XXXVI -Riley
OOOOOOIII GALERAAA! hehe
Obrigada por lerem mais um capítulo de Érestha! Estamos chegando no fim do livro 1! Espero que vocês gostem. Não esqueçam de votar e me dizer o que acharam!!
Ele nunca estivera tão animado para o fim das férias. Pegar a van com Tia Rosa em direção à praça o deixou bastante ansioso e até mesmo um tanto nervoso. Ele só queria chegar aos ônibus. Além de não aguentar mais ficar na mansão com Rosa, ele precisava falar com Dave. Era urgente.
Na pequena praça, os carros estavam estacionados de qualquer jeito e pais furiosos gritavam e apontavam para os responsáveis pelos alunos. Riley conseguia ver a cabeça de Lorena no meio de toda aquela gente.
-Oh, não –Rômulo resmungou, tirando o cinto de segurança e saíndo pela porta do passageiro antes mesmo do carro ter parado.
Os segundos entre o irmão ter fechado a porta e Tia Rosa ter finalmente estacionado foram sufocantes para Riley. Sentiu-se chegando ao topo de uma monthanha-russa e esperando o carrinho descer. Seu coração acelerava mais a cada segundo. Quando ele parou de ouvir o motor e de sentir o carro tremendo, abriu a porta e saltou para fora, seguido de perto pelas três irmãs. Eles correram para onde Rômulo estava, e o encontraram se colocando entre a multidão e a namorada, que calmamente anotava algo em sua prancheta.
Na multidão, todos tinham em mãos um exemplar do "A província". Com suas páginas amarelas e grandes letras pretas, era o jornal mais popular na província de Tâmara. Riley tentou olhar por cima das cabeças das pessoas e através das janlelas dos ônibus para procurar por Dave, mas não havia nem sinal do amigo.
-Ele não chegou ainda -Lorena falou, encarando o cunhado.
-Pra que toda essa algazarra, não estou entendendo nada! -Alicia não lia jornal e nem se interessava muito por saber das notícias
Riley, ao contrário dela, adorava se sentar entre os adultos e escutar as discuções sobre os mais variados assuntos. Quando ele soube do ocorrido, tentou ligar para Dave mas quem atendia era Rick, dizendo que o irmão não estava e que sua mãe jamais esteve mais nervosa na vida dela.
Um dos jornais que eram chacoalhados se desmantelou e as páginas voaram. Muitas delas pousaram aos pés de Riley, e a capa era a que estava por cima das outras folhas, com uma foto do motivo de toda aquela bagunça: Tabata. Era assustador ver como ela era parecida com Thaila. Na foto ela tinha uma forma física, diferente do descrito por Dave de quando ela aparecera no almoço no castelo. Seu rosto ainda parecia bem velho e cansado, repleto de marcas. Usava uma capa preta com um capuz, mas alguns fios escapavam para fora e eram brancos. Alguns dias atrás, Tabata aparecera durante um discurso público feito pela princesa Tâmara. Havia muita gente presente. "Testemunhas descreveram a sensação de estar próximo à princesa da morte como 'uma experiência bastante desagradável', 'literalmente sufocante' ou até 'como estar prestes à morrer'." Lia-se nas páginas amareladas.
-"Bebel Stewart, entrevistadora famosa por seus trabalhos com reportagens e documentários sobre côndefas e legados de Tabata, esteve presente durante o ocorrido e concordou em contar sobre ele para o A Província –Alicia leu em voz alta, pegando as páginas do chão.- 'O discurso sobre a nova lei de agricultura estava quase chegando ao fim quando de repente tudo ficou frio' Ela explica. 'O dia pareceu perder seu brilho e eu, minha energia. Ela surgiu numa curtina de fumaça preta, uma fumaça que cheirava a morte. Algumas pessoas ficaram em choque enquanto outras correram e gritaram. Tabata não as impediu e apenas tomou o microfone da princesa Tâmara, que se afastou dela com horror estampado nos olhos. As palavras proferidas pela sua voz rouca e cansada abalaram o povo mais do que o próprio fato de ela estar viva. Ela disse: A verdadeira guerra começa agora que o destino de uma criança foi selado'."
Riley se arrepiou. Já tinha lido essa notícia antes, mas ainda era bastante assustador. Alicia colocou as páginas em ordem e continuou a ler, preocupada. Lia rapidamente, procurando por palavras chaves e balbuciava enquanto o fazia.
-Rosto danificado... doente... inconformação e pânico... "E o público parece querer voltar a raiva para duas crianças que estiveram com a princesa Tabata quando ela apareceu para o rei Éres: Dave Fellows e Isabelle DiPrata." O Dave? –ela se indignou.
-É por isso que você deveria ler as notícias –Riley falou.
-Aus dem Weg, Personen! –Alguém com uma voz forte gritou.
Riley percebeu que não tinha ingerido nenhum alcaçuz por alguns dias, pois estava rodeado de brasileiros e não precisava de tradução. Agora que estava de volta à Érestha ele precisava do tão eficiente tradutor universal automático ingerível. A multidão parou de gritar com Lorena e os outros professores para se virar e gritar com o Diretor DiPrata. Ele vinha acompanhado da mulher, de Isabelle e de Dave.
-Deportem-lhes!
-Não quero meus filhos perto deles!
A multidão gritava. Gary DiPrata parou e se virou para o povo revoltado:
-Se não querem seus filhos próximos à minha filha e seu amigo, eu sugiro que não os deixem entrar nos ônibus.
Lorena levantou os olhos da prancheta e encarou o chefe, confusa. Gary não saiu da posição de autoridade e continuou o discurso.
-Mas também sugiro que considerem o fato de estarem desafiando minha posição como general do exército real e minha responsabilidade de defender todos que pisam em meu território. E estão também desafiando minha autoridade e a autoridade da princesa Tâmara, questionando nossa confiança neles. E pior de tudo, acusando sem provas duas crianças de quatorze anos de traição à coroa.
A maioria das pessoas se calou. Outras continuaram a gritar e até começaram a jogar páginas amassadas na direção do Diretor. Ele, por sua vez, tomou a mão da filha e abraçou a mulher, guiando-as até um dos ônibus. Isabelle tentava esconder o choro, mas Riley pode perceber uma lágrima lhe escapando dos olhos. Dave andou até Lorena e a abraçou, então virou para Riley e disse:
-Mal sei por onde começar.
Dave falou durante a viagem inteira. Não que fosse culpa dele, mas Lilian, Alícia, Ajala e Tyler o bombardearam com diversas perguntas. Algumas não podiam ser respondidas, mas Dave não se importava em responder às outras. Isabelle não estava ali. Riley ficou curioso, mas não quis falar nada. O segundo ano não estava no ônibus, então o primeiro ano inteiro tinha bastante espaço para sentar ou deitar, como a anã fazia. Aparentemente, O segundo estava no que os outros chamavam de "surpresa do segundo ano". Todos na escola sabiam do que se tratava, exceto pelo primeiro ano, e todos se recusavam a contar o que era. Riley provavelmente estaria falando sobre a tal "supresa" com os amigos, se o reino não tivesse sido ameaçado por uma princesa das trevas.
Dave contou sobre como ele recebeu a notícia enquanto estava na casa de uma tal Nicolle, que Riley não sabia quem era e Dave não se deu ao trabalho de explicar. Contou que Lorena o chamou com urgência e a imagem da princesa Thaila vinda do comunicador de vidro o esperava. Ele correu pelas ruas do centro de São Paulo procurando a passagem mais próxima para Érestha. Riley pensou como seria ser um identificador de auras e poder achar passagens diversas para o reino, não ter que ir sempre até a praia como ele tinha que fazer. Tavez não fosse o melhor legado a se ter, mas soava melhor na cabeça de Riley do que falar com animais e fazer plantas crescerem.
-Eu achei uma passagem bem perto da estação de trem, mas não quis entrar ali pois tive uma sensação ruim. Resolvi continuar procurando e achei outra em frente à uma padaria, num poste de luz. Acabei na província de Elói e a representante dele me ajudou a chegar até Thaila.
A falta do uso das palavras "principe" e "princesa" nos discursos de Dave deixavam Riley um tanto nervoso. Dave não pode contar com detalhes o que ele foi fazer no castelo, mas falou que se sentou na sala de reuniões com outros representantes e o rei Éres para saber sobre algumas medidas de sgurança que passariam a ser usadas pelas províncias e outras coisas que permaneceriam em sigilo absoluto. Ele falou como se sentiu inútil e despreparado na reunião. Não tinha muito o que fazer a não ser ouvir a opinião dos outros e se lembrar do que deveria ser mantido em segredo.
O grupo conversava em voz baixa, mas outras crianças próximas a eles tentavam escutar e fazer parte. Riley ocasionalmente olhava para trás e repreendia um curioso com seu olhar.
-E os outros representantes da sua idade? -Alícia perguntou.- Aposto que eles estavam tão confusos quanto você
Dave deu de ombros. Lilian se inclinou para frente após a "resposta" de Dave, interessada.
-Como está Missie? –perguntou.
Dave a encarou por um instante com um semblante indeciso e não respondeu. Lilian arregalou um pouco os olhos e o encarou de volta, se inclinando ainda mais. Ele apenas mexeu as sombracelhas e encostou as costas no banco. Lilan olhou para os outros participantes da conversa, como se procurando por mais alguém que tivesse entendido o que aqueles olhares significavam, mas ninguém retribuiu. Ela também se encostou e tapou a própria boca num movimento quase involuntário, com o olhar distante.
-O que isso significa? -Ajala perguntou, se levantando.
Dave apenas balançou a cabeça negativamente.
-Ei, desde quando você é um protetor? -Tyler trocou de assunto numa hora que pareceu bastante apropriada.
Ao contrário da irmã, Riley era muito curioso e estava a ponto de bombardear Dave com perguntas, mas o assunto do pacto protetor-protegido também atiçava sua curiosidade. Dave respondeu com "tem alguns dias" e Riley logo partiu para lhe fazer mais perguntas.
-E como sua mãe reagiu? E os primeiros dias com isso? É tão ruim quanto dizem?
-Riley, se acalme -o representante da futura rainha falou.- Sim, é bem estranho ter que me preocupar com Thaila vinte e quatro horas por dia involuntariamente. Minha mãe quis me matar e não quer falar comigo.
Lilian tirou a expressão chocada do rosto e puxou Dave pela gola da camisa para sussurrar algo em seu ouvido. Ela escondeu os lábios etre os cabelos de Dave e falou bem baixo. Riley não conseguiu escutar uma só palavra. Dave não foi tão sutil.
-Eu não sei Lilian -ele tentou sussurrar.- E você não pode dizer isso para ninguém, especialmente sua mãe e Tâmara.
-Elas não sabem? -Lilian praticamente gritou.
As conversas paralelas no ônibus cessaram.
-Esquece isso Lilian. Por favor.
-Alguém pode me dizer o que está acontecendo? -Riley perguntou, um tanto enciumado, tanto pelo excesso de proximidade entre o amigo e a garota de longos cabelos ruivo-claro quanto pelo segredo que não fora compartilhdo com ele.
Dave e Lilian respiraram ao mesmo tempo, prontos para responderem em uníssono, quando o ônibus bateu em alguma coisa e jogou todos os passageiros para a frente.
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De acordo com a LEI N 9.610 DE FEVEREIRO DE 1998, PLÁGIO É CRIME.
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