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estrofe 19

      O trio atravessou a cozinha e passou pela pequena sala, mas antes que pudessem ir embora, Ameya surgiu segurando a mão da garotinha de mais cedo. Eles se encararam, e sem pensar, Jisung largou a mão de Christopher com medo do que Ameya acharia disso. Changbin também fez o mesmo, um pouco desconfortável.

— Para onde vocês vão? — Ameya perguntou.

— Não tenho mais nada para fazer aqui. — Christopher respondeu, soando mais impaciente do que deveria. Elara soltou a mão da moça e foi em direção a Christopher em passos curtos e tímidos, ela estava com o rosto ainda vermelho pelo choro e o penteado bonito que usava ficou bagunçado pelas mãozinhas inquietas que tinha.

— Você não vai voltar mais? — Ela segurou na camisa dele. — Você não vai voltar, né? Agora que a vovó se foi. — Os olhos castanhos dela ficaram inundados de lágrimas, mas ela fungou e não deixou nenhuma lágrima cair. — Você não gosta mais de mim também?

— Não é isso. — Chris se apressou a se abaixar, ficando na altura dela. — Eu gosto de você, gosto mesmo, Elara. Mas você sabe, seus pais devem ter te contado, eu não posso ficar. — Ele secou o rosto dela com o polegar, e quis chorar por ser tão ausente. Por não conseguir ficar e se sentir da família. Por aquele sentimento de incômodo que sempre retorna quando ele acha que finalmente está se tornando parte daquilo, mas ele nunca seria um deles, Chris sabia muito bem disso. — A vovó não se foi, aquela árvore é ela, você tem que cuidar da vovó todos os dias de agora em diante, entendeu? Você faria isso por mim? — Ela balançou a cabeça várias vezes, e abraça ele pelo pescoço.

Christopher a deixou ir com Ameya quando um pigarreio cortou a bolha onde estavam, e um casal surgiu, desta vez sendo composto por Malea e Léo, pais de Christopher. Ameya pegou a menina pela mão e foi até o quintal para levá-la de volta aos pais, Changbin e Jisung foram esperar no carro, saindo e fechando a porta, ficando apenas eles e um clima muito estranho. Eles se olharam no meio daquela muro que construíram ao decorrer dos anos, vivendo numa relação desconfortável, sem saber como iniciar uma conversa. Christopher não os via há anos, do que poderiam falar? O momento não era propício para ter uma discussão familiar que deveriam ter tido a pelo menos dez anos atrás. Christopher estava impaciente, o ar daquela casa parecia suga-lo de dentro para fora, de repente, acreditou que as paredes eram mais grossas do que parecia, que tudo podia engoli-lo e reduzir o rapaz a nada. Era a mesma sensação do quarto que dormia em Sydney, o quarto que foi de Lucy.

— Oi. — Malea iniciou, a voz ainda trêmula e os olhos inchados. Diziam que eles eram idênticos, o formato do rosto, a boca, o nariz, até os olhos caídos. Chris não gostava de ser comparado a ela, nem ao homem ao lado dela que não conseguia olhá-lo nos olhos. — Filho. — Aquela palavra saindo da boca dela não trouxe a Chris uma boa sensação.

— Por favor, não me chame de filho. Me deixa desconfortável. — Assumiu com uma feição incômoda. Ela abaixou a cabeça cabisbaixa.

— Não seja assim, Christopher. — Léo o repreendeu. — Malea só quer conversar.

— Mas eu não quero. — Assumiu firme, incapaz de ficar empático. — Por favor, me deixem em paz.

— Chris. — Malea segurou no braço do rapaz, não deixando que ele fosse embora. — Eu sinto muito, sei que está doendo em você, e acredite se quiser, em mim também está. Antes dela ser sua avó, ela era minha mãe. — Tinha lágrimas se formando nos olhos castanhos profundos dela, mas Christopher não conseguia olhar por muito tempo. Vê-la era lembrar que aprendeu primeiro o que era a solidão antes de aprender a ser amado. — Eu quero consertar tudo, vamos conversar.

— Agradeço, mas você está atrasada pelo menos uns quinze anos. — Ele se soltou do aperto dela. — Eu não te odeio, se isso for te fazer dormir a noite, mas nós não somos uma família. Nunca fomos e nunca seremos. E eu já tenho com quem construir uma.

Ele saiu da casa e ignorou os carros de paparazzi e jornalistas que ainda estavam lá, em menor quantidade, e foi até o automóvel que Ameya alugou, sem olhar para trás por não ter coragem de se despedir daquele lugar. Christopher entrou como um furacão no banco de passageiro, ele bateu a porta com tanta força que o carro tremeu e Jisung se assustou. Os dois rapazes no banco de trás encararam a fúria de Christopher em silêncio, e quando a raiva dele se transformou em choro, os dois ficaram aliviados. Changbin esticou a mão e acariciou as costas largas do produtor, dando tapinhas devagar para confortá-lo.

— Vai passar, vai passar. — Changbin repetia como um mantra.

— É, vai passar, hyung. — Jisung fez o mesmo que Changbin, acariciou as costas de Chris como pôde.

Eventualmente Christopher acalmou-se, o choro foi embora e sobrou apenas os ombros trêmulos e o rosto vermelho. Ele virou para a dupla, e passou para o banco de trás pelo espaço no meio do banco do motorista e do passageiro. Christopher se jogou em cima dos dois totalmente desequilibrado, talvez tenha pisado na coxa de Jisung sem querer ou tenha esbarrado em Changbin em algum momento, mas depois de segundos lutando para passar, ele conseguiu. Chris caiu no meio deles e onde estava, ficou. As pernas foram parar no colo de Changbin, e ele deitou a cabeça no colo de Jisung, como era um pouco alto, foi desconfortável deitar porque não conseguia esticar as pernas, mas depois de se remexer para lá e para cá, Christopher conseguiu uma posição confortável — ou no mínimo, aceitável.

Jisung afagou os fios ondulados do cabelo do produtor, e fez um biquinho triste, infeliz por tudo que aconteceu mais cedo. Quis perguntar o que tinha acontecido entre ele e as pessoas de antes, mas não quis ser inconveniente. Não sabia quem eram aquelas pessoas, mas se fez Christopher chorar, não era alguém bom na visão de Jisung. Ele continuou acariciando o cabelo dele, depois as orelhas, a linha da mandíbula, o nariz bonito e as sobrancelhas bem feitas, e de repente, sentiu sono. Foi um longo dia, apesar da rapidez que passou. Jisung espiou Changbin, que encarava a noite através da janela fechada, e com uma das mãos, o rapper fazia carinho na coxa do rapaz deitado.

Ameya eventualmente apareceu, e ela foi incapaz de acordar Christopher que dormia junto aos dois músicos. Ela sorriu e só ligou o carro, dirigindo até o hotel mais próximo que conhecia. A intenção era ir a Brisbane e voltar a Sydney no mesmo dia, porém cancelou os planos que fez no dia seguinte e resolveu deixar que seu assessorado tivesse um descanso antes de enfrentar uma viagem de três horas de volta, fora as complicações na empresa que o esperava assim que ele estivesse se sentindo melhor para voltar ao trabalho. Ameya dirigiu pelas ruas da cidade até chegar em The Calile, um hotel conhecido pela família de Christopher. Ela estacionou o carro próximo ao grande hotel, e se virou para o trio que ainda dormia.

— Chris. — Ela chamou o único loiro, que resmungou algo incompreensível. — Ei, acorda, cara. — Ameya cutucou a barriga dele com a unha, e ele acordou por reflexo, quase chutando o rosto de Changbin que também acordou pelo espasmo de susto dele.

— Que foi? — Resmungou rabugento por estar sendo acordado. Ele levantou e esticou os braços o máximo que podia, se sentando no meio dos dois rapazes. Jisung acordou por sentir falta do peso de Christopher, e quando se recolocou nos eixos, percebeu onde estava. Jisung nunca tinha visto um hotel tão grande na vida.

— Vamos passar a noite aqui. — Ela explicou. — Amanhã podemos voltar a Sydney pela tarde, não tem porque ter pressa.

Christopher não questionou muito, apenas a seguiu até o hotel. Eles fizeram check in, guardaram o carro na garagem subterrânea e foram levados pelo mensageiro até o quarto. Ameya reservou um para ela e deixou que Christopher pegasse uma suíte maior para ele e os dois outros músicos. Depois de se despedir da mulher ruiva, o trio seguiu com o rapaz até o quarto deles, e foram deixados sozinhos eventualmente. Geralmente neste hotel, até onde Christopher lembrava, os melhores quartos eram para duas pessoas, principalmente os que tinham varanda, mas Chris, por ser um cliente conhecido, não precisou insistir muito para ter o quarto que sempre reservava em suas viagens para Brisbane. O quarto era enorme, possuía uma cama grande para casal, televisão, mesa de jantar de quatro cadeiras, banheiro igualmente enorme com banheira e um guarda roupas aberto com cabides, em um canto, roupões brancos estavam dobrados com um cartãozinho em cima com instruções de tudo que funcionava no quarto, desde o frigobar até o wifi.

Christopher se jogou na cama e começou a se arrastar para cima, ele deixou os sapatos na entrada do quarto e ficou de meias, e quando conseguiu chegar onde queria, se enterrou nos lençóis grossos e macios, quase sumindo no meio deles. A cama caberia facilmente os três, e Jisung não perdeu tempo para ir se deitar também, aconchegando-se do lado de Christopher. Changbin não quis deitar, ele caminhou até a varanda e observou o mundo lá fora, viu a piscina do hotel e às espreguiçadeiras com algumas pessoas, e decidiu fechar as cortinas.

— Bin, vem. — Chris o chamou esticando a mão para o rapaz pegar. Com um suspiro cansado, Changbin subiu na cama e engatinhou até estar deitado do lado dele. — Querem ver algo legal? — Ele bateu palmas e as luzes se apagaram. Jisung aspirou surpreso.

— Deixa eu tentar! — Ele bateu palmas e as luzes acenderam. — Que foda. — Ele tentou outra vez, e mais uma, e mais outra, até Changbin segurar uma das mãos dele.

— Chega. — Disse ríspido. Jisung parou instantaneamente.

— Não posso me divertir. — Resmungou se virando na direção oposta dos dois. — Não posso fazer nada.

A indignação de Jisung durou menos que quatro minutos, pois ele logo caiu no sono. O trio dormiu do jeito que chegaram, embora Changbin quisesse ter levantado para pelo menos tomar uma ducha, mas de repente tudo parecia pesado, e Jisung deixou as luzes apagadas da última vez que bateu palmas. Embora Changbin odiasse se sentir sujo, o cansaço estava ganhando. Ele acabou cochilando aconchegado em Christopher, o abraçando pela cintura e usando o braço dele como travesseiro. Do outro lado, Jisung fazia o mesmo, as pernas ao redor da coxa de Chris, o prendendo como se a qualquer momento o produto fosse fugir porta afora, apesar de que ele não conseguiria ir muito longe sem cair de exaustão.

Em algum momento daquela noite fria pelo ar condicionado trabalhando a todo vapor, Changbin despertou realmente decidido a ir tomar banho porque esse era seu limite. Ele tentou sair do abraço de urso de Christopher, mas aquele cara era ainda mais forte quando estava dormindo. A coxa dele pesou no seu quadril e um dos braços dele estavam tão pesados em cima de Changbin que ele suou para sair, mas conseguiu em algum momento no meio da escuridão parcial. Quando Changbin se virou para checar como os dois estavam, Christopher já estava igualmente sentado na cama e Jisung começou a bocejar, despertando também. Ele piscou desacreditado, ele nem foi tão agitado assim.

— Para onde você vai? — Jisung indagou ainda grogue de sono. — Hyung, vamos dormir. — Deitado, ele tentou buscar Changbin, mas o rapaz já estava entrando no banheiro com um roupão.

— Vou tomar um banho, vocês deveriam fazer o mesmo.

E obedientes, eles tomaram um banho. Os três estavam usando roupões felpudos e macios, cheirando a lavanda. Christopher nem demorou a voltar a puxá-los para a cama, era cedo, podiam dormir mais algumas horinhas. E desta vez, ele não conseguiu pegar no sono. Na verdade, nenhum deles conseguiu, conscientes demais da presença um do outro. O trio se entreolhou deitado na cama de barriga para cima com as luzes acesas, e não tiveram assunto para conversar. O dia não foi um dos melhores e nenhum deles tinham coragem de conversar sobre este assunto, e pensar em trabalho deixava Changbin com um gosto desagradável na boca, como se lembrasse do que precisaria fazer assim que essa viagem acabasse prematuramente. Ele olhou rapidinho para Chris e Jisung, e quis falar a verdade, falar sobre o que pretendia fazer, mas não tinha coragem. Ele não podia fazer isso. Já tinha arrastado Jisung até ali, e agora ele tinha que resolver as coisas do seu próprio jeito, seja esse jeito o melhor ou não.

Jisung seguiu Changbin com os olhos quando ele levantou da cama e foi à varanda. Ele também levantou e foi atrás dele. Especialmente essa noite Jisung pressentia que algo iria acontecer, mas não sabia dizer se era boa ou não essa coisa. Ou talvez não possa ser nada, pensou, passando pelas cortinas grossas e encontrando o rapper encostado no parapeito, observando a piscina — agora vazia — e outros detalhes do hotel que podiam ver do vigésimo andar. Ele chegou bem pertinho de Changbin, ombro a ombro, e olhou na mesma direção que ele, lá para baixo, embora tivesse um pouco de medo de altura. Se perguntou o que ele tanto via, mas se dependesse da sua miopia, o máximo que veria era luzes desfocadas e vislumbres de coisas ilógicas. Eles não falaram nada pelos próximos dez minutos, Changbin passou o braço por cima dos ombros de Jisung e o aconchegou perto. Pouco tempo depois Christopher surge trazendo um casaco que guardou na mochila, ele passa o casaco aberto por cima dos ombros dos dois e os abraça por trás.

— Por que vocês estão aqui? — Ele indagou.

— Por que vocês dois estão aqui? — Changbin rebateu. — Jisung, vai deitar. — Aconselhou o garoto, mas ele não quis sair de perto, agarrado ao braço dele. — Você está quase dormindo de pé.

— Quero ficar perto de você. — Disse, ainda segurando Changbin. — Parece que algo vai acontecer… — Ele se arrepiou quando uma brisa fria passou por eles, e apertou o braço de Changbin. — Hyung, eu sei que você não gosta quando a gente fica te perguntando coisas, mas o que você tá escondendo da gente? — O coração de Changbin tremeu, e ele soltou as mãos do garoto do braço dele, o afastando um pouco. O rosto de Jisung nublou de chateação, mas ele não insistiu. — É tão óbvio. — Ele resmungou baixinho quando Changbin passou por Christopher e entrou, incapaz de falar uma resposta.

— Hani, ele vai falar em algum momento. — Ajeitou o casaco sobre os ombros de Jisung, o puxando para um abraço.

— É ele não falar a tempo que me preocupa, Chan. — Abraçou Chris de volta, encostando a cabeça no ombro dele. — Tá na cara que ele tá escondendo alguma coisa. Uma coisa séria. E não diz nada. Tô cansado disso. Como vamos ficar juntos desse jeito?

— Jisung, o Changbin vai conversar com a gente no tempo dele. Não podemos insistir em algo que ele não quer falar. Isso só vai te deixar mais chateado e vai deixar ele ainda mais distante da gente. Vamos com calma, okay? — Fez carinho na nuca dele, beijando a têmpora de Jisung igualmente preocupado.

— Só espero que não seja tarde demais.

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