. Me levanto de modo desajeitado e logo me lembro de uma história que meu professor me contou uma vez.

"- No nosso continente, existe um dragão que está preso por uma maldição, o tornando incapaz de ir embora. Dizem por aí também, que ele não tem muita afinidade com magia, coisa que faz ele ficar aqui sem ter o que fazer, já que não pode quebrar sua maldição. "

- Você é o dragão que não pode ir embora de Lion. - É o que sai da minha boca, consigo ver no rosto do outro em seguida um sorriso desanimado.

- Sim, sou esse dragão mesmo, Jung Hoseok, ao seu dispor, coisinha. - Ele faz uma reverência e de costume, mesmo nunca tendo saído da torre, eu devolvo o gesto da forma que aprendi com meu professor.

- Min Yoongi, senhor dragão. - Por um instante vi um brilho diferente passar pelos olhos amarelos do Jung, mas o sorriso ainda continuava no rosto dele. Curioso com a figura dele na minha frente, me aproximei sem vergonha parando na frente dele.

Os olhos amarelos eram afiados como os de uma águia, a pele bronzeada parecia ser quente ao toque e os cabelos vermelhos se assemelhavam a linhas de seda. Enquanto olhava cada detalhe dele, senti uma lufada de ar sobre a minha cabeça. Olhei para cima e vi ele rir da minha cara de novo. Um detalhe sobre Jung senhor Hoseok dragão, ele adora sorrir e rir.

- Você tem cheiro de amêndoas, coisinha! - Ele segurava uma mecha dos meus cabelos enquanto cheirava como se estivesse se embebendo do aroma do lugar.

- E você tem cheiro de sol! - disse convencido, a risada dele voltou a ecoar pelo meu quarto. O emburrei e me afastei, voltando para a varanda. Me sentei no banco de pedra e me debrucei olhando para a paisagem na minha frente, árvores, muitas árvores.

- Deve ser tedioso ficar o dia inteiro olhando para essas árvores, não? - Hoseok me pergunta, parando ao meu lado, olhando as copas das árvores comigo.

- É muito tedioso sim, mas é a única coisa que consigo ver daqui, trancado nessa torre. - Um silêncio tomou conta do ambiente, e tudo que eu escutava era o vento balançando as folhas das árvores, e a respiração de Hoseok ao meu lado. Era triste admitir, mas a minha realidade era o lugar onde morava. De todas as pessoas que moram no castelo onde vivo, somente vi o rosto do meu professor e ele me disse uma vez, que no castelo só tem uma cozinheira, uma empregada e um único guarda para proteger o local. O lugar que era o lar da minha mãe, se tornou um castelo que foi deixado de lado. E eu estou incluso na mesma categoria.

Suspirei entediado e chateado com tudo na minha vida, coisa que chamou a atenção de Hoseok. Ele me analisou com seus olhos de ouro e depois olhou para a paisagem à nossa frente.

- Quer sair daqui, coisinha? - A pergunta dele me pegou de surpresa, quando me virei para ele, Hoseok exibia um sorriso enorme no rosto. Olhei para o meu quarto, para o lado de fora e não pensei muito dando minha resposta. Balancei minha cabeça em um sim, quando Hoseok pulou o parapeito, tomei noção do que tinha acabado de aceitar.

Não era uma pessoa importante para meu pai ou minha mãe, nem mesmo para os servos desse castelo esquecido. Então também subi na beira da sacada e sem ressentimentos me joguei.

[...]

- Para onde nós vamos? - Faz algumas horas que fiz a maior loucura da minha vida, Hoseok está fazendo mistério comigo, pois até agora não me disse para onde está me levando. Posso estar confiando demais, algo me diz para confiar nele, mas em conjunto, minha curiosidade não me deixa de modo algum.

- Nós já estamos chegando, coisinha, logo vai conhecer minha casa. - Depois de tanto andar, vejo em minha frente a entrada de uma caverna. Olho para Hoseok ao meu lado e ele sorri oferecendo sua mão, essa que agarrei antes de ser puxado para dentro do lugar escuro.

Não enxergo nada por causa do escuro, mas em poucos passos já consegui ver uma pequena luz. Hoseok para, escuto a tranca de uma porta pesada se abrindo, a luz me cegando por alguns instantes. Quando me acostumei, vi um campo verdejante na minha frente e no meio de tudo uma casinha de dois andares. O vento batendo na minha cara foi o que me fez acordar do transe, olhando para Hoseok vi que ele já caminhava em direção a sua casa. Dei os primeiros passos andando pela grama alta e enquanto passava a mão sobre algumas florzinhas, comecei a correr enquanto ria alegre.

Quando parei diante a casa, a porta estava aberta, então entrei vendo o interior do lugar. Estava na sala e o lugar era repleto de livros e de pequenos vasos de flores. Hoseok apareceu, enquanto eu estava a xeretar um dos seus livros, e me carregou escada acima até um quarto que me apresentou como meu. Foi quando percebi mais uma vez, que estava livre das amarras que aquela torre me trazia.

[...]

Observar Yoongi e levá-lo a vários lugares do continente de Lion, estava se tornando o meu passatempo favorito em mais de mil anos de puro tédio. O meu foco não era mais me esconder para sempre, para não ser morto por eu simplesmente ser um dragão. Meu foco agora é ver o sorriso gengival de Min Yoongi, o filho caçula do homem que quer minha cabeça numa bandeja de prata.

Quando o vi pela primeira vez, achei que ele era uma ilusão da minha cabeça, até porque o castelo que estava rondando parecia abandonado aos meus olhos. Mas lá estava ele, com seus cabelos brancos brilhando pelos raios de sol, debruçado sobre a varanda de sua torre. A cara dele era puro tédio e desgosto e a minha vontade no momento foi rir da coisinha estranha que havia encontrado.

Nossa primeira interação foi engraçada aos meus olhos, como ele sempre parece esquecer, puxar meus cabelos não vai fazer eu parar de rir dele facilmente.

Já fazem dois meses que ele está comigo, me importunando com suas perguntas sobre o mundo, coisa que posso responder com facilidade apesar de nunca ter saído do continente de Lion, hoje não é um dia diferente, apesar de eu achar que Yoongi está um pouquinho estranho. Ele me olha sempre que não estou olhando para ele e muitas vezes sinto minhas costas queimarem pela intensidade que ele faz isso.

Seus olhos cor de mel, sempre estão brilhando num sentimento cor de rosa quando ele está focado em mim falando algo. E não quero admitir que seja o que estou pensando.

- Vai ficar me olhando hoje também? - perguntei como quem não queria nada, logo ouvi a coisinha se engasgando com o chá que havia preparado para ele.

- Quem disse que estou te olhando? - Me virei para ele deixando de sovar o pão sobre a bancada de madeira e sorri de maneira sugestiva vendo o rosto dele ficar vermelho.

- Minhas costas. Elas queimam toda vez que você resolve me comer com seus olhos. - Vi os olhos dele se arregalando, logo a caneca de madeira veio na minha direção, mas como sempre, segurei antes que acertasse o meu rosto.

- Não adianta jogar as coisas em mim, coisinha, sabe que eu sempre pego.

- Seu insuportável! Você é inabalável em tudo, maldito dragão ancião! - E mais um xingamento para minha lista interminável de xingamentos que a coisinha inventou exclusivamente para mim.

Ele se levantou da cadeira que estava sentado, veio marchando na minha direção. Parou na minha frente e agarrou meus cabelos os puxando com força. Comecei a rir da tentativa falha dele de me fazer "sofrer", mas parei quando ele colou seus lábios aos meus. Foi um simples selinho, mas essa atitude da coisinha mexeu com todas as minhas estruturas.

Yoongi agora me olhava, vermelho como um morango maduro, mas não dei nenhuma abertura para ele, peguei ele de jeito, coloquei ele sentado na bancada avançado sobre os lábios rosados do mesmo. Começamos um beijo meio desengonçado, que foi tomando jeito em milésimos de segundos. Tudo estava ficando muito quente entre nós nesse momento, então parei colocando minha cabeça no pescoço branquinho de Yoongi, respirando fundo tentando controlar o calor que estava me tomando.

As mãozinhas pesadas dele ainda estavam presas aos meu cabelos, e foi um dos motivos para eu voltar a rir.

- Acho que estou te amando, a cada puxada de cabelo que você me dá, coisinha.

[...]

Castelo principal da Capital de Lion, quatro meses antes do ataque surpresa.

- O que disse? - A voz de Min Han-woo ecoou estridente pela sala do trono e seu fiel mensageiro tremeu diante dele.

- Que vossa alteza, não está mais nas dependências da torre no reino de Silla. - As palavras que causaram a fúria do homem foram repetidas de forma clara novamente e dessa vez alguns resmungos desgostosos foram escutados pelo mensageiro ainda ajoelhado no chão.

- Onde aquele imprestável está!? - Han-woo tremia de nervoso, seus olhos escuros rondavam seu mensageiro em busca de mais respostas.

- Algumas pessoas disseram que o viram acompanhado de um homem alto, de cabelos vermelhos e olhos amarelos, majestade. - Ao que o rei de Lion escutou tais palavras, seus olhos brilharam em ganância, e um sorriso grande se abriu em seu rosto.

- Olhos amarelos... Ele está com aquele dragão - Han-woo se lembrou da primeira vez que viu o dragão, conhecido por aí como Jung Hoseok, mas para ele não importava o nome do "animal", tudo que ele queria era o que o dragão carregava de mais precioso.

- É o que parece majestade, além disso conseguimos a localização de vossa alteza - A risada do rei ecoou de repente pela sala do trono, assustando o mensageiro que finalmente resolveu levantar a cabeça para olhar para a figura soberba. Dava nojo ver a forma doentia que o homem titulado rei de Lion se comportava, mas tudo que todos podiam fazer era obedecer sem sequer questionar.

- Perfeito, finalmente vou ter a cabeça daquele ser... Chame o general, diga que logo, logo teremos um coração de dragão. - O mensageiro assentiu, se levantou fazendo uma reverência e saiu da sala indo em direção ao pátio onde o general se encontrava, indo mais uma vez fazer algo que não podia se questionar o porquê.

[...]

- Hoseok não faz isso! - Seis meses vivendo com Min Yoongi, provando a cada dia que se eu não admitisse o que sinto, eu não estaria vivendo o que vivo agora com ele.

- "Tá com medo, coisinha? Eu só vou me virar de cabeça para baixo." - Ele ainda não se acostumou a voar comigo toda vez que tomo minha verdadeira forma, como forma de me repreender ele tenta arrancar uma das minhas escamas, coisa que doeria demais se ele conseguisse, mas graças aos deuses a coisinha não consegue.

- É claro que tenho medo, seu brutamontes! Olha a altura que a gente tá, seu descabido dos infernos! - Vamos supor que estamos acima das nuvens e que a queda ia ser feia caso ele caísse.

- "É só segurar com força." - Não deixei ele raciocinar o que eu disse, para em seguida me virar de cabeça para baixo caindo em queda livre. Yoongi gritava me xingando com todos os nomes possíveis, segurando meus chifres com força se abraçando a eles.

- EU VOU TE MATAR! - Vai não, você me ama demais. Voltei ao normal depois de fingir que ia direto em encontro com chão, planei sobre o campo antes de parar por completo. Deixei Yoongi descer e voltei à minha forma humana recebendo um chute na bunda do mais baixo.

- Quando eu falar que não, é para não fazer uma merda dessa, entendeu seu chifrudo do caraio?! - Eu olhava para ele de cima, e a cena dele vermelho de raiva me xingando, era um dos meus passatempos preferidos. Como amo essa coisinha pequena e estressada.

- Eu entendi meu bem, não precisa ficar nervoso. - Peguei ele no colo, deixando um beijo sobre a testa alva, escutando um suspiro dele.

- Só não faz mais isso, tá bom? Tem outro jeito de me deixar vermelho, sabia? - E não faz muito tempo, descobri que ele adora fazer aquele ato profano, vive me tentando em cada oportunidade que tem, e essa é uma delas.

- Coisinha safada, eu já te fiz ficar vermelho de prazer hoje de manhã. - Yoongi nunca está satisfeito, no máximo preciso fazer com que ele desmaie para poder sossegar com todo o fogo que ele tem, olha que o dragão da relação sou eu.

- Então mais tarde você podia fazer o favor de me tomar na hora do banho e depois do jantar. - Maluquinho da cabeça essa coisinha safada. Com ele ainda sossegado no meu colo, comecei a andar em direção a nossa casa. Hoje o dia está calmo demais, muito silencioso também, e é como se algo fosse acontecer a qualquer momento, e antes mesmo de eu botar os pés no caminho de pedras de casa, escuto o barulho de uma flecha cortando o ar.

Meus olhos se arregalam no mesmo momento que vejo a flecha atravessar a janela aberta da sala, botando fogo no lugar lotado de livros do chão ao teto. Yoongi olha horrorizado para o fogo tomando conta da casa e se assusta tremendo no meu colo quando mais flechas vem incendiando toda a casa.

Olho de onde vieram as flechas, vendo um exército inteiro saindo do meio das árvores da floresta que cerca a parte de trás do campo. O estandarte do reino de Lion balançava com a força do vento, mostrando quem era o invasor do meu território. Min Han-woo sorria na minha direção, satisfeito com a emboscada. Deixei Yoongi no chão e o coloquei atrás de mim, protegendo ele com meu corpo.

- Nunca achei que meu filho prestaria para algo, mas vejamos só, ele me trouxe até você Jung! - Yoongi travou atrás de mim, completamente afetado pelas palavras de Han-woo.

- Estou orgulhoso, me trouxe direto para o pote de ouro, meu filho! - Rosnei ao ver o velho chamando minha coisinha de filho e ele riu como se estivesse vendo a coisa mais engraçada na vida.

- Peguem esse dragão e tragam meu filho até mim! - O exército começou a avançar vindo com pressa, mostrando que atrás de toda aquela força, estavam alguns magos de alto nível. Me transformei em segundos, mas antes mesmo de me mover, uma redoma de vidro cercou todo o campo me impossibilitando de fugir com Yoongi. Estamos encurralados pelo exército e o que posso fazer agora é lutar.

- "Vá para o mais longe que você conseguir, Yoongi!" - Vi ele negar se agarrando em mim. Não quero que ele veja o que vai acontecer, mas também não quero me afastar. Mas esse não é um bom momento para pensar nisso, eu tenho que proteger essa coisinha teimosa.

- "Por favor, saia daqui, Yoongi! Eu prometo voltar para você quando tudo acabar!" - Os olhos cor de mel se encheram de água e os meus brilharam numa melancolia sem fim.

- Promete? - Vi ele me soltar aos poucos, enquanto dava alguns passos para trás deixando que o choro tomasse conta de si.

- "Eu prometo." - Com a promessa ele se virou começando a correr o mais longe que podia. Tendo a certeza de que ele estaria seguro, me virei para o exército que se aproximava cada vez mais. Com a raiva e determinação tomando meu corpo, soltei um rugido abrindo minhas asas numa postura de ataque.

Primeiro vieram as lanças banhadas com magia, não eram normais e vinham com força e velocidade na minha direção. Desviei e rebati algumas de volta, mas algumas passaram raspando, abrindo feridas na minha pele escamada, revidei cuspindo fogo na direção deles, fazendo com que o cheiro de carne queimada subisse em instantes, mas como ratos eles pareciam multiplicar, mais lanças vindo para mim, dois magos entrando na redoma, essa luta está virando uma bagunça infernal, tanto que para piorar minha situação, os dois magos na redoma começaram a agir, raízes grossas saíram do chão tentando me prender, cristais de gelo brotaram do chão tentando me acertar, com meu fogo transformei as raízes em cinzas e o gelo em vapor. Queimei mais soldados que se aproximavam, os dois magos sofreram a mesma consequência. Para manter uma redoma é preciso de quatro magos, dois deles já se foram, então a redoma se desfez, sendo a minha deixa para avançar até Han-woo que perdeu a postura em instantes.

Cuspir fogo nele foi satisfatório, mas tudo foi em vão já que uma barreira o protegia. Usei minha cauda batendo com força na barreira, surtiu efeito ao que ela começou a rachar. Na última tentativa a barreira quebrou e junto joguei os dois magos e Han-woo longe em direção ao campo.

Os soldados ainda vinham em mim e para tentar acabar com tudo voei até onde havia jogado Han-woo. Sobrevoava acima do velho, vendo o desespero em seu olhar, sem remorso algum comecei cuspir fogo mais um vez, tendo certeza que dessa vez ele queimaria. Eu sentia que aquele era o fim de Min Han-woo, mas aquele também era o fim para mim. Ainda cuspindo nele e nos magos, os lanceiros viram a oportunidade de me acertar. Feridas fatais, mas que não me derrubaram de primeira. Ainda queimei todos os soldados que se aproximavam, só parei quando vi que não tinha mais ninguém vindo.

Cansado olhei para tudo que havia feito, vendo o lugar que chamei de lar por mil anos completamente destruído. Parado no meio de todo aquele mar de corpos, vi Yoongi se aproximando aos poucos. Os olhos cor de mel olhavam com a minha mesma dor para o nosso pequeno paraíso, mas essa dor piorou quando os olhos dele pararam sobre mim.

Não gosto quando o rosto dele se pinta de vermelho quando chora, não gosto de ouvir seus soluços e não gosto da ideia de partir quando ainda tenho em mente viver muito tempo ao lado dele.

Quero dizer adeus, mas não quero que ele manche suas vestes com as cinzas desses corpos carbonizados. Ele vem até mim sem se importar com o que há a sua volta, mas tudo fica escuro quando ouço a última batida do meu coração.

- HOSEOK! - Seu grito é tudo que escuto quando a escuridão me engole. Não ouço mais nada e nem sequer sinto mais nada, mas...

"Só queria dizer que eu te amo."

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