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estrofe 04

- Okay, okay, Minho. Eu já entendi, não tem necessidade de gritar. - Christopher equilibrava o celular entre a orelha e o ombro, as mãos ocupadas abrindo a porta do estúdio.

- Você não tá no direito de dizer o que eu tenho ou não de fazer, seu desgraçado! - Minho gritou, e o celular quase caiu pelo susto. - Foram nove anos sem notícias suas. E não me venha com "ah mas eu aparecia na mídia" que não é a mesma coisa!

- Ficou com saudades, né? - O provocou. - Eu sei. Sua vida não tem graça sem a minha presença ilustre nela. - Finalmente conseguiu entrar na sala, deixando a mochila pesada em cima do sofá.

Quem era Minho? Bom, um dos seus melhores amigos do passado. Ainda o considerava muito, apesar da ausência. Ele foi seu suporte emocional durante toda estadia que teve na JYP, um amigo e o bom ombro para chorar. E Chris chorava muito quando era mais novo.

- Você ficou muito convencido pro meu gosto. - Minho reclamou, mas Christopher sabia que ele estava feliz. - Senti sua falta, idiota. Temos que sair juntos, eu, você e o Young. Como antigamente.

- Amanhã a noite tô disponível.

- Então tá combinado. Nem pense em me dar um bolo, ou eu jogo seus podres na mídia, e olha que tenho vários. - Chan balançou a cabeça, mesmo que ninguém estivesse vendo. Sentiu falta desse lado meio maluco do coreano. - Tenho trabalho a fazer agora, Chan. Nós vemos amanhã?

- Com toda certeza, Lino.

A ligação foi encerrada, e Christopher se viu rodeado pelas paredes frias do seu estúdio. Ele deixou o celular no bolso enquanto pegava o notebook que guardava toda sua carreira dentro, junto com um pen drive, se sentando em frente a larga mesa de produção. Enquanto ligava as caixas de som e conectava os cabos no notebook, ele checou o email, onde Jisung o havia mandado alguns rascunhos. Changbin, até o momento, não tinha mandado nada, mas não se preocupou. Se bem conhecia o estilo de trabalho do rapper, ele preferia resolver as coisas cara a cara do que enviar mensagens ou email.

Se assustou quando a porta de repente foi aberta num solavanco alto, a presença barulhenta de Jisung se espalhou pela sala apertada. Changbin vinha logo atrás.

- Bom dia, Chan. - Jisung o cumprimentou com um grande sorriso entusiasmado.

- Bom dia. Pensei que vocês fossem chegar mais tarde. - Christopher disse com a mão sobre o peito pelo susto.

- Gosto de adiantar o que tenho para fazer logo, assim fico livre e posso dormir. - Jisung explicou com ar de graça, enquanto abria a mochila e retirava os papéis com mais letras de músicas. Era um punhado de folhas escritas numa caligrafia meio desleixada, mas Christopher as pegou de bom grado, as organizando.

- Aqui. - Quando ergueu a cabeça, Changbin o entregava um caderno preto de capa dura com o nome dele embaixo e várias figurinhas de bichinhos e coisas que Christopher não reconhecia. - Cuide bem disso, vale mais que a sua vida. - Disse sério, ocupando o espaço ao lado do Han no sofá.

Christopher olhou para o caderno e para o rosto de Changbin, e tentou a todo custo evitar um sorriso alegre. Isso era um bom sinal, certo? Esperava que sim. Aquele caderno era o bem mais precioso que Changbin tinha e entregar nas mãos de um desconhecido parecia angustiante para ele, mas era por uma causa maior, então ele tentaria dar um pequeno voto de confiança no produtor.

Ele colocou o caderninho em cima da mesa ao lado do notebook e as folhas que Jisung o tinha entregado, fazendo uma nota mental para lembrar de ler tudo quando estivesse sozinho. Provavelmente levaria o trabalho para casa novamente.

Após uma pequena reunião logo pela manhã com alguns produtores da empresa, o trio foi deixado a sós para trabalhar no estúdio de Christopher pelo restante da tarde. Jisung ficou mais quieto hoje, apesar de toda ânsia de querer levantar e ficar andando pra lá e para cá com o bloco de notas que carregava na bolsa. Tinha ideias melhores quando caminhava, mas o espaço era pequeno, então decidiu sentar no chão ao lado do sofá para conseguir pensar melhor.

Changbin parecia entediado enquanto observava Christopher mexer em algumas coisas no notebook, ele usava fones de ouvido para conseguir trabalhar sem atrapalhar Jisung. Ele até quis escrever algo também, mas estava sem ideias. Na noite anterior não conseguiu dormir bem por estar pensando demais em coisas que não deveria, então hoje estava cansado o suficiente para não implicar com o mais velho presente, por isso ficou mais quieto e calado que o normal, principalmente durante a reunião.

Mas o tédio rapidamente se alastrou, e ele ficou de pé, dando curtos passos na direção de um Christopher distraído, abaixando o corpo na direção da tela do notebook, ficando atrás do rapaz. O que pela segunda vez no dia assustou o australiano, que desta vez teve um curto sobressalto e quase bateu a cabeça no queixo de Changbin. Eles se entreolharam naquele espaço curto entre eles, o silêncio sendo um pouco incômodo. Christopher tinha olhos castanhos, Changbin reparou, meio hipnotizado demais para quem nutria tanto ódio. Changbin tinha os olhos escuros e aquele óculos que ele usava hoje o deixava bonito, Christopher também reparou, em silêncio, sem ter coragem de dizer isso em voz alta.

Talvez fosse como Ameya disse uma vez, Chris gostava de observar as pessoas. E reparar não machuca, certo? Ele gostava de observar. Tipo como Jisung parecia minúsculo e engraçadinho sentado no canto da parede com um lápis na boca e um bloquinho de notas nas mãos, as sobrancelhas unidas pela concentração. Ou como Changbin sempre tinha uma sutileza por trás daquela carranca e palavras duras. Talvez estivesse pensando demais em seus parceiros, reparando neles demais, ouvindo suas vozes demais. Sendo observador demais, mais uma vez.

- Precisa de ajuda? - A voz de Changbin invadiu seus ouvidos, a música que tocava nos fones tinha sido pausada pelo susto. Eles ainda se encaravam, daquele jeito meio constrangedor e próximo, quando a voz animada de Jisung os fez tomar um pouco de espaço.

- Terminei! - O menino saltou do chão, ficando de pé, vindo descalço na direção dos dois rapazes. - Olha, olha, olha! - Jisung entregou o bloco de notas a Christopher, sorrindo estonteante.

Christopher fez uma leitura rápida, porém detalhada do que Jisung escreveu. Riu de algumas partes na qual o rapaz errou e deixou um recadinho para ignorar o garrancho. Aquela leitura silenciosa deixou Jisung ansioso, batia o pé no chão e segurava o lápis que carregava com as duas mãos, aflito pela resposta do maior. Ele tinha se saído bem? Ele tinha gostado? Eles tinham gostado? Céus, Jisung estava prestes a roer as unhas.

- O que acharam? Ficou bom? - Jisung indagou, espiando o bloquinho de notas, ansioso para saber a opinião deles.

- Está perfeito, Jisung. - Chris sorriu para o menino, entregando o bloco de notas para que Changbin lesse melhor. - Honestamente, ficou ótimo.

- De verdade? - Os olhos grandes brilharam pela aprovação de Christopher, que somente sorriu mais uma vez por vê-lo tão alegre.

- Sim, Han. De verdade.

- Você gostou, Changbin? - Se virou na direção do outro produtor, que balançou a cabeça em aprovação, sorrindo pela alegria dele.

- Você sabe sorrir? - Christopher indagou surpreso e meio sarcástico. Changbin o olhou com tédio, desfazendo o sorriso.

-- 🎶 --

- Pra casa, finalmente! - Jisung guardou suas coisas na bolsa, calçou as meias e se preparou para ir.

A tarde passou tão ligeira como o restante do dia, de repente já eram onze horas da noite, e o trio nem reparou quando a noite surgiu e engoliu a luz do dia. Talvez eles tinham pulado algumas refeições, como o almoço, apesar de Jisung os ter comprado algumas bolachas e salgadinho para aguentar a tarde, o cansaço finalmente os alcançou, e consequentemente a fome também.

- Será que tem alguém no prédio? - jisung indagou com Changbin e Chan em seu encalço.

- As luzes do corredor estão apagadas. - Chan reparou, a porta do estúdio já aberta e a única luz que via era de dentro da sala onde estavam.

- Não é possível. - Changbin passou na frente deles, encarando os dois lados do corredor extenso e completamente banhado pela escuridão. - Eles não podem ter nos deixado aqui sozinhos, né? - Ele olhou para Jisung. - Né? - Seguiu para Christopher.

- Deve ter alguém lá embaixo, o prédio não para de funcionar cedo.

- Mas não é cedo. - Jisung o lembrou.

- Eu vou ligar para o Brian hyung vir nos buscar. - Chris tateou os bolsos atrás do celular, mas ao pegá-lo recordou que tinha esquecido o carregador em casa e ele estava completamente sem bateria. Sua expressão não deixou Changbin feliz, que voltou para dentro da sala sem pensar duas vezes.

- Por isso tem que acontecer comigo. - Ele resmungou, jogando a mochila no sofá derrotado. Nem seu celular, nem o de Jisung tinham bateria. Era o fim do mundo.

- Calma, pra tudo tem um jeito. - Jisung tentou apaziguar a situação. - Hyung - Virou-se para Christopher. - Você pode descer lá embaixo e pedir pro porteiro ligar para o Younghyun.

- Boa ideia. É, eu posso fazer isso. - Ele tomou um longo suspiro, e parecendo determinado, saiu em passos firmes.

Dois minutos depois, ele retornou, os olhos esbugalhados como se tivesse visto um fantasma. Não tinha dado tempo nem de chegar no elevador.

- Eu não consigo. - Declarou, entrando na sala e fechando a porta.

- É só ir até lá embaixo, o que tem de assustador? - Changbin o olhou com ar de julgamento.

- Então, por que você não desce? Vai lá.

- Jisung pediu a você, não a mim.

- Quer saber? - Jisung interviu antes que uma discussão começasse. - Deixa pra lá, podemos ficar aqui e sair pela manhã.

-- 🎶 --

Não foi uma boa ideia, Jisung teve essa conclusão no mesmo segundo em que eles decidiram dividir aquele sofá minúsculo porque o chão não era confortável. E que fique claro, Jisung quem tinha decidido ficar com o sofá primeiro, e eles nem foram educados o suficiente para deixar que ele ficasse com todo o espaço, mesmo o rapaz sendo o mais novo.

- Não sei quem tá me encostando, mas se for você Christopher, eu vou arrancar a sua mão! - Changbin gritou de um canto, se remexendo desconfortável.

- Como vai ser eu? Nem te alcanço! - Retrucou da ponta. - Deve ser o Jisung.

- Eu!? - Emitiu indignado. - Eu aqui espremido no canto desse sofá, como vou encostar no Changbin?

A ideia era dormir o mais rápido possível para que a noite passasse logo e o dia amanhecesse, mas era impossível com Changbin resmungando a cada três segundos que alguém estava encostando nele, Christopher resmungando que não era ele e Jisung MUITO indignado por estar sendo acusado sem provas. Deus, ele nem conseguia achar uma posição confortável onde não estivesse sendo esmagado pelo corpo de Changbin.

- Eu tô morrendo de calor! - Exclamou Jisung.

- Ajeita esse ar condicionado, Christopher! - Changbin gritou irado, empurrando o produto sem querer. Ou talvez ele estivesse querendo.

Foi como peças de dominó. Chris caiu, puxando Changbin pelo braço por instinto natural, querendo se agarrar em algo para evitar a queda, e antes que o Seo pudesse ter o mesmo raciocínio lógico, estava sobre o corpo de Christopher no chão. Chris grunhiu pelo peso em cima dele e Changbin resmungou alto algum palavrão do seu vasto vocabulário.

- Agora ficou perfeito. - Jisung se esticou no sofá, abraçando o moletom de Christopher que estava jogado no meio daquela bagunça. Tinha um cheirinho de lavanda, como se tivesse acabado de sair da máquina de lavar. Quase suspirou de felicidade por finalmente ter espaço para conseguir se esticar.

- Sai. De. Cima. - Sibilou sem fôlego, e Changbin rolou para o lado.

- Vou ficar por aqui mesmo. - Caçou a mochila para fazer de travesseiro, sem antes tirar os fones de ouvido de dentro para não quebrar.

Christopher encarou um Jisung muito feliz por ter espaço para dormir e um Changbin de costas encolhido perto da mesa com os aparelhos eletrônicos. Ele suspirou cansado, e estranhamente feliz pela bagunça daqueles dois, e decidiu ficar entre eles, deitando no chão frio com somente uma camiseta de mangas e calça jeans.

-- 🎶 --

O silêncio predominou pelas próximas horas, talvez já fosse de madrugada. Changbin não dormia, apesar de se esforçar muito para conseguir. Christopher também não pegou no sono, como já era de costume. Jisung, apesar de ser o que estava mais confortável entre eles, também não dormia. Estavam exaustos pelo dia agitado, tiveram vários compromissos pela manhã, reuniões e mais reuniões, e pela tarde trabalharam até a exaustão atingir, e agora, mesmo quietos, seus cérebros não deram um minuto de descanso.

Entre eles, Jisung era o mais fácil de pegar no sono, ele simplesmente conseguia dormir em qualquer lugar, seja em pé encostado numa parede ou em um set de filmagens extremamente barulhento. Era fácil para ele, sempre foi. Mas agora, consciente que Christopher e Changbin estavam bem ali do seu lado, sono era a última coisa que tinha. Embora estivesse sim com sono, fechar os olhos o deixava ainda mais consciente que seus dois ídolos de adolescência estavam a palmos de distância.

Uma luminária em formato cilíndrico em cima da mesa emitia uma luz fraca que iluminava o ambiente, era meio azulada e confortável para os olhos. Então, sem avisos, Jisung desceu do sofá e deitou no chão com eles, os dois perceberam mesmo que o menino estivesse tentando soar quieto. Jisung ficou lá, com o moletom de Christopher debaixo da cabeça e olhando para o teto engessado, o coração a mil por ter tomado essa decisão. Vamos, agora durma, pediu fechando os olhos com força.

- Você não tá com frio? - A voz de Changbin o chamou atenção.

- Um pouco. - Respondeu tímido, mesmo sem saber porque.

- Aqui. - Changbin estendeu para ele a jaqueta que vestia. - Pode ficar, não sinto frio fácil. - Jisung quis detectar alguma mudança de expressão nele antes de aceitar, não queria deixar Changbin com frio só para se manter aquecido. Mas não viu nada através daquela luz azulada além do semblante cansado e gentil dele.

Jisung vestiu a jaqueta como foi pedido, deitando de volta no chão ainda usando o moletom de Christopher como travesseiro. Ao contrário do que pensou, Chris não se incomodou por ele ter pego sua roupa, ao contrário, ele fez questão de dobrar o casaco de uma maneira que ficasse mais confortável para o garoto deitar. Jisung se sentiu estranho mais uma vez no dia, tímido demais para conseguir sustentar o olhar daquele sorriso gentil que Christopher dava para ele. Era tão cheio de zelo que ele quis afundar no chão e cair no andar de baixo de tanta vergonha. Céus, seu coração estava a mil.

- Boa noite, Jisung. - Changbin desejou, virando de costas para os dois rapazes. - Boa noite... Chan.

Christopher estagnou, como se tivesse sido pausado no tempo. Ele olhou para Jisung, que já dormia, e depois retornou para Changbin, apenas vendo suas costas largas e as pernas encolhidas. Tentou esconder uma risadinha feliz com a mão, se sentindo nas nuvens por apenas um apelido, um apelido que ele já estava acostumado e que todos seus amigos e pessoas mais próximas usavam. Mas quando Changbin falou parecia... diferente. Bom de ouvir.

Ele deitou sobre o braço dobrado, ainda com aquele sorriso bobo. Não notou quando acariciou o cabelo de Jisung, ele era escuro e escorrido, macio ao toque. Ele fez um cafuné com a ponta dos dedos, e viu o menino suspirar adormecido, quase se aninhando ao corpo quente de Christopher. Ele parou o carinho e hesitou a fazer o que pensou, mas o que poderia acontecer? Ser xingado? Christopher podia dizer que estava acostumado às grosserias de Changbin.

Então, com determinado nos olhos, ele esticou o braço e tocou a nuca de Changbin. Nem sinal de reclamação. Se esforçou mais um pouco e tocou com toda palma a parte de trás da cabeça dele, os dedos acariciando o cabelo macio, num cafuné tímido e meio sem jeito.

- O que você pensa que está fazendo? - A indagação do rapper veio baixa, num fio de voz. Chris teve que se esforçar para ouvir. Changbin nem mesmo se virou para encará-lo.

- Sendo legal? - Não teve certeza do que disse. - Isso te incomoda? - Afastou um pouco a mão, mesmo que a pontinha de seus dedos tocassem as mechas pretas.

Changbin ficou em silêncio por segundos - que para Christopher pareceu horas -, e balançou a cabeça sem dizer nada. Foi uma negação? Afirmação? Christopher não soube dizer, mas ao continuar acariciando, Changbin não disse mais nada. Talvez todos eles estivessem cansados demais para discutir essa noite.

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